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Geografia 10º ano – Radiação Solar

A Radiação Solar

Conceitos:

Radiação solar: Quantidade de energia eletromagnética emitida pelo sol, de natureza


variável que se propaga pela atmosfera. Só uma parte é recebida pela superfície da terra ,
cerca de 48%.
Constante solar: Quantidade de energia solar recebida no topo da atmosfera numa superfície
de 1m2, perpendicularmente aos raios solares em cada minuto.

1) Absorçã o
• Ocorre maioritariamente no ozono estratosférico
que absorve grande parte da radiaçã o ultravioleta
• Também o vapor de á gua, CO2, poeiras e nuvens
existentes na troposfera retêm radiaçõ es,
(maioritariamente as infravermelhas)
• Em média, apenas 21% da radiaçã o solar é
absorvida pela atmosfera

2) Reflexã o
• A radiaçã o solar, ao incidir sobre qualquer corpo, vai, em maior ou menor quantidade,
sofrer uma mudança de direçã o, sendo reenviada para o espaço por reflexã o
• A esta relaçã o dá -se o nome de albedo que varia em funçã o da superfície
Albedo: Razã o entre a radiaçã o solar refletida por uma superfície e a radiaçã o total que
sobre ela incide, o albedo varia consoante as características da superfície:
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3) Difusã o

• A radiaçã o solar dispersa-se pelo espaço uma vez que é refletida em vá rias direçõ es
• Uma pequena parte desta radiaçã o atinge a Terra:
- De forma indireta – radiaçã o difusa - energia que atinge indiretamente a superfície
terrestre e que se mede em Langley, que corresponde a cerca de 16 % da radiaçã o solar
incidente no topo da atmosfera
- De forma direta – radiaçã o solar direta – radiaçã o que atinge o planeta diretamente e que
corresponde a cerca de 32%

• Radiação solar global (48 %) = radiação direta + radiação difusa

32% 16%

Quando a radiaçã o global é absorvida pela superfície terrestre converte-se em energia


calorífica que é reenviada para a atmosfera – radiação terrestre (Radiaçã o emitida pela
superfície terrestre. Processa-se em grande comprimento de onda – radiaçã o
infravermelha.

Equilíbrio térmico da Terra


• A temperatura mantém-se mais ou menos constante porque:
- A Terra nã o acumula continuamente a energia solar que recebe
- Pelo contrá rio, a Terra perde uma quantidade de energia equivalente à que recebe

Radiação solar <=> radiação terrestre


Equilíbrio térmico
• É também permitido pelo efeito de estufa, funçã o natural da atmosfera que evita a perda
de calor para as altas camadas da atmosfera e o intenso arrefecimento noturno, porque o
vapor de á gua e o CO2 absorvem, na troposfera, a radiaçã o terrestre, devolvendo à Terra
parte da energia que esta refletiu por um fenó meno de contrarradiaçã o, mantendo a
temperatura mais ou menos constante.
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A intensidade da radiação solar é variável de lugar para lugar e num mesmo lugar
ao longo do dia devido a fatores como:
- Inclinaçã o dos raios solares/â ngulo de incidência
- Massa atmosférica percorrida
- Duraçã o do dia natural
- Duraçã o da insolaçã o
- Latitude
- Relevo

1) Inclinação dos raios solares/ ângulo de incidência


• O â ngulo de incidência varia ao longo do dia e ao longo do ano como consequência dos
movimentos de rotaçã o e de translaçã o, determinando:
- Duraçã o do dia e da noite
- Sucessã o das estaçõ es do ano

Raio A
• Â ngulo de incidência má ximo: os raios
solares incidem na perpendicular da
superfície terrestre
• A á rea recetora de energia é pequena
• Há uma maior concentraçã o de energia
recebida por unidade de superfície
Raio B
• O â ngulo de incidência é menor que em A e maior que em C
• A á rea recetor de energia é maior que em A e menor que em C
• Concentraçã o de energia recebida por unidade de superfície é menor que em A e maior
que em C.
Raio C
• Â ngulo de incidência menor que em B e A: representa o menor â ngulo de incidência =
maior inclinaçã o dos raios solares
• Á rea recetora de energia mais extensa que em A e B
• Menor concentraçã o de energia por unidade de superfície.

Conclusão: Quanto maior a inclinaçã o dos raios solares, maior a superfície que recebe
radiaçã o, assistindo-se a uma maior dispersã o da mesma, do que resulta uma menor
quantidade de energia recebida por unidade de superfície. Pelo contrá rio, se a inclinaçã o
dos raios solares for reduzida (maioâ ngulo de incidência possível = 90º), a superfície a
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receber radiaçã o é menor , logo, a quantidade de energia recebida por unidade de


superfície é maior porque esta se encontra menos dispersa.

2) Massa atmosférica percorrida


• As perdas de energia entre o limite superior da atmosfera e a superfície terrestre sã o
tanto maiores quanto maior a massa atmosférica a atravessar pelos raios solares

Analisando a figura conclui-se:


• Â ngulo de incidência é maior em A do que em B ou C
• Em A, a superfície que recebe energia solar é menor que em B ou C
• Em A, as radiaçõ es solares atravessam uma menor quantidade de atmosfera para atingir
a superfície que em B ou C.
Logo:
• As perdas de energia sã o menores em A porque as radiaçõ es:
- Percorrem uma menor quantidade de atmosfera
- Possuem um maior â ngulo de incidência
• Em B e C as perdas de energia aumentam porque:
- Aumenta a quantidade de atmosfera percorrida
- Diminui o â ngulo de incidência

Conclusão: Quanto maior a inclinaçã o dos raios solares, maior é a espessura da camada
atmosférica percorrida, o que se reflete numa maior perda energética pelos processos de
absorçã o, reflexã o e difusã o.

3) Duração do dia natural


• A duraçã o do dia natural é variá vel ao longo do ano como consequência do movimento
de translaçã o e da inclinaçã o do eixo terrestre
• Esta variaçã o terá influências diretas na variaçã o da intensidade da radiaçã o solar pois:
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- Quanto maior a duraçã o do dia natural, maior o período de tempo de receçã o de radiaçã o
solar pela superfície terrestre

4) Duração da insolação
• Quanto maior a insolaçã o, menor a quantidade de radiaçã o solar perdida na atmosfera,
sendo maior a quantidade de energia que atinge a superfície terrestre

5) Latitude
• O facto de a Terra ser esférica contribui para a diferente inclinaçã o com que os raios
solares atingem a superfície terrestre, diminuindo o â ngulo de incidência (porque
aumenta a inclinaçã o dos raios solares) à medida que a latitude aumenta
• À medida que a latitude aumenta, aumenta a inclinaçã o dos raios solares, o que se traduz
numa maior superfície recetora de energia, assim como uma maior espessura da
atmosfera percorrida, resultando numa menor receçã o de energia

6) Relevo Altitude
Orientação do relevo
• Com a altitude aumenta a nebulosidade o que se traduz numa menor insolaçã o e, como
consequência, numa menor intensidade da radiaçã o solar recebida
• Em Portugal, o facto de o Norte apresentarem relevo mais acidentado justifica a menor
insolaçã o registada nesta regiã o
• A orientaçã o das vertentes também
influencia a quantidade de radiaçã o solar
recebida

• No caso português, o movimento diurno aparente do sol justifica a diferente distribuiçã o


da radiaçã o solar nas vertentes voltadas a norte ou a sul
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Variação diurna e anual da radiação solar global

1) VARIAÇÃ O DIURNA DA RADIAÇÃ O SOLAR


Consequência de:
• Movimento de rotaçã o
• Inclinaçã o dos raios solares
Provoca:
• Sucessã o dos dias e das noites
• Variaçã o do â ngulo de incidência
• Variaçã o da massa atmosférica atravessada pelos raios solares

NASCER DO SOL:
 Â ngulo de incidência nulo
 Radiaçã o solar praticamente inexistente
SOL COMEÇA A ELEVAR-SE NO HORIZONTE:
 Aumenta o â ngulo de incidência
 Diminui a massa atmosférica percorrida
 Aumenta a radiaçã o solar
MEIO-DIA SOLAR:
 Altura em que os raios solares incidem com menor obliquidade e a massa atmosférica
percorrida é a menor possível
 Intensidade da radiaçã o solar é a mais elevada possível
APÓ S O MEIO-DIA SOLAR:
 Sol inicia movimento descendente, o que se traduz em:
 Maior inclinaçã o dos raios solares
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 Aumento da massa atmosférica percorrida


 Aumento das perdas de energia
 Diminuiçã o da radiaçã o
CONSEQUÊNCIAS NA TEMPERATURA

• Temperatura mínima atinge-se


imediatamente antes de o sol nascer
porque a Terra atingiu o imite
má ximo de horas sem receber
radiaçã o solar
• O meio-dia solar deveria ser a altura
do dia em que a temperatura
deveria atingir o valor má ximo, mas
tal nã o acontece porque:

 Terra continua a absorver calor até atingir a “saturaçã o”, altura em que deixa de
absorver a radiaçã o recebida e começa a irradiar o excedente
 Radiaçã o solar e a radiaçã o terrestre aumentam a temperatura da camada de ar
em contacto com a superfície algumas horas apó s o meio-dia solar
 Durante a noite a temperatura diminui progressivamente devido à inexistência de
radiaçã o solar e à perda de calor por radiaçã o terrestre.

2) VARIAÇÃ O ANUAL DA RADIAÇÃ O SOLAR


Consequência de:
• Movimento de translaçã o
• Inclinaçã o do eixo da Terra em relaçã o ao plano da sua ó rbita
Provoca:
• Variaçã o da duraçã o dos dias e das noites (exceto no Equador)
• Variaçã o da inclinaçã o dos raios solares de lugar para lugar.

SOLSTÍCIO DE JUNHO
 Raios solares incidem com menor obliquidade (na perpendicular do Tró pico de
Câ ncer):
• Maior quantidade de energia recebida
• Menor superfície de receçã o de energia
• Menor espessura de massa atmosférica percorrida
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• Maior duraçã o do dia natural


• Período de insolaçã o mais longo

Logo maior quantidade de energia recebida


SOLSTÍCIO DE DEZEMBRO
 Maior inclinaçã o dos raios solares (que incidem na perpendicular do Tró pico de
Capricó rnio):
• Menor duraçã o do dia natural
• Maior massa atmosférica percorrida
• Maior superfície de receçã o de energia
• Menor período de insolaçã o

Menor quantidade de energia recebida

EQUINÓ CIOS (SETEMBRO E MARÇO)


• Sol incide na vertical do Equador
• Duraçã o do dia igual à da noite = 12 horas
• Obliquidade dos raios solares e massa atmosférica percorrida igual para qualquer lugar
situado à mesma latitude (norte ou sul)

Distribuição da temperatura no território NACIONAL


1) DISTRIBUIÇÃ O SAZONAL DA RADIAÇÃ O GLOBAL EM PORTUGAL CONTINENTAL

No verã o, o máximo de radiaçã o solar ocorre no litoral


algarvio. Segue-se toda a regiã o a sul do Tejo, com
prolongamento para norte, numa faixa oriental ao longo da
fronteira com Espanha, e a regiã o do Porto. Os valores
mínimos registam-se entre os cabos Carvoeiro e Mondego,
prolongando-se, gradualmente e em todas as direçõ es, em
torno desta mancha. Salienta-se ainda a regiã o do Noroeste.
A latitude e a proximidade do mar sã o os principais fatores que explicam estas
variações. As regiõ es do Sul recebem sempre maior quantidade de radiaçã o solar, devido
à menor inclinaçã o dos raios solares.
A influência da proximidade do mar sobre a nebulosidade – quantidade de céu coberto por
nuvens num dado momento – faz com que as regiõ es do litoral, sobretudo a norte do Tejo,
recebam a radiaçã o solar com menor intensidade, pois as nuvens refletem e absorvem
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parte da radiaçã o solar incidente. Assim, torna-se importante considerar a insolaçã o –


nú mero de horas de sol descoberto, acima do horizonte.
A distribuiçã o da insolaçã o reflete também a influência da latitude e da proximidade do
mar, pelo que, em geral, aumenta de norte para sul e de oeste para este.

2) VARIAÇÃ O ESPACIAL DA INSOLAÇÃ O MÉ DIA ANUAL - PORTUGAL CONTINENTAL

A variaçã o espacial da insolaçã o evidencia ainda a influência


da altitude no aumento da nebulosidade e, em consequência,
na reduçã o do nú mero de horas de Sol descoberto. O desenho
das principais serras do territó rio continental revela-se nos
fracos valores de insolaçã o.

A exposição das vertentes também influencia a insolaçã o:

• As vertentes voltadas a sul estã o mais expostas ao Sol


e, como tal, têm maior insolaçã o –  encostas
soalheiras;
• As vertentes voltadas a norte têm mais horas de sombra e, por isso, nelas a
insolaçã o é menor – encostas umbrias

3) FATORES JUSTIFICATIVOS DA VARIAÇÃ O DA RADIAÇÃ O SOLAR:

 Latitude: quanto menor a latitude maior a radiaçã o solar porque a inclinaçã o dos
raios solares é menor, logo o sul apresenta uma radiaçã o solar mais elevada que o
norte

 Proximidade/afastamento do mar: locais mais pró ximos do mar apresentam


maior humidade e nebulosidade, o que diminui a intensidade de radiaçã o solar
devido à menor insolaçã o

 Altitude: o aumento da altitude provoca um aumento da nebulosidade e uma


reduçã o da insolaçã o, o que reduz a radiaçã o solar

 Exposição geográfica das vertentes: as vertentes voltadas a sul encontram-se


mais expostas ao sol e recebem radiaçã o solar durante mais tempo enquanto as
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vertentes expostas a norte recebem radiaçã o solar por períodos de tempo mais
curtos, aumentando as perdas de energia

 A insolação apresenta uma variaçã o semelhante uma vez que também aumenta de
norte para sul e do litoral para o interior. Os valores mais elevados registam-se no
interior do Alentejo e no Algarve e os valores mais baixos nas montanhas minhotas
5) FATORES EXPLICATIVOS DA VARIAÇÃ O DATEMPERATURA
A) LATITUDE
 À medida que aumenta a latitude, diminui o â ngulo de incidência
 No norte, a temperatura média anual é mais reduzida porque:
• Maior latitude
• Menor â ngulo de incidência
• Maior massa atmosférica percorrida

Diminuiçã o da radiaçã o solar

Diminuição da temperatura
 No sul, a temperatura média anual é mais elevada porque:
• Menor latitude
• Maior â ngulo de incidência
• Menor massa atmosférica percorrida

Maior quantidade de radiaçã o solar recebida

Aumento da temperatura …mas também, a influência das massas de ar quente e seco


provenientes de Á frica fazem aumentar a temperatura nesta regiã o

B) RELEVO
 À escala local, as elevaçõ es do solo e respetiva orientaçã o condicionam a
quantidade de radiaçã o solar recebida e a temperatura.
Assim:
⇒ ALTITUDE
 À medida que aumenta a altitude diminui a temperatura porque:

 Há uma menor absorçã o da radiaçã o solar e da radiaçã o terrestre devido à


diminuiçã o do vapor de á gua, CO2 e partículas só lidas e líquidas
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⇒ ORIENTAÇÃ O GEOGRÁ FICA DAS MONTANHAS EM RELAÇÃ O AOS RAIOS SOLARES


 Vertentes viradas a sul recebem mais radiaçã o solar, logo registam temperaturas
mais elevadas
 Vertentes voltadas a norte recebem menos radiaçã o solar, logo registam
temperaturas mais reduzidas

⇒ ORIENTAÇÃ O GEOGRÁ FICA DAS MONTANHAS EM RELAÇÃ O À LINHA DE COSTA

 Relevo concordante: montanhas paralelas à


linha de costa sã o um obstá culo à passagem de
ventos hú midos
 No seu trajeto, os ventos hú midos vã o-se
tornando mais secos, o que explica que à
mesma latitude uma regiã o do interior seja
mais quente no verã o e mais fria no inverno
 Em Portugal isto ocorre no noroeste
continental com as Serras Peneda-Gerês

 Relevo discordante: montanhas


perpendiculares ou oblíquas à linha de costa
facilitam a entrada de ventos hú midos,
amenizando as temperaturas ao longo do ano
nas regiõ es do interior
 Em Portugal, isto verifica se com a Cordilheira
Central

C) PROXIMIDADE/AFASTAMENTO DO OCEANO CONTINENTALIDADE


 Oceanos exercem influência moderadora sobre a temperatura devido à influência dos
ventos hú midos
 Influência diminui:
• De norte para sul, devido ao traçado da linha de costa que recua para este a sul do
Cabo da Roca
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• De oeste para este porque os ventos hú midos vã o perdendo humidade, tornando-se


mais secos
 Aumento do afastamento do mar provoca um aumento da amplitude térmica anual.
Assim:
• Á reas pró ximas do oceano apresentam uma amplitude térmica mais fraca

• Regiõ es do interior sofrem maior influência das massas de ar provenientes do


interior do continente europeu:
 No inverno, as massas de ar frio seco de leste provocam uma diminuiçã o da
temperatura
 No verã o, as massas de ar quente e seco de leste provocam um aumento da
temperatura

D) CORRENTES MARÍTIMAS
 Correntes quentes provocam uma maior evaporaçã o da á gua do mar, aumentando
a humidade, o que provoca um aumento da temperatura
 Correntes frias provocam uma fraca evaporaçã o, tornando a atmosfera mais seca,
que conduz a temperaturas mais quentes no verã o e mais frias no inverno

Valorização da radiação solar


1) APROVEITAMENTO DA ENERGIA SOLAR
Vantagens:
• Diminuir a dependência energética do exterior relativamente aos combustíveis
fó sseis
• Diminuir o défice da balança comercial
• Contribuir para o equilíbrio ambiental porque é uma energia limpa e inesgotá vel
Condicionamentos:
• Variaçã o diurna e anual da intensidade da radiaçã o solar e variaçã o em funçã o dos
estados de tempo
• Dificuldades de captaçã o de energia durante a noite ou em á reas de intensa
nebulosidade
• Dificuldades de captaçã o de energia em á reas onde o dia natural é muito curto
• Problemas de armazenamento, pois nem a energia solar nem a eletricidade que
dela provém se podem armazenar em grandes quantidades

FORMAS DE APROVEITAMENTO DA RADIAÇÃO SOLAR


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a) Sistemas solares térmicos

• Consiste no aquecimento de um fluido (líquido ou gasoso) através de coletores


solares para aquecimento de á guas de uso doméstico, edifícios, piscinas
• Forma de utilizaçã o mais vulgarizada em Portugal

• Aproveitamento desta forma de energia tem ficado aquém do desejá vel devido a:
 Má imagem resultante de algumas má s experiências na década de 80,
associadas à falta de qualidade dos equipamentos e, sobretudo, das
instalaçõ es
 Falta de informaçã o específica sobre as potencialidades e vantagens desta
tecnologia junto dos potenciais utilizadores
 Elevado custo do investimento inicial
 Barreiras técnicas e tecnoló gicas à inovaçã o ao nível da indú stria de
construçã o e da instalaçã o de equipamentos térmicos
 Insuficiência e inadequaçã o das medidas de incentivo

b) Sistemas solares passivos

• Consiste no aproveitamento da energia solar para aquecimento de edifícios


através de uma conceçã o cuidada e utilizaçã o de técnicas de construçã o
inovadoras, ou seja, baseia-se em soluçõ es de eficiência energética.
• Pode ser obtida, por exemplo, através de:
 Orientaçã o do edifício
 Isolamento térmico dos edifícios, como:
- Paredes duplas com isolamento intermédio
- Janelas com vidro duplo
- Paredes com inércia térmica, que armazenam o calor e posteriormente irradiam-no

c) Sistemas fotovoltaicos

• Consiste na produçã o de energia elétrica por via foto voltaica, produzida


recorrendo a células solares que convertem a radiaçã o solar em eletricidade
Vantagens:
 Em termos ambientais, nã o liberta gases com efeito de estufa e nã o produzem
ruído
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 Permite o aproveitamento da radiaçã o solar difusa


 Energia elétrica produzida apresenta uma elevada fiabilidade
 Apresenta baixos ou nenhuns custos de manutençã o
 Permite a criaçã o de novos postos de trabalho, sobretudo a uma escala local

2) TURISMO
Importância da atividade turística devido:
• Divisas estrangeiras que gera
• Permite o equilíbrio da balança comercial
• Efeitos multiplicadores:
- Criaçã o de postos de trabalho
- Dinamizaçã o de atividades de serviços, transportes, construçã o civil, …
- Dinâmica territorial
- Preservaçã o do patrimó nio arquitetó nico, paisagístico, gastronó mico, …

Importância do turismo em Portugal deriva de:

• Clima
• Extenso litoral com praias de areia branca
• Diversidade paisagística
• Patrimó nio histó rico e cultural
• Características hospitaleiras da populaçã o portuguesa
• Melhoria das acessibilidades
• Proximidade geográ fica aos países geradores de grandes fluxos turísticos

Desenvolvimento do turismo, em particular turismo balnear

Problemas da atividade turística em Portugal:


• Cará ter sazonal
• Concentraçã o da oferta num reduzido nú mero de mercados
• Dependência do produto sol/praia

Solução: aproveitamento dos recursos endógenos através de:


• Campanha de promoçã o da imagem de Portugal como destino turístico quer no
mercado interno quer no externo
• Dinamizaçã o e apoio à realizaçã o de grandes eventos e congressos internacionais
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• Apoios a programas e parcerias que visem o aumento da taxa de ocupaçã o, de


forma a atenuar a sazonalidade e a promover a procura em á reas turísticas menos
conhecidas
• Incentivo seletivo ao investimento e à requalificaçã o de infraestruturas hoteleiras
e de apoio e na gestã o da exploraçã o de forma a valorizar a oferta nacional

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