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2014
Comitê Cientı́fico
Flávia Morgana de O. Jacinto (UFAM) - Coordenadora
http://www.loja.sbm.org.br/
2014
Campos polinomiais e hipersuperfı́cies
algébricas invariantes
Maurı́cio Corrêa
mauricio@mat.ufmg.br
Departamento de Matemática
Instituto de Ciências Exatas-ICEX
Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG
Editora: SBM
Impresso na Gráfica:
Capa: ? ? ?
ISBN ????-????
CDD - 51
Ao amor da minha vida, Cátia.
Agradecimentos
À Deus.
À Rodrigo Bissacot pelo incentivo e sugestão para escrever estas notas.
Aos colegas que, no desenvolvimento deste trabalho, contribuı́ram de
diferentes formas para a sua realização, em especial Marcio Soares, Luis
Guillermo, Arturo Perez, Israel Vainsencher, Leonardo Câmara, Omegar
Andrade, Renato Vidal e Marcos Jardim.
Aos meus alunos, Vinicius dos Reis, Fernando Lourenço, Michely Oli-
veira e Alana Nunes, que durante o mestrado participaram de cursos rela-
cionados à essas notas.
À minha famı́lia: minha esposa Cátia, meus irmãos Nádia e Douglas,
meus sobrinhos Nayara e João Marcos, meu pai Chico e minha tia Vanir.
Ao CNPq, à CAPES e FAPEMIG pelos auxı́lios concedidos durante a
realizaç¸ao deste trabalho.
Voar é fácil. Difı́cil mesmo é pousar.
Butica.
10
Conteúdo
Prefácio 15
1 Preliminares 19
1.1 Variedades algébricas Afins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.2 exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1.3 Campos de vetores e formas holomorfas . . . . . . . . . . . . 24
1.3.1 Aplicações multilineares e tensores . . . . . . . . . . . 24
1.3.2 Formas exteriores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
1.3.3 Produto exterior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
1.3.4 Álgebra de Grassman . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
1.3.5 Produto interior ou contração . . . . . . . . . . . . . . 31
1.4 Equações diferenciais ordinárias e campos de vetores . . . . . 32
1.4.1 p-formas e p-vetores diferenciais . . . . . . . . . . . . . 33
1.5 Exercı́cio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
11
12
4.3 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Referências 59
14
Prefácio
15
16
Maurı́cio Corrêa
Capı́tulo 1
Preliminares
V \ W = V(f1 , . . . , fs , g1 , . . . , gt ).
Exemplo 1.2. Considere a variedade {(0, 0)} ⇢ C2 . Então o ideal I({(0, 0)})
consiste de todos os polinmios que se anulam na origem. Portanto
Por outro lado, veja que hx2 , y 2 i ⇢ I(V (x2 , y 2 )) mas I(V (x2 , y 2 )) * hx2 , y 2 i.
i) V ⇢ W , I(V ) I(W );
I = hf1 , . . . , fs i.
O Teorema dos Zeros de Hilbert diz que o ideal de uma variedade V (I)
é o radical de I.
Teorema 1.2 (Teorema dos Zeros de Hilbert). Se f1 , . . . , fs 2 C[x1 , . . . , xn ]
são tais que f 2 I(V (f1 , . . . , fs )), então existe m 1 tal que f m 2 hf1 , . . . , fs i
(e reciprocamente).
2 2
Exemplo p 1.3. Voltando ao exemplo acima vemos que I(V (hx , y i)) =
hx, yi = hx2 , y 2 i.
Portanto, V é redutı́vel.
i) V é irredutı́vel;
⇢
f (z1 , . . . , zn )
C(z1 , . . . , zn ) = : f, g 2 C[z1 , . . . , zn ], g 6= 0 .
g(z1 , . . . , zn )
1.2 exercı́cios
1. Mostre que V (f ) é irredutı́vel se, e somente se, f é um polinomio irre-
dutı́vel.
p
2. Mostre que I(V (hx2 , y 2 i)) = hx, yi = hx2 , y 2 i.
3. Seja a = (a1 , . . . , an ) 2 Cn um ponto. Mostre que V = {a} se, e somente
se, I(V ) = hz1 a1 , . . . , zn an i.
4. Mostre que a dimensão do espaço vetorial complexo dos polinômios de
grau menor ou igual a d é igual a
✓ ◆
d+n
dim Cd [z] = .
n
1.3 Campos de vetores e formas holomorfas
Uma função f : V ⇢ Cn ! C é dita holomorfa(ou analı́tica ) se em torno
de cada ponto f se escreve como uma série de potências ,em n variávies com
coeficientes complexas, convergente. Denotamos o conjunto de func cões
analı́cicas por O(V ). É fácil ver que O(V ) tem estrutura de anel.
Um map F : V ⇢ Cn ! Cm é dito holomorfo(ou analı́tico ) se suas
funções coordenadas o são. Para mais detalhes sobre a teoria de funções
holomorfas em várias variáveis complexas recomendamos a leitura do livro
de Marcos Sebastiani (30).
Exemplo 1.6. Toda função polinomial é analı́ca.
F1 ⌦ · · · ⌦ Fs : V 1 ⇥ · · · ⇥ V r ! K
(v1 , . . . , vs ) ! F1 (v1 ) · · · Fs (vs ).
e⇤i1 ⌦ · · · ⌦ e⇤ir
para toda sequência (s) de r inteiros em {1, . . . , n}. Isto mostra que F é
combinaão linear dos e⇤i1 ⌦ · · · ⌦ e⇤ir . Como o número de sequências (s) é nr ,
e este é exatamente a dimensão de Lr (V ), concluimos de fato que
Lr (V ) = he⇤i1 ⌦ · · · ⌦ e⇤ir iK .
X X
= ✏(t) ✏(t)✏(s)(t s) ! = ✏(t s)(t s) !
s2Sp s2Sp
X
= ✏(t) ✏(r)r ! = ✏(t)a(!).
r2Sp
Parte ii) : como por hipótese ! é antimétrica então s ! = ✏(s)!, para todo
s 2 Sp . Portanto
X X X
a(!) = ✏(s)s ! = ✏(s)2 ! = ! = p!!.
s2Sp s2Sp s2Sp
X X
= ✏(st)(s t) (! ⌦ #)
s2Sp+q t2Sp
X
= p! ✏(r)r (! ⌦ #) = p!a(! ⌦ #)
r2Sp+q
X
= ( 1)pq ✏(s)!(es(q+1) , . . . , est(p+q) )#(est(1) , . . . , est(q) )
s2Sp+q
Para parte ii) usaremos a parte i) da proposição 1.7. Com efeito, usando a
definiç ão de produto exterior e que a(! ⌦ a(# ⌦ )) = (q + r)!a(! ⌦ (# ⌦ ))
obtemos
1
! ^ (# ^ ) = p!(q+r)! a(! ⌦ (# ^ ))
1 1 1 1
= p!(q+r)! q!r! a(! ⌦ a(# ⌦ )) = p!(q+r)! q!r! (q + r)!a(! ⌦ (# ⌦ ))
1
= p!q!r! a(! ⌦ (# ⌦ )) = (! ^ #) ^ .
↵ = !1 ^ · · · ^ !p .
Veremos que toda p-forma exterior é combinaão linear de p-formas de-
componı́veis.
Vp
Isto mostra que se ↵ 2 E então existem fi1 ,...,ip 2 K tais que
X
↵= fi1 ,...,ip vi⇤1 ^ · · · ^ vi⇤p .
1i1 ···ip
Pn Pn
seguinte forma: sejam ⌦ = i=0 !i e ⇥ = i=0 ✓i , então
= !0 ✓0 + (!0 ✓1 + !1 ✓0 ) + (!0 ✓2 + !1 ^ ✓1 + !2 ✓0 ) + · · ·
0 1
n
X X
= @ !i ^ ✓j A .
r=0 i+j=r
Vi Vj Vi+j V
Com este produto vemos que ( E)·( E) ⇢ E, ou seja, o espaço E
é uma ágebra graduada. Além disso, segue das propriedades
V de associativi-
dade e anti-comutatividade do produto exterior que E é anti-comutativa
e associativa.
p
^ p^1
i : E ! E
Vq
onde fi1 ,...,ip 2 O(U ) . Denotaremos por (U ) o espaço de q-formas holo-
morfas definidas no aberto U ⇢ Cn .
P
Definição 1.12. Seja ! = 1i1 ···ip fi1 ,...,ip dzi1 ^· · ·^dzip uma p-forma
holomorfa. A diferencial exterior de ! é a (p + 1)-forma holomorfa dada
por X
d! := dPi1 ,...,ip ^ dzi1 ^ · · · ^ dzip ,
1i1 <···<ip n
Pn @Pi1 ,...,ip
onde dPi1 ,...,ip = j=1 @zj dzj .
X p
^
✓= fi1 ,...,ip dzi1 ^ · · · ^ dzip 2 (V ).
1i1 <···<ip n
Proposição
Vq Seja F : U ⇢ Cn ! V ⇢ Cm uma aplica¸ ao holomorfa
1.11. V
p
e!2 (V ) e ✓ 2 (V ). Então:
Vq
i) f ⇤ (! ^ ✓) = f ⇤ ! ^ f ⇤ ✓ 2 (M );
iii) d2 (!) = 0;
iv) d(! ^ ✓) = d! ^ ✓ + ( 1)pq ! ^ d✓
1.5 Exercı́cio
1 Sejam ! 2 Lp (F ), # 2 Lq (F ) e T : E ! F uma aplicação linear, então:
a) T ⇤ (a(!)) = a(T ⇤ !)
b) T ⇤ (! ⌦ #) = T ⇤ (!) ⌦ T ⇤ (#).
Vp V1
2 Sejam ! 2 E e#2 (E). Mostre que
X
(!^#)·(e1 , . . . , ep+1 ) = ( 1)i 1 !(ei )#(e1 , . . . , ei 1 , ebi , ei+1 , . . . , e(p+1) ).
1ip+1
Vp Vp
3 Sejam ! 2 E e#2 (E). Mostre que a aplicação produto exterior
Vp Vp Vp+q
(^) : E⇥ (E) ! (E)
(#, !) 7 ! !^#
é bilinear.
a) F é alternada
b) F (v1 , . . . , vi , vi+1 , . . . , vr ) = F (v1 , . . . , vi+1 , vi , . . . , vr )
c) F (v1 , . . . , v, v, . . . , vr ) = 0
1.5. EXERCÍCIO 35
T ⇤ !1 ^ · · · ^ T ⇤ !n = det(T )!1 ^ · · · ^ !n .
é exata.
Vr Vr+s
11 . Dados ! 2 V E e ✓ 2 E, dizemos que ! é divisı́vel por ✓ se
r
existe ↵ 2 E tal que ✓ = ! ^ ↵. Mostre que uma (r + 1)-vetor
Vr+1
!2 E é divisı́vel por ✓ 2 E se, e somente se, ! ^ ✓ = 0.
Integrabilidade algébrica
para campos polinomiais
Este Teorema nos diz, em particular, que se o campo não admite integral
primeira racional então o numero de hipersuperficies algébricas invariantes
é no máximo
✓ ◆
d+n 1
+ n.
n
Esta cota está longe de ser otimal. Porém, se fixarmos o grau das hi-
persuperfı́ceis invariantes podemos encontrar uma cota melhor usando um
método introduzido por Jorge Vitório Pereira em (26) chamada de hiper-
superfı́ceis extacticas. Conceito de extacticas também foi explorado pelo
matemáfico russo Lagutinskii (11), portanto chamamos tal teoria de teoria
de integrabilidade de Lagutinskii-Pereira.
No caso de hiperplanos invariantes veremos que tal cota é atingida.
O segundo resultado deste capt́itulo será o seguinte:
Teorema 2.2. Seja X um campo polinomial em Cn de grau d. Suponha
que X não admite integral primeira racional. Então o número de hipersu-
perfı́cies irredutı́veis invariantes por X, de grau k, é no máximo
✓ ◆ ✓ ◆
n+k 1 n+kk
+ (d 1).
k k 2
Em particular, o campo X admite no máximo
✓ ◆
n+1
(d 1) + n + 1. (2.0.1)
2
hiperplanos invariantes. Além disso, essa cota é otimal.
@f @f
z1 + · · · + zn = kf.
@z1 @zn
Isto nos diz que toda hipersuperficie algébrica homogênea é invariante pelo
campo radial
@ @
R = z1 + · · · + zn .
@z1 @zn
Definição 2.2. Seja R = P/Q 2 C(z1 , ..., zn ) uma função racional. Consi-
dere o pencil de hipersuperfı́cies induzido por R dado por {P Q = 0} 2C .
Dizemos que R é uma integral primeira racional para X se
V = {P Q = 0}
Daı́
RiX (dz1 ^ ... ^ dzn ) = 0 8i = 1, ..., n.
Como R 6= 0 e utilizando a proposição 2.2 , temos
n
X
(dz1 ^ ... ^ dzn )(X) = 0 , ( 1)i 1 ci ^ ... ^ dzn = 0.
Pi dz1 ^ ... ^ dz
i=1)
Mas
k
[ k
[
{fi = 0} ⇢ |R1 ⌘1 + ... + Rk ⌘k |1 e {fi = 0} 6⇢ |⌘n+1 |1 ,
i=1 i=1
uma contradição.
Esta cota está longe de ser otimal. Porém, se fixarmos o grau das hiper-
superfı́ceis invariantes podemos encontrar uma cota melhor usando um a
teoria de integrabilidade algébrica de Lagutinskii-Pereira.
Neste capitulo, exploraremos este conceito dando um outro critério para
existência de integrais primeiras racionais. Em particular, obtemos uma
cota otimal para o numero de hiperplanos invariantes.
@
campo constante X = @t e v1 , v2 , · · · , vl são polinômios em uma variavel
C[t] o determinante
0 1
v1 v2 ··· vl
B
B v10 v20 ... vl0 C
C
det B .. .. .. C (2.2.5)
@ . . ··· . A
(l 1) (l 1) (l 1)
v1 v2 ··· vl
k
X
Nj := ↵i X j (vi ) = 0, j = 0, . . . , k 1, (2.2.6)
i=1
k
X k
X
⇥ ⇤
X(Nj ) Nj+1 = X(↵i )X j (vi ) + ↵i X j+1 (vi ) ↵i X j+1 (vi )
i=1 i=1
k
X
= X(↵i )X j (vi ) = 0 j = 0, . . . , k 2.
i=1
n
deixa invariante as n + 2 (d 1) hipersuperfı́cies
zj = 0, 1 j n, zid 1
zjd 1
= 0, 1 i < j n. (2.2.11)
2.3 Exercı́cios
1 . Demonstre a Proposição 2.2.
2 . Mostre que a hipersuperfı́cie extactica {Er (X) = 0} independe das
escolhas de base para Cr [z].
n
deixa invariante as n + 2 (d 1) hipersuperfı́cies
zj = 0, 1 j n, zid 1
zjd 1
= 0, 1 i < j n. (2.3.13)
Capı́tulo 3
O Problema de Poincaré
para hipersuperfı́cies
invariantes
d k : Ek ! E k 1
tais que
k
X
dk (eJ ) = ( 1)v 1
fjv ej1 ^ · · · ^ ec
jv ^ · · · ^ ejk .
v=1
k d dk 1 2 d 1 d
K(f ) : · · · ! Ek ! Ek 1 ! ··· ! E1 ! OCn ! 0.
3.3 Exercı́cios
Considere campo polinomial
@ @
X(p,q) = px + qy
@x @y
com p 6= q inteiros positivos. Mostre que a curva singular C = {y p xq = 0}
é invariante por X. Portanto, {X(p,q) } exibe uma famı́lia infinita de campos
de grau um com curvas invariantes singulares de grau arbitrário maior que
um.
Capı́tulo 4
Hipersuperfı́cies
invariantes por
endomorfismos
polinomiais
k > n,
Dado z 2 V , então
(z) = P (z)/Q(z) = apara todo z 2 V
Como f = ↵ , com ↵ 6= 0, temos que
( f )(z) = (↵ )(z)
= ↵ (z)
P (z)
= ↵
Q(z)
= ↵ .
Daı́, concluimos que (f (z)) 2 V↵ . Isto mostra que f (V ) ✓ V↵ . Por-
tanto, os nı́veis da função racional são preservadas por f.
1
Absurdo, pois z0 2 p (K).
G(V ) = V .
Portanto,
f G = f k, 2 C⇤ .
dfi dfj
G⇤ = ri ,
fi fj
ri
fi G = i fk(i) , i 2 C⇤ .
Logo
ri ri 1
d(fi G) d( i fk(i) ) i ri fk(i) dfk(i) ri dfk(i) dfi dfk(i)
= ri = ri = , G⇤ = ri
fi G i fk(i) i fk(i) fk(i) fi fk(i)
dfi dfj
7 ! ri .
fi fj
Temos pela proposição 4.3 que
dfj dfi
G⇤ = ri .
fj fi
onde k : {1, ..., r} ! {1, ..., r} é a permutação com k(j) = i. Isto nos diz
que o operador linear tem representação matricial
8
< ri , j = k(i);
[G⇤ ] = [Gij ] =
:
0, j 6= k(i).
Daı́ concluimos que [G⇤ ] é uma matriz permutação , em particular diago-
nalizável.
f ⇤ ⌘i = µi ⌘i , i = 1, ..., k, (4.2.1)
onde µi 2 C⇤ .
Se f possui k > n hipersuperfı́cies totalmente invariantes, então ⌘i são
linearmente dependentes sobre o corpo de funções racionais em Cn .
De fato, por ser k > n então ⌘1 ^ . . . ^ ⌘k = 0. Como ⌘1 , . . . , ⌘k são
1-formas lineares sobre C(z1 , . . . , zn ) e ⌘1 ^ . . . ^ ⌘k = 0, então elas são
linearmente dependentes.
Suponha que o espaÃo vetorial E sobre C(z1 , ..., zn ), gerado por ⌘1 , ..., ⌘m
tenha dimensão igual a m. Temos então que
m
X
⌘m+1 = Ri ⌘i , Ri 2 C(z1 , ..., zn ). (4.2.2)
i=1
4.2. DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA DE CANTAT PARA ENDOMORFISMOS
POLINOMIAIS 57
Pelo menos um dos Ri0 s é não constante pois pelo Lema 4.2, as 1-formas
⌘i0 s são linearmente independentes sobre C.
Aplicando f ⇤ na equação (4.2.2) e usando (4.2.1) segue
m
X m
X m
X
⇤ ⇤ ⇤
f ⌘m+1 = f (Ri ⌘i ) = (Ri f ).f ⌘i = (Ri f ).µi ⌘i . (4.2.3)
i=1 i=1 i=1
m
X
0 = µm+1 ⌘m+1 = f ⇤ ⌘1 = (Ri f ).µi ⌘i . (4.2.5)
i=1
Pm h⇣ µi
⌘ i
i=1 µm+1 (Ri f ) Ri ⌘i = 0.
µi
µm+1 (Ri f ) = Ri .
Obtendo assim o resultado esperado pois pelo menos uma das funções raci-
onais Ri é não constante.
4.3 Exercı́cios
1 . Mostre que toda matriz da forma
8
< ri , j = k(i);
[G⇤ ] = [Gij ] =
:
0, j 6= k(i).
é diagonalizável.
{x y = 0}.
Mostre que todo endomorfismo da forma G(x, y, z) = (P (x, y), Q(x, y), S(x, y, z)),
onde P, Q, S são polinomios homogêneos de mesmo grau, preservam
R(x, y, z) = x/y.
3 . Considere o endomorfismo
G : Cn ! Cn
gi (z1 , . . . , zn ) = z1d + d
j z2 + ··· + n d
j zn , i, j = 1, . . . , n,
Q
com j 2 C satisfazendo 1r<sn ( r s ) 6= 0. Mostre que o con-
junto de pontos crı́ticos de G consiste de {0}. Aplique o Teorema 4.3
para concluir que G não admite nenhuma hipersuperfı́cie totalmente
invariante.
Bibliografia
[11] V.A. Dobrovols’kii, N.V. Lokot’ and J.M. Strelcyn, Mikhail Nikola-
evich Lagutinskii (1871-1915): un matématicien méconnu, (French)
[Mikhail Nikolaevich Lagutinskii (1871 1915): an unrecognized mathe-
matician] Historia Math. 25 (1998), 245264.