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Narrativas de si
Segurança, território, população (Curso no Collège de France 1977-
1978). São Paulo: Martins Fontes.
FOUCAULT, Michel. 1999. “Aula de 17 de março de 1976”. in: Em
defesa
da Sociedade. (Curso no Collège de France 1975-1976). São Paulo:
Martins Fontes
PROBLEMATIZAÇÕES
Se distancia dos resultados da análise genealógica de Nietzsche focar sua análise nas
tecnologias e nos mecanismos de produção de condutas.
DISPOSITIVO
em Microfísica do Poder dispositivo é definido como um agrupamento heterogêneo
que abarca desde discursos (sejam estes científicos, morais, filosóficos, religiosos),
passando por organizações arquitetônicas, até decisões regulamentares, leis.
Permite pensar como processos de dominação são ligados a tecnologias de si e como formas
de governo político são articuladas como práticas de autogoverno.
GOVERNO COMO CONDUTA
O Estado moderno seria resultado de uma combinação complexa entre poder “político” e poder
“pastoral”
A problemática do governo redireciona a analítica do poder de Foucault pois ele passa a enfatizar
que o poder é, antes de mais nada, uma orientação. Falar sobre poder é estruturar e moldar o campo
de ação possível dos sujeitos.
As relações de poder podem ser caracterizadas como conduta, ou melhor, como “condução das
condutas”
A conduta é ao mesmo tempo o ato de conduzir os outros (segundo mecanismos de coersão) e a
maneira de se comportar num campo mais ou menos aberto de possibilidades.
BIOPODER/ BIOPOLÍTICA
Se aplica na vida da população
Dispositivos: regulamentação, biopolítica
Dizer que o poder, no século XIX, tomou posse da vida, dizer pelo
menos que o poder, no século XIX, incumbiu-se da vida, é dizer
que ele conseguiu cobrir toda a superfície que se estende do
orgânico ao biológico, do corpo à população, mediante o jogo
duplo das tecnologias de disciplina, de uma parte, e das
tecnologias de regulamentação, de outra (Em defesa da Sociedade
1999: 302).
BIOPOLÍTICA
PODER PASTORAL E
GOVERNAMENTALIDADE
Objetivo - Abordar o problema do Estado e da população
O poder pastoral não tem por função fazer mal aos inimigos; sua
principal função é fazer o bem em relação àqueles de que cuida.
Fazer o bem no sentido mais material do termo significa alimentá-
lo, garantir sua subsistência, oferecer-lhe um pasto, conduzi-lo às
fontes, permitir-lhe beber, encontrar boas pradarias (Foucault,
1978 b: 66).
PODER PASTORAL
Características e traços específicos do poder pastoral:
1. poder que não se exerce sobre um território, é um poder que por definição é
exercido sobre um rebanho. O poder do pastor se exerce sobre uma multiplicidade
em movimento.
2. O poder pastoral é fundamentalmente um poder benfazejo.
Sendo o poder pastoral definido pelo bem-fazer ele não tem outra razão de ser senão
fazer o bem, porque o objeto essencial para o poder pastoral é a salvação do rebanho.
(algo que não esta distante do objetivo do soberano que seria a salvação da pátria)
3. A forma que o poder pastoral adquire não é inicialmente, a manifestação da sua
força e da sua superioridade. O poder pastoral se manifesta inicialmente por seu zelo,
sua dedicação, sua aplicação infinita.
5. É um poder que guia para um objetivo e serve de intermediário para esse objetivo
O homem ocidental aprendeu durante milênios a pedir sua salvação a um pastor que
se sacrifica por ela.
A MICROFÍSICA DO PASTORADO:
O QUE É SER PASTOR?
1. Pastorado é um poder que é exercido por apenas um. Há um único pastor num
rebanho.
2. Pastor deve fazer uma porção de coisas: deve alimentar o rebanho, cuidar das
ovelhas jovens, deve cuidar das que estão doentes e feridas, deve conduzi-las dando-
lhes ordens ou apenas tocando música.
3. Deve arranjar as uniões para que as ovelhas mais vigorosas e fecundas dêem os
melhores cordeiros . Portanto, há apenas um único pastor e uma série de funções
diferentes.
DISPOSITIVOS DO PODER
PASTORAL
1.Com relação ao tipo de condução: a salvação
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