Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Técnicos Ambientais
MATERIAL TEÓRICO
UNIDADE 8
Dimensionamento
dos Custos de Estudos
Ambientais
Autoria:
Profa. Ms. Ana Claudia Aoki Santarosa
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja uma maior aplicabilidade
na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas:
Não se esqueça
de se alimentar
Aproveite as e se manter
indicações hidratado.
de Material
Complementar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com Determine
as redes sociais. um horário fixo
para estudar.
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer
parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um
dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca
de ideias e aprendizagem.
Unidade 8
Dimensionamento dos Custos de Estudos Ambientais
Licenciamento
Ambiental
Uma necessidade comum dos proponentes ou
executores de projetos e empreendimentos é esti-
mar previamente as despesas e os gastos envolvi-
dos na elaboração de Estudo de Impacto Ambiental
(EIA) e nas demais etapas existentes no processo de
Avaliação de Impacto Ambiental (AIA). São poucos
os trabalhos ou publicações que expõe o assunto fi-
nanceiro, principalmente devido ao caráter sigiloso
mantido pelas empresas (Sanchez, 2008).
6
Os valores a serem gastos com a elaboração dos estudos ambientais e com a
contratação de uma consultoria especializada para interagir com o órgão am-
biental podem depender de diversos fatores como o tamanho, as características
e a localização do empreendimento, assim como a magnitude dos seus impactos.
• Aquisição de terreno;
• Aquisição de equipamentos;
7
Unidade 8
Dimensionamento dos Custos de Estudos Ambientais
Assim, segundo a SEMACE, o valor a ser pago por essas análises considera:
Onde:
8
Já a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), agência do go-
verno do estado de São Paulo, responsável entre outras atividades pelo licencia-
mento das atividades geradoras de poluição no estado, possui valores já pré-es-
tabelecidos de cobranças de análises dos diversos estudos ambientais, dados em
UFESP (Unidades Fiscais do Estado de São Paulo). Os valores variam de acordo
com a complexidade do tipo de estudo e atividade (tabela 2).
9
Unidade 8
Dimensionamento dos Custos de Estudos Ambientais
Potencial Poluidor
Porte
Médio Alto
Mínimo 4.285 5.473
Pequeno 5.077 6.265
Médio 13.236 16.403
Grande 28.662 33.413
Excepcional 54.187 60.522
Fonte: NOP (Norma Operacional) – INEA – 02
Porte Valor
Mínimo 3.691
Pequeno 4.087
Médio 10.068
Grande 23.911
Excepcional 47.852
Fonte: NOP (Norma Operacional) – INEA – 02
10
Assim, os estudos ambientais podem subsidiar uma série de Instrumentos
de Gerenciamento Ambiental (por exemplo Avaliação de Impacto Ambiental,
Recuperação de Áreas Degradadas, Monitoramento Ambiental), que visam
assegurar a melhoria e o aprimoramento contínuo do desempenho ambiental de
um empreendimento ou de uma área a ser protegida. A tabela 5 traz um resumo
dos aspectos dos instrumentos de gerenciamento ambiental de empreendimentos
ou atividades, levando em consideração se estes já se encontram em atividade ou
se serão instalados futuramente.
11
Unidade 8
Dimensionamento dos Custos de Estudos Ambientais
Recursos Humanos
Os recursos humanos (profissionais técnicos) são necessários em todas as
etapas de um estudo ambiental. Em um primeiro momento, são necessários
especialistas para se realizar uma busca de dados, informações, trabalhos e estudos
já existentes e acessíveis na internet, em bibliotecas, em órgãos ambientais, entre
outros (levantamento de dados secundários). Assim, é possível diagnosticar o
nível de conhecimento sobre cada tema envolvido no estudo para cada local. Para
se estimar o custo desta atividade, deve-se levar em consideração, por exemplo:
12
Desta forma, sabendo-se os salários determinados para cada uma das espe-
cialidades, é possível estimar os custos totais com recursos humanos nesta fase
inicial de execução do projeto.
Logística
Outras despesas fundamentais para serem consideradas nos estudos am-
bientais são aquelas relacionadas a itens básicos como transporte, alimentação
e hospedagem. Estes custos podem chegar a valores altos, e não devem ficar de
fora do planejamento do estudo.
13
Unidade 8
Dimensionamento dos Custos de Estudos Ambientais
Equipamentos
Conforme mencionado anteriormente, nos estudos ambientais são necessários
diversos tipos de dados e informações sobre os variados temas dos meios físico,
biótico e socioeconômico. Para a obtenção dos dados secundários, não são
necessários equipamentos ou materiais específicos, uma vez que os dados e
as informações são buscados em banco de dados, relatórios técnicos, estudos,
trabalhos, artigos, revistas, livros e jornais científicos. Assim, atualmente um
computador com acesso à Internet é bastante útil para se encontrar grande parte
das informações ou pelo menos para saber onde é possível obtê-las (bibliotecas,
livrarias, órgãos ambientais, entre outros).
14
(quando não possuir o equipamento) ou a de alugar especificamente para o projeto
ou estudo em questão. Caso o equipamento seja alugado, as despesas decorrentes
do aluguel devem ser consideradas e entrar como custos do projeto ou trabalho.
Caso seja de propriedade da própria empresa, devem ser incluídos custos de
depreciação do equipamento, e o desgaste do mesmo deve ser considerado de
acordo com as condições do local, de uso e dos riscos envolvidos.
15
Unidade 8
Dimensionamento dos Custos de Estudos Ambientais
Nos custos das análises, certamente estão incluídos os salários dos técnicos,
com diferentes níveis de especialização que trabalham em um laboratório: desde
aqueles que preparam as amostras para serem analisadas, aos que realizam alguns
procedimentos analíticos até os técnicos com maior nível de especialização, que
operam equipamentos extremamente específicos e caros (figura 3).
• Sedimentos e Solos.
16
• Organismos aquáticos: peixes, bivalves e invertebrados bentônicos.
Quadro 1
Físico e Químicos
• Cor, turbidez, condutividade, odor, OD, pH, granulometria;
• Agregados orgânicos: DBO, DQO, COT;
• Compostos inorgânicos: metais, nutrientes, sulfato, sulfeto.
Ecotoxicológicos
• Ensaios de toxicidade aguda e crônica com organismos marinhos
e de água doce;
• Estudos de bioacumulação em organismos aquáticos.
Microbiológicos
• Indicadores microbiológicos de contaminação: coliformes totais
e termotolerantes, E.coli, Enterococos, bactérias heterotróficas;
• Patógenos: Salmonella sp, Vibrio cholerae;
• Toxinas de cianobactérias: microcistina.
Hidrobiológicos
• Comunidades aquáticas: macroinvertebrados bentônicos,
fitoplâncton e zooplâncton, peixes;
• Algas tóxicas: cianobactéria.
ATENÇÃO!
Atualmente a maioria dos órgãos ambientais aceitam somente relatórios e do-
cumentos cujos ensaios e amostragens tenham sido realizados por laboratórios e
empresas devidamente credenciados.
17
Unidade 8
Dimensionamento dos Custos de Estudos Ambientais
Tabela 8 – Tabela de preço de algumas das análises laboratoriais realizadas pela CETESB
Fonte: Adaptado de IAP – Instituto Ambiental do Paraná: Serviços Laboratoriais. UPF/PR: Unidade Padrão Fiscal do
Paraná = R$ 96,60 (Julho/2017). Fonte: Secretaria da Fazenda (PR). Valores de análises consultados em Julho/2017
EXPLORE
Consulte na internet a portaria nº 2914, publicada pelo Ministério da Saúde em
2011, para saber sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da
água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.
https://goo.gl/B48QGR
18
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Cartilha de Licenciamento Ambiental
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Cartilha de licenciamento ambiental. Brasília: TCU,
Secretaria de Fiscalização de Obras e Patrimônio da União, 2004. 57p.
19
Unidade 8
Dimensionamento dos Custos de Estudos Ambientais
Referências
BITAR, O. Y. & ORTEGA, R.E. Gestão Ambiental. In: Oliveira, A. M.S. & Brito, S. N.
A. (Eds.) Geologia de Engenharia. São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de
Engenharia, 1998. p. 499-508.
20
São Paulo
2017