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 1947 – Realização do 1º Congresso Nacional da Educação de Jovens e

Adultos
Entre 1947 e final dos anos de 1950, o governo federal lançou várias
campanhas visando à extensão do então ensino primário de quatro anos
para a população mais pobre que não tinha tido acesso a ele na “idade
apropriada”
Essa Campanha tomou forma de Campanha Nacional de massa, porém
recebeu diversas críticas, divido às suas deficiências administrativas,
financeiras, de orientação pedagógica e do conteúdo do material
pedagógico.

 1950 -Curso para professores -MES- CEAA Coordenada por Lourenço


Filho
Curso para professores realizado pelo Ministério da Educação e Saúde,
coordenada por Lourenço Filho.

 1952 - Atividades das "Missões Rurais", a experiência de Itaperuna.


Possuía ligações com as autoridades locais, igrejas, associações, escolas, etc.
Tinha o objetivo de formar lideranças para atuar como instrumento de
melhorias das condições de vida nas localidades onde se instalava. Outras
Campanhas aconteceram neste mesmo período.
O significativo subtítulo interno da publicação do Relatório Final, “Uma
tentativa de organização da comunidade”, já indica o objetivo precípuo de
tal experiência modelar de intervenção educativa em uma comunidade rural
do país que no alvorecer da década de 50 possuía 70% de sua população
localizada na área rural ao mesmo tempo em que alargava as bases de seu
processo de desenvolvimento urbano-industrial.
O alvo privilegiado da Missão constituía-se na população adulta do
município. Desejava-se mobilizar os líderes da comunidade (bem como
promover o aparecimento de novas lideranças) tendo em vista a
disseminação das formas de pensamento e comportamento condizentes
com o projeto de melhoramento racional das condições de vida e de
trabalho da comunidade.
A par deste objetivo mais amplo, buscava a Missão fazer chegar a todos os
membros das comunidades em que atuava – homens, mulheres e crianças –
novos conhecimentos, valores e hábitos típicos da civilização urbano-
industrial em expansão no país.
 1958 - MEC lança Campanha Nacional de Erradicação do
Analfabetismo
O trabalho realizado na Campanha anterior recebeu muitas críticas e o MEC
cria a CNEA para criar novas orientações que iriam modificar os trabalhos
desenvolvidos na década de 60. Extinta em 1961.

 1961 – Campanha De pé No Chão Também Se Aprende a Ler


Foi um Movimento de Educação Popular que, tendo nascido no âmbito dos
Comitês Nacionalistas, quando das eleições de 1960 para Prefeitos de Natal
(RN), veio a se desenvolver na Secretaria Municipal de Educação durante a
administração Djalma Maranhão. A sua principal especificidade é justamente
esta: um movimento popular que opera dentro de um aparelho de Estado.
Crianças, jovens e adultos. Implantada, principalmente, na periferia da
Cidade, onde não existiam escolas, a sua clientela básica foi constituída pelas
classes sociais despossuídas. Isso não significou uma exclusão de outras
classes sociais, considerando a abrangência da proposta e o envolvimento da
sociedade, como um todo.

 1961 - Movimentos de Educação Popular (CPCs)


Início da utilização do método Paulo Freire nos CPCs (Centros Populares de
Cultura), dirigidos pela União Nacional de Estudantes (UNE).

 JUNHO DE 1967 - Preparativos para o Movimento Brasileiro de


Alfabetização (MOBRAL)
O governo assume o controle dos Programas de Alfabetização de
Adolescentes e Adultos, agora com formato conservador e assistencialista.
Começam os preparativos para o Movimento Brasileiro de Alfabetização
(MOBRAL).
O MOBRAL foi um órgão do governo brasileiro, instituído pelo decreto nº
62.455, de 22 de Março de 1968, conforme autorizado pela Lei n° 5.379, de
15 de dezembro de 1967 durante o governo de Emílio Garrastazu Médice na
Ditadura Militar.
Durante mais de uma década, jovens e adultos frequentaram as aulas do
MOBRAL. A recessão econômica iniciada nos anos 80 inviabilizou a
continuidade do programa. A partir de 1985, com o fim do regime militar, a
Fundação Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) passou a se
chamar Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos - EDUCAR. Em
1990, a Fundação EDUCAR também foi extinta.
 MAIO DE 1970 - O MOBRAL é instituído
O Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) foi um órgão do governo
brasileiro, instituído pelo decreto nº 62.455, de 22 de Março de 1968,
conforme autorizado pela Lei n° 5.379, de 15 de dezembro de 1967 durante
o governo de Emílio Garrastazu Médice na Ditadura Militar. Durante mais de
uma década, jovens e adultos frequentaram as aulas do MOBRAL. A recessão
econômica iniciada nos anos 80 inviabilizou a continuidade do programa. A
partir de 1985, com o fim do regime militar, a Fundação Movimento
Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) passou a se chamar Fundação Nacional
para Educação de Jovens e Adultos - EDUCAR.[5]Em 1990, a Fundação
EDUCAR também foi extinta.

 1971 – a Lei 5.692 Regulamenta o Ensino Supletivo como proposta de


reposição de escolaridade.
A aprendizagem começa a sinalizar para o lado da profissionalização, pois
a época havia grande necessidade de mão de obra qualificada que não
estava disponível no mercado de trabalho.

 1972 – o parecer do Conselho Federal de Educação nº 699 e o


documento “Política para um Ensino Supletivo” visaram constituir
uma nova concepção de escola.

 1985 – a Fundação Educar ocupa o lugar do MOBRAL.


A fundação possui as mesmas características de ensino do MOBRAL, porém
não recebe recursos financeiros necessários a sua manutenção.

 1988 – Outorgada a Constituição de 1988 que determina a inclusão


de jovens e adultos pouco escolarizados nos sistemas de ensino.

 1991 - MEC declara “separação” da EJA.


O MEC (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA), declarou a intenção de não
mais atuar na Educação de Jovens e Adultos, favorecendo o analfabetismo
entre os adultos.

 1995 - Lançamento da Campanha Alfabetização Solidária


Em 1995 é lançada a Campanha Alfabetização Solidária em moldes
tradicionais. Primeiramente através da Presidência da República, depois em
conjunto com a organização não- governamental. A primeira -dama, Ruth
Cardoso era a coordenadora da Campanha.
 1996 - Diretrizes e Bases da Educação - Lei n. 9394/96
A Emenda Constitucional 14/96 suspendeu o compromisso de erradicar o
analfabetismo em dez anos, bem como a obrigatoriedade da expansão da
oferta do Ensino Médio, assegurado pela Constituição de 1988.

 2000 – Lançadas As Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens


e Adultos
As Diretrizes Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, através do
Parecer CNE/CEB 11/2000, passa a ser o documento normativo mais
importante para a Educação de Jovens e Adultos, buscando propor através
de algumas funções, uma educação reparadora, equalizadora e
qualificadora.

 2003 - A SECAD (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e


Diversidade) é criada
As responsabilidades da União na Educação de Jovens e Adultos,
são reassumidas pelo MEC, que compreendeu que a sua atuação
na EJA é fundamental, no sentido de obrigar e auxiliar os governos
locais a buscar soluções para atenderem as atribuições
educacionais.

 2003 - É criado o Programa Brasil Alfabetizado (PBA)


É criado o Programa Brasil Alfabetizado voltado para a alfabetização de
jovens, adultos e idosos, dando diretrizes e metas.

 2005 – Criação do PROJOVEM (Programa de Inclusão de Jovens:


Educação, Qualificação e Ação Comunitária)
Criação do Programa de Inclusão de Jovens: Educação, Qualificação e Ação
Comunitária. É lançado pela Secretaria de Educação Profissional e
Tecnológica do MEC, para jovens maiores de 18 anos, instituído pela Lei no
11.129, de 30 de junho de 2005; altera a Lei no 10.836, de 9 de janeiro de
2004; revoga dispositivos das Leis nos 9.608, de 18 de fevereiro de 1998,
10.748, de 22 de outubro de 2003, 10.940, de 27 de agosto de 2004, 11.129,
de 30 de junho de 2005, e 11.180, de 23 de setembro de 2005; e dá outras
providências.
 2006 - O PROEJA (Programa Nacional de Integração da Educação
Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de
Jovens e Adultos)
Criação do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a
Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos.

 2008/2011 - O Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR


Ofertou formação continuada, orientado para a formação de professores.
Foram disponibilizados cursos de especialização nas seguintes áreas:
Educação Especial; Educação Ambiental; Educação em Direitos Humanos;
Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos; Educação do Campo;
Educação para as Relações Étnico-Raciais; Educação Indígena; Educação
Quilombola e Educação para a Juventude.

 2010 – SENSO
Em 2010 o senso acusou 14 milhões de pessoas analfabetas no Brasil.

 2009/2010 – NUCLEAÇÃO
No final de 2009 início de 2010, foi reorganização a oferta dos cursos de
Educação de Jovens e Adultos (EJA) que estaria em curso nas escolas
estaduais da região metropolitana de São Paulo. Tal processo resultou no
fechamento de escolas e na redução da oferta, sobretudo no nível médio
desta modalidade. O mecanismo utilizado para tal redução seria a política de
“nucleação” (em escolas-polo) da oferta de EJA nas escolas da rede estadual
de ensino, tanto no âmbito das Diretorias Regionais de Ensino, sendo
reduzida de forma drástica a quantidade de escolas a oferecer a modalidade
EJA no ano letivo de 2010. Além desta informação, foram notificados
diversos casos de jovens e adultos que, que pretendendo retomar seus
estudos, foram impedidos de se matricular porque tinham cursado a
primeira ou segunda séries do ensino médio (regular ou EJA) em outros
lugares ou há alguns anos, sendo encaminhados diretamente para o CEEJA.

 2010 – Fundeb
A partir de 2010 houve uma pequena elevação no fator de ponderação da
EJA (percentual dos recursos do FUNDEB direcionados para o EJA), além de
um desmembramento em dois grupos:
1) educação de jovens e adultos com avaliação no processo, passou de 0,7
para o fator de 0,8;
2) educação de jovens e adultos integrada à educação profissional de nível
médio, com avaliação no processo, passou de 0,7 para o fator de 1,0.
O EJA passou a compor 15% das despesas do FUNDEB o que anteriormente
não chegava a 10%.

 2010 – PNE 
Foram aprovadas as metas para a educação do decênio 2010-2020, cujo
projeto original (PL nº 8035/2010) foi encaminhado pelo Executivo ao
Congresso Nacional em dezembro de 2010.
Meta: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de
educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma
integrada à educação profissional.

 2010 - Programa Chapéu de Palha – ALFABETIZAÇÃO


Instituído pelo Governo do Estado de Pernambuco, o programa Chapéu de
Palha foi criado para combater os efeitos do desemprego decorrentes da
entressafra da cana-de-açúcar e da fruticultura irrigada, das condições
adversas para a pesca artesanal e da situação de emergência das famílias
desabrigadas em função das chuvas ocorridas em 2010. O programa
contribui para as áreas de Educação, Saúde, Cidadania, Habitação,
Infraestrutura e Meio Ambiente no campo, gerando renda, reforço
alimentar, capacitação e melhoria da qualidade de vida da população
afetada.

 2011 - Pronatec EJA (Implementado em 2012)


A Resolução CNE/CEB nº 06/2012, que trata das Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio o Pronatec
EJA parte da compreensão da importância e especificidade da Educação de
Jovens e Adultos, definida como uma modalidade da educação básica,
representando o esforço na melhoria do acesso a processos de ensino e
aprendizagem de qualidade social e no fortalecimento do direito à educação
ao longo da vida para todos, com objetivos e metodologias próprias.

 2011 - Programa Educação em Prisões (Implementado em 2013)


Programa Educação em Prisões, para atender ao disposto na Lei nº
12.433/2011, que prevê a possibilidade da remição de pena pelo estudo e no
Decreto nº 7.626/2011, que instituiu o Plano Estratégico de Educação no
Sistema Prisional (PEESP), o Ministério da Educação e o Ministério da Justiça
elaboraram o Plano de Implementação da Educação no Âmbito do Sistema
Prisional, lançado em fevereiro de 2013, contemplando os seguintes eixos:
Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos; Educação Profissional e
Tecnológica; Formação de Profissionais da Educação e dos Agentes
Penitenciários; Aquisição de Equipamentos, Mobiliários, Materiais
Pedagógicos e literários e Infraestrutura Física.

 2012 - Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)


O MEC publicou a Resolução CD/FNDE nº 48/2012 que transfere recursos
financeiros aos estados, municípios e Distrito Federal para a manutenção de
novas turmas de EJA, a partir do exercício 2012. O Ministério da Educação
ampliou o programa e efetuou a transferência de R$ 401.795.774
(quatrocentos milhões, setecentos e noventa e cinco mil, setecentos e
setenta e quatro reais).

 2013 – PRONACAMPO
O Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo), instituído pela
Portaria nº 86/2013, com metas para a implementação da política de
educação do campo nos termos da lei nº 12.695/2012 passa a ser
computadas no Fundeb as matrículas de estudantes da educação do campo
ofertadas pelas instituições comunitárias, sem fins lucrativos, conveniadas
com o poder público, que atuam na formação por alternância

 2016 - NOVAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O EJA


Em 27 de junho de 2016 Michel Temer revogou a nomeação de 12
conselheiros do CNE que tinham sido nomeados pela presidenta eleita Dilma
Rousseff no dia 11 de maio.
O decreto, assinado por Temer e seu ministro da Educação, Mendonça Filho,
no dia 28 de junho, revoga a nomeação de quatro conselheiros entre eles
José Loureiro Lopes: doutor em educação, foi secretário de Educação da
Paraíba e pró-reitor da UFPB. Autor de obras sobre educação de jovens e
adultos, foi reitor do Centro Universitário da João Pessoa (Unipê). Houve
também a recondução de outros três à Câmara de Educação Básica, assim
como a nomeação de três e recondução de dois membros da Câmara de
Educação Superior. Em 28 de agosto o Governo Federal suspendeu o
Programa Brasil Alfabetizado.

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