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23/04/2020 Aprenda um pouco sobre a educação indígena nos dias de hoje

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Por Renan Costa da Silva


17 abr 2019 - 9 min de leitura

“Curumim chama cunhatã que eu vou contar

Cunhatã chama curumim que eu vou contar


Sobre nós
Curumim, Cunhatã
Somos o Instituto Maximize de Educação,
Cunhatã, Curumim uma empresa especializada na preparação
de Apostilas em PDF e Cursos Online para
Antes que os homens aqui pisassem nas ricas e férteis Concursos Públicos e Vestibulares.

Terraes Brasilis

Que eram povoadas e amadas por milhões de índios

Reais donos felizes da terra do pau Brazil Saiba mais

Pois todo dia e toda hora era dia de índio

Mas agora eles tem só um dia

Um dia dezenove de abril


Eles recebem conteúdo
Amantes da pureza e da natureza de qualidade primeiro!
Eles são de verdade incapazes

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De maltratarem as fêmeas Curta nosso Facebook

Ou de poluir o rio, o céu e o mar


Maxi Educa
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Protegendo o equilíbrio ecológico

Da terra, fauna e flora pois na sua historia Curtir Página Compartilhar

O índio é exemplo mais puro

Mais perfeito mais belo

Junto da harmonia da fraternidade

E da alegria, da alegria de viver

Da alegria de amar

Mas no entanto agora

O seu canto de guerra

É um choro de uma raça inocente

Que já foi muito contente

Pois antigamente

Todo dia era dia de índio

Todo dia era dia de índio”

Todo Dia Era Dia de Índio – Baby do Brasil

A Educação Escolar Indígena ocorre em unidades educacionais


inscritas em suas terras e culturas, as quais têm uma realidade singular,
requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-
cultural de cada povo ou comunidade e formação específica de seu
quadro docente, observados os princípios constitucionais, a base
nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica
brasileira.

Na estruturação e no funcionamento das escolas indígenas, é


reconhecida a sua condição de possuidores de normas e ordenamento
jurídico próprios, com ensino intercultural e bilíngue, visando à
valorização plena das culturas dos povos indígenas e à afirmação e
manutenção de sua diversidade étnica.

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http://www.redetiradentes.com.br/ronaldotiradentes/cresce-em-30-o-numero-de-
alunos-indigenas-na-capital/

As principais ações da Secretaria de Educação Continuada,


Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação para
garantir a oferta de educação escolar indígena de qualidade são as
seguintes:

Formação inicial e continuada de professores indígenas em nível médio


(Magistério Indígena). Esses cursos têm em média a duração de cinco
anos e são compostos, em sua maioria, por etapas intensivas de ensino
presencial (quando os professores indígenas deixam suas aldeias e,
durante um mês, participam de atividades conjuntas em um centro de
formação) e etapas de estudos autônomos, pesquisas e reflexão sobre
a prática pedagógica nas aldeias. O MEC oferece apoio técnico e
financeiro à realização dos cursos.

Formação de Professores Indígenas em Nível Superior (licenciaturas


intercultuais). O objetivo principal é garantir educação escolar de
qualidade e ampliar a oferta das quatro séries finais do ensino
fundamental, além de implantar o ensino médio em terras indígenas.

Produção de material didático específico em línguas indígenas,


bilíngues ou em português. Livros, cartazes, vídeos, CDs, DVDs e outros
materiais produzidos pelos professores indígenas são editados com o
apoio financeiro do MEC e distribuídos às escolas indígenas.

Apoio político-pedagógico aos sistemas de ensino para a ampliação da


oferta de educação escolar em terras indígenas.

Promoção do Controle Social Indígena. O MEC desenvolve, em


articulação com a Funai, cursos de formação para que professores e
lideranças indígenas conheçam seus direitos e exerçam o controle
social sobre os mecanismos de financiamento da educação pública,
bem como sobre a execução das ações e programas em apoio à
educação escolar indígena.

Apoio financeiro à construção, reforma ou ampliação de escolas


indígenas.

Os Desafios da Educação Indígena


 

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A educação escolar indígena avançou nas últimas décadas.
Promulgada em 1988, a Constituição Cidadã reconheceu os direitos
culturais dos povos, sustentando o direito à diferença e à manutenção
dela, ou seja, de ser índio, viver e permanecer como tal. Durante
séculos, tentou-se uniformizar a educação a partir de um currículo
imposto, que visava tirar o índio da condição de índio, fazendo-o
abdicar de sua língua, crenças e padrões culturais em uma escola que
não fazia circular saberes, mas assimilá-los. “A educação escolar foi
usada em vários momentos pelo Estado contra os povos indígenas”,
conta a antropóloga e indígena Kaingang Joziléia Jagso.

Com a determinação de que o Estado deveria garantir aos índios não


apenas o direito à terra, mas também à manifestação e preservação de
suas organizações sociais, costumes, línguas, crenças e tradições, a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, garantiu o direito a
uma educação multicultural, específica para cada grupo indígena,
autodeterminada, intercultural e bilíngue. Apesar do avanço legal e dos
esforços para sua efetivação prática, ainda há um enorme caminho
para que se alcance uma educação de qualidade e que contemple as
demandas das diversas populações existentes no Brasil.

https://secom.to.gov.br/noticias/educacao-e-o-principal-caminho-para-a-
insercao-do-indigena-no-mercado-de-trabalho-361470/

Políticas Universais e Realidades Locais


 

Por vezes, um entrave político básico para a superação dos desafios


listados é o próprio reconhecimento da diversidade. “Fico me
questionando quanto cada candidata/o à presidência sabe sobre cada
povo indígena. Somos 305 povos no Brasil. Tem uma diversidade
cultural entre nós muito interessante, uma diversidade linguística muito
potente”, afirma Joziléia. Em face dessa pluralidade, é importante que
haja um esforço federal para que o universalismo próprio da produção
das políticas públicas não colida com as especificidades locais.

“O que acaba acontecendo é que essa educação escolar indígena é


invisível. Que dirá a especificidade dela. Então ela é sempre
escamoteada. As ações, quando chegam, são as ações padrão. A gente
precisa amadurecer primeiro, povo a povo, comunidade a comunidade,
o que são essas expectativas desses professores. Quais são as formas
de organização social, quais são as festas, momentos do ano que
seriam interessantes que a escola funcionasse ou não funcionasse.
Como a escola pode ser mais centralizada ou menos descentralizada

https://blog.maxieduca.com.br/educacao-indigena-escolar/ 4/7
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no território. Todas são questões que concernem a uma reflexão sobre
o currículo e o funcionamento efetivo da escola e que não tem espaço
para isso, porque ela [a escola] vem pronta”, ressalta Tatiane.

A antropóloga chama atenção para a necessidade de formação e


sensibilização das(os) servidores de educação. “É preciso sensibilizar
essas pessoas que são servidores do Estado, que desconhecem essa
realidade, de que tenham boa vontade não de levar uma educação
padrão do estado, mas de dar estrutura, de apoiar a educação, desses
povos construírem seu paradigma próprio”, afirma.

Também criticada pela forma rígida com que foi imposta, a Base
Nacional Comum Curricular é vista como um entrave para a construção
de um paradigma educacional próprio às escolas indígenas. Construída
sem a participação das comunidades escolares, a Base não reflete
seus anseios e propostas curriculares. “A BNCC não olha para a
educação escolar indígena. Foi uma lacuna do Ministério ter
trabalhado essa Base sem pensar como ela seria contemplada no caso
das escolas indígenas. Se criou uma Base Nacional Comum Curricular
para o país como um todo, se tem uma política pública de educação
diferenciada e não houve conversa sobre isso até agora”, critica o
antropólogo Luis Grupioni.

https://guaranta.faculdadeunifama.com.br/educacao-escolar-indigena

Diretrizes Curriculares Nacionais para a


Educação Escolar Indígena – Parecer 13/2012
 

Os objetivos que as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação


Escolar Indígena, são as seguintes:

a) orientar as escolas indígenas de educação básica e os sistemas de


ensino da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na
elaboração, desenvolvimento e avaliação de seus projetos educativos;

b) orientar os processos de construção de instrumentos normativos


dos sistemas de ensino visando tornar a Educação Escolar Indígena
projeto orgânico, articulado e sequenciado de Educação Básica entre
suas diferentes etapas e modalidades, sendo garantidas as
especificidades dos processos educativos indígenas;

c) assegurar que os princípios da especificidade, do bilinguismo e


multilinguismo, da organização comunitária e da interculturalidade
fundamentem os projetos educativos das comunidades indígenas,
valorizando suas línguas e conhecimentos tradicionais;

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d) assegurar que o modelo de organização e gestão das escolas
indígenas leve em consideração as práticas socioculturais e
econômicas das respectivas comunidades, bem como suas formas de
produção de conhecimento, processos próprios de ensino e de
aprendizagem e projetos societários;

e) fortalecer o regime de colaboração entre os sistemas de ensino da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, fornecendo
diretrizes para a organização da Educação Escolar Indígena na
Educação Básica, no âmbito dos territórios etnoeducacionais;

f) normatizar dispositivos constantes na Convenção 169, da


Organização Internacional do Trabalho, ratificada no Brasil, por meio
do Decreto Legislativo nº 143/2003, no que se refere à educação e
meios de comunicação, bem como os mecanismos de consulta livre,
prévia e informada;

g) orientar os sistemas de ensino da União, dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios a incluir, tanto nos processos de formação de
professores indígenas, quanto no funcionamento regular da Educação
Escolar Indígena, a colaboração e atuação de especialistas em saberes
tradicionais, como os tocadores de instrumentos musicais, contadores
de narrativas míticas, pajés e xamãs, rezadores, raizeiros, parteiras,
organizadores de rituais, conselheiros e outras funções próprias e
necessárias ao bem viver dos povos indígenas;

h) zelar para que o direito à educação escolar diferenciada seja


garantido às comunidades indígenas com qualidade social e
pertinência pedagógica, cultural, linguística, ambiental e territorial,
respeitando as lógicas, saberes e perspectivas dos próprios povos
indígenas.

A Educação Escolar Indígena, como um todo orgânico, será orientada


por estas Diretrizes específicas e pelas Diretrizes próprias a cada etapa
e modalidade da Educação Básica, instituídas nacional e localmente.

E então? Gostou do nosso post de hoje? Gostaria de acrescentar


alguma vivência? Compartilhe suas dificuldades em sala de aula.

Compartilhe essa ideia e passe em diante essas importantes


informações, pois a leitura é essencial para o aprendizado.

Deixe aqui seu comentário e mais sugestões que teremos grande prazer
em lhe atender.

Referências bibliográficas
http://portal.mec.gov.br/educacao-indigena
http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=10806-pceb013-12-pdf&Itemid=30192
http://www.cartaeducacao.com.br/educacao-nas-eleicoes-2018/os-desafios-da-
educacao-indigena-para-a-presidencia-segundo-pesquisadorases/

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Comentários
Margareth Pedroso 24 fev 2020
Boa noite! Gostei muito deste post, pois fala um pouco da
nossa realidade, sou professora indigena!E assim estamos
ainda nos adaptando com a bncc e queria uma ajuda de como
podemos montar o nosso planejamento.Voces poderiam nos
ajudar? Ficariamos muito agradecida!

Maxi Educa 24 fev 2020


Olá Margareth, tudo bem? Que bom que gostou do nosso
blog! Aproveite e navegue por nosso site
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gostar. Um grande abraço e muito obrigado por seu
comentário! Aproveite para nos acompanhar nas redes
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