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política
1. Discorra sobre o que é mercadoria e os dois fatores que a
constituem
Sem maior avanço nesta análise, limitamo-nos a ilustrar com mais alguns
elementos o fetichismo da mercadoria. Se as mercadorias pudessem
falar, diriam: “Nosso valor-de-uso pode interessar aos homens. Não é
nosso atributo material. O que nos pertence como nosso atributo
material é nosso valor. Isto é o que demonstra nosso intercâmbio como
coisas mercantis. Só com valores-de-troca estabelecemos relações umas
com as outras.” O economista, o intérprete da alma da mercadoria, assim
fala:
Caso isso não ocorra, fica nosso capitalista perplexo. O valor do produto
é igual ao do adiantado. O valor adiantado não cresce, não produz
excedente (mais-valia); o dinheiro não se transforma em capital. O
trabalho, para criar valor, tem de ser despendido em forma útil. Na
realidade, o vendedor da força de trabalho, como o de qualquer outra
mercadoria, realiza seu valor-de-troca e aliena seu valor-de-uso. Não
pode receber em sem transferir o outro.
Não é tão distante quanto parece, esse fenômeno citado por Marx. A
própria Maria Inês diz que “no interesse de concretizar seu processo de
afastamento da população mais pobre que habitava os cortiços e das
atividades comerciais menos “nobres”, as camadas sociais de mais alta
renda efetuaram e deslocamento de seus sobrados para as primeiras
quadras a oeste do Largo, como relata Cabral, mas é preciso esclarecer
que a alteração ocorreu no eixo de ocupação dos setores populacionais
mais abastados”. O resultado histórico disso foi o preconceito como
barreira física que impede o pobre de circular sem constrangimentos por
uma área abastada da Ilha.
Os que foram expulsos de suas terras não podiam ser absorvidos com a
mesma rapidez com que se tornavam disponíveis. Muitos se
transformaram em mendigos, ladrões, vagabundos, em parte por
inclinação, mas maioria dos casos, por força das circunstâncias.
Referências bibliográficas
O Capital , Karl Marx.
Processo de estruturação urbana de Florianópolis , Maria Inês Sugai
Crítica a Filosofia do Direito de Hegel , Karl Marx
http://www.marxists.org/portugues/marx/1859/contcriteconpoli/introducao
.htm