Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Normalmente, a designação "cavalaria" não se estendia às forças que combatiam montadas em outros
animais que não o cavalo, como o camelo ou o elefante. Igualmente, as tropas que se deslocavam a cavalo,
mas que desmontavam para combater, eram conhecidas como "dragões", não sendo consideradas parte da
cavalaria, senão a partir da segunda metade do século XVIII. No tempo de D. Afonso Henriques a cavalaria
ligeira era chamada de "corredores". No Brasil, a cavalaria foi muito importante pela necessidade de
conquistar território durante a Guerra do Paraguai, entre 1865 e 1870, sob o comando do Duque de Caxias.
Nesse conflito, destacou-se a liderança do General Manuel Luís Osório, que hoje é o patrono da arma no
Exército Brasileiro.
Desde os tempos mais remotos que a elevada mobilidade da cavalaria lhe deu uma vantagem como um
instrumento multiplicador de forças. Mesmo uma pequena força de cavalaria poderia manobrar de forma a
flanquear, evitar, surpreender, retirar e escapar, de acordo com as necessidades do momento. Um homem
combatendo montado num cavalo tinha também a vantagem de uma maior altura, velocidade e massa
inercial sobre um oponente a pé. Outro elemento da guerra a cavalo era o impacto psicológico que um
soldado montado poderia infligir sobre um oponente.
O valor da mobilidade e do choque da cavalaria foi muito apreciado e explorado pelos exércitos da
Antiguidade e da Idade Média, muitos dos quais eram constituídos, praticamente, apenas por tropas a
cavalo. Isso acontecia especialmente nas sociedades nómadas da Ásia que originaram os exércitos mongóis.
Na Europa, a cavalaria transformou-se, essencialmente, numa cavalaria pesada constituída por cavaleiros de
armadura. Durante o século XVII a cavalaria europeia perdeu a maior parte das suas armaduras e, no final
do século já só algumas unidades usavam armadura e esta, limitando-se à couraça do peito. A cavalaria
tradicional sobreviveu até ao início da guerra de trincheiras na Primeira Guerra Mundial. A maioria das
unidades de cavalaria foram então desmontadas e empregues como infantaria na Frente Ocidental. No
período entre guerras, muitas unidades de cavalaria, foram motorizadas ou mecanizadas. No entanto,
algumas tropas a cavalo ainda combateram durante a Segunda Guerra Mundial sobretudo na União
Soviética, onde foram usadas tanto pelos Soviéticos como pelos Alemães e seus aliados. Hoje em dia, a
maioria das unidades militares a cavalo ainda existentes, são usadas apenas para funções cerimoniais.
Existem no entanto, algumas forças de combate a cavalo que atuam como infantaria montada para operar em
terrenos de acesso difícil, como florestas densas e montanhas.
Índice
A missão da cavalaria
História
Origens
Grécia antiga e Macedónia
Império Romano
Árabes
Ásia Central e Meridional
Extremo Oriente
Europa medieval
Europa renascentista
Europa dos séculos XVIII e XIX
Impérios coloniais do século XIX
A decadência da cavalaria
Período entreguerras
Segunda Guerra Mundial
Depois da Segunda Guerra Mundial
A cavalaria ligeira e a pesada
Estatuto social
Forças de cavalaria
Cavalaria no Brasil
Cavalaria em Portugal
Ver também
Referências
Bibliografia
Ligações externas
A missão da cavalaria
Em muitos dos exércitos modernos, o termo "cavalaria" ainda é usado para se referir à arma que
desempenha funções semelhantes às que a antiga cavalaria ligeira desempenhava, montada a cavalo. Essas
funções incluem a exploração, a caça aos elementos de reconhecimento inimigos, a segurança avançada, o
reconhecimento ofensivo pelo combate, cobertura das forças amigas durante movimentos retrógrados, a
retirada, a recuperação do comando e controlo, a decepção, a ligação, a penetração e a incursão. Para
desempenhar estas funções, a cavalaria moderna trocou o cavalo por um conjunto de equipamentos que
inclui veículos ligeiros todo-o-terreno, motociclos, veículos blindados, helicópteros, radares de superfície e
drones.
Já a função de choque, antigamente desempenhada pela cavalaria pesada, é, em muitos exércitos hoje
desempenhada por uma arma própria (normalmente designada "arma blindada" ou " de blindados") ou,
nalguns casos, pela infantaria. No entanto, em outros exércitos, esta função também ainda se mantém como
atribuição da arma de cavalaria. Para desempenho da função de choque, os cavalos de grande porte e as
armaduras foram substituídos pelos carros de combate.
História
Origens
Império Romano
Durante a maior parte da república, a cavalaria romana funcionou, apenas como uma auxiliar da infantaria
das legiões, formando apenas um quinto da força armada. Isto não significa que a sua utilidade possa ser
subestimada, uma vez que o seu papel estratégico no reconhecimento e nas operações avançadas foi crucial
para a capacidade dos Romanos em conduzir operações a longa distância em território hostil ou
desconhecido. Em algumas ocasiões, a cavalaria romana também provou a sua capacidade para conduzir
ataques decisivos contra uma inimigo fraco ou pouco preparado, sendo um exemplo disso a carga final
durante a Batalha de Aquilônia.
Depois de derrotas, como a da batalha de Carras, os Romanos
aprenderam, com os Partos e com os Sassânidas, a importância da
ação de uma grande formação de cavalaria. Ambos, mas sobretudo
os últimos, eram conhecidos pelos seus catafractários e clibanários
(clibanarii) - soldados de cavalaria, armados com lanças e
protegidos com uma armadura completa. A mobilidade da cavalaria
parta confundiu os Romanos, cujas formações em ordem unida não
foram capazes de contrabalançar a velocidade dos Partos. A partir
daí, os Romanos irão aumentar substancialmente, tanto a quantidade
como os padrões de instrução da sua cavalaria. Irão criar as suas
próprias unidades de catafractários e de clibanários. No entanto o
exército romano continuaria a se basear primariamente na sua
infantaria pesada.
A importância do cavalo (ashya) como ponto fulcral na cultura dos Cavaleiros cristãos e muçulmanos
Kambojas, tornou-os, popularmente, conhecidos como "Ashvakas" da Reconquista da Península Ibérica
(cavaleiros) e a sua terra como "Terra dos Cavalos". Os Assakenoi
(que se pensam ser tribos dos Ashvakas) enfrentaram Alexandre o
Grande com 30 000 soldados de infantaria, 20 000 de cavalaria e 30
elefantes de combate. Estas tribos ofereceram uma tenaz resistência
contra Alexandre, nas suas campanhas nos vales de Cabul, de Kunar
e de Swat, ganhando a admiração dos próprios macedónios.
Extremo Oriente
Europa medieval
Apesar da cavalaria romana não usar estribos, as selas usadas Dragões bávaros
permitiam boas estabilidade e flexibilidade. No entanto a adoção dos
estribos e de selas mais aperfeiçoadas permitiram uma maior
eficiência no combate a cavalo, durante a Idade Média. Os estribos e as novas selas permitiam que mais
peso, tanto do homem como da sua sua armadura, pudessem ser suportados em cima do cavalo. Em
particular, uma carga com a lança presa nas axilas já não se iria transformar num "salto com vara",
permitindo um enorme aumento do impacto da carga a cavalo. Por último, mas não menos importante, a
introdução das esporas veio permitir um melhor controlo da montada durante a carga de cavalaria a todo o
galope. Na Europa Ocidental emergiu o que é considerado o expoente máximo da cavalaria pesada: o
cavaleiro ou homem-de-armas medieval. Os cavaleiros carregavam em formação cerrada, trocando a
flexibilidade por uma primeira carga massiva e irresistível.
Os homens-de-armas a cavalo, depressa, se tornaram numa importante força nas táticas da Europa
Ocidental, devendo, no entanto, observar-se que a doutrina militar medieval definia que os mesmos
deveriam ser empregues como parte de uma força de armas combinadas, juntamente com os vários tipos de
tropas a pé. No entanto, os cronistas medievais tendiam a dar uma indevida atenção aos nobres cavaleiros,
em detrimento da infantaria (forças apeadas), compostas por
membros das classes mais baixas. Isto poder dar a impressão que a
cavalaria era a única força a ter em conta nas batalhas medievais
europeias, o que está longe da realidade.
Europa renascentista
A decadência da cavalaria
Nos espaços mais amplos da Frente Oriental, continuou a ser travada uma forma mais fluída de guerra,
mantendo-se a necessidade do uso das tropas a cavalo. Sobretudo nos meses iniciais da guerra foram
travadas várias ações a cavalo, de grande envergadura. No entanto, mesmo aí, a necessidade de manter
grandes unidades a cavalo, impôs um elevado custo sobre as linhas logísticas, que não era compensado por
grandes ganhos estratégicos.
No Médio Oriente, as forças a cavalo, tanto aliadas como turcas, continuaram a ter um papel importante -
ainda que, sobretudo como infantaria montada - sobretudo nas grandes áreas desertas.
Período entreguerras
Uma combinação de conservadorismo militar e de restrições económicas evitou que as lições da Primeira
Guerra Mundial fossem, imediatamente, postas em prática. Apesar da acentuada redução de unidades a
cavalo na maioria dos exércitos ocidentais, ainda se pensava que as tropas montadas iriam desempenhar um
papel determinante na guerra futura.
A cavalaria foi extensivamente usada na Guerra Civil Russa e na Guerra Polaco-Soviética. As guerras
coloniais em Marrocos, Síria e Índia deram oportunidade ao uso da cavalaria contra inimigos sem
armamento moderno.
Durante a década de 1930, o Exército Francês experimentou a integração de unidades de cavalaria montadas
e mecanizadas, em grandes unidades mistas. Os regimentos de dragões foram convertidos em dragons
portées - infantaria transportada em camiões e motorizadas - e os couraceiros em unidades blindadas. As
unidades de cavalaria ligeira (caçadores a cavalo, hussardos e spahis) mantiveram-se a cavalo. A teoria era a
de que, grandes unidades mistas, poderiam usar as vantagens do cavalo e do blindado, conforme as
circunstâncias. Na prática, verificou-se que as tropas a cavalo não dispunham da velocidade suficiente para
acompanhar as velozes tropas mecanizadas.
Os exércitos britânico e dos Estados Unidos decidiram pela mecanização total das suas unidades a cavalo,
tendo esse processo praticamente concluído no início da Segunda Guerra Mundial. No caso do Exército
Britânico, os antigos regimentos de cavalaria - agora mecanizados, mas mantendo as suas designações
tradicionais - juntaram-se ao Corpo Real de Tanques da infantaria, constituindo uma nova arma blindada
designada "Royal Armoured Corps" (Real Corpo Blindado).
Durante a II Guerra, ambos os lados Um mito que se tornou popular é o de que os lanceiros polacos
se valeram tanto das unidades de carregaram, a cavalo com as suas lanças, sobre os carros de combate
cavalaria com tração animal, quanto alemães durante as operações de setembro de 1939. Este mito nasceu
das mecanizadas da má interpretação de um único combate, ocorrido a 1 de setembro
perto de Krojanty, quando dois esquadrões do 18º Regimento polaco
de Lanceiros tentava atacar a infantaria alemã, quando foi apanhada
em campo aberto, pelos carros de combate inimigos. As duas razões principais para o desenvolvimento
deste mito, foram a falta de veículos motorizados no Exército Polaco, que o obrigava a usar cavalos nas
mais diversas funções - inclusive no reboque de armas anticarro - e o fato da cavalaria polaca, por diversas
vezes, ter ficado encurralada pelos carros de combate alemães, não lhe restando outra alternativa senão
tentar lutar com eles, para escapar - essa luta seria, portanto, não uma ação intencional, mas uma ação de
desespero.
Será mais correta a referência a "infantaria montada" do que a "cavalaria", já que os cavalos eram usados,
primariamente, como um meio de transporte, para os quais eram especialmente adequados, dado o mau
estado das estradas polacas. Outro mito, refere-se à cavalaria polaca como armada com sabres e lanças. Na
verdade, em 1939, as lanças já só eram usadas como arma cerimonial, sendo a carabina a principal arma do
soldado de cavalaria polaco. Realmente, o equipamento individual de campanha incluía um sabre - talvez
por tradição - mas, em caso de combate, o soldado de cavalaria polaco, certamente daria preferência ao uso
da sua carabina e baioneta. Além disso, a ordem de batalha, de uma brigada de cavalaria polaca, incluía -
além dos soldados a cavalo - metralhadoras ligeiras e pesadas, armas anticarro e antiaéreas, artilharia,
veículos blindados de reconhecimento e carros de combate ligeiros
Nos estágios mais avançados da guerra, já só a União Soviética mantinha, ainda, números substanciais de
unidades a cavalo, algumas combinadas com unidades mecanizadas. A vantagem desta abordagem era que,
na exploração, a infantaria montada podia acompanhar o avanço dos carros de combate. Outros fatores a
favorecer a manutenção de unidades a cavalo incluíam a elevada qualidade dos cossacos russos e de outras
forças a cavalo e a falta de estradas adequadas a veículos motorizados. Outro fator importante era o de que a
capacidade logística necessária para apoiar grandes forças mecanizadas excedia a necessária para apoiar
tropas a cavalo.
Além da Alemanha, também a Roménia, a Hungria e a Itália participaram, com forças de cavalaria, na
invasão da União Soviética. Apesar da maioria das unidades de cavalaria terem sido extintas ou
reconvertidas, depois da retirada da União Soviética, a Alemanha manteve até ao final da guerra, algumas
unidades a cavalo das SS e de aliados cossacos.
No Extremo Oriente, unidades a cavalo do Exército dos Estados Unidos ainda combateram os Japoneses,
nas Filipinas. O 26º Regimento de Cavalaria dos EUA (Philippine Scouts) combateu a cavalo durante a
retirada para a península de Bataan, até ser destruído em janeiro de 1942. A última grande unidade a cavalo
do Exército dos EUA, a 2ª Divisão de Cavalaria, foi apeada em março de 1944.
A última carga tradicional de cavalaria, confirmada, da história, ocorreu em agosto de 1942, levada a cabo
por uma unidade do Corpo di Spedizione Italiano in Russia (Corpo Expedicionário Italiano da Rússia). O 3º
Regimento italiano de Dragões Savoia carregou, com sucesso, sobre as forças soviéticas.
No início da década de 1950, quase todos os exércitos europeus tinham motorizado ou mecanizado o que
restava das suas unidades a cavalo. O Exército Soviético, no entanto, manteve divisões a cavalo até 1955 e,
ainda em 1991, mantinha um esquadrão independente a cavalo no Quirguistão.
O Exército Suíço foi o último exército moderno ocidental com unidades operacionais a cavalo, mantendo-as
até 1972.
As unidades a cavalo mantiveram-se, no entanto, até mais tarde nos países da América Latina. O Exército
Mexicano manteve vários regimentos a cavalo até final da década de 1990. O Exército do Chile manteve
cinco desses regimentos até 1983, que eram usados como tropas de montanha a cavalo.
Várias unidades blindadas e mecanizadas de muitos exércitos mantém a designação histórica de "cavalaria".
O Exército dos EUA também criou a "cavalaria do Ar" - constituída por unidades equipadas com
helicópteros. O termo "cavalaria do Ar" foi adotado por outros exércitos mas agora foi substituído, na maior
parte dos casos, pelo termo "assalto aéreo".
Apesar das modernas unidades de cavalaria terem relação com antigas unidades a cavalo, nem sempre esse é
o caso. A mística da cavalaria fez com que, por exemplo, a Força de Defesa Irlandesa - que nunca teve
unidades operacionais a cavalo, desde a sua formação em 1922 - inclua um "corpo de cavalaria" equipado
com veículos blindados.
Unidades a cavalo, essencialmente cerimoniais, são, atualmente, mantidas pelos exércitos ou forças
militarizadas da Argentina, Brasil, Bulgária, Chile, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América,
França, Índia, Itália, Jordânica, Marrocos, Nigéria, Suécia, Países Baixos, Paquistão, Paraguai, Peru,
Polónia, Portugal, Reino Unido, Senegal e Venezuela. A Federação Russa reintroduziu, recentemente, um
esquadrão a cavalo cerimonial, fardado com uniformes históricos.
Hoje em dia, o 61º Regimento de Cavalaria do Exército Indiano, é a última unidade permanente a cavalo,
não cerimonial, do mundo.
Com o desenvolvimento das armas de fogo, a cavalaria pesada começou a aproximar-se da obsolescência.
No entanto, diversas unidades mantiveram o uso de couraças e capacetes como proteção contra golpes de
espada e de baionetas e como incentivo para o moral dos utilizadores.
Com a motorização e a mecanização da cavalaria, continuou a distinção entre a cavalaria ligeira e a pesada,
segundo as mesmas linhas. A primeira é constituída por veículos motorizados ou por blindados ligeiros e
usada para reconhecimento. A cavalaria pesada ou blindada é constituída por carros de combate pesados e
usada como tropa de choque.
Estatuto social
Desde o início da civilização até ao século XX, a posse de cavalos de combate foi vista como um sinal de
riqueza e de prestígio entre os diversos povos. Um cavalo de combate implica uma despesa considerável em
termos de criação, treino, alimentação e equipamento, sendo, no entanto, pouco produtivo excepto como
meio de transporte.
Por esta razão, e por causa do seu papel militar decisivo, a cavalaria foi sempre associada a um estatuto
social elevado. Isto tornou-se mais evidente no sistema feudal, no qual se esperava que um nobre entrasse
em combate com armadura e a cavalo, trazendo consigo um contingente de camponeses a pé. Num combate
entre um senhor feudal a cavalo e de armadura e camponeses a pé, estes sairiam, certamente derrotados, a
não ser que fossem em número muito superior.
Mais tarde, nos exércitos nacionais, ser um oficial de cavalaria continuou a ser sinal de uma elevado estatuto
social. As consideráveis despesas que os oficiais de cavalaria tinham que suportar a nível particular, pela
função que desempenhavam - despesas que não existiam na maioria das outras armas - faziam que a grande
maioria deles viesse de classes economicamente privilegiadas.
Igualmente, a maioria das monarquias europeias, mantinha guardas reais ou imperiais a cavalo, cujos
oficiais pela sua proximidade aos monarcas, eram recrutados na alta nobreza. O próprio recrutamento dos
soldados era bastante seletivo, em relação ao de outras unidades.
Forças de cavalaria
Carabineiros
Caçadores a cavalo;
Lanceiros;
Hussardos;
Couraceiros.
Ginetes;
Spahis
Guias;
Cossacos
Dragões;
Retres
Cavalaria no Brasil
No Exército Brasileiro a cavalaria é a arma que é empregada à frente dos demais integrantes da "força
terrestre", em busca de informações sobre o inimigo e sobre o teatro de operações. Na frente de combate,
participa de ações ofensivas e defensivas, usando de suas características básicas: alta mobilidade, elevada
potência de fogo, ação de choque e surpresa, proteção blindada e sistema de comunicações avançado.
blindadas
mecanizadas
de guardas
de Carros de Combate
Alguns quarteis de Cavalaria do Brasil usam a boina preta, tradicional da Cavalaria Mecanizada da Europa.
O Patrono da Arma de Cavalaria do Exército Brasileiro é o marechal Manuel Luís Osório. No dizer do Dr.
Marco Antonio Azkoul a cavalaria é imprescindível no policiamento das cidades, pois sem a função policial
nas suas mais diversas atribuições não seria possível a vida em sociedade. Assim é que representantes de
Israel tiveram que vir para São Paulo fazer os seus treinamentos e cursos em nosso Regimento de Cavalaria
9 de Julho da Polícia Militar de São Paulo e receber a formação técnico e tático para criar em seu pais de
origem o seu próprio regimento de cavalaria, pois na França originariamente onde havia esta elevada escola
e que formou os nossos milicianos paulistas e paulistanos, quando da reforma das policias paulistas em 1915
no Governo de Jorge Tibiriçá, ela já não existe mais na Gendarme Francesa. As finalidades são as mesmas
no dizer da própria Policia Militar, a saber: Regimento de Polícia Montada 9 de Julho é uma das mais
tradicionais Unidades da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Remonta as origens da Milícia Paulista,
pois, em 1831 quando da sua criação, 30 homens foram designados para a composição de uma
cavalaria.Como Instituição atuou nos momentos históricos tais como Movimento Anarquista de 1917,
Revoluções de 1924, 1926, 1930 e 1932, Intentona Comunista de 1935, Movimento Integralista de 1937 e
ainda na Revolução de 31 de março de 1964. O Regimento de Cavalaria constitui em órgão especial de
execução, subordinado ao Comando de Policiamento de Choque, atuando na preservação da ordem pública
em todo o território estadual, em operações especiais rurais e urbanas, controle de tumultos em atividades
comunitárias sociais e de representação por meio da Banda de Clarins, da Escola de Volteio, do
Carroussel, do Centro de Equoterapia, do Desporto Equestre. O Regimento tem como missão principal o
policiamento ostensivo preventivo montado. Dr. Azkoul acrescenta ainda, que as missões das Policias
Militares, além das atribuições definidas em lei , incubem as atribuições de defesa civil. Com funções
hibridas, são essencialmente em geral, forças auxiliares e também reservas do Exército brasileiro.
Subordinam-se juntamente com as Policias Civis aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios.
Cavalaria em Portugal
Na Idade Média, a cavalaria portuguesa era constituída por três
classes de cavaleiros: os cavaleiros nobres, os monges cavaleiros das
ordens militares e os cavaleiros-vilãos da classe popular. As
caraterísticas da Península Ibérica fizeram com que a cavalaria
ligeira, composta, essencialmente por ginetes, sem armadura e
armados de lança e adarga, preponderasse sobre a cavalaria pesada.
No início do século XX, a cavalaria portuguesa era constituída por caçadores a cavalo, por lanceiros e por
dragões - estes, apenas no Ultramar. Durante a Primeira Guerra Mundial, a cavalaria portuguesa combateu
em Angola e Moçambique, a cavalo. No entanto, os esquadrões de cavalaria do Corpo Expedicionário
Português, enviado para a Frente Ocidental, foram transformados em companhias de ciclistas.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a cavalaria deixa de ser hipomóvel e passa a ser uma força
motoblindada. A seguir ao fim da guerra, responsabilidade pela operação de carros de combate, passa da
infantaria para a cavalaria. Na década de 1950, a cavalaria assume também a responsabilidade pela polícia
militar.
Na Guerra do Ultramar, além de operar com esquadrões de reconhecimento blindado, a cavalaria organiza
também companhias e batalhões que atuam como infantaria ligeira (caçadores). Em meados da década de
1960, voltam a ser organizadas unidades a cavalo, para combaterem as guerrilhas no Leste de Angola. São
organizados três esquadrões a cavalo, no Grupo de Cavalaria de Silva Porto - uma unidade de
reconhecimento blindado - que ficam conhecidos pelos "Dragões de Angola". Já na década de 1970 inicia-se
a organização de uma unidade semelhante em Moçambique.
Reconhecimento
Carros de Combate
Lanceiros (Polícia do Exército)
Os militares de cavalaria usam uma boina preta (excepto os paraquedistas que a usam verde), com duas
fitas, uma amarela que representa a glória, e, outra, vermelha que representa o sangue.
Além do Exército, em Portugal, a Guarda Nacional Republicana também mantém esquadrões de cavalaria,
entre as quais estão as únicas unidades a cavalo, ainda existentes em Portugal. A GNR inclui os seguintes
tipos de esquadrões de Cavalaria:
motoblindados
a cavalo
presidencial (guarda a cavalo do Presidente da República)
Ver também
Ordens de Cavalaria
Real Polícia Montada do Canadá
Regimento de Polícia Montada 9 de Julho
Referências
Bibliografia
Ebrey, Walthall, Palais (2006). East Asia: A
Salema, Vasco da Costa (2000), Achegas Cultural, Social, and Political History.
para a História da Cavalaria Portuguesa.
Boston: Houghton Mifflin Company.
Lisboa: Sociedade Histórica da
Independência de Portugal. Ebrey, Patricia Buckley (1999). The
Cambridge Illustrated History of China.
Freitas, Jorge Penim de (2008), A Cavalaria
Cambridge: Cambridge University Press.
na Guerra da Restauração. Lisboa: Prefácio.
Needham, Joseph (1986). Science and
Sousa, Luís Costa e (2008), A Arte na
Civilization in China: Volume 4, Physics and
Guerra - A Arquitectura dos Campos de
Physical Technology, Part 2, Mechanical
Batalha no Portugal de Quinhentos. Lisboa:
Engineering. Taipei: Caves Books, Ltd.
Tribuna da História.
Peers, C.J. (2006). Soldiers of the Dragon: Muir, William, Annals of the Early Caliphate:
Chinese Armies 1500 BC-AD 1840. Oxford: From Original Sources, Smith, Elder & co.,
Osprey Publishing. London, 1883
Menon, Shanti, Chariot racers of the Pargiter, Frederick Eden, Dr., Chronology
Steppes, Discover, Abril, 1995 based on: Ancient Indian Historical Tradition,
Rodger, N. A. M., The Safeguard of the Sea: Oxford University Press, H. Milford, 1924,
A Naval History of Britain 660-1649, W W Reprint 1997
Norton & Co Ltd., 1999 Lynn, John Albert, Giant of the Grand Siècle:
The French Army, 1610-1715, Cambridge
University Press, 1997
Ligações externas
A Organização da Cavalaria, arqnet (http://www.arqnet.pt/exercito/orgcaval.html)
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cavalaria&oldid=57912568"
Esta página foi editada pela última vez às 05h42min de 29 de março de 2020.
Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.