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Estado Novo

1-Em 1926 foi implantada uma ditadura militar que pôs fim à 1.ª República.

O marechal Carmona, então eleito Presidente da República, nomeou António de Oliveira


Salazar para Ministro das Finanças.

2- Em poucos anos Salazar Ascendeu no poder gradualmente:

Em 1928 Salazar é nomeado para Ministro das Finanças;

Em 1932 Salazar é nomeado para Presidente do Conselho;

Em 1933 é aprovada uma nova Constituição (que legitimaria o Estado Novo);

Em 1936 Salazar assumiu as pastas da Defesa e da Guerra e dos Negócios Estrangeiros.

3-Enquanto Ministro das Finanças, Salazar conseguiu eliminar o défice financeiro através de
uma política de austeridade

Como tal, Salazar foi considerado “salvador da pátria”, o que viria a ser usado pelo regime para
o enaltecer.

4-A edificação do Estado Novo

A partir da Constituição de 1933 termina a ditadura militar e inicia-se o Estado Novo.

Adotam-se várias medidas que farão do Estado Novo um estado totalitário de tipo fascista:

 Abolição dos partidos políticos e aprovação da União Nacional como “partido único”
(1932);
 As liberdades e os direitos dos cidadãos foram suspensos tais como o direito à greve,
direito de associação e reunião.
 Limitação do poder da Assembleia Nacional (legislativo), que passou a ser
desempenhado pelo Presidente do Conselho (Salazar); a Assembleia Nacional passou
a órgão consultivo;
 Instituição da censura;
 Abolição dos sindicatos livres, substituídos por sindicatos nacionais (corporações).
5-ideologia do Estado Novo

5.1-Corporativismo

A forma do regime é a República Corporativa. [...]

Incumbe ao Estado autorizar [...] todos os organismos corporativos [...].

5.2-Nacionalismo

 Exaltação dos heróis nacionais, do orgulho da História pátria, sobretudo da fundação


da nacionalidade, da consolidação da independência (1383-1385; 1640; 1808-1810),
da epopeia dos Descobrimentos;
 engrandecimento do papel de missionário de Portugal no Mundo;
 ruralismo/ conservadorismo acentuado;
 papel da família como núcleo central da sociedade e único agrupamento aceite pelo
regime;
 forte ligação à Igreja Católica

5.3-Colonialismo/ Imperialismo

6-Enquadramento ideológico da sociedade

 Legião Portuguesa (milícia armada);


 Mocidade Portuguesa;
 Ensino fortemente dirigista e comprometido com o regime.

7-Resumindo, os princípios ideológicos do Estado Novo são:

 Corporativismo;
 Nacionalismo;
 Culto da personalidade;
 Imperialismo/ colonialismo;
 Totalitarismo (antiparlamentarismo, anti partidarismo, anticomunismo, anti
sindicalismo, controlo total da vida de uma nação pelo chefe – Salazar).

8- A Lição de Salazar

Deus: forte ligação do Estado Novo à Igreja, o que se comprova pela assinatura da Concordata
e se traduz num grande conservadorismo.

Pátria: forte sentimento nacionalista e patriótico que se refletiu na exaltação dos heróis
nacionais e da História.

Família: base nuclear da sociedade, o único grupo aceite pelo regime, ainda que controlado e
subordinado ao “salvador da pátria”.
A juventude passou, por força da legislação sobre o ensino começada a publicar em 1930, a
sofrer uma manipulação permanente, no sentido de lhe incutir a apreensão de uma conceção
da história fundada no papel dos homens providenciais que tudo podem resolver, no culto do
chefe, da disciplina, da trilogia central do Estado Novo: Deus-Pátria-Família. [...] um clima de
medo manifestou-se em vários domínios do pensamento e, sobretudo, na ação.

A imprensa livre desapareceu. A rádio e os jornais, assim como o serviço das agências
noticiosas, passaram a ser submetidos a uma censura que, de facto, acabava por isolar os
Portugueses dos grandes acontecimentos mundiais.

8-O Estado Novo: um estado repressivo

Organismos repressivos:

 Polícia política, PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado), mais tarde PIDE (Polícia
Internacional de Defesa do Estado), que perseguia, vigiava, prendia, torturava pessoas
com ideias diferentes (os presos políticos);

 Censura que controlava toda a informação e produção cultural e artística, logo não
havia liberdade de expressão nem de opinião;

 Criação de prisões políticas (Caxias, Peniche);

 Criação de um campo de concentração em Cabo Verde (Tarrafal).

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