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SIGAA - Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas

UnB - Universidade de Brasília


DEG - Decanato de Ensino de Graduação
SAA - Secretaria de Administração Acadêmica
Campus Darcy Ribeiro - Asa Norte - Brasília/DF - CEP 70910-900

Plano de Curso

SOL0117
- Sociologia da Religião-
Turma:
(2022.2)

Horário: 6T2345

Matrícula Docente(s)
3291596 JACQUELINE MORAES TEIXEIRA

Ementa: O curso pretende discutir a interface entre religião, sexualidade e a constituição


contemporânea de sujeitos políticos partindo das atuais controvérsias que grassam as
arenas públicas nacionais e internacionais no tocante aos direitos sexuais e aos direitos
reprodutivos. A disciplina parte de uma revisão bibliográfica atrelada a um conjunto de
produções conceituais que pensam a “religião” e a reavaliação de sua importância nos
debates públicos, discutindo modos de constituição dos sujeitos, corpo, gênero e
sexualidade em contextos religiosos.

A – Geral

Introduzir as/os/es estudantes alguns conceitos e noções fundamentais das teorias socioantropológicas da
religião com o intuito de compreender o papel das religiões no sul global.

B – Específico (s)
· Explicitar os principais conceitos antropológicos que auxiliam na compreensão das religiões como um
fenômeno contemporâneo.
· Introduzir as/os/es alunas/os/es ao campo da antropologia e da sociologia das religiões, em especial do
cristianismo, buscando refletir sobre os modos de enunciação de uma gramática religiosa nas experiências sociais.
· Contextualizar as noções de laicidade, esfera pública e ação política nas experiências religiosas constituídas
no sul global.
· Apresentar a religião como uma categoria interseccional cujos sentidos são estabelecidos na relação com
outros marcadores socais da diferença, tais como raça, classe, gênero, sexualidade e território.
· Pensar a associação entre mídia, vivências urbanas, imagens de violência e adesão religiosa na constituição
dos sujeitos sociais

MÉTODOS UTILIZADOS:

Aulas expositivas, espaços de debate e tempo destinado à leitura da bibliografia e preparação dos seminários e
avaliações. As leituras serão orientadas e obrigatórias, com discussão dos conteúdos em sala. Além do
conjunto de aulas presenciais, haverá espaços de debate em sala.

AVALIAÇÕES:

1. Etnografia em grupo: Produção de um Ensaio (grupos de até 5 pessoas)


2. Participação em aula/ presença

Os critérios das avaliações (escritas) serão: clareza dos argumentos e síntese escrita dos conteúdos
ministrados.

Nota: Ensaio etnográfico: 8,0


Participação em aula: 2,0

CRONOGRAMA de aulas/ leituras

DATA CONTEÚDO

1. 31/03 Por que é preciso pensar sobre religião? Religião e política na


América Latina

Leitura obrigatória:

ALMEIDA, Ronaldo. “Os deuses do Parlamento”. Novos Estudos.


CEBRAP, v. Jun/2017, p. 71-79, 2017.

Leitura Complementar:

CARRANZA, Brenda. Erosão das democracias latino-americanas.


CIÊNCIAS SOCIALES Y RELIGIÓN / CIÊNCIAS SOCIAIS E RELIGIÃO,
v. 22, p. e 020013, 2020.
2. 14/04
Religião, Reforma protestante e Teoria da Secularização

Leitura Obrigatória

LUTERO, M. Uma prédica para que se mandem os filhos à escola


[1530]. In: Martinho Lutero:Martinho Lutero obras selecionadas. São
Leopoldo: Comissão Interluterana de Literatura, 1995, v. 5, p. 326-
363.

WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São


Paulo. Companhia das Letras (pag. 27 - 84)

Complementar

“Max Weber e os dilemas da secularização”. Novos Estudos


CEBRAP. vol. 65 pp. 34-44

3. 28/04 Cristianismo e os fetichismos da modernidade

(A aula será
feita em modo LATOUR, B. "Não congelarás a imagem", ou: como não desentender o
remoto) debate ciência-religião. Mana [Internet]. 2004Oct;10 (Mana, 2004
10(2)):349–75. Available from: https://doi.org/10.1590/S0104-
93132004000200005

LATOUR, B. Reflexão sobre o culto moderno dos deuses fe(i)tiches


Bauru, SP: EDUSC, 2002.

4. 5/5 Rito e epistemologias do sagrado

(A aula será Leitura Obrigatória


feita em modo
remoto) Bastide. Roger. “Metafísica, religião e epistemologias africanas” in O
candomblé da Bahia: Rito Nagô. Companhia Editorial Nacional. 1961.
(p.326 - 352

Landes, Ruth. “Culto Fetichista no Brasil” in A cidade das Mulheres. Rio


de Janeiro. Editora UFRJ. 2002. ( p. 165 – 177)

Leitura Complementar

Rivière, Claude. “A religião e o sagrado” in Socioantropologia das


religiões. São Paulo. Editora Ideias e Letras. 2013 (p. 115 – 125)
5. 12/05

Narrativas da Secularização

TAYLOR, CHARLES. Parte IV “Narrativas da Secularização” in


Uma era secular. São Leopoldo. Editora Unisinos, 2010, pp
495-593

Leitura Complementar

MARQUES, Alexandre Bacelar. Charles Taylor: a secular age.


Relig. soc. [online]. 2009, vol.29, n.2 MONTERO, Paula. 2003.

6. 19/05
Religião, tradição e secularismo

ASAD, Talal. 2010. “A construção da religião como uma


categoria antropológica”. Cadernos de Campo, São Paulo, n°
19, p. 263-284 ASAD, Talal. 2003.

ASAD, Talal. 2017. “Pensando sobre tradição, religião e política


no Egito contemporâneo”. Política e Sociedade, 16(36): 347-
402

Leitura Complementar

DULLO, Eduardo. 2012. “Após a (Antropologia/Sociologia da)


Religião, o Secularismo?”. Mana. Vol. 18, n°

7. 26/05
Corpo, religião e violência

ASAD, Talal. 2011. “Reflexões sobre crueldade e tortura”. Pensata,


Revista dos alunos da Pós Graduação em Ciências Sociais da
UNIFESP, v.1, n.1

BIRMAN, Patrícia. NARRATIVAS SECULARES E RELIGIOSAS


SOBRE A VIOLÊNCIA: AS FRONTEIRAS DO HUMANO NO
GOVERNO DOS POBRES. Sociol. Antropol. [online]. 2019, vol.9,
n.1 [cited 2019-08-18], pp.111-134

HIRSCHKIND, Charles. 2016. “Existe um corpo secular”? Religião &


Sociedade, 37(1): 175-189.

8. 26/05
Direito, religião e desumanização

Mahmood, Saba. (2019). RAZÃO RELIGIOSA E AFETO SECULAR:


UMA BARREIRA INCOMENSURÁVEL?. Debates Do NER, 2(36),
17–56. https://doi.org/10.22456/1982-8136.99587

ABU-LUGHOD, Lila. "As mulheres muçulmanas precisam realmente


de salvação? reflexões antropológicas sobre o relativismo cultural e
seus outros” Revista Estudos Feministas, v. 20, n. 2, 2012

9. 02/06
Gênero e religião e diferença

Scott, Joan. Sexismo. in


https://cadmus.eui.eu/bitstream/handle/1814/11553/RSCAS_DL_20
09_01.pdf?sequence=1&isAllowed=y

MAHMOOD, Saba. 2006. “Teoria feminista, agência e sujeito


liberatório: algumas reflexões sobre o revivalismo islâmico no
Egito”. Etnográfica, vol X, n. 1 [
http://www.scielo.mec.pt/pdf/etn/v10n1/ v10n1a07.pdf

10 . 16/06
Disposições sobre religião e espaço público

GIUMBELLI, Emerson. A presença do religioso no espaço público:


modalidades no Brasil. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, no 28
(2), p. 80-101, 2008

MORAES TEIXEIRA, J. ;MONTERO, P. (2017). As relações entre


Estado e Religião no Brasil. In: Felipe Gonçalves Silva; José Rodrigo
Rodriguez. (Org.). Manual de Sociologia Jurídica. 4ed.São Paulo:
Saraiva, v. 3, p. 301-335

11. 23/06 Religiões afro- brasileiras e identidade nacional

OLIVEIRA, Rosenilton S.. Religiões afro-brasileiras. Da


degenerescência à herança nacional: lendo Nina Rodrigues.
Revista Nures, v. 15, p. 3, 2010.

Silva, V. G. da. (2002). Religiões afro-brasileiras. Construção e


legitimação de um campo do saber acadêmico (1900-1960).
Revista USP, (55), 82-111. https://doi.org/10.11606/issn.2316-
9036.v0i55p82-111https://doi.org/10.11606/2179-
0892.ra.2012.59309
12. 30/06
Terreiros e cultura nacional

GOMES, Edlaine e OLIVEIRA, Luis Cláudio de – “O terreiro e os


valores civilizatórios: Tradição dos orixás e patrimônio afro-
brasileiro”. In: GOMES, Edlaine e OLIVEIRA, Paola Lins de - Olhares
sobre o Patrimônio Religioso. Rio de Janeiro, Mar de Ideias, 2016.

Camurça M, Bahia J, Aguiar CF. Relações interétnicas, luta contra


intolerância religiosa e produção de candidaturas no campo político:
eleições municipais de São Gonçalo (RJ) de 2020. Relig soc
[Internet]. 2021 Sep;41 (Relig. soc., 2021 41(3)):75–98. Available
from: https://doi.org/10.1590/0100-85872021v41n3cap03

13. 7/7 Corpo, cura e ritual

Leitura Obrigatória

Csordas, Thomas. “Imagético corporificado na cura ritual” in


Corpo/significado/cura. Porto Alegre: Ed. da UFRGS; 2008. (p. 11 – 46)

Rocha, Cristina A globalização da cura espírita na Biomedicina: João de


Deus e seus seguidores. Tempo Social [online]. 2015, v. 27, n. 1, pp.
95-115.

Leitura Complementar

Giumbelli, Emerson. A presença na recusa: o sudeste espírita.


REVISTA ESBOÇOS Volume 17, Nº 23, pp. 107-117 — UFSC

14. 14/07
Sofrimento Público, religião e modos de subjetivação

Machado, Carly. (2014). Pentecostalismo e o sofrimento do (ex-


)bandido: testemunhos, mediações, modos de subjetivação e
projetos de cidadania nas periferias. Horizontes Antropológicos,
Porto Alegre, 20/42, p. 153-180

VITAL DA CUNHA Christina. Religião e criminalidade: traficantes e


evangélicos entre os anos 1980 e 2000 nas favelas cariocas. Revista
Religião e Sociedade. 0100-8587.. Religião e Sociedade, v. 34, p. 61-
93, 2014.

15. 21/07 Religião, mídia e modos de visibilidade

BONFIM, Evandro. O povo católico também tem axé: a estética pop


brasileira e a inculturação carismática. Debates do NER (UFRGS), v. 2,
p. 37-68, 2015.

MORAES TEIXEIRA, Jacqueline. Mídia e performance de gênero na


Igreja Universal. Religião & Sociedade, v.2 n. 38, p. 125-151
16. 28/07
Religião, direitos humanos e neoliberalismos

CÔRTES, MARIANA. É culpa de quem? Guerra, humilhação e verdade


nas relações entre pentecostalismo e bolsonarismo.
CONTEMPORÂNEA (ONLINE), v. 12, p. 709-740, 2022.
(https://www.contemporanea.ufscar.br/index.php/contemporanea/articl
e/view/1174)

MORAES TEIXEIRA, Jacqueline. A mulher e a família: agendas


pentecostais na disputa pela gramática dos direitos humanos. DOI:
https://doi.org/10.12957/synthesis.2022.69311

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