Religion and intersectionality: some

theoretical and methodological

challenges
Dra. Jacqueline Moraes Teixeira
Universidade de São Paulo / Cebrap

 
This presentation aims to discuss the distinct approaches between the concept
of intersectionality and the notion of articulation categories from the works of
Anne McClintock (2010) and Saba Mahmood (2004), considering how such
approaches tackle the concept of power – that, in turn, is sometimes
understood from the perspective of subordination and sometimes from the
perspective of relationality.
Anne McClintock
Avtar Brah
I propose that religion be understood as a social marker of difference in certain
analytical contexts, therefore moving away from theoretical references that point to the
phenomenological potential of religious events. By acknowledging religion as a
category of action and social interaction, it is possible to analyze its articulation
with social markers such as race, gender, class, and generation. In order to exemplify
the approach proposed, I will introduce a case study on how religion, race and gender
intertwine in certain projects – developed by Pentecostal churches – whose focus is on
the primary assistance to women who suffered domestic violence in Brazil.
A necessidade cada vez mais evidente de conectar atendimentos religiosos a
mulheres em situação de violência a iniciativas governamentais vinculadas à Lei
Maria da Penha, traz outros sujeitos à cena da defesa da não violência e do direito
voltado para as mulheres, o que exige deslocar a centralidade do homem, do
sacerdote pastor em projetos religiosos, permitindo o protagonismo de mulheres que
se especializam nas áreas de direito familiar, psicologia e assistência social.

Descrever a trajetória desses novos sujeitos, compreender suas motivações, bem

como tentar entender o modo como tais programas conectam projetos políticos de
governo dos outros e de governo de si se tornam, portanto, questões fundamentais
para esta análise.
A hipótese que busco desenvolver aqui é que a
produção de programas assistenciais
pentecostais especializados no atendimento de
mulheres que enfrentaram a violência
doméstica se configuram como espaços de ação
e produção de visibilidade política, permitindo
que o reconhecimento público do lugar de
vítima também se figure em legitimidade
pública de novas trajetórias políticas.
Outra hipótese geral que orienta as reflexões aqui apresentadas é que, ao
contrário do que comumente se imagina, religiões não produzem
religiosos, igrejas não produzem fiéis. E sim, de que constituem espaços
privilegiados de produção incessante de corpos políticos ao incitar
determinadas pedagogias públicas, bem como a regulação da afetividade
e das relações de gênero e do sexo (TEIXEIRA, 2018).

Esta abordagem abre margem para se possa pensar, e este é o principal

objetivo deste trabalho, a intersecção entre processos de subjetivação,
poder pastoral, direitos humanos e arena política.
Projeto Raabe (Igreja Universal)
Projeto Raabe
Madrinha: Andressa URACH
ESPAÇO eLAS: Igreja Batista de Lagoinha
Igreja batista de lagoinha
Damares Alves
it is fundamental to reflect on how Pentecostal subjects dispute State morphologies,
proposing a model of conviviality in which certain social markers of difference such
as gender, race, sexuality, and generation . Understanding how Pentecostal women
has played a leading role in this scene from the production of assistance projects for
women who have suffered domestic violence, disputing the public scene of the
grammars of assistance and care.
Thank you!