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O tigre shotokan, originalmente um desenho tradicional chinês, que tem implícito que o tigre
nunca dorme, simbolizando assim a intensidade e o estado de alerta do felino, tem ainda um
outro significado relacionado com o hábito de Funakoshi após o trabalho e os treinos, quando
queria estar só e relaxar, passeava no Monte Torao perto de Shuri cujo nome significa
“cauda de tigre” devido a semelhança que o referido monte tem com a forma desta parte do
felino. Era lá que Funakoshi escutava a brisa fria passar sobre os pinheiros, o que acabaria
por influenciar a escolha do seu pseudónimo literário “Shoto”.
Quando em 1936 Funakoshi abre o seu dojo no bairro de Zoshigaya em Tóquio , este e
baptizado de “Shotokan” – a casa de Shoto.
Independentemente de posteriormente o berço do shotokan moderno, a JKA, ter passado a
utilizar como símbolo o “inyo” – um circulo vermelho simbolizando o sol dentro de um circulo
branco, que originalmente era prateado, representando o Ying e o Yang – equilíbrio entre
forças opostas - este não pode ser considerado o verdadeiro símbolo do karate shotokan.
Como curiosidade na versão inglesa do Karate-Do Kyhoan o tigre é substituído pela estátua
de Zoco-tem o guarda do sul do templo Budista de Todaiji em Nara, na posição de
Musokamae, muito utilizada na kata Sochin, sendo uma figura identificada como uma
manifestação do Buda da sabedoria suprema (Dainishi) que combate a maldade, sendo uma
divindade destruidora da ignorância.
Curiosamente na versão inglesa, o tigre de Hoan Kosugi aparece na capa do livro “Dynamic
Karate“ de Masatoshi Nakayama.
O Tigre de Kosugi foi inspirado no escudo chinês da Dinastia Chou-Zhou (1122-209 AC), que
em relação ao tigre do Shotokan só difere num pormenor – tem a cauda enrrolada ao
contrário, para dentro, numa forma que não é muito comum nos felinos.