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INTRODUÇÃO
Ao final da Segunda Guerra Mundial, a sociedade internacional passou a crer que para
evitar guerras futuras, era necessário estabelecer um conjunto de normas que regulassem
as relações econômicas internacionais.
No que respeita as relações comerciais, em 1947, vinte e três países firmaram o Acordo
Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), estabelecendo normas que promovessem o livre
comércio.
O presente trabalho visa descorar acerca de uma das mudanças substancias com a
transição do GATT para OMC designadamente sobre as medidas de defesa comercial
como as medidas de salvaguarda, medidas compensatórias e medidas anti dumping.
Essas medidas eram antes da criação do OMC usadas ou manejadas apenas por países
desenvolvidos, mas com o advento da OMC, essas medidas que visam essencialmente
proteger os países sobre influência maciça de importações feitas através de práticas
desleais, que por sua vez invadem o mercado interno e prejudicam a economia nacional.
E nestes termos que o presente trabalho se propõe a analisar desde a o nascimento destes
instrumentos jurídicos com caracter protecionista, assim como os seus objectivos apli ate
a sua extinção no que concerne a produção de efeitos jurídicos, a sua importância a nível
académico assim como na sociedade.
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1.2 Justificativa
O motivo pela atribuição do tema deve-se ao facto de capacitar o estudante para a
elaboração científica dos trabalhos escolares, mas acima de tudo avaliar a nível
académico os estudantes para aquisição da nota que permitirá ter uma boa classificação
académica.
2. DEFESA COMERCIAL
A Defesa Comercial está inserida no âmbito da Política Comercial, sendo esta o conjunto
normativo que regula e/ou influi no comércio internacional de determinado Estado. Ao se
adotar o Livre Comércio como a teoria balizadora do comércio internacional, devido aos
seus inegáveis ganhos sistêmicos no que tange ao crescimento econômico e ganho de
eficiência produtiva, faz-se necessário a criação de uma estrutura jurídica de Política
Comercial que forneça mecanismos para assegurar este Livre Comércio. Até 1947, as
tarifas eram o principal mecanismo de controlo das importações pelos países. Porém, com
o surgimento do GATT naquele ano, que teve como objetivo a redução paulatina das
tarifas de importação por todos os seus Estados signatários, mecanismos não tarifários de
Política Comercial para controle de importações ganharam relevância, tais como os
mecanismos de Defesa Comercial.
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3. MEDIDAS DE DEFESA COMERCIAL
Medidas de Defesa Comercial são intervenções dos Estados que visam proteger seus
setores industriais da influência maciça de importações feitas através de práticas desleais
que por sua vez, invadem o mercado consumidor interno e prejudicam a economia
nacional ou ramos específicos da indústria.
De maneira geral, o termo salvaguardas designa certos mecanismos que um país pode
utilizar para combater qualquer espécie de importação que cause ou possa causar efeitos
negativos a sua economia, ou seja As medidas de salvaguardas podem ser definidas como
o mecanismo utilizado quando o aumento da importação de determinado produto - fruto
não de violação das regras de livre comércio, mas apenas de situações emergenciais -
cause ou ameace causar prejuízo grave aos produtores domésticos em um mercado
específico, sendo aplicadas com o fim de aumentar temporariamente a proteção da
indústria doméstica para que ela se ajuste e recupere sua competitividade. Tais medidas
têm o caráter urgente, temporário e proporcional ao necessário para prevenir ou remediar
prejuízo grave e facilitar o ajustamento da indústria nacional, podendo ser colocadas em
prática tanto por meio da suspensão de concessões tarifárias, quanto pela limitação
quantitativa da entrada de determinado produto no mercado nacional.
Ao contrário dos direitos antidumping e das medidas compensatórias, impostas sobre
práticas desleais de comércio, as medidas de salvaguardas dirigem-se contra práticas
leais, mas que de alguma forma atingem o mercado econômico interno do país
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importador. Também conhecidas como “cláusulas de escape”, sua existência é atribuída à
necessidade de contornar situações emergenciais, decorrentes do próprio processo de
liberalização mundial do comércio.31 Neste contexto, elas se prestam a conceder um
prazo para que as indústrias nacionais afetadas pelo aumento nas importações de
determinado produto possam se ajustar às novas condições de concorrência.
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Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), o assunto foi tratado no artigo XIX, mas tal
dispositivo apenas reproduziu a legislação americana sobre o tema, vez que coube ao
Senado americano redigir o GATT. (PINHEIRO; GUEDES, 1998, p. 332). Ainda assim,
a adoção das medidas foi vista com bons olhos porque se acreditou que se os países
estivessem aptos a protegerem temporariamente suas indústrias contra o aumento
repentino das importações, eles estariam menos dispostos a abandonar o sistema de
negociação multilateral que se buscava instaurar por meio do GATT e recorrer menos ao
protecionismo ou qualquer outro instrumento discriminatório.
Entende-se nesse capitulo que o dumping pode ser definido como sendo a exportação de
produtos a um preço inferior ao seu valor normal, numa situação com dano ou ameaça de
dano constatada à indústria doméstica, ou de retardo ao estabelecimento da indústria do
setor similar ao referido produto e que haja, comprovadamente, uma relação de
causalidade entre o dano ou retardo e a prática do dumping. Então, para que possamos
afirmar a existência de um dumping é preciso que comprovemos estes três elementos: a
existência do dumping, o dano ou retardo à indústria local do país importador e o nexo de
causalidade entre dumping e dano ou retardo.
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produção do produto no país de origem, adicionado de uma margem para as despesas com
custos de venda e lucro.
As medidas antidumping têm como objetivo evitar que os produtores nacionais sejam
prejudicados por importações realizadas a preços de dumping. Existe prática de dumping
sempre que uma empresa exporta um produto por preço inferior àquele que pratica para
produto similar nas vendas em seu mercado interno. Trata-se, portanto, da discriminação
de preços em mercados distintos. (AMARAL, Antonio Carlos Rodrigues do. 2004).
Para que os direitos antidumpings sejam fixados, é necessário que se prove o dumping e
também os danos que foram causados no mercado interno. O primeiro passo desse
processo é contatar a Secretaria de Comércio Exterior, solicitando uma investigação sobre
o provável dumping, visto de que sua prática é considerada ilegal, como afirma o autor
Bruno Ratti², em sua obra Comércio Internacional e Câmbio, publicado em 2007.
Segundo Amaral, subsídio é toda contribuição financeira concedida pelo governo, por
órgão governamental ou por órgão privado desempenhando funções tipicamente
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governamentais, que beneficie uma indústria específica. É importante notar que, assim
como a prática de dumping, a concessão de subsídios pode constituir prática comercial
desleal. No âmbito do Sistema Multilateral de Comércio, existem duas categorias
diferentes de subsídios, de acordo com seus efeitos sobre o comércio Internacional:
subsídios proibidos ou vermelhos e subsídios acionáveis ou amarelos. Os subsídios
vermelhos ou proibidos são aqueles vinculados ao desempenho exportador, por lei ou de
fato, ou ainda aqueles vinculados ao uso de bens domésticos de preferência a bens
importados. São considerados subsídios amarelos ou acionáveis aqueles que causam
prejuízo à indústria doméstica de outro Estado-Membro. Caso uma indústria esteja sendo
prejudicada comercialmente por subsídios concedidos a uma indústria específica de outro
país, dependendo do tipo de subsídio concedido, poderá demandar que a norma que
estabelece a concessão do subsídio seja revogada, ou poderá adotar medidas
compensatórias, na medida do prejuízo sofrido, com o objetivo de neutralizar um subsídio
outorgado pelo país exportador. Para tanto, o Estado deve iniciar um processo
investigativo em âmbito doméstico, com o intuito de determinar a existência, o grau e o
efeito negativo do subsídio em relação à sua indústria doméstica. (AMARAL, Antonio
Carlos Rodrigues do. 2004).
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7. CONCLUSÃO
Chegada a esta fase foi notoria a percepcao do papel que as medidas de defesa comercial
desempenham no comercio internacional, de modo que estas medidas foram
desenvolvendo ao longo do tempo deste a sua constituicao na formacao do GATT, ate ao
surgimento do OMC, foi perceptivel a relevancia destes instrumentos legais no ambito do
direito internacional economico. Entretanto Por todo o exposto, concluiu-se,
substancialmente , que não se pode confundir as medidas de salvaguarda com os demais
instrumentos de defesa comercial, vez que elas não pressupõem uma prática desleal de
comércio, nem compartilham os mesmos propósitos. Deste modo, ainda que para alguns
as medidas de salvaguarda sejam o instituto de defesa comercial mais transparente, menos
beligerante e mais eficiente ou que para outros as medidas antidumping exijam menos
requisitos, a aplicação de uma medida ou outra exige condições bastante específicas e
diferentes, não ficando a cargo do país que deseja impor uma medida optar entre aquela
que lhe seja mais cômoda.
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8. BIBLIOGRAFIA
FONSECA, Pedro Paulo Corino da. Defesas comerciais: um estudo jurídico das
medidas legais internacionais de regulamentação do comércio multilateral e seus
efeitos reais atuais. Revista de Direito Internacional e Econômico. Porto Alegre:
Síntese/INCE, v. 2, n. 6, jan./mar. 2004, p. 104-124.
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