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Doses de Liberdade

Centenas de Citações Libertárias.


Sumário
Lao-Tzu
Étienne de La Boétie
John Locke
David Hume
Adam Smith
William Godwin
David Ricardo
Josiah Warren
Frédéric Bastiat
Adin Ballou
Alexis de Tocqueville
William Lloyd Garrison
Max Stirner
Lysander Spooner
Henry David Thoreau
Gustave de Molinari
Herbert Spencer
Auberon Herbert
Benjamin Tucker
Voltairine de Cleyre
Albert Jay Nock
H. L. Mencken
Ludwig von Mises
Rose Wilder Lane
Leonard Read
Friedrich Hayek
Ayn Rand
Milton Friedman
Murray Rothbard
Idéias e somente idéias podem iluminar a escuridão. – Ludwig von Mises.

Libertas Editora, 2019.


Lao-Tzu

(601 a.C – 531 a.C) 70 anos.


Lao-Tzu foi um filósofo e escritor da Antiga China. Considerado o primeiro anarquista e
libertário, desprezou os que estão no poder.

Se quiseres acordar toda a humanidade, então acorda-te a ti mesmo, se


quiseres eliminar o sofrimento no mundo, então elimina a escuridão e
negativismo em ti próprio. Na verdade, a maior dádiva que podes dar ao
mundo é aquela da tua própria auto-transformação.

A violência, mesmo bem-intencionada, sempre ressoa sobre alguém.

Governar uma grande nação é como cozinhar um pequeno peixe — muito


manuseio pode estragá-lo.

Quando a virtude é perdida, a benevolência aparece, quando a benevolência


é perdida, a conduta correta aparece, quando a conduta correta é perdida, a
conveniência aparece. A conveniência é a mera sombra do direito e da
verdade; é o começo da desordem.

Palavras sinceras não são bonitas; belas palavras não são sinceras.
Todas as coisas no mundo vem da existência. E o existir vem do não existir.

Todas as coisas difíceis tem origem naquelas que são fáceis. E todas as
grandes coisas naquilo que é pequeno.

Uma formiga em movimento faz mais do que um boi cochilando.

Quanto mais leis e imposições forem feitas, mais ladrões e assaltantes


haverão.

As pessoas estão famintas: é porque as autoridades comem demais em


impostos.

Aquele que possui conhecimento, não acha. Aquele que acha, não tem
conhecimento.
Étienne de La Boétie

(1530–1563) 32 anos.
Juiz, escritor e fundador da filosofia política moderna na França.

Da mesma forma, quanto mais tiranos saquearem, mais eles desejam, mais
eles arruinam e destroem; quanto mais se renderem a eles, e os obedecerem,
mais eles se tornam poderosos e horripilantes, mais prontos para aniquilar e
destruir. Mas se nada lhes é cedido, se, sem qualquer violência,
simplesmente não são obedecidos, ficam nus e desfeitos e como nada, assim
como, quando a raiz não recebe nutrição, o ramo murcha e morre.

Sejam resolutos em não servir e vocês serão livres.

É um extremo infortúnio estar-se sujeito a um senhor, o qual nunca se pode


se certificar de que seja bom, pois sempre está em seu poderio ser mau
quando quiser.

Os homens só desdenham a liberdade, ao que parece, porque a teriam se a


desejassem, como se se recusassem a fazer essa bela aquisição somente
porque ela é fácil demais.
É preciso supor que, a natureza, ao conferir partes maiores a uns e menores
a outros, quis dar espaço à afeição fraterna para que ela tivesse onde ser
praticada, pois uns têm o poder de prestar ajuda, enquanto outros
necessitam recebê-la.

O homem é naturalmente livre e quer sê-lo, mas sua natureza é tal que se
amolda facilmente à educação que recebe.

Eu não lhe pediria tão vivamente pra recuperar a liberdade se lhe custasse
alguma coisa. Não existe nada mais caro para o homem do que readquirir o
seu direito natural e, por assim dizer, de animal voltar a ser homem.
Contudo, não espero dele ousadia tão grande. Nem quero que prefira a
segurança duvidosa de viver miseravelmente a uma esperança incerta de
viver como lhe agrada.

Resolva não servir mais e você será imediatamente libertado. Não peço que
você coloque as mãos sobre o tirano para derrubá-lo, mas simplesmente que
você não o apoia mais; então você o verá, como um grande colosso cujo
pedestal foi arrancado, cai de seu próprio peso e se quebra em pedaços.
John Locke

(1632–1704) 72 anos.
John Locke foi um filósofo inglês conhecido como o "pai do liberalismo".

Sempre que os legisladores tentam tirar e destruir as propriedades do povo,


ou reduzi-los à escravidão sob poder arbitrário, eles se colocam em estado
de guerra com o povo, ao quais são absolvidos de qualquer outra
obediência.

O povo não pode delegar ao governo o poder de fazer qualquer coisa que
seja ilegal para eles mesmos fazerem.

Todo homem tem uma propriedade em sua própria pessoa. Ao seu corpo
ninguém tem direito senão ele mesmo. Logo, o trabalho de seu corpo e o
trabalho de suas mãos, podemos dizer, são propriamente dele. O grande e
principal objetivo, portanto, de os homens unirem-se em comunidade e
colocarem-se sob um governo é a preservação de suas propriedades.

Todos os homens, por natureza, são iguais nesse mesmo direito que todo
homem tem à sua liberdade natural, sem estar sujeito à vontade ou
autoridade de qualquer outro homem; sendo todos iguais e independentes,
ninguém deve prejudicar o outro em sua vida, saúde, liberdade ou posses.
Liberdade é estar livre de contenção e violência de outros.

Todo homem tem uma propriedade em sua própria pessoa. A isso ninguém
tem direito, mas somente ele mesmo.

Os indivíduos têm o direito de se defender e recuperar pela força o que por


força ilegal é tirado deles.

Quem somos nós para dizer aos outros o que eles podem ou não podem
fazer?

Uma coisa é persuadir, outra, comandar; uma coisa pressionar com


argumentos, outra com penalidades.

Mas há apenas uma coisa que reúne pessoas em comoção sediciosa, e isso é
a opressão.

Sendo razoável e justo, eu deveria ter o direito de destruir o que me ameaça


com a destruição: pela a lei fundamental da natureza, a humanidade deve
ser preservada, tanto quanto possível. E quando nem todos puderem ser
preservados, a segurança do inocente deve ser preferida.
David Hume

(1711–1776) 65 anos.
Filósofo, historiador e ensaísta britânico, um dos mais importantes filósofos modernos do
Iluminismo.

Nada é mais surpreendente do que a facilidade na qual muitos são


governados por poucos.

É quando começamos a trabalhar juntos que a verdadeira cura ocorre... é


quando começamos a derramar nosso suor, e não nosso sangue.

Ninguém jamais jogou fora a vida enquanto valeu a pena mantê-la.


Adam Smith

(1723–1790) 67 anos.
Adam Smith foi um filósofo e economista britânico, considerado o mais importante teórico do
liberalismo econômico.

A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza
dos príncipes.

O esforço natural de cada indivíduo para melhorar sua própria condição é


tão poderoso que é sozinho e sem assistência, capaz não apenas de levar a
sociedade à riqueza e prosperidade, mas de superar cem obstáculos
impertinentes com os quais a loucura das leis humanas com muita
frequência atrapalha suas operações.

O que vai gerar a riqueza das nações é o fato de cada indivíduo procurar o
seu desenvolvimento e crescimento econômico pessoal.

Felicidade é aquilo que ganhamos pelo agir.

O homem é um animal que faz barganhas.


Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que
esperamos o nosso jantar, mas da consideração de seu próprio interesse.
Nós nos dirigimos, não à humanidade deles, mas ao amor próprio deles, e
nunca conversamos com eles sobre nossas próprias necessidades, mas sobre
suas vantagens. Ninguém, a não ser um mendigo, escolhe depender
principalmente da benevolência de seus concidadãos.

Não existe nenhuma habilidade tão rapidamente aprendida pelo governo do


que a de drenar dinheiro do bolso das pessoas.

Todo homem, contanto que ele não viole as leis da justiça, fica
perfeitamente livre para perseguir seu próprio interesse, à sua maneira, e
para colocar sua indústria e capital em concorrência com os de qualquer
outro homem ou ordem humana.
William Godwin

(1756–1836) 80 anos.
Jornalista inglês, filósofo político e romancista. Considerado um dos primeiros expoentes do
utilitarismo e o primeiro proponente moderno do anarquismo.

A liberdade é a escola da inteligência.

Sempre que o governo assume que nos livra do problema de pensar por nós
mesmos, as únicas consequências que produz são as de torpor e
imbecilidade.

O governo pretendia suprimir a injustiça, mas seu efeito foi incorporá-la e


perpetuá-la.

Os prazeres da auto-aprovação, juntamente com o cultivo correto de todos


os nossos prazeres, exigem independência individual. Sem independência,
os homens não podem se tornar sábios, úteis ou felizes.

Ninguém deve invadir minha propriedade, nem eu, a dele. Ele pode me
aconselhar, moderadamente e sem perniciosidade, mas não deve esperar
ditar para mim. Ele pode me censurar livremente e sem reservas, mas deve
se lembrar de que devo agir por minha deliberação e não por ele. Ele pode
exercer uma ousadia republicana ao julgar, mas não deve ser peremptório e
imperioso ao prescrever. A força nunca pode ser usada, mas na emergência
mais extraordinária e imperiosa.

A perfeição é uma das características mais inequívocas da espécie humana.

A maneira mais eficaz de diminuir os erros não é pela força bruta ou pela
regulação, que é um dos tipos de violência para reduzir o homem a
uniformidade intelectual; mas, ao contrário, ensinando todo homem a
pensar por si próprio.

A liberdade política de consciência e de imprensa, longe de ser como é


supostamente uma extensão, é um novo caso de limitação de direitos e
discrição. A consciência e a imprensa devem ser irrestritas, não porque os
homens tenham o direito de se desviar da linha exata que o dever prescreve,
mas porque a sociedade, o agregado de indivíduos, não tem o direito de
assumir a prerrogativa de um juiz infalível e de empreender com autoridade
prescrever a seus membros em questões de pura especulação.

Na realidade, os governos, criados em abundância, são uma questão de


força, e não de consentimento.
David Ricardo

(1772–1823) 51 anos.
Economista e político britânico, um dos mais influentes economistas clássicos.

Como todos os outros contratos, os salários devem ser deixados à


concorrência justa e livre do mercado e nunca devem ser controlados pela
interferência do legislador.

Toda transação comercial é uma transação independente.

A tributação sob todas as formas apresenta apenas uma escolha de males.

Nem um estado nem um banco tiveram poder irrestrito de emitir papel-


moeda sem abusar desse poder.
Josiah Warren

(1798–1874) 76 anos.
Inventor, teórico social e crente na soberania individual, que influenciou John Stuart Mill.

Os governos cometem mais crimes contra pessoas e propriedades e


contribuem mais para sua insegurança do que todos os criminosos reunidos.

A liberdade, então, é a soberania do indivíduo, e nunca o homem conhecerá


a liberdade até que todo e qualquer indivíduo seja reconhecido como o
único soberano legítimo de sua pessoa, tempo e propriedade, cada um
vivendo e agindo a seu próprio custo.

Tornou-se agora um sentimento muito comum, que há algum erro profundo


e radical em algum lugar, e que os legisladores se mostraram incapazes de
descobri-lo ou remediá-lo.

A desconexão da Igreja e do Estado foi um golpe de mestre pela liberdade e


harmonia.

Exigir conformidade na apreciação de sentimentos ou na interpretação da


linguagem, ou uniformidade de pensamento, sentimento ou ação, é um erro
fundamental na legislação humana - uma loucura que só seria igualada
exigindo que todos os homens possuíssem o mesmo semblante, a mesma
voz ou a mesma estatura.

A influência pública é o governo real do mundo.


Frédéric Bastiat

(1801–1850) 49 anos.
Teórico liberal clássico francês, economista político e autor de A Lei. Bastiat desenvolveu o
conceito econômico de custo de oportunidade e apresentou a parábola da janela quebrada.

O Estado é aquela grande ficção onde todos acham que podem viver às
custas dos demais.

Quando o saque torna-se um modo de vida para um grupo de homens, eles


criam para si próprios, no decorrer do tempo, um sistema jurídico que o
autoriza e um código moral que o glorifica.

É-me impossível separar a palavra fraternidade da palavra voluntária. Eu


não consigo sinceramente entender como a fraternidade pode ser legalmente
forçada, sem que a liberdade seja legalmente destruída e, em consequência,
a justiça seja legalmente deturpada. A espoliação legal tem duas raízes: uma
delas, como já lhe disse anteriormente, está no egoísmo humano; a outra, na
falsa filantropia.

Todos querem viver às custas do Estado e se esquecem que o Estado vive às


custas de todos.
Se as tendências naturais da humanidade são tão ruins que não seja seguro
permitir que as pessoas sejam livres, como pode as tendências desses
planejadores serem sempre boas? Os legisladores e seus agentes nomeados
também não pertencem à raça humana? Ou eles acreditam que eles mesmos
são feitos de uma argila mais fina que o resto da humanidade?

Vida, liberdade e propriedade não existem porque os homens fizeram leis.


Pelo contrário, foi o fato da existencia da vida, liberdade e da propriedade
que levaram os homens fazê-las.

Ah, suas criaturas miseráveis! Vocês que pensam que são tão bons! Vocês
que julgam a humanidade tão pequena! Vocês que desejam reformar tudo!
Por que vocês não se reformam? Essa tarefa seria suficiente.

Agora, o roubo legal pode ser cometido de várias formas. Assim, temos um
número infinito de planos para organizá-lo: tarifas, proteção, benefícios,
subsídios, incentivos, tributação progressiva, escolas públicas, empregos
garantidos, lucros garantidos, salários mínimos, direito ao descanso, direito
às ferramentas de trabalho, crédito livre e assim por diante.

Desde que seja admitido que a lei possa ser desviada de seu verdadeiro
proposito - que possa violar a propriedade em vez de protegê-la, — todos
desejarão participar da criação da lei, para se proteger contra saques ou usá-
la para roubar.

Escravidão, proteção e monopólio encontram defensores, não apenas


naqueles que lucram com eles, mas naqueles que sofrem por eles.
Não é verdade que o legislador tenha poder absoluto sobre nossas pessoas e
propriedades. A existência de pessoas e propriedades precedeu a existência
do legislador, e sua função é apenas garantir sua segurança.

O político tenta remediar o mal, aumentando exatamente o que causou o


mal: pilhagem legal.

O roubo legalizado tem duas raízes: uma delas, como já disse antes, está na
ganância humana; o outro está em falsa filantropia.

A pessoa que se beneficia com a lei reclamará amargamente, defendendo


seus direitos adquiridos. Ela alegará que o Estado é obrigado a proteger e
incentivar sua indústria em particular; que esse procedimento enriquece o
estado porque a indústria protegida é capaz de gastar mais e pagar salários
mais altos aos trabalhadores pobres. Não ouça esse sofisma por interesses
pessoais. A aceitação desses argumentos criará pilhagem legal em todo um
sistema. De fato, isso já ocorreu. A ilusão atual é uma tentativa de
enriquecer a todos à custa de todos; universalizar a pilhagem sob o pretexto
de organizá-la.

Essa linha de raciocínio nos leva a uma pergunta desafiadora: se as pessoas


são tão incapazes, imorais e ignorantes quanto os políticos indicam, então
por que o direito dessas mesmas pessoas de votar é defendido com tanta
insistência apaixonada?

Lei e caridade não são as mesmas coisas.


Mas o que os socialistas fazem? Eles disfarçam inteligentemente esse roubo
institucionalizado dos outros — e até de si mesmos — sob os nomes
sedutores de fraternidade, unidade, organização e associação. Por pedirmos
tão pouco da lei — somente justiça — os socialistas assumem, assim, que
rejeitamos fraternidade, unidade, organização e associação.

Quando uma parte de riqueza é transferida da pessoa que a possui — sem o


seu consentimento e sem compensação, e seja por força ou por fraude —
para quem não a possui, digo que a propriedade é violada; que um ato de
pilhagem é cometido.

A necessidade mais urgente não é que o Estado ensine, mas que permita a
educação. Todos os monopólios são detestáveis, mas o pior de tudo é o
monopólio da educação.

Tomar pela violência não é produzir, mas destruir. Na verdade, se a tomada


pela violência estivesse produzindo, este nosso país seria um pouco mais
rico do que é.

Em qualquer ponto do horizonte científico de onde começo,


invariavelmente chego à mesma conclusão — a solução do problema social
está na liberdade.

Quando a lei e a moral estão em contradição, o cidadão se vê na alternativa


cruel de perder o senso moral ou de respeitar a lei — dois males de igual
magnitude, entre os quais seria difícil escolher.
Adin Ballou

(1803–1890) 87 anos.
Escritor, filosófo e anarquista cristão americano.

Um homem não pode matar. Se ele mata um companheiro, ele é um


assassino. Se dois, dez, cem homens fazem isso, eles também são
assassinos. Mas um governo ou uma nação pode matar quantos homens
quiser, e isso não será assassinato, mas uma ação grande e nobre.

As pessoas são por natureza seres sociais. Nenhum indivíduo sozinho


possui todas as capacidades da natureza humana para a felicidade. Um
indivíduo satisfaz a deficiência de outro. Os indivíduos podem realizar seu
bem maior somente quando corretamente associados. Na verdadeira
associação, todos os interesses essenciais de indivíduos e famílias serão
harmonizados. Essa ordem harmônica da sociedade é possível aqui na terra
e deve ser instituída.

Nunca antes as nações da terra gastaram tanto dinheiro, tempo, força e


inteligência na preparação para as contingências da guerra... E tudo para
quê? Para salvar vidas? Para fazer justiça? Para proteger os direitos
humanos? Para promover a liberdade civil e religiosa? Manter a ordem,
abençoar a sociedade e elevar a humanidade?
O que é o governo humano? É a vontade do homem — seja de um, poucos,
muitos ou todos, em um estado ou nação — de exercer autoridade absoluta
sobre o homem, por meio de força física e astúcia.
Alexis de Tocqueville

(1805–1859) 53 anos.
Pensador político, historiador e escritor francês.

Os americanos estão tão apaixonados pela igualdade que preferem ser


iguais na escravidão do que desiguais na liberdade.

Nada é mais maravilhoso que a arte de ser livre, mas nada é mais difícil de
aprender a usar do que a liberdade.

A sociedade desenvolverá um novo tipo de servidão que cobre a superfície


da sociedade com uma rede de regras complicadas, através das quais as
mentes mais originais e os personagens mais enérgicos não conseguem
penetrar. Não tiraniza, mas comprime, enerva, extingue e entorpece um
povo, até que cada nação seja reduzida a nada melhor do que um rebanho
de animais tímidos e industriosos, dos quais o governo é o pastor.

Creio que, em qualquer época, eu teria amado a liberdade; mas, na época


que em vivemos, sinto-me propenso a idolatrá-la.
Não posso deixar de temer que os homens cheguem a um ponto em que
encarem toda nova teoria como um perigo, toda inovação como um
problema penoso, todo avanço social como um primeiro passo em direção à
revolução e que possam absolutamente se recusar a se mover.

Todo mundo sente o mal, mas ninguém tem coragem ou energia suficiente
para buscar a cura.

Não é uma lista interminável de direitos — o 'direito' à educação, o 'direito'


aos cuidados de saúde, o 'direito' à alimentação e moradia. Isso não é
liberdade, é dependência. Esses não são direitos, são as rações da
escravidão — feno e um celeiro para o gado humano.
William Lloyd Garrison

(1805–1879) 73 anos.
Abolicionista americano, libertário e jornalista, que influenciou Frederick Douglass, ex-escravo
e ativista anti-escravidão.

Com homens sensatos, raciocinarei; com homens humanos suplicarei; mas


para os tiranos não darei clemência, nem desperdiçarei argumentos onde
eles certamente serão perdidos.

Escravize a liberdade de apenas um ser humano e a liberdade de todos


estarão em perigo.

O que não é justo não é lei.

Todo escravo é um homem roubado; todo detentor de escravo é um ladrão


de homens.

Eu não cheguei até aqui com referência a nenhuma bandeira senão a da


liberdade. Se a sua União não simboliza a emancipação universal, ela não
traz nenhuma União para mim. Se a sua Constituição não garante a
liberdade para todos, não é uma Constituição que eu possa me associar. Se
sua bandeira está manchada pelo sangue de um irmão preso em cativeiro, eu
a repudo em nome de Deus. Eu vim aqui para testemunhar o desenrolar de
uma bandeira sob a qual todo ser humano deve ser reconhecido como tendo
direito à sua liberdade.

Liberdade para cada um, para todos e para sempre!

Nosso país é o mundo — nossos compatriotas são toda a humanidade.


Max Stirner

(1806-1856) 50 anos.
Filósofo alemão e um dos precursores do niilismo, existencialismo, teoria psicanalítica, pós-
modernismo e anarquismo individualista.

O objetivo dos Governos é sempre o mesmo: limitar o indivíduo,


domesticá-lo subordiná-lo, subjugá-lo.

Eu digo: se liberte o máximo que puder, e terá feito a sua parte.

O Estado chama a sua própria violência de "lei" mas a violência dos


indivíduos de "crime".

Quem quer que seja livre deve se libertar. Liberdade não é um presente de
fadas para cair no colo de um homem. O que é liberdade? Ter vontade de
ser responsável por si próprio.

A liberdade não pode ser concedida: precisa ser conquistada!


Quando o mundo vem em minha direção — e ele sempre vem. — eu o
consumo para acalmar a fome do meu egoísmo. Para mim você não é nada
além de — minha comida, da mesma forma que eu também sou consumido
e usado por você. Nós apenas temos uma relação, a de usabilidade, utilidade
e uso. Não devemos nada um ao outro, pelo que pareço lhe dever, devo ao
pior dos casos a mim mesmo. Se eu lhe mostrar um ar alegre, a fim de
animá-lo da mesma forma, sua alegria é consequência para mim, e meu ar
serve ao meu desejo; para milhares de outros, a quem não pretendo animar,
não o mostro.

Meu poder é minha propriedade. Meu poder me dá propriedades. Meu


poder sou eu mesmo, e através dele sou minha propriedade.

O povo está morto! Bom dia, Eu!

"Liberdade política", o que devemos entender com isso? Talvez a


independência individual do Estado e de suas leis? Não; pelo contrário, a
sujeição do indivíduo ao Estado e às leis do Estado... Liberdade política
significa que a polis, o Estado, é livre; liberdade de religião de que a
religião é livre, como liberdade de consciência significa que a consciência é
livre; não, portanto, que sou livre do Estado, da religião, da consciência ou
que me livre deles. Isso não significa minha liberdade, mas a liberdade de
um poder que me governa e me subjuga; significa que um dos meus
déspotas, como Estado, religião, consciência, é livre. Estado, religião,
consciência, esses déspotas, fazem de mim um escravo, e a liberdade deles
é minha escravidão.

A riqueza do povo é a minha pobreza.


Eu também amo os homens — não apenas indivíduos, mas cada um. Mas
eu os amo com a consciência do egoísmo; Eu os amo porque o amor me faz
feliz, eu amo porque o amor é natural para mim, porque me agrada. Não
conheço nenhum “mandamento do amor”. Tenho um sentimento de
companheirismo em cada sentimento, e seus tormentos me atormentam, seu
alivio também me alivia; Eu posso matá-los, não torturá-los.

É possível que eu faça muito pouco de mim; mas esse pouco é tudo, e
melhor do que aquilo que permito que seja feito de mim pelo poder dos
outros, pelo treinamento dos costumes, da religião, das leis, do Estado.

Agora está claro: Deus se importa apenas com o que é dele, ocupa-se
apenas consigo mesmo, pensa apenas em si mesmo e só tem a si próprio
diante de seus olhos; inflige tudo o que não lhe agrada. Ele não serve a
nenhuma pessoa superior e satisfaz apenas a si mesmo. Sua causa é — uma
causa puramente egoísta.

Observe a nação que é defendida por patriotas devotos. Os patriotas caem


em batalhas sangrentras ou em lutas com a fome e a miséria. E qual é o
interessa da nação por isso? É pelo adubo de seus corpos que a nação
floresce? Os indivíduos morreram "pela grande causa da nação", e a nação
os enviam algumas palavras de gratidão quando morrem e — fica com o
lucro para si. Devo dizer que isso sim é um tipo de pagamento egoísta.
Lysander Spooner

(1808–1887) 79 anos.
Abolicionista americano, advogado, empresário, teórico anarquista individualista e autor de
Sem Traição.

Aqueles que são capazes de tirania são capazes de perjúrio para sustentá-la.

Um homem não é menos escravo porque ele está autorizado a escolher um


novo mestre de vez em quando.

Se a tributação sem consentimento não é roubo, então qualquer grupo de


ladrões pode declarar-se um governo e todos os seus roubos serão
legalizados.

E ainda temos aquilo que tem a intenção, a profecia ou o clamor de ser um


contrato — a Constituição — feita a oitenta anos atrás, por homens que
agora estão todos mortos, e que nunca tiveram qualquer poder para nos
amarrar, mas que fundiram três gerações de homens, de milhões deles aos
quais (é dito) serão amarrados aos milhões que virão; mas que ninguém
concordou, assinou, recebeu, foi testemunha ou teve conhecimento; no qual
poucas pessoas, comparadas com a totalidade, afirmam estarem ligadas por
ele, à algo que nunca leram, viram ou vão ler e ver.
Os direitos naturais de um homem são seus, contra o mundo inteiro; e
qualquer violação deles é igualmente um crime; cometido por um homem
ou por milhões; cometido por um homem, chamando a si mesmo de ladrão,
ou por milhões chamando-lhes de governo.

Vícios são aqueles atos pelos quais um homem prejudica a si mesmo ou a


sua propriedade. Crimes são aqueles atos pelos quais um homem prejudica
a pessoa ou a propriedade de outro. Vícios são simplesmente os erros que
um homem comete em sua busca por sua própria felicidade. Ao contrário
dos crimes, os vícios não implicam malícia para com os outros e nenhuma
interferência em suas pessoas ou propriedades.

Nenhum governo, assim chamado, pode ser razoavelmente confiável ou ter


propósitos honestos em vista, desde que dependa totalmente do apoio
voluntário.

E os chamados soberanos, nesses diferentes governos, são simplesmente os


chefes ou chefes de diferentes grupos de ladrões e assassinos.

O direito natural de cada indivíduo de defender sua própria pessoa e


propriedade contra um agressor, e de prestar assistência e defesa a qualquer
outra pessoa cuja pessoa ou propriedade seja invadida, é um direito sem o
qual os homens não poderiam existir na terra.
Henry David Thoreau

(1817–1862) 44 anos.
Defensor de um governo mínimo ou nenhum governo e da desobediência civil contra o Estado
autoritário.

A desobediência é o verdadeiro fundamento da liberdade. Os obedientes


devem ser escravos.

Se eu negar a autoridade do Estado quando ele apresentar minha guia de


arrecadação, em breve ela levará e desperdiçará toda a minha propriedade e,
assim, incomodará a mim e aos meus filhos. Isso é difícil, torna impossível
que um homem viva honestamente e, ao mesmo tempo, confortavelmente,
em aspectos externos.

Todos os homens reconhecem o direito da revolução; isto é, o direito de


recusar lealdade e resistir ao governo, quando sua tirania ou sua ineficiência
são grandes e insuportáveis.

Qualquer tolo pode fazer uma regra; e qualquer tolo vai se importar.

O melhor governo é o que governa menos.


Gustave de Molinari

(1819–1912) 92 anos.
Economista liberal francês e autor de A Produção de Segurança, no qual argumentava que a
segurança pode ser produzida melhor através do mercado do que através do policiamento
monopolista do governo.

Propriedade privada é redundante. "Propriedade pública" é um oxímoro.


Toda propriedade legítima é privada. Se a propriedade não é privada, é
roubada.

O verdadeiro remédio para a maioria dos males não é outro senão liberdade,
liberdade ilimitada e completa, liberdade em todos os campos do esforço
humano.

Assim como a guerra é a consequência natural do monopólio, a paz é a


consequência natural da liberdade.

A anarquia não é garantia de que as pessoas não matem, firam, sequestrem,


fraudem ou roubem outras. O governo é uma garantia que poucos vão.

A guerra tem sido a consequência necessária e inevitável do


estabelecimento de um monopólio da segurança.
O que faz um imposto? Leva do produtor ou do consumidor uma porção
mais ou menos considerável do produto destinada em parte ao consumo e
em parte à economia, para aplicá-lo a fins menos produtivos ou mesmo
destrutivos e, mais raramente, à poupança.

Essas associações, ou partidos políticos, são exércitos reais que foram


treinados para buscar o poder; seu objetivo imediato é aumentar o número
de seguidores e controlar a maioria eleitoral. Aos eleitores influentes, para
esse fim, é prometida tal ou tal participação nos lucros que se seguirão ao
sucesso, mas essas promessas — geralmente cargos ou privilégio — são
resgatáveis apenas por uma multiplicação de "cargos", que envolve um
aumento correspondente de empresas nacionais, seja de guerra ou de paz.
Não é nada para um político que o resultado seja o aumento de cobranças e
drenos mais pesados na energia vital do povo. A competição incessante sob
a qual eles trabalham, primeiro em seus esforços para garantir o cargo e
depois para manter sua posição, os obriga a fazer com que o interesse das
partes seja de seu único cuidado, e eles não estão em posição de considerar
se esse interesse pessoal e imediato está em harmonia com o bem geral e
permanente da nação.
Herbert Spencer

(1820–1903) 83 anos.
O parlamentar britânico que defendeu o "direito do povo de ignorar o estado".

O grande objetivo da educação não é conhecimento, mas ação.

Seja ou não verdade que o homem é moldado na iniquidade e concebido no


pecado, é inquestionavelmente verdade que o governo é gerado da agressão
e pela agressão.

O resultado final de proteger os homens dos efeitos da insensatez é encher o


mundo de tolos.

Quando o conhecimento de um homem não está em ordem, quanto mais ele


possui, maior é sua confusão.

Todo socialismo envolve escravidão.

Influências de vários tipos conspiram para aumentar a ação corporativa e


diminuir a ação individual.
Ninguém pode ser perfeitamente livre até que todos sejam livres; ninguém
pode ser perfeitamente moral até que todos sejam morais; ninguém pode ser
perfeitamente feliz até que todos sejam felizes.

As agências estatais desapontam rotineiramente a todos. Os esforços


privados, por mais pequenos que sejam seus primeiros estágios, diariamente
alcançam resultados que surpreendem o mundo.
Auberon Herbert

(1838–1906) 68 anos.
Fundador do voluntariado e antidemocrata, que defendia que a maioria votante não tem mais
direito de decidir a vida de um homem do que um déspota ou a igreja.

Liberdade significa se recusar a permitir que alguns homens usem o Estado


para obrigar outros a servir seus interesses ou opiniões.

É impossível fazermos um avanço real até que tenhamos em mente essa


grande verdade, que sem liberdade de escolha, sem liberdade de ação, não
existem coisas como verdadeiras qualidades morais; só podendo haver um
uso submisso dos cordões que outros amarraram em volta de nossas mãos.

Viver em um estado de liberdade não é viver à parte da lei. É, pelo


contrário, viver sob a lei mais alta, a única lei que pode realmente beneficiar
um homem, a lei que é consciente e deliberadamente imposta por ele em si
mesmo.

Achei a maioria dos meus amigos bastante satisfeitos em serem usados


como fonte tributária, mesmo que as somas de dinheiro tiradas deles fossem
empregadas contra suas próprias crenças e interesses. Eles haviam vivido
tanto tempo sob o sistema de usar os outros e, por sua vez, sendo usados por
eles, que eram como sujeitos hipnotizados, e encaravam esse sujeito e o uso
um do outro como parte da ordem necessária e até providencial das coisas.
A grande máquina tomou posse de suas almas.

A justiça necessita que você não coloque os encargos de um homem nos


ombros de outro, mesmo que ele seja mais capaz de suportá-los. Em
palavras mais claras, você não deve fazer um grupo de homens pagar pelo
que é usado por outro grupo de homens.

A propriedade privada e o livre comércio mantêm-se exatamente na mesma


base, sendo partes essenciais e indivisíveis da liberdade, ambas dependentes
de direitos que nenhum corpo de homens, sejam chamados governos ou
qualquer outra coisa, pode justamente tirar do indivíduo.

Com que direito os homens exercem poder um sobre o outro?

Somente você, trilhando o caminho abençoado da paz e da liberdade, pode


trazer a verdadeira regeneração da sociedade e, com ela, a verdadeira
felicidade de suas próprias vidas.

Por que você desejaria obrigar os outros? Por que você deveria procurar ter
poder? Aquela coisa má, amarga e zombeteira, que tem sido desde os
tempos antigos, como é hoje, a tristeza e maldição do mundo — sobre
homens e mulheres? Por que você desejaria tirar de qualquer homem ou
mulher sua vontade e inteligência, sua livre escolha, sua própria orientação,
seus direitos inalienáveis sobre si mesmos. Por que você desejaria fazer
deles meras ferramentas e instrumentos de sua própria vantagem e
interesse? Por que você desejaria obrigá-los a servir e seguir suas opiniões
em vez das próprias? Por que você deveria negar neles a alma — que sofre
tão profundamente de todos os constrangimentos — e tratá-los como uma
folha de papel em branco sobre a qual você pode escrever sua própria
vontade e desejos, de qualquer tipo que seja? Quem lhe deu o direito, de
onde você pretende recebê-lo, de degradar outros homens e mulheres de sua
verdadeira posição como seres humanos, tirando deles sua vontade, sua
consciência e inteligência — em uma palavra, tudo de bom e a parte mais
alta de sua natureza — transformando-as em meras conchas inúteis vazias,
meras sombras dos verdadeiros homens e mulheres, meros números no jogo
que você é louco o suficiente para jogar, e apenas porque você é mais
numeroso ou mais forte que eles, eles como se não pertencessem a si
mesmos, mas a você? Você pode acreditar que o bem jamais virá
degradando moral e espiritualmente seus semelhantes? Que forma feliz,
segura e permanente de sociedade você pode esperar construir neste plano
lamentável de sujeitar os outros ou de se sujeitar a eles?
Benjamin Tucker

(1854–1939) 85 anos.
Editor americano do periódico anarquista individualista Liberty.

Forçar um homem a pagar pela violação de sua própria liberdade é de fato


uma adição de insulto à injúria.

A essência do governo é o controle, ou a tentativa de controle.

Agressão é apenas outro nome para Governo.

O custo da justiça pode ser justamente pago apenas pelo invasor.

O capitalismo é pelo menos tolerável, o que não se pode dizer do


socialismo ou do comunismo.

Se o indivíduo tem o direito de se governar, todo governo externo é tirania.


Daí a necessidade de abolir o Estado.
Isso nos leva ao anarquismo, que pode ser descrito como a doutrina de que
todos os assuntos dos homens devem ser administrados por indivíduos ou
associações voluntárias, e que o Estado deve ser abolido.

O monopólio e o privilégio devem ser destruídos, as oportunidades


oferecidas e a competição incentivada. Este é o trabalho de Liberty e
"Abaixo a Autoridade", seu grito de guerra.

Os anarquistas nunca afirmaram que a liberdade trará perfeição; eles


simplesmente dizem que seus resultados são amplamente preferíveis aos
que seguem a autoridade.

Onde o crime existe, a força deve existir para reprimi-lo. Quem nega isso?
Certamente não a liberdade; certamente não os anarquistas... [Um crítico]
implica que permitiríamos que assaltos, estupros e assassinatos causassem
estragos na comunidade sem levantarmos um dedo para impedir seu
trabalho brutal e sangrento. Pelo contrário, somos os inimigos mais severos
da invasão de pessoas e propriedades.

De uma vez por todas, então, não nos opomos à punição de ladrões e
assassinos; nós nos opomos à sua produção.

Os anarquistas certamente acreditam na Igreja; eles apenas insistem que


todo o seu trabalho deve ser puramente voluntário e que suas descobertas e
realizações, por mais benéficas que sejam, não serão impostas ao indivíduo
por autoridade.
Voltairine de Cleyre

(1866–1912) 45 anos.
Anarquista americana conhecida por ser uma escritora prolífica e oradora que se opunha ao
poder do Estado, ao capitalismo que ela via como interconectado a ele, ao casamento e ao
domínio da religião sobre a sexualidade e a vida das mulheres.

Se esse é o preço a ser pago por uma ideia, então vamos pagar. Não há
necessidade de ficar preocupada, com medo ou vergonha. Este é o momento
de dizer corajosamente: “Sim, acredito na substituiçãoo deste sistema de
injustiça por apenas um; Acredito no fim da fome, da exposição e dos
crimes causados por eles; Eu acredito na alma humana reinante sobre todas
as leis que o homem fez ou fará; Eu acredito que não há paz agora, e nunca
haverá paz, até que um governe sobre outro; Acredito na total desintegração
e dissolução do princípio e prática da autoridade; Eu sou um anarquista, e
se por isso você me condena, eu estou pronta para receber sua condenação.

Anarquismo, para mim, significa não apenas a negação de autoridade, não


apenas uma nova economia, mas uma revisão dos princípios da moralidade.
Significa o desenvolvimento do indivíduo, bem como a afirmação do
indivíduo. Significa auto-responsabilidade, e não a adoração de líderes.

Quando você descobrir quem não tens a permissão para criticar, perceberás
quem está no controle.
O governo é tão irreal, tão intangível, tão inacessível quanto Deus.

Pois a natureza do governo é tornar-se uma coisa à parte, uma instituição


que existe por si mesma, atacando o povo e ensinando tudo o que tende a
mantê-lo seguro em seu lugar.

Quanto à essência do comércio e manufatura, é esta: estabelecer vínculos


entre todos os cantos da superfície da terra, multiplicar as necessidades da
humanidade e o desejo de posses materiais e satisfação.

Normalmente, um homem não rouba, a menos que aquilo que ele roube seja
algo que ele não possa facilmente obter sem roubar; na liberdade, o custo
do roubo envolveria maiores dificuldades do que produzir e,
consequentemente, ele não estaria apto a roubar.

A lei cria dez criminosos onde restringe um.

Como esperar que a liberdade desfaça em um momento o que a opressão


vem fazendo há séculos?

O gigante é cego, mas está pensando: e seus cabelos estão crescendo rápido.

Esta é a tirania do Estado; nega, tanto para a mulher quanto para o homem,
o direito de ganhar a vida e concede isso como privilégio a poucos
favorecidos que, por esse favor, devem pagar noventa por cento aos seus
permitidores.
Em nome da pureza, as mentiras são contadas! Que moral estranha ela
gerou.

Agora, o remédio. Está em uma palavra, a única palavra que já trouxe


equidade em qualquer lugar — LIBERDADE!

A humanidade não pode ser feita igualitária por meras declarações em


papel. A menos que existam condições materiais para a igualdade, dizer que
os homens são iguais é pior que zombaria.

Enquanto os trabalhadores dobrarem as mãos e orarem aos deuses em


Washington para que lhes deem trabalho, eles seguirão sem obtê-lo.
Albert Jay Nock

(1870–1945) 74 anos.
Autor e editor americano que se opôs ao socialismo de Estado e ao plano New Deal e uma das
primeiras pessoas a se identificar como libertário no sentido americano do século XX.

A mente é como o estômago. O que importa não é o quanto você coloca


nele, mas o quanto ele digere.

Existem dois métodos, ou meios, e apenas dois, pelos quais as necessidades


e desejos do homem podem ser satisfeitos. Um é a produção e troca de
riqueza; esse é o meio econômico. O outro é a apropriação descompensada
da riqueza produzida por outros; esse é o meio político.

Quando um mendigo nos pede esmola, nosso instinto é dizer que o Estado
já confiscou o dinheiro para seu benefício, e que ele deveria pedir ao
Estado.

O testemunho positivo da história é que o Estado invariavelmente teve sua


origem na conquista e confisco. Nenhum Estado primitivo conhecido na
história se originou de qualquer outra maneira.
A razão prática da liberdade é que a liberdade parece ser a única condição
sob a qual qualquer tipo de filamento moral substancial pode ser
desenvolvido. Tentamos leis, compulsões e autoritarismos de vários tipos, e
o resultado não é motivo de orgulho.

Nem se pode dizer que o Estado tenha demonstrado alguma disposição para
suprimir o crime, mas apenas para salvaguardar seu próprio monopólio do
crime.

O Estado, tanto em sua gênese quanto por sua intenção primária, é


puramente anti-social. Não se baseia na idéia de direitos naturais, mas na
idéia de que o indivíduo não tem direitos, exceto aqueles que o Estado pode
provisoriamente conceder a ele. Ele sempre tornou a justiça dispendiosa e
de difícil acesso, e invariavelmente se manteve acima da justiça e da
moralidade comum sempre que pôde se beneficiar disso.

A principal razão para uma tarifa é que ela permite a exploração do


consumidor doméstico por um processo indistinguível de puro assalto.

O juiz disse que não gostaria de sentenciar o rapaz; parecia a coisa errada a
fazer; mas a lei não lhe deixou opção. Fiquei impressionado com isso. O
juiz, então, estava fazendo algo como oficial que ele nem sonharia em fazer
como homem; e ele poderia fazê-lo sem qualquer senso de responsabilidade
ou desconforto, simplesmente porque estava agindo como oficial e não
como homem.

A prática estatal "democrática" nada mais é do que a prática estatal.


A mentalidade de um exército em marcha é apenas de uma adolescência
muito atrasada; permanece persistente, incorrigível e notoriamente infantil.

O verdadeiro individualista deve considerar o poder sobre os outros como


algo preeminentemente a ser odiado e evitado.

Não machuque ninguém, e então faça o que quiser.

Considerando a indiferença da humanidade em relação à liberdade, sua fácil


credulidade e sua fácil resposta ao condicionamento, pode-se argumentar
muito plausivelmente que o coletivismo é o modo político mais adequado à
sua disposição e capacidade. Sob seu regime, o cidadão, como o soldado, é
dispensado do ônus da iniciativa e é despojado de toda responsabilidade,
exceto por fazer o que lhe é dito.
H. L. Mencken

(1880–1956) 75 anos.
Escritor americano que se opôs fortemente ao governo autoritário.

Quanto mais velho eu fico, mais desconfio da doutrina familiar de que a


idade traz sabedoria.

O homem mais perigoso para qualquer governo é o homem capaz de pensar


por si mesmo, sem levar em conta as superstições e tabus predominantes.
Quase inevitavelmente, ele chega à conclusão de que o governo em que
vive é desonesto, insano e intolerável...

A democracia é uma crença patética na sabedoria coletiva da ignorância


individual. Ninguém neste mundo, até onde eu sei — e pesquisei os
registros por anos e empreguei agentes para me ajudar — jamais perdeu
dinheiro subestimando a inteligência das grandes massas do povo comum.
E ninguém jamais perdeu um cargo público assim.

Um bom político é tão impensável quanto um ladrão honesto.


Explicações existem; elas sempre existiram; sempre existe uma solução
conhecida para todo problema humano — clara, plausível ou errada.

O objetivo da educação pública não é espalhar a iluminação, é


simplesmente reduzir o maior número possível de pessoas ao mesmo nível
de segurança, criar e treinar uma cidadania padronizada, reprimir a
dissidência e a originalidade.

O governo é realmente o pior fracasso do homem civilizado. Nunca houve


um realmente bom, e mesmo as mais toleráveis são arbitrários, cruéis,
gananciosos e pouco inteligentes.

Todo homem decente tem vergonha do governo em que vive.

O desejo de salvar a humanidade é quase sempre uma frente falsa para o


desejo de governar.

A democracia é uma crença patética na sabedoria coletiva da ignorância


individual.

Sofremos mais quando a Casa Branca se enche de idéias.

O que os homens valorizam neste mundo não são direitos, mas privilégios.
Toda eleição é uma espécie de venda antecipada em leilão de bens
roubados.
Ludwig von Mises

(1881–1973) 92 anos.
Filósofo austríaco, economista e autor de Ação Humana.

O governo não pode tornar o homem mais rico, mas pode torná-lo mais
pobre.

As obras públicas não são realizadas pelo poder milagroso de uma varinha
mágica. Elas são pagas com fundos retirados dos cidadãos.

Depressões e desemprego em massa não são causados pelo livre mercado,


mas pela interferência do governo na economia.

Os monopólios comerciais e da indústria devem sua origem não a uma


tendência iminente na economia capitalista, mas à política intervencionista
governamental dirigida contra o livre comércio e o laissez faire.

O padrão de vida do homem comum é mais alto nos países que têm o maior
número de empresários ricos.
Os piores males que a humanidade já enfrentou foram infligidos por maus
governos. O estado pode ser e sempre foi, no decorrer da história, a
principal fonte de prejuízos e desastres.

A história econômica é um longo registro de políticas governamentais que


fracassaram porque foram elaboradas com um desrespeito às leis da
economia.

O que paga no capitalismo é satisfazer o homem comum, o cliente. Quanto


mais pessoas você satisfizer, melhor para você.

O principal problema político é como impedir que o poder da polícia se


torne tirânico. Este é o significado de todas as lutas pela liberdade.

O estado é essencialmente um aparato de compulsão e coerção. A


característica de suas atividades é obrigar as pessoas através da aplicação ou
a ameaça da força a se comportarem de outra maneira do que gostariam de
se comportar.

Quem prefere a vida à morte, a felicidade ao sofrimento, o bem-estar à


miséria devem defender sem comprometer a propriedade privada dos meios
de produção.

O que transformou o mundo de carruagens puxadas a cavalo, veleiros e


moinhos de vento passo a passo em um mundo de aviões e eletrônicos foi o
princípio do laissez-faire.
Foi no clima criado por esse sistema capitalista de individualismo que todas
as conquistas intelectuais modernas prosperaram.

Uma imprensa livre pode existir apenas quando houver controle privado
sobre os meios de produção.

A idéia de que a liberdade política pode ser preservada na ausência de


liberdade econômica e vice-versa é uma ilusão. A liberdade política é o
corolário da liberdade econômica.

A característica de uma sociedade livre é que ela pode funcionar apesar de


seus membros discordarem em muitos julgamentos de valor. Liberdade
significa realmente a liberdade de cometer erros.

Quando os homens obtêm liberdade em relacionamentos puramente


econômicos, começam a desejá-la em outro lugar.

A única verdadeira autonomia nacional é a liberdade do indivíduo contra o


estado e a sociedade.

O significado da liberdade econômica é o seguinte: que o indivíduo está em


posição de escolher a maneira pela qual deseja se integrar à totalidade da
sociedade.

Liberdade e liberdade são as condições do homem dentro de uma sociedade


contratual.
Sob o padrão ouro, ouro é dinheiro e dinheiro é ouro. É irrelevante se as leis
atribuem ou não a qualidade do curso legal apenas às moedas de ouro
cunhadas pelo governo.

O padrão ouro não entrou em colapso. Os governos o aboliram a fim de


pavimentar o caminho para a inflação. Todo o aparato sombrio de opressão
e coerção, policiais, guardas alfandegários, tribunais penais, prisões, em
alguns países e até carrascos, teve que ser colocado em ação para destruir o
padrão ouro.

Idéias e somente idéias podem iluminar a escuridão.


Rose Wilder Lane

(1886–1968) 81 anos.
Jornalista americana, escritora e teórica libertária.

Nenhum estado, nenhum governo existe. O que de fato existe é um homem,


ou alguns homens, no poder sobre muitos homens.

É precisamente a democracia que está destruindo a estrutura política


americana, a lei americana e a economia americana.

Enquanto qualquer grande grupo de pessoas, em qualquer lugar do mundo,


acreditar na antiga superstição de que alguma Autoridade é responsável por
seu bem-estar, eles criarão uma imagem dessa Autoridade e tentarão
obedecê-la. E o resultado será pobreza e guerra.

Essa é a natureza da energia humana; indivíduos a geram e controlam. Cada


pessoa é autocontrolada e, portanto, responsável por seus atos. Todo ser
humano, por sua natureza, é livre.

Eu sou uma criadora e colaboradora da civilização americana; a sociedade


não me cria. Eu controlo a haste desta civilização que está ao meu alcance;
ela não me controla. Nem me faz ler Spengler, se eu preferir ler uma revista.

Quando o governo detém o monopólio de toda a produção e distribuição,


como muitos governos têm, ele não permite nenhuma atividade econômica
que concorra com ele. Isso significa que ele não pode permitir nenhum
novo uso da energia produtiva, pois o novo sempre compete com o antigo e
o destrói. Homens que constroem ferrovias destroem as linhas das
charretes.

O governo representativo não pode expressar a vontade da massa do povo,


porque não há massa do povo; O Povo é uma ficção, como O Estado. Você
não pode obter uma Vontade da Massa, mesmo entre uma dúzia de pessoas
onde todos querem fazer um piquenique. A única massa humana com
vontade comum é uma multidão, e essa vontade é uma loucura temporária.
De fato, a população de um país é uma multidão de seres humanos diversos,
com uma variedade infinita de propósitos, desejos e vontades flutuantes.

Acreditar que qualquer ação baseada na ignorância dos fatos pode ter
sucesso é abandonar o uso da razão.

A história nada mais é do que um registro do que as pessoas vivas fizeram


no passado.
Leonard Read

(1898–1983) 84 anos.
Economista americano e fundador da Foundation for Economic Education, a primeira think
tank libertária dos Estados Unidos e autor de Eu, Lápis.

Não há realmente nada que possa ser feito, exceto por um indivíduo.
Somente indivíduos podem aprender. Somente indivíduos podem pensar
criativamente. Somente indivíduos podem cooperar. Somente indivíduos
podem combater o estatismo.

A lição que tenho para ensinar é a seguinte: Deixe todas as energias


criativas desinibidas. Apenas organize a sociedade para agir em harmonia
com esta lição.

Não há diferença moral entre um batedor de carteiras e o imposto


progressivo sobre a renda ou qualquer parte socializada.

O socialismo toma e redistribui a riqueza, mas é totalmente incapaz de criar


riqueza.
Deve-se notar que as pessoas no mercado livre raramente prestam falso
testemunho; integridade é a regra.
Friedrich Hayek

(1899–1992) 92 anos.
Economista austríaco, pensador político e autor de O Caminho da Servidão.

Do fato de as pessoas serem muito diferentes, conclui-se que, se as tratamos


igualmente, o resultado deve ser a desigualdade em sua posição atual, e que
a única maneira de colocá-las em uma posição igual seria tratá-las de
maneira diferente. A igualdade perante a lei e a igualdade material são,
portanto, não apenas diferentes, mas conflitantes entre si; e podemos
alcançar uma ou outra, mas não as duas ao mesmo tempo.

O argumento da liberdade não é um argumento contra a organização, que é


uma das ferramentas mais poderosas que a razão humana pode empregar,
mas um argumento contra toda organização exclusiva, privilegiada e
monopolista, contra o uso da coerção para impedir que outros se saiam
melhor.

Se os socialistas entendessem economia, não seriam socialistas.

Quanto mais o estado "planeja", mais difícil o planejamento se torna para o


indivíduo.
Nossa fé na liberdade não se baseia nos resultados previsíveis em
circunstâncias particulares, mas na crença de que, em equilíbrio, liberará
mais forças para o bem do que para o mal.

Estou certo, no entanto, de que nada fez tanto para destruir as salvaguardas
jurídicas da liberdade individual quanto a busca por essa miragem de justiça
social.

Nossa liberdade de escolha em uma sociedade competitiva repousa no fato


de que, se uma pessoa se recusar a satisfazer nossos desejos, podemos nos
voltar para outra. Mas se enfrentarmos um monopolista, estaremos à sua
absoluta mercê. E uma autoridade que dirige todo o sistema econômico do
país seria o monopolista mais poderoso concebível... teria poder total para
decidir o que devemos receber e em que termos. Ele não apenas decidiria
quais mercadorias e serviços deveriam estar disponíveis e em que
quantidades; seria capaz de direcionar suas distribuições entre pessoas da
maneira que quisesse.

Embora uma igualdade de direitos sob um governo limitado seja possível e


uma condição essencial da liberdade individual, uma reivindicação de
igualdade de posição material pode ser atendida apenas por um governo
com poderes totalitários.

A mente nunca pode prever seu próprio avanço.

Prefiro o conhecimento verdadeiro, mas imperfeito, mesmo que deixe muito


indeterminado e imprevisível, a uma pretensão de conhecimento exato que
provavelmente será falso.
Liberdade não significa apenas que o indivíduo tenha a oportunidade e o
peso da escolha; isso também significa que ele deve suportar as
consequências de suas ações ao receber elogios ou culpas por elas.
Liberdade e responsabilidade são inseparáveis.
Ayn Rand

(1905–1982) 77 anos.
Filósofa e romancista americana, cujos livros The Fountainhead e Atlas Shrugged
influenciaram muitos ao libertarianismo.

A abundância da América não foi criada por sacrifícios públicos para o bem
comum, mas pelo gênio produtivo de homens livres que buscavam seus
próprios interesses pessoais e faziam suas próprias fortunas particulares.

Não considere os coletivistas como "idealistas sinceros, mas iludidos". A


proposta de escravizar alguns homens em benefício de outros não é um
ideal; a brutalidade não é "idealista", não importa qual seja seu propósito.
Nunca diga que o desejo de "fazer o bem" pela força é um bom motivo.
Nem desejo de poder nem estupidez são bons motivos.

Estou interessada em política, para que um dia não precise me interessar por
política.

Não há como governar homens inocentes. O único poder que qualquer


governo tem é o poder de reprimir criminosos. Bem, quando não há
criminosos suficientes, alguém os faz. Alguém declara tantas coisas como
um crime que se torna impossível viver sem infringir leis.
Ou acreditamos que o Estado existe para servir o indivíduo ou o indivíduo
existe para servir ao Estado.

O racismo nega dois aspectos da vida do homem: razão e escolha, ou mente


e moralidade, substituindo-os por predestinação química.... Um gênio é um
gênio, independentemente do número de idiotas que pertencem à mesma
raça – e um idiota é um idiota, independentemente do número de gênios
que compartilham sua origem racial.

Uma sociedade que rouba um indivíduo do produto de seu esforço – não é


estritamente falando uma sociedade, mas uma multidão mantida unida pela
violência institucionalizada de gangues.

O único objetivo adequado de um governo é proteger os direitos do homem,


o que significa: protegê-lo da violência física.

A menor minoria na terra é o indivíduo. Aqueles que negam direitos


individuais não podem alegar serem defensores de minorias.

O estatística sobrevive por saques; um país livre sobrevive pela produção.

Qual é o princípio básico, essencial e crucial que diferencia a liberdade da


escravidão? É o princípio da ação voluntária versus coerção ou compulsão
física.

Todo movimento que procura escravizar um país, toda ditadura ou potencial


ditadura, precisa de algum grupo minoritário como bode expiatório que
possa culpar pelos problemas da nação e usar como justificativa de sua
própria demanda por poderes ditatoriais. Na Rússia soviética, o bode
expiatório era a burguesia; na Alemanha nazista, era o povo judeu; na
América, são os empresários.

Se os trabalhadores lutam por salários mais altos, isso é aclamado como


"ganho social", se os empresários lutam por lucros mais altos, isso é
condenado como "ganância egoísta".

É um mercado livre que torna os monopólios impossíveis.

Como não existe uma entidade como "o público", uma vez que o público é
apenas um número de indivíduos, a idéia de que "o interesse público"
substitui interesses e direitos privados pode ter apenas um significado: que
os interesses e direitos de alguns indivíduos precedência sobre os interesses
e direitos de terceiros.

Todo monopólio coercitivo foi criado pela intervenção do governo na


economia: por privilégios especiais, como franquias ou subsídios, que
fecharam a entrada de concorrentes em um determinado campo, por ação
legislativa.

O grau de liberdade de um país é o grau de sua prosperidade.

Não há diferença entre comunismo e socialismo, exceto nos meios para


alcançar o mesmo fim último: o comunismo propõe escravizar os homens
pela força, o socialismo, pelo voto. A diferença é apenas entre assassinato e
suicídio.
O capitalismo criou o mais alto padrão de vida já conhecido na Terra. A
evidência é incontestável. O contraste entre Berlim Ocidental e Oriental é a
demonstração mais recente, como um experimento de laboratório para
todos verem. No entanto, aqueles que falam mais alto ao proclamar seu
desejo de eliminar a pobreza são mais fortes ao denunciar o capitalismo. O
bem-estar do homem não é o objetivo deles.
Milton Friedman

(1912–2006) 94 anos.
Vencedor do prêmio Nobel de economia e autor, juntamente com a esposa Rose, do clássico
libertário, Free to Choose.

Nada é tão permanente como um programa governamental temporário.

Fundamentalmente, existem apenas duas maneiras de coordenar as


atividades econômicas de milhões. Uma é a direção central que envolve o
uso da coerção – a técnica do exército e do estado totalitário moderno. O
outro é a cooperação voluntária de indivíduos – a técnica do mercado.

A grande virtude de um sistema de livre mercado é que ele não se importa


com a cor das pessoas; não se importa com a religião deles; só importa se
eles podem produzir algo que você deseja comprar. É o sistema mais eficaz
que descobrimos para permitir que as pessoas que se odeiam se relacionem
e se ajudem.

Sou a favor da legalização das drogas. De acordo com meu sistema de


valores, se as pessoas querem se matar, têm todo o direito de fazê-lo. A
maior parte do dano causado pelas drogas é porque elas são ilegais.
Se você colocar o governo federal no comando do deserto do Saara, em
cinco anos haverá uma escassez de areia.

Uma sociedade que coloca a igualdade ... à frente da liberdade terminará


sem igualdade nem liberdade.

Uma sociedade baseada na liberdade de escolha é melhor do que uma


sociedade baseada nos princípios do socialismo, comunismo e coerção.

O milagre econômico que tem sido os Estados Unidos não foi produzido
por empresas socializadas, por cartéis do governo que não são da indústria
ou por um planejamento econômico centralizado. Foi produzido por
empresas privadas em um sistema de ganhos e perdas. E as perdas eram
pelo menos tão importantes na eliminação de falhas, quanto os lucros na
promoção de sucessos. Deixe o governo socorrer fracassos, e estaremos
indo para a estagnação e declínio.

A liberdade econômica é um requisito essencial para a liberdade política.


Ao permitir que as pessoas cooperem entre si sem coerção ou direção
central, reduz a área sobre a qual o poder político é exercido.

A verdade elementar é que a Grande Depressão foi produzida pela má


administração do governo. Não foi produzido pelo fracasso da empresa
privada.

A noção essencial de uma sociedade capitalista... é cooperação voluntária,


intercâmbio voluntário. A noção essencial de uma sociedade socialista é
força.
Considere Segurança Social. Os jovens sempre contribuíram para o apoio
dos idosos. Antes, os jovens ajudavam seus próprios pais com um senso de
amor e dever. Eles agora contribuem para o sustento dos pais de outras
pessoas por compulsão e medo. As transferências voluntárias fortaleceram
os laços da família; as transferências compulsórias enfraquecem esses laços.

Se uma troca entre duas partes for voluntária, ela não ocorrerá, a menos que
ambas acreditem que serão beneficiadas. A maioria das falácias econômicas
deriva da negligência desse insight simples, da tendência de supor que
existe uma torta fixa, que uma parte pode ganhar apenas à custa de outra.

A solução do governo para um problema geralmente é tão ruim quanto o


problema.

Subjacente à maioria dos argumentos contra o livre mercado está a falta de


crença na própria liberdade.

Temos um sistema que tributa cada vez mais o trabalho e subsidia o


desemprego.

Que tipo de sociedade não está estruturada na ganância? O problema da


organização social é como estabelecer um arranjo sob o qual a ganância
cause menos danos.

O interesse próprio não é egoísmo míope. É o que interessa aos


participantes, o que eles valorizam, quaisquer que sejam os objetivos que
perseguem. O cientista que procura avançar as fronteiras de sua disciplina,
o missionário que procura converter os infiéis à verdadeira fé, o filantropo
que busca confortar os necessitados – todos buscam seus interesses, como
os vêem, e os julgam por seus próprios valores.

A história sugere que o capitalismo é uma condição necessária para a


liberdade política.

Quando um homem gasta seu próprio dinheiro para comprar algo para si
mesmo, ele é muito cuidadoso com o quanto gasta e como gasta. Quando
um homem gasta seu próprio dinheiro para comprar algo para outra pessoa,
ele ainda tem muito cuidado com o quanto gasta, mas um pouco menos com
o que gasta. Quando um homem gasta o dinheiro de outra pessoa para
comprar algo para si mesmo, ele é muito cuidadoso com o que compra, mas
não se importa com o quanto gasta. E quando um homem gasta o dinheiro
de outra pessoa com outra pessoa, ele não se importa com o quanto gasta ou
com o que gasta. E isso é governo para você.
Murray Rothbard

(1926–1995) 68 anos.
Filósofo, economista, historiador e principal teórico do anarcocapitalismo, autor de Por Uma
Nova Liberdade: O Manifesto Libertário e A Ética Da Liberdade.

Você não precisa de um tratado para ter livre comércio.

É fácil ser visivelmente "compassivo" se outros estão sendo forçados a


pagar o custo.

Há uma coisa boa em Marx: ele não era keynesiano.

É na guerra que o Estado realmente se destaca: inchaço no poder, em


número, em orgulho, em domínio absoluto sobre a economia e a sociedade.

Não é crime ignorar a economia, que é, afinal, uma disciplina especializada


e que a maioria das pessoas considera uma "ciência sombria". Mas é
totalmente irresponsável ter uma opinião alta e vociferante sobre assuntos
econômicos enquanto permanece nesse estado de ignorância.
O estado é uma gangue de ladrões.

O capitalismo de livre mercado é uma rede de trocas livres e voluntárias nas


quais os produtores trabalham, produzem e trocam seus produtos pelos
produtos de outros através de preços alcançados voluntariamente.

Todos os serviços que normalmente se pensa exigirem do Estado – da


cunhagem de dinheiro à proteção policial ao desenvolvimento da lei em
defesa dos direitos da pessoa e da propriedade – podem ser e foram
fornecidos de maneira muito mais eficiente e certamente mais moralmente
por pessoas privadas. O Estado não é de forma alguma exigido pela
natureza do homem; pelo contrário.

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