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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO

URUGUAI E DAS MISSÕES – URI SANTO ÂNGELO

Cesar Antonio Liberalesso


Marcelo Callegaro

VISITA TÉCNICA À ESTAÇÃO DE TELECOMUNICAÇÃO OI

Santo Ângelo

2018
VISITA TÉCNICA À EMPRESA DE TELECOMUNICAÇÕES OI

A visita técnica realizada à empresa Oi foi uma experiência que agregou muito
em nossa formação, visto que conseguimos observar na prática aquilo que, antes,
havíamos debatido e compartilhado em aula. Na oportunidade, foi nos apresentado a
história da empresa, bem como sua evolução tecnológica, também conhecemos todo o
aspecto funcional, desde a parte administrativa até a operacional, no que diz respeito à
alimentação do sistema e à conexão com os clientes.
A empresa teve início em uma época em que a tecnologia ainda caminhava a
passos lentos e não proporcionava a eficiência e a praticidade que observamos hoje na
mesma. Com a ascensão tecnológica, a empresa tornou-se célere; compactada, reduziu
seu espaço físico, ao passo que aumentou sua demanda e o número de clientes. Todas
essas questões resultaram na eficiência e maior qualidade da oferta de seus serviços aos
clientes.
A conexão para a telecomunicação perpassa por categorias do sistema
telefônico, sendo elas: rede de comutação, rede de acesso, rede de transmissão e
infraestrutura. Na rede de comutação se localiza equipamentos que possibilitam
selecionar o caminho de cada usuário para a comunicação com os demais. Atualmente
os clientes estão conectados em placas de 16 entradas e elas são mapeadas em armários
identificados, para maior eficiência na busca em caso de falha. A rede de acesso é a
conexão física dos clientes que é estabelecida através de pares de fios até as centrais.
Para realizar a comunicação entre usuários usa-se a rede de transmissão por meio da
qual se propaga as informações e dados via cabos ou não, utilizando transmissões via
satélite ou rádio. No que diz respeito ao suporte de todo esse sistema, existe a
infraestrutura que consiste em equipamentos não responsáveis diretamente pela
comunicação e para mantê-los em funcionamento corretamente, então entre eles estão o
sistema gerador de energia elétrica, sistemas de sinalização, torres e climatização.
A estação de telecomunicação é alimentada por uma subestação em alta tensão
de 23,8kV, em que é fornecido pelo transformador uma rede trifásica de 380 Volts. Ela,
além de alimentar as instalações dos prédios, também passa por um retificador que tem
como saída uma tensão de -48Vcc para a alimentação das baterias do sistema. Os
QDF’s existentes na estação visitadas suportam 4000 amperes. A estação contempla
também um gerador de energia, esse se mantém pré-aquecido, a fim de ser imediato e
automático seu funcionamento em caso de emergências de falta de fornecimento de
energia pela concessionária. Ele é ligado e gera a mesma tensão fornecida pelo
transformador, realimentando todo o sistema da estação, principalmente o sistema de
administrativo, que não faz uso de baterias.
As baterias são responsáveis pelo fornecimento de energia ininterrupta para as
redes de comutação, acesso e transmissão. Em uma possível falha no fornecimento de
energia pelo sistema de retificadores, seja por defeito ou falta de energia, garante o
fornecimento de -48Vcc, onde se tem o positivo aterrado, além de melhoria do ripple
dos retificadores no sistema.
As estações telefônicas atendem um grande número de clientes, em um amplo
espaço territorial. Para isso, existem várias ramificações da rede de acesso, nesses,
existem armários para melhor distribuição de ramais e melhor localização de possíveis
defeitos, podendo mandar equipes operacionais distribuídas pela região, ocasionando
em um atendimento eficaz ao usuário. Contudo, com as novas tecnologias, visando o
aumento da produtividade e o baixo custo, o setor administrativo, que é responsável
pela organização e analise do sistema, encontra-se centralizado na estação. As
operadoras utilizam poucos técnicos, onde cada técnico é responsável para cada área.
Como observado na visita, temos áreas distintas a exemplo da comutação, dados,
transmissão e infraestrutura. Nesse processo, o técnico é responsável pelo
funcionamento de cada setor, fazendo a manutenção ou acionando equipes responsáveis
para tais tarefas.
Ao passar do tempo, novas tecnologias foram acrescentada para que a telefonia
se tornasse móvel, conhecida como SMP, essencialmente muito parecida com a
telefonia fixa, onde existem centrais locais que fazem a comunicação entre os usuários,
e centrais de transição em que se faz a conexão entre outras centrais locais. Na rede
telefônica móvel, a conexão não possui linhas físicas dos usuários. A comunicação entre
o aparelho e a central telefônica é feita via rádio, através de antenas espalhadas pela
região. Cada antena é conectada a uma central de comutação de telefonia móvel através
de cabos, fazendo a comutação entre os assinantes de aparelhos móveis. Quando o
aparelho móvel se movimenta para outra localidade, o sinal, que era recebido de uma
certa antena, será recebido da antena mais próxima de onde o aparelho se encontra, esse
processo é chamado "handoff".
Devido à privatização, criou-se várias empresas com a mesma oferta de produtos
de comunicação para os clientes, porém esses grupos não se consideram concorrentes
entre si, sendo que elas têm o mesmo intuito de atender seus consumidores, facilitando
o seu meio de trabalho e sua demanda de pedidos. Foi observado na visita, que existem
diversos armários de outras empresas para a interconexão, colaborando dessa forma
umas com as outras na distribuição do sinal.
Tendo em vista todos os pontos abordados acima, fica clara a relevância da
visita. Verificar in-loco aquilo que constatamos anteriormente na teoria, torna o
aprendizado mais significativo e palpável, fazendo com que pudéssemos relacionar as
disciplinas do curso de engenharia elétrica aos conhecimentos aplicados na estação de
telecomunicação.
A exemplo disso, podemos citar as cadeiras de instalações elétricas, geração de
energia, circuitos e engenharia econômica que se correlacionam às instalações da
estação as quais dependem de projeto da rede elétrica, dimensionamento do gerador,
parametrização do mesmo e infraestrutura do prédio. No setor administrativo,
identificamos a necessidade das disciplinas de administração e gestão, e, no operacional,
eletrônica, telecomunicação, controle analógico digital, microprocessador e
programação para a comunicação dos clientes uns com os outros, pois para que essa
comunicação ocorra são necessários equipamentos eletrônicos e programação do
sistema os quais são abordados e estudados na matérias acima já elencadas.
Com tudo isso, fica evidente a importância do engenheiro eletricista nesta área
de atuação, pois é através dos seus serviços que é possível otimizar o sistema, achar
soluções para melhorias, e, consequentemente, gerando mais lucro para a empresa.

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