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‘’A compra e venda, por exemplo, quando pura, torna-se perfeita e obrigatória,
desde que as partes acordem no objeto e no preço (CC, art. 482). O contrato já
estará perfeito e acabado desde o momento em que o vendedor aceitar o preço
oferecido pela coisa, independentemente da entrega desta. O pagamento e a
entrega do objeto constituem outra fase, a do cumprimento das obrigações
assumidas pelos contratantes (CC, art. 481)’’. (p.52)
‘’O Código de 2002 dedicou uma seção, composta de três artigos, à resolução
dos contratos por onerosidade excessiva. Dispõe, com efeito, o art. 478 do
referido diploma: Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a
prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema
vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e
imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da
sentença que a decretar retroagirão à data da citação”. (p.60-61)
6.7. Princípio da boa-fé e da probidade
Preceitua o art. 422 do Código Civil: “Os contratantes são obrigados a guardar,
assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de
probidade e boa-fé”. (p.64)
‘’Os demais são: o art. 113 (“Os negócios devem ser interpretados conforme a
boa-fé e os usos do lugar de sua celebração”) e o 187 (“Também comete ato
ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costume)”.(p.67)
6.7.3. Proibição de venire contra factum proprium
‘’Na IV Jornada de Direito Civil promovida pelo Conselho da Justiça Federal foi
aprovado o Enunciado 362, que assim dispõe:A vedação do comportamento
contraditório (venire contra factum proprium) funda-se na proteção da
confiança, tal como se extrai dos artigos 187 e 422 do Código Civil”. (p.71)