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Arte bizantina algumas anotações (*) sintese wikipedia

O termo arte bizantina refere-se à expressão artística de caráter religioso do Império Bizantino.


No entanto, deve-se lembrar que esta tendência artística, por meio de influência político-
religiosa, expandiu-se para regiões fora das fronteiras imperiais.

História
O crescente problema nas fronteiras causado pelos bárbaros, além de problemas dentro
de Roma com o senado constantemente se envolvendo em questões relacionadas ao reinado
dos imperadores, fez com que os imperadores optassem por outras cidades para serem sedes
do império. O imperador Constantino (r. 306–337)transferiu a capital do império para Bizâncio,
antiga cidade renomeada mais tarde para Constantinopla. Neste local reúnem-se toda uma série
de fatores que impulsionam a ascensão da nova expressão artística.
Esta arte viveu o seu apogeu no século VI, durante o reinado do imperador Justiniano (r. 527–
565) ao qual se sucede um período de crise denominado Iconoclastia e que consiste na
destruição de qualquer imagem santa devido ao conflito político entre os imperadores e o clero.
Após a crise iconoclasta, houve uma nova era de ouro da arte bizantina que se estendeu até o
fim do império no século XV. No entanto, reminiscências desta arte permaneceram embuídas
dentro da religião ortodoxa e em regiões como a Rússia que receberam grande influência da
cultura bizantina.

Influências
A localização de Constantinopla permitiu à arte bizantina a absorção de influências
vindas de Roma, da Grécia e do Oriente e a interligação de alguns destes diversos
elementos culturais num momento de impulso à formação de um estilo repleto de
técnica e cor. A arte bizantina está intimamente relacionada com a religião,
obedecendo a um clero fortalecido que possui, além das suas funções naturais, as
funções de organizar também as artes, e que consequentemente relega os artistas
ao papel de meros executores. Também o imperador, assente num poder teocrático,
possui poderes administrativos e espirituais. Sendo o representante
de Deus na Terra, é convencionalmente representado com uma auréola sobre a
cabeça e não é raro encontrar um mosaico onde esteja representado com a esposa
ao lado da Virgem Maria e o Menino Jesus.
Pintura

No século IV, o imperador Constantino reconheceu o culto livre aos cristãos


do Império Romano. A arte cristã primitiva evoluiu então para a arte bizantina.
Nos século VIII-IX, o mundo bizantino foi dilacerado pela questão da iconoclastia,
uma controvérsia sobre o uso de pinturas ou entalhes na vida religiosa. Toda
representação humana que fosse realista poderia ser considerada uma violação ao
mandamento de não adorar imagens esculpidas. O imperador Leão III, o
Isauro proibiu qualquer imagem em forma humana de Cristo, da Virgem, santos ou
anjos. Como resultado, vários artistas bizantinos migraram para o Ocidente. Em 843,
a lei foi revogada.
O mosaico é a expressão máxima da arte bizantina e, não se destinando somente a
decorar as paredes e abóbadas, serve também de fonte de instrução e guia
espiritual aos fiéis, mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas,e dos
vários imperadores.
Plasticamente, o mosaico bizantino não se assemelha aos mosaicos romanos; são
confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem também
os afrescos.
Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para
criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é
utilizado em abundância, pela sua associação a um dos maiores bens materiais,
como o ouro.
Arquitetura
Ver artigo principal: Arquitetura bizantina
A arquitetura teve um lugar de destaque, operando-se nela importantes inovações.
Foi herdeira do arco, da abóbada e da cúpula, mas também, do plano centrado, de
forma quadrada ou em cruz grega, com cúpula central e absides laterais. A
expressão artística do período influenciou também a arquitectura das igrejas. Elas
eram planeadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada rematada por
diversas cúpulas, criando-se edifícios de grandes dimensões, espaçosos e
profusamente decorados.
A Catedral de Santa Sofia é um dos grandes triunfos da técnica bizantina. Projetada
pelos arquitetos Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto, ela possui uma cúpula de 31
metros apoiada em quatro arcos plenos. Esta técnica permite uma cúpula
extremamente elevada a ponto de sugerir, por associação à abóbada celeste,
sentimentos de universalidade e poder absoluto. Apresenta pinturas nas
paredes, colunas com capitel ricamente decorado com mosaicos e chão
de mármore polido.

O mais célebre dos mosaicos Bizantinos intactos da Basílica de Santa


Sofia em Constantinopla – a imagem do Cristo pantocrator na parede da galeria
superior sul, realizada no século XII. Ao seu lado encontra-se a figura da Virgem
Maria e de São João Baptista.
O termo arte bizantina refere-se à expressão artística de
caráter religioso do Império Bizantino. No entanto, deve-se lembrar que esta
tendência artística, por meio de influência político-religiosa, expandiu-se para
regiões fora das fronteiras imperiais.

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