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Curso: Aluno (a):

Disciplina: Cálculo IV N º:
Professor (a): Madalena da Rocha Pietzsch Turma: Turno: Período:
Apostila e Exercícios Data:
Bimestre: 2o Bimestre Nota:

FUNÇÕES VETORIAIS
Em geral, uma função é uma regra que associa cada elemento de seu domínio a um
elemento de sua imagem. Uma função vetorial é uma função cujo domínio é um conjunto de
números reais e cuja imagem é um conjunto de vetores. Em particular, isso significa que para
todo número t no domínio de r existe um único vetor de V3 denotado por r(t). Se f(t), g(t) e h(t)
são componentes do vetor r(t), então f, g e h são funções de valor real, chamadas funções
componentes de r e escrevemos:
r (t ) = f (t ), g (t ), h(t ) = f (t ) i + g (t ) j + h(t ) k
Como na maioria das aplicações a variável
independente é o tempo, usa-se a letra t
para indicá-la.

Campo
Em vários processos físicos existem grandezas que variam de acordo com a posição e o
tempo e que podem ser representadas por uma função f(x, y, z, t) que é denominada campo.
Um exemplo é a pressão atmosférica que depende da posição geográfica da altitude de do
tempo (hora, dia).
Campo estacionário
Um campo é estacionário quando ele não depende do tempo → f(x, y, z).
Campo variável
Um campo é variável quando ele depende do tempo → f(x, y, z, t).
Campo escalar
Um campo é escalar quando a grandeza característica do campo é escalar, por exemplo, a
temperatura do ar.
Campo vetorial
Um campo é vetorial quando a grandeza característica do campo é vetorial, por exemplo, o
campo magnético terrestre.
DIFERENCIAÇÃO DE VETORES

Um vetor pode variar em módulo e em direção.

DERIVADA

A derivada r’ de uma função vetorial é definida do mesmo modo que as funções reais:
r (t + h ) − r (t )
= r (t ) = lim
dr
se esse limite existir.
dt h → 0 h

P: vetor posição r (t ) ; r (t + h ) − r (t ) :mesma direção e sentido


h
que r (t + h) − r (t )
Q: vetor posição r (t + h) escalar 1
h
PQ : é um vetor secante (r (t + h), r (t ))
A reta tangente a C em P é definida como a reta que passa por P e é // ao vetor r' (t ) .

O vetor tangente é dado por T (t ) = r ' (t ) .


r ' (t )
Teorema: Se r (t ) = f (t ), g (t ), h(t ) = f (t )i + g (t ) j + h(t )k , onde f, g e h são funções
diferenciáveis, então: r (t ) = f (t ), g (t ), h(t ) = f (t )i + g (t ) j + h(t )k

Exemplo
1. Dada a função vetorial r( t ) = (1 + t 3 ) i + te−t j + sen(2t ) k
a) Encontre a derivada de r(t)
b) Encontre o vetor tangente em t(0).
2
2. Seja r (t ) = ( sen 3t , e t , t ) . Calcule:
dr d2r
a) b)
dt dt 2
Exemplo: (Questão da G2 2014-1)

Texto base para as Questões 1, 2 e 3


Se r é um vetor posição de uma partícula que se move ao longo de uma curva suave no
espaço então v(t ) =
dr
é o vetor velocidade da partícula tangente à curva e, a derivada
dt
a(t ) =
dv quando existe, é o vetor aceleração da partícula.
dt
1) Encontre a velocidade e a aceleração da partícula cujo movimento no espaço
seja dado pelo vetor posição r (t ) = 2 cos(t )i + 2 sen (t ) j + cos(2t )k .
2) Considerando os dados da questão anterior, determine o módulo do vetor

velocidade no instante t =
.
2
3) Determine os vetores velocidade e aceleração da partícula no valor determinado
( ) ( )
por t = 1, sendo r (t ) = t 2 + 1 i + t 2 − 1 j + (2t )k .

Diferencial parcial de um vetor que é função de mais de uma variável escalar


Considere um vetor r função de 2 variáveis escalares s e t → r = f (s; t). A diferencial parcial
do vetor r em relação à s corresponde à variação do vetor quando s varia e t permanece
constante sendo o seu valor:
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Exercícios:

dF d2F
1. Calcule e
dt dt 2
a) F ( t ) = 3t 2 ; e − t ; ln (t 2 + 1)

b) F (t ) = t 2 i + cos t 2 j + 3t k
3

c) F (t ) = t i + cos 4t j − e −2t k
d) r( t ) = cos 3t ; t ; sen 3t
2
e) r( t ) = t ;1 − t ; t

2. Dado r (t ) = sent i + cos t j + t k , achar:


dr d 2r dr 2
a) b) c) d) d 2r
dt dt 2 dt dt

3. Uma partícula se move ao longo de uma curva cujas equações paramétricas são: x =e−t ,
y = 2 cos 3t , z = 2sen3t , onde t é o tempo.
a) Determinar sua velocidade e aceleração em um tempo qualquer.
b) Achar o valor absoluto da velocidade e da aceleração para t = 0 .

4. Uma partícula se move ao longo de uma curva cujas equações paramétricas são: x = 2t ,
y = t 2 − 4t , z = 3− 5t , onde t é o tempo.
a) Determinar sua velocidade e aceleração em um tempo qualquer.
b) Achar o valor absoluto da velocidade e da aceleração para t = 1 .
c) Achar um vetor unitário tangente a qualquer ponto da curva x = t 2 + 1 , y = 4t − 3 ,
z = 2t 2 − 6t , onde t é o tempo. Determinar o vetor unitário tangente no ponto em que t = 2 .
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Integrais
A integral definida de uma função vetorial contínua r (t ) pode ser definida da mesma
forma que para a função real, exceto que a integral resulta num vetor. Mas, podemos expressar
a integral de r (t ) como a integral de suas funções componentes f, g e h.
Podemos estender o teorema fundamental do cálculo para funções vetoriais contínuas
como se segue:
 r (t )dt = R(t ) = R(b ) − R(a )
b b
a a

Onde R é uma primitiva de r, ou seja R(t ) = r (t ) . Usa-se a notação  r (t )dt para integrais
indefinidas (primitivas).

Exemplo:
Se r (t ) = 2 cos t i + sent j + 2t k , onde t é um vetor constante de integração, então determine:
a)  r (t )dt

b)  r (t )dt
0
2

Exercício:

Calcule o valor das integrais:


1 3 
a) 0  t i + t j + t k  dt
2

b) 1  (1 + t
2 2
) i − (4t ) j − (t − 1) k  dt
4 2


c) 04  cos 2t i + sen2t j + tsent k  dt
4 1 
d) 0  t i + te − t j + k  dt
t2 
 t i + 2t j + ln t k  dt
e)   e 

 
f)   cos t i + sent j + t k  dt
Gradiente de um campo escalar
O gradiente de um campo escalar é obtido aplicando-se o operador nabla a esta função.

O que é o operador nabla?


É um operador vetorial cuja representação é  =  i +  j +  k e pode ser definido como um
x y z
operador que não tem significado físico ou geométrico. O significado só ocorre quando ele é
aplicado a uma função.

Seja um campo escalar estacionário f(x,y,z). O gradiente de f(x,y,z) é dado por


f f f
f (x, y, z ) = i+ j+ k
x y z
Exemplo:
Determine o gradiente da função dada por f ( x, y.z ) = xyz + x3 + y3 + z3 no ponto (1,−1,2) .

Derivada direcional de um campo escalar


Derivada direcional de um campo escalar numa determinada direção representa a taxa de
variação da grandeza característica do campo nesta direção.

• Como é calculada a derivada direcional de um campo escalar?


A derivada direcional de uma função numa determinada direção é a projeção nesta direção do
vetor gradiente da função.

Duf ( x, y, z ) = f ( x, y, z )  u

Onde u é um vetor unitário e o valor máximo da derivada direcional Duf = f  u  cos , o valor

máximo ocorre quando cos = 1 e  = 0 , isto é, quando u tem a mesma direção que f .

Exemplo:

Consideremos o exemplo já visto e determine a derivada direcional na direção do vetor


(1,−2,2) .

É importante observar que o valor da derivada direcional é sempre inferior ao módulo do


gradiente que representa a máxima taxa de variação da grandeza.

Divergente de um campo vetorial


Divergente de um campo vetorial é um escalar que representa o fluxo do vetor característico
do campo por unidade de volume, mede a dispersão ou divergência dos vetores do campo num
determinado ponto. O divergente de um campo vetorial é obtido aplicando-se o operador nabla
a esta função, ou seja, multiplicando-se escalarmente o operador nabla pela função vetorial.
Seja um campo estacionário F (x, y, z ) . F = div  F →  F =  Fx +  Fy +  Fz
x y z

Observe que o divergente é o fluxo do vetor por unidade de volume.


Consideremos um paralelepípedo elementar de lados dx, dy, e dz situado no campo vetorial.

Exemplo:
Determinar o divergente de F (x, y, z ) = xz i − y 2 j + 2 x 2 y k .

Rotacional de um campo vetorial


Rotacional de um campo vetorial é um vetor que representa uma rotação, ou seja, um
momento angular.
Como é calculado o rotacional de um campo vetorial?
O rotacional de um campo vetorial é obtido aplicando-se o operador nabla a esta função, ou
seja multiplicando-se vetorialmente o operador nabla pela função vetorial.

Exemplo: Determinar o rotacional de F ( x, y, z ) = xz i − y 2 j + 2 x 2 y k .


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Bimestre: 2o Bimestre Nota:

Exercício:

1. (a) Determine o gradiente de f;


(b) Calcule o gradiente no ponto P;
(c) Determine a taxa de variação de f em P na direção do vetor u .
1) f (x, y ) = 5xy 2 − 4 x 3 y , P(1,2) , u = 5 , 12
13 13
2) f (x, y ) = y ln x , P(1,−3) , u = − 4 , 3
5 5
3) f (x, y, z ) = xy z , P(1,−2,1) , u = 1
2 3
,−1 , 1
3 3 3
4) f (x, y, z ) = xy + yz + xz , P(2,0,3) , u = − 2 , − 1 , 2
2 3
3 3 3
2. Determine a derivada direcional da função no ponto dado na direção do vetor v .
a) f ( x, y ) = 1 + 2 x y , (3,4 ) , v = 4,−3
b) f ( x, y ) = x , (6,−2) , v = − 1,3
y
c) f ( x, y, z ) = x , (4,1,1) , v = 1,2,3
y+z
d) f (x, y, z ) = z 3 − x 2 y , (1,6,2) , v = 3i + 4 j + 12 k

3. Se f (x, y ) = xe y , determine a taxa de variação de f no ponto P(2,0) , na direção de P a


(
Q 1 ,2 .
2
)
4. Determine o divergente e o rotacional do campo vetorial dado:
a) f ( x, y, z ) = 2 x + 2 z; y − x;3 x − yz
b) f ( x, y, z ) = x 2 + y;2 xy; x 2 − y 2
c) f ( x, y, z ) = xyz 3 ;2 xy 3 ; x 2 yz
d) f ( x, y, z ) = yz ; xz −; xy
e) f ( x, y, z ) = x 2 ; y 2 ; z 2

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