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CDC DE PERNAMBUCO CDC NACIONAL

Art. 141. Os consumidores podem  Art. 50. A garantia contratual é


optar pela utilização de aparelhos, complementar à legal e será
instrumentos e utensílios próprios, conferida mediante termo escrito.
quando equivalentes aos
utilizados pelo fornecedor.         Parágrafo único. O termo de
garantia ou equivalente deve ser
§ 1º O disposto no caput não
padronizado e esclarecer, de maneira
abrange aparelhos, instrumentos
adequada em que consiste a mesma
ou utensílios que exijam
garantia, bem como a forma, o prazo
instruções especiais de uso, em
e o lugar em que pode ser exercitada
desacordo com as técnicas
e os ônus a cargo do consumidor,
habitualmente utilizadas pelo
devendo ser-lhe entregue,
fornecedor, que poderá, nesses
devidamente preenchido pelo
casos, negar-se a utilizá-los.
fornecedor, no ato do fornecimento,
§ 2º O descumprimento ao acompanhado de manual de
disposto neste artigo sujeitará o instrução, de instalação e uso do
infrator à penalidade de multa produto em linguagem didática, com
prevista no art. 180, na Faixa ilustrações.
Pecuniária A, sem prejuízo da
aplicação cumulativa de outras
sanções previstas neste Código.

Art. 142. Os fornecedores sujeitos   Art. 12. O fabricante, o produtor, o


às disposições desta Seção devem construtor, nacional ou estrangeiro, e
afixar um cartaz para cada um dos o importador respondem,
seguintes dizeres: independentemente da existência de
culpa, pela reparação dos danos
I - "É PERMITIDA A UTILIZAÇÃO
causados aos consumidores por
DE APARELHOS, INSTRUMENTOS
defeitos decorrentes de projeto,
OU UTENSÍLIOS TRAZIDOS PELOS
fabricação, construção, montagem,
CLIENTES"; e
fórmulas, manipulação, apresentação
II - "O FORMOL É CONSIDERADO ou acondicionamento de seus
CANCERÍGENO PELA produtos, bem como por informações
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE insuficientes ou inadequadas sobre
SAÚDE (OMS)". sua utilização e riscos.
Parágrafo único. O
descumprimento ao disposto
neste artigo sujeitará o infrator à
penalidade de multa prevista no
art. 180, na Faixa Pecuniária A,
sem prejuízo da aplicação
cumulativa de outras sanções
previstas neste Código.

Art. 143. As seguradoras de   Art. 6º São direitos básicos do


automóveis, sem prejuízo de
outros dispositivos aplicáveis, consumidor: 
atenderão ao disposto nesta
Seção. VI - a efetiva prevenção e reparação
de danos patrimoniais e morais,
individuais, coletivos e difusos;
Art. 144. É assegurado ao       Art. 12. O fabricante, o produtor,
consumidor o direito de livre o construtor, nacional ou estrangeiro,
escolha das oficinas mecânicas e e o importador respondem,
reparadoras para fins de cobertura independentemente da existência de
de danos ao veículo segurado ou a culpa, pela reparação dos danos
veículos de terceiros. causados aos consumidores por
defeitos decorrentes de projeto,
§ 1º O direito de livre escolha
fabricação, construção, montagem,
estende-se ao terceiro envolvido
fórmulas, manipulação, apresentação
no sinistro a ser ressarcido pela
ou acondicionamento de seus
seguradora.
produtos, bem como por informações
§ 2º Não havendo consenso entre insuficientes ou inadequadas sobre
o terceiro e o segurado, a sua utilização e riscos.
seguradora deverá respeitar o
direito de livre escolha de cada         § 1° O produto é defeituoso
um, para o reparo de seus veículos quando não oferece a segurança que
separadamente. dele legitimamente se espera,
levando-se em consideração as
§ 3º O direito de livre escolha circunstâncias relevantes, entre as
envolve qualquer tipo de oficina de quais:
automóveis, seja mecânica, de
lanternagem, de pintura, de         I - sua apresentação;
recuperação e limpeza de interior,
ou outras do gênero, desde que         II - o uso e os riscos que
legalmente constituída como razoavelmente dele se esperam;
pessoa jurídica, com alvará de
licença e funcionamento,         III - a época em que foi colocado
inscrição definitiva como em circulação.
contribuinte estadual e municipal,
licença ambiental e licença do         § 2º O produto não é
corpo de bombeiros. considerado defeituoso pelo fato de
§ 4º As centrais de atendimento outro de melhor qualidade ter sido
das seguradoras e demais colocado no mercado.
fornecedores que prestem
serviços no setor de seguro de         § 3° O fabricante, o construtor, o
veículos devem informar aos produtor ou importador só não será
envolvidos, quando da abertura do responsabilizado quando provar:
sinistro, o direito de livre escolha
da oficina reparadora, sem que         I - que não colocou o produto no
isso implique por si só na negativa mercado;
da indenização ou reparação,
fazendo constar tal condição,         II - que, embora haja colocado o
ainda, em destaque, no contrato produto no mercado, o defeito
firmado com o segurado. inexiste;
§ 5º O descumprimento ao
disposto neste artigo sujeitará o         III - a culpa exclusiva do
infrator à penalidade de multa consumidor ou de terceiro.
prevista no art. 180, nas Faixas
Pecuniárias A, B ou C, sem         Art. 13. O comerciante é
prejuízo da aplicação cumulativa igualmente responsável, nos termos
de outras sanções previstas neste do artigo anterior, quando:
Código.
        I - o fabricante, o construtor, o
produtor ou o importador não
puderem ser identificados;

        II - o produto for fornecido sem


identificação clara do seu fabricante,
produtor, construtor ou importador;

        III - não conservar


adequadamente os produtos
perecíveis.

        Parágrafo único. Aquele que


efetivar o pagamento ao prejudicado
poderá exercer o direito de regresso
contra os demais responsáveis,
segundo sua participação na
causação do evento danoso.

Art. 145. É vedado às seguradoras Art. 14. O fornecedor de serviços


criar qualquer obstáculo ou impor responde, independentemente da
tratamento diferenciado em razão existência de culpa, pela reparação
do exercício do direito de livre dos danos causados aos
escolha pelo segurado ou pelo consumidores por defeitos relativos à
terceiro envolvido, ficando prestação dos serviços, bem como
proibida a imposição de qualquer por informações insuficientes ou
tipo de relação de oficinas que inadequadas sobre sua fruição e
limite a escolha do segurado ou do riscos.
terceiro como condição para o
conserto dos veículos.         § 1° O serviço é defeituoso
quando não fornece a segurança que
§ 1º Considera-se obstáculo ou
o consumidor dele pode esperar,
tratamento diferenciado, dentre
levando-se em consideração as
outras medidas, condicionar a
circunstâncias relevantes, entre as
aplicação de franquia reduzida ou
quais:
de bônus de franquia à escolha de
oficinas referenciadas pela
        I - o modo de seu fornecimento;
seguradora.

§ 2º O descumprimento ao         II - o resultado e os riscos que


disposto neste artigo sujeitará o razoavelmente dele se esperam;
infrator à penalidade de multa
prevista no art. 180, nas Faixas
Pecuniárias A, B ou C, sem         III - a época em que foi
prejuízo da aplicação cumulativa fornecido.
de outras sanções previstas neste
Código.         § 2º O serviço não é
considerado defeituoso pela adoção
de novas técnicas.

        § 3° O fornecedor de serviços


só não será responsabilizado quando
provar:

        I - que, tendo prestado o


serviço, o defeito inexiste;

        II - a culpa exclusiva do


consumidor ou de terceiro.

        § 4° A responsabilidade pessoal


dos profissionais liberais será
apurada mediante a verificação de
culpa.

Art. 146. As concessionárias de Art. 4º A Política Nacional das


serviços públicos, sem prejuízo de Relações de Consumo tem por
outros dispositivos aplicáveis, objetivo o atendimento das
atenderão ao disposto nesta necessidades dos consumidores, o
Seção. respeito à sua dignidade, saúde e
segurança, a proteção de seus
Parágrafo único. O disposto nesta
interesses econômicos, a melhoria da
Seção não afasta a aplicação de
sua qualidade de vida, bem como a
normas básicas de participação,
transparência e harmonia das
proteção e defesa dos direitos do
relações de consumo, atendidos os
usuário dos serviços públicos e
seguintes princípios: (Redação dada
das normas correlatas expedidas
pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
pela agência reguladora
competente, aplicando-se, em
        I - reconhecimento da
qualquer caso, a norma mais
vulnerabilidade do consumidor no
benéfica ao consumidor.
mercado de consumo;

        II - ação governamental no


sentido de proteger efetivamente o
consumidor:

        a) por iniciativa direta;

        b) por incentivos à criação e


desenvolvimento de associações
representativas;

        c) pela presença do Estado no


mercado de consumo;

        d) pela garantia dos produtos e


serviços com padrões adequados de
qualidade, segurança, durabilidade e
desempenho.

        III - harmonização dos


interesses dos participantes das
relações de consumo e
compatibilização da proteção do
consumidor com a necessidade de
desenvolvimento econômico e
tecnológico, de modo a viabilizar os
princípios nos quais se funda a
ordem econômica (art. 170, da
Constituição Federal), sempre com
base na boa-fé e equilíbrio nas
relações entre consumidores e
fornecedores;

        IV - educação e informação de


fornecedores e consumidores, quanto
aos seus direitos e deveres, com
vistas à melhoria do mercado de
consumo;

        V - incentivo à criação pelos


fornecedores de meios eficientes de
controle de qualidade e segurança de
produtos e serviços, assim como de
mecanismos alternativos de solução
de conflitos de consumo;

        VI - coibição e repressão


eficientes de todos os abusos
praticados no mercado de consumo,
inclusive a concorrência desleal e
utilização indevida de inventos e
criações industriais das marcas e
nomes comerciais e signos
distintivos, que possam causar
prejuízos aos consumidores;

        VII - racionalização e melhoria


dos serviços públicos;

        VIII - estudo constante das


modificações do mercado de
consumo.

Art. 147. As concessionárias de Art. 4º A Política Nacional das


serviços públicos são obrigadas a Relações de Consumo tem por
disponibilizar pontos de objetivo o atendimento das
pagamento de faturas e cobranças necessidades dos consumidores, o
em número compatível com o respeito à sua dignidade, saúde e
número de usuários, nos seguintes segurança, a proteção de seus
quantitativos mínimos: interesses econômicos, a melhoria da
sua qualidade de vida, bem como a
I - 4 (quatro) pontos de
transparência e harmonia das
pagamento, nos municípios com
relações de consumo, atendidos os
até 10.000 (dez mil) usuários;
seguintes princípios: (Redação dada
II - 8 (oito) pontos de pagamento pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
nos municípios com até 20.000
(vinte mil) usuários;         I - reconhecimento da
vulnerabilidade do consumidor no
III - 12 (doze) pontos de mercado de consumo;
pagamento nos municípios com
até 30.000 (trinta mil) usuários;         II - ação governamental no
IV - 16 (dezesseis) pontos de sentido de proteger efetivamente o
pagamento nos municípios com consumidor:
até 40.000 (quarenta mil) usuários;
        a) por iniciativa direta;
V - 20 (vinte) pontos de pagamento
nos municípios com até 50.000         b) por incentivos à criação e
(cinquenta mil) usuários; e desenvolvimento de associações
VI - 24 (vinte) pontos de representativas;
atendimento, nos municípios com
mais de 50.000 (cinquenta mil)         c) pela presença do Estado no
usuários, sendo acrescidos 2 mercado de consumo;
(dois) pontos de pagamento a
cada fração igual ou inferior a         d) pela garantia dos produtos e
5.000 (cinco mil) usuários. serviços com padrões adequados de
qualidade, segurança, durabilidade e
§ 1º As concessionárias poderão desempenho.
atender aos quantitativos
estabelecidos no caput mediante         III - harmonização dos
pontos de pagamento próprios ou interesses dos participantes das
rede bancária credenciada, relações de consumo e
incluindo casas lotéricas. compatibilização da proteção do
consumidor com a necessidade de
§ 2º É vedada a cobrança de
desenvolvimento econômico e
multas e juros de mora ou a
tecnológico, de modo a viabilizar os
interrupção do serviço por falta de
pagamento, em caso de princípios nos quais se funda a
descumprimento do quantitativo ordem econômica (art. 170, da
mínimo de pontos de pagamento. Constituição Federal), sempre com
base na boa-fé e equilíbrio nas
§ 3º Os pontos de pagamento
relações entre consumidores e
previstos no caput deverão
fornecedores;
observar todos os direitos do
consumidor instituídos, em
        IV - educação e informação de
especial os direitos de prioridade
fornecedores e consumidores, quanto
e acessibilidade de idosos,
aos seus direitos e deveres, com
gestantes, lactantes, pessoas com
vistas à melhoria do mercado de
deficiência, pessoas com
consumo;
mobilidade reduzida ou
comprometida.
        V - incentivo à criação pelos
§ 4º O tempo máximo de espera fornecedores de meios eficientes de
nos pontos de pagamento é de: controle de qualidade e segurança de
produtos e serviços, assim como de
I - até 15 (quinze) minutos, em dias mecanismos alternativos de solução
normais de atendimento; e de conflitos de consumo;
II - até 30 (trinta) minutos, nos 5
(cinco) primeiros dias úteis de         VI - coibição e repressão
cada mês ou em véspera ou dia eficientes de todos os abusos
imediatamente seguinte a praticados no mercado de consumo,
feriados. inclusive a concorrência desleal e
utilização indevida de inventos e
§ 5º No momento de sua chegada, criações industriais das marcas e
o consumidor receberá senha ou nomes comerciais e signos
protocolo, com número de ordem, distintivos, que possam causar
data e horário. prejuízos aos consumidores;
§ 6º É obrigatória a instalação de
relógio, em local visível ao         VII - racionalização e melhoria
consumidor, preferencialmente na
dos serviços públicos;
entrada do estabelecimento, a fim
de possibilitar a avaliação do
        VIII - estudo constante das
cumprimento ao disposto no § 4º.
modificações do mercado de
consumo.
§ 7º O descumprimento ao
disposto neste artigo sujeitará o
infrator à penalidade de multa
prevista no art. 180, nas Faixas
Pecuniárias B, C ou D, sem
prejuízo da aplicação cumulativa
de outras sanções previstas neste
Código.

Art. 148. As concessionárias de Art. 4º A Política Nacional das


serviços públicos ficam obrigadas Relações de Consumo tem por
a informar ao consumidor sobre objetivo o atendimento das
qualquer suspensão provisória ou necessidades dos consumidores, o
alteração de ordem técnica no respeito à sua dignidade, saúde e
fornecimento do serviço, em prazo segurança, a proteção de seus
não inferior a 7 (sete) dias de sua interesses econômicos, a melhoria da
realização. sua qualidade de vida, bem como a
transparência e harmonia das
§ 1º O disposto no caput não se
relações de consumo, atendidos os
aplica às hipóteses de suspensão
seguintes princípios: (Redação dada
não programada do serviço,
pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
decorrentes de força maior ou de
outro acontecimento imprevisível,
        I - reconhecimento da
devendo as concessionárias,
vulnerabilidade do consumidor no
nesses casos, informar ao
mercado de consumo;
consumidor, em até 2 (duas) horas
após a suspensão:
        II - ação governamental no
I - a causa da suspensão do sentido de proteger efetivamente o
serviço; consumidor:
II - as áreas abrangidas pela         a) por iniciativa direta;
suspensão do serviço; e

III - a previsão de retorno.         b) por incentivos à criação e


desenvolvimento de associações
§ 2º A informação de que trata o § representativas;
1º poderá ser feita no site da
concessionária, mediante aviso na         c) pela presença do Estado no
página inicial. mercado de consumo;
§ 3º O descumprimento ao
disposto neste artigo sujeitará o         d) pela garantia dos produtos e
infrator à penalidade de multa serviços com padrões adequados de
prevista no art. 180, nas Faixas qualidade, segurança, durabilidade e
Pecuniárias B ou C, sem prejuízo desempenho.
da aplicação cumulativa de outras
sanções previstas neste Código.         III - harmonização dos
interesses dos participantes das
relações de consumo e
compatibilização da proteção do
consumidor com a necessidade de
desenvolvimento econômico e
tecnológico, de modo a viabilizar os
princípios nos quais se funda a
ordem econômica (art. 170, da
Constituição Federal), sempre com
base na boa-fé e equilíbrio nas
relações entre consumidores e
fornecedores;

        IV - educação e informação de


fornecedores e consumidores, quanto
aos seus direitos e deveres, com
vistas à melhoria do mercado de
consumo;

        V - incentivo à criação pelos


fornecedores de meios eficientes de
controle de qualidade e segurança de
produtos e serviços, assim como de
mecanismos alternativos de solução
de conflitos de consumo;

        VI - coibição e repressão


eficientes de todos os abusos
praticados no mercado de consumo,
inclusive a concorrência desleal e
utilização indevida de inventos e
criações industriais das marcas e
nomes comerciais e signos
distintivos, que possam causar
prejuízos aos consumidores;

        VII - racionalização e melhoria


dos serviços públicos;

        VIII - estudo constante das


modificações do mercado de
consumo.

Art. 149. A interrupção no Art. 4º A Política Nacional das


fornecimento de serviços públicos, Relações de Consumo tem por
por motivo de inadimplência, deve objetivo o atendimento das
ser informada ao consumidor em necessidades dos consumidores, o
prazo não inferior a 15 (quinze) respeito à sua dignidade, saúde e
dias de sua efetivação, mediante segurança, a proteção de seus
correspondência enviada interesses econômicos, a melhoria da
especialmente para este fim, sua qualidade de vida, bem como a
contendo: transparência e harmonia das
relações de consumo, atendidos os
I - nome, telefone, site, endereço e
seguintes princípios: (Redação dada
logotipo da concessionária, a
pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
expressão "urgente" e a
identificação do consumidor;
        I - reconhecimento da
II - o período de fornecimento de vulnerabilidade do consumidor no
serviços a que corresponde a falta mercado de consumo;
de pagamento e a iminência da
operação de interrupção;         II - ação governamental no
sentido de proteger efetivamente o
III - o procedimento para quitação consumidor:
do débito; e

IV - o procedimento para requerer


o reestabelecimento, caso o
fornecimento dos serviços seja         a) por iniciativa direta;
efetivamente interrompido.
        b) por incentivos à criação e
§ 1º A operação de interrupção do
desenvolvimento de associações
fornecimento do serviço público,
representativas;
por motivo de inadimplência,
somente poderá efetivarse de
        c) pela presença do Estado no
segunda à sexta-feira, das 8 (oito)
mercado de consumo;
às 18 (dezoito) horas, salvo se
outro horário for combinado
        d) pela garantia dos produtos e
previamente com o consumidor.
serviços com padrões adequados de
§ 2º Em caso de quitação ou qualidade, segurança, durabilidade e
parcelamento administrativo do desempenho.
débito, as concessionárias de
serviços públicos são obrigadas a         III - harmonização dos
restabelecer o fornecimento em interesses dos participantes das
até 24 (vinte e quatro) horas. relações de consumo e
compatibilização da proteção do
§ 3º As concessionárias de consumidor com a necessidade de
serviços públicos manterão, à desenvolvimento econômico e
vista do consumidor, em cada tecnológico, de modo a viabilizar os
unidade de atendimento ao princípios nos quais se funda a
público, tabela de informação de ordem econômica (art. 170, da
encargos e ônus incidentes em Constituição Federal), sempre com
caso de inadimplência. base na boa-fé e equilíbrio nas
§ 4º O descumprimento ao relações entre consumidores e
disposto neste artigo sujeitará o fornecedores;
infrator à penalidade de multa
prevista no art. 180, nas Faixas         IV - educação e informação de
Pecuniárias B, C ou D, sem fornecedores e consumidores, quanto
prejuízo da aplicação cumulativa aos seus direitos e deveres, com
de outras sanções previstas neste vistas à melhoria do mercado de
Código. consumo;

        V - incentivo à criação pelos


fornecedores de meios eficientes de
controle de qualidade e segurança de
produtos e serviços, assim como de
mecanismos alternativos de solução
de conflitos de consumo;

        VI - coibição e repressão


eficientes de todos os abusos
praticados no mercado de consumo,
inclusive a concorrência desleal e
utilização indevida de inventos e
criações industriais das marcas e
nomes comerciais e signos
distintivos, que possam causar
prejuízos aos consumidores;

        VII - racionalização e melhoria


dos serviços públicos;

        VIII - estudo constante das


modificações do mercado de
consumo.

Art. 150. Os shows e eventos Art. 36. A publicidade deve ser


culturais, artísticos ou desportivos veiculada de tal forma que o
realizados no Estado de consumidor, fácil e imediatamente, a
Pernambuco, com venda de identifique como tal.
ingressos ou bilhetes, sem
prejuízo de outros dispositivos         Parágrafo único. O fornecedor,
aplicáveis, atenderão ao disposto na publicidade de seus produtos ou
nesta Seção. serviços, manterá, em seu poder,
para informação dos legítimos
interessados, os dados fáticos,
técnicos e científicos que dão
sustentação à mensagem.

        Art. 37. É proibida toda


publicidade enganosa ou abusiva.

Art. 151. É obrigatória a   Art. 6º São direitos básicos do


divulgação do tempo de duração consumidor:
estimado do show ou evento.
        I - a proteção da vida, saúde e
§ 1º Caso o show ou evento
segurança contra os riscos
compreenda a apresentação de
provocados por práticas no
mais de um artista ou grupo, é
fornecimento de produtos e serviços
obrigatória a divulgação do tempo
considerados perigosos ou nocivos;
estimado de cada atração.

§ 2º As informações de que trata         II - a educação e divulgação


este artigo deverão constar em sobre o consumo adequado dos
uma das faces dos ingressos e no produtos e serviços, asseguradas a
material publicitário utilizado para liberdade de escolha e a igualdade
a divulgação do show ou evento, nas contratações;
tais como panfletos, outdoors,
faixas e painéis. III - a informação adequada e clara sobre os
diferentes produtos e serviços, com
§ 3º Considera-se infração ao especificação correta de quantidade,
disposto neste artigo os casos em características, composição, qualidade,
tributos incidentes e preço, bem como sobre
que a duração do show ou evento os riscos que apresentem; (Redação dada
tenha sido inferior a 70% (setenta pela Lei nº 12.741, de 2012)   Vigência
por cento) do tempo divulgado,
salvo se decorrente de força maior
ou de outro acontecimento        IV - a proteção contra a
imprevisível. publicidade enganosa e abusiva,
métodos comerciais coercitivos ou
§ 4º O descumprimento ao
desleais, bem como contra práticas e
disposto neste artigo sujeitará o
cláusulas abusivas ou impostas no
infrator à penalidade de multa
fornecimento de produtos e serviços;
prevista no art. 180, nas Faixas
Pecuniárias A, B ou C, sem
prejuízo da aplicação cumulativa
de outras sanções previstas neste
Código.

Art. 152. É obrigatória a Art. 6º São direitos básicos do


divulgação antecipada do consumidor:
cancelamento do show ou evento
nos mesmos meios de publicidade II - a educação e divulgação sobre o
utilizados para a divulgação, com consumo adequado dos produtos e
antecedência mínima de 72 serviços, asseguradas a liberdade de
(setenta e duas) horas. escolha e a igualdade nas
contratações;
§ 1º É direito do consumidor, em
caso de cancelamento do show ou III - a informação adequada e clara sobre os
evento, a imediata devolução do diferentes produtos e serviços, com
valor integral do ingresso ou especificação correta de quantidade,
bilhete, com os encargos características, composição, qualidade,
tributos incidentes e preço, bem como sobre
eventualmente cobrados.
os riscos que apresentem; 
§ 2º Em caso de inobservância do
prazo disposto no caput, o valor Art. 36. A publicidade deve ser
integral de devolução do ingresso veiculada de tal forma que o
ou bilhete de que trata o § 1º será consumidor, fácil e imediatamente, a
acrescido de 50% (cinquenta por identifique como tal.
cento).
        Parágrafo único. O fornecedor,
§ 3º O disposto no § 2º não se na publicidade de seus produtos ou
aplica aos cancelamentos serviços, manterá, em seu poder,
decorrentes de força maior ou para informação dos legítimos
outro acontecimento imprevisível, interessados, os dados fáticos,
ocorrido nas 72 (setenta e duas) técnicos e científicos que dão
horas anteriores ao início do show sustentação à mensagem.
ou evento, hipótese em que será
devida a devolução simples do         Art. 37. É proibida toda
valor do ingresso ou bilhete. publicidade enganosa ou abusiva.
§ 4º O descumprimento ao
disposto neste artigo sujeitará o
infrator à penalidade de multa
prevista no art. 180, nas Faixas
Pecuniárias A, B ou C, sem
prejuízo da aplicação cumulativa
de outras sanções previstas neste
Código.

Art. 153. O fornecedor sujeito às Art. 6º São direitos básicos do


disposições desta Seção deve consumidor:
afixar, na entrada do show ou
evento, cartaz contendo II - a educação e divulgação sobre o
informações sobre a empresa consumo adequado dos produtos e
contratada para prestar serviços serviços, asseguradas a liberdade de
de segurança privada, com os escolha e a igualdade nas
seguintes dados: contratações;
I - razão social, número de III - a informação adequada e clara sobre os
inscrição no Cadastro Nacional da diferentes produtos e serviços, com
Pessoa Jurídica (CNPJ), endereço especificação correta de quantidade,
e telefone da empresa de características, composição, qualidade,
tributos incidentes e preço, bem como sobre
segurança privada; e
os riscos que apresentem; 
II - número do Alvará de
Autorização de Funcionamento ou Art. 36. A publicidade deve ser
do Alvará de Revisão de veiculada de tal forma que o
Autorização de Funcionamento da consumidor, fácil e imediatamente, a
empresa de segurança privada, identifique como tal.
emitido pelo Departamento de
Polícia Federal.         Parágrafo único. O fornecedor,
na publicidade de seus produtos ou
§ 1º As informações mencionadas serviços, manterá, em seu poder,
neste artigo também serão para informação dos legítimos
disponibilizadas por meio digital, interessados, os dados fáticos,
caso o fornecedor utilize mídias técnicos e científicos que dão
sociais, aplicativos, sites e sustentação à mensagem.
similares para a divulgação do
show ou evento.         Art. 37. É proibida toda
§ 2º O descumprimento ao publicidade enganosa ou abusiva.
disposto neste artigo sujeitará o
infrator à penalidade de multa
prevista no art. 180, na Faixa
Pecuniária A, sem prejuízo da
aplicação cumulativa de outras
sanções previstas neste Código.

Art. 154. Os mercados,  Art. 8° Os produtos e serviços


supermercados, hipermercados, colocados no mercado de consumo
mercearias, empórios, padarias, não acarretarão riscos à saúde ou
lojas de delicatéssen, lojas de segurança dos consumidores, exceto
conveniência e estabelecimentos os considerados normais e
similares, sem prejuízo de outros previsíveis em decorrência de sua
dispositivos aplicáveis, atenderão natureza e fruição, obrigando-se os
ao disposto nesta Seção. fornecedores, em qualquer hipótese,
a dar as informações necessárias e
(Parágrafo acrescentado pela Lei
adequadas a seu respeito.
Nº 16758 DE 18/12/2019):

Parágrafo único. Para fins dessa         Parágrafo único. Em se tratando


Lei, considera-se: de produto industrial, ao fabricante
cabe prestar as informações a que se
I - mercados: estabelecimento refere este artigo, através de
comercial de autosserviço onde se impressos apropriados que devam
exibem à venda mercadorias acompanhar o produto.
variadas, com área de vendas de
até 250 (duzentos e cinquenta)         § 1º  Em
se tratando de produto
metros quadrados e número de industrial, ao fabricante cabe prestar
caixas de atendimento entre 1 as informações a que se refere este
(um) e 5 (cinco); artigo, através de impressos
II - supermercados: apropriados que devam acompanhar
estabelecimento comercial de o produto.   (Redação dada pela Lei
autosserviço onde se exibem à nº 13.486, de 2017)
venda mercadorias variadas, com
        § 2º  O fornecedor deverá higienizar os
área de vendas superior a 250
equipamentos e utensílios utilizados no
(duzentos e cinquenta) metros fornecimento de produtos ou serviços, ou
quadrados e número de caixas de colocados à disposição do consumidor, e
atendimento entre 5 (cinco) e 20 informar, de maneira ostensiva e adequada,
(vinte); e, quando for o caso, sobre o risco de
contaminação.   (Incluído pela Lei nº
III - hipermercados: 13.486, de 2017)
estabelecimento comercial de
autosserviço onde se exibem à         Art. 9° O fornecedor de produtos
venda mercadorias variadas, com e serviços potencialmente nocivos ou
área de vendas superior a 5.000 perigosos à saúde ou segurança
(cinco mil) metros quadrados e deverá informar, de maneira
número de caixas de atendimento ostensiva e adequada, a respeito da
superior a 20 (vinte). sua nocividade ou periculosidade,
sem prejuízo da adoção de outras
medidas cabíveis em cada caso
concreto.

Art. 155. O fornecedor de produtos Art. 6º São direitos básicos do


fracionados é obrigado a informar consumidor:
ao consumidor o valor do produto
por unidade de medida.         I - a proteção da vida, saúde e
segurança contra os riscos
§ 1º Para efeitos deste artigo
provocados por práticas no
considera-se produto fracionado
fornecimento de produtos e serviços
aquele embalado ou medido sem a
presença do consumidor, com
conteúdo nominal predeterminado considerados perigosos ou nocivos;
durante o processo de
fracionamento ou pesagem.         II - a educação e divulgação
sobre o consumo adequado dos
§ 2º Para indicação do preço na
produtos e serviços, asseguradas a
forma deste artigo, deve-se utilizar
liberdade de escolha e a igualdade
unidade de medida e ordem de
nas contratações;
grandeza idênticas em relação aos
produtos de mesmo gênero. III - a informação adequada e clara sobre os
diferentes produtos e serviços, com
§ 3º No caso da venda em
especificação correta de quantidade,
embalagens contendo mais de características, composição, qualidade,
uma unidade do mesmo produto, tributos incidentes e preço, bem como sobre
além da indicação referida no os riscos que apresentem; 
caput, deverá constar a indicação
do preço unitário. Art. 36. A publicidade deve ser
veiculada de tal forma que o
§ 4º É obrigatória a consumidor, fácil e imediatamente, a
disponibilização de balança identifique como tal.
digital, devidamente aferida nos
termos da legislação aplicável,         Parágrafo único. O fornecedor,
para conferência do peso dos na publicidade de seus produtos ou
produtos fracionados, em local serviços, manterá, em seu poder,
visível e de fácil acesso ao para informação dos legítimos
consumidor, ainda que a balança interessados, os dados fáticos,
não seja utilizada exclusivamente técnicos e científicos que dão
para este fim. (Redação do sustentação à mensagem.
parágrafo dada pela Lei Nº 16758
DE 18/12/2019).         Art. 37. É proibida toda
§ 5º O descumprimento ao publicidade enganosa ou abusiva.
disposto neste artigo sujeitará o
estabelecimento infrator à
penalidade de multa prevista no
art. 180, nas Faixas Pecuniárias A,
B ou C, sem prejuízo da aplicação
cumulativa de outras sanções
previstas neste Código.

Art. 156. A oferta de produtos para         Art. 31. A oferta e apresentação


consumo imediato, entendidos de produtos ou serviços devem
como aqueles que devam ser assegurar informações corretas,
consumidos assim que claras, precisas, ostensivas e em
disponibilizados ao consumidor, língua portuguesa sobre suas
deverá indicar tal circunstância. características, qualidades,
quantidade, composição, preço,
Parágrafo único. O
garantia, prazos de validade e
descumprimento ao disposto no
origem, entre outros dados, bem
caput sujeitará o infrator à
como sobre os riscos que
penalidade de multa prevista no
apresentam à saúde e segurança dos
art. 180, nas Faixas Pecuniárias A consumidores.
ou B, sem prejuízo da aplicação
cumulativa de outras sanções
previstas neste Código.

Art. 161. A comercialização de         Art. 30. Toda informação ou


pães somente pode ser feita a publicidade, suficientemente precisa,
peso. veiculada por qualquer forma ou meio
de comunicação com relação a
§ 1º A pesagem deverá ser
produtos e serviços oferecidos ou
realizada no momento da
apresentados, obriga o fornecedor
comercialização, na presença do
que a fizer veicular ou dela se utilizar
consumidor, em balança
e integra o contrato que vier a ser
apropriada, com indicação do peso
celebrado.
e preço a pagar, devidamente
aferida pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial (Inmetro),
conforme normativos específicos
do órgão.

§ 2º O disposto neste artigo não se


aplica à comercialização de pães
industrializados, cuja embalagem
apresente indicação de
quantidade padronizada.

§ 3º O descumprimento ao
disposto neste artigo sujeitará o
infrator à penalidade de multa
prevista no art. 180, na Faixa
Pecuniária A ou B, sem prejuízo da
aplicação cumulativa de outras
sanções previstas neste Código.

Art. 162. Os carrinhos, cestas e         Art. 30. Toda informação ou


utensílios para acondicionamento publicidade, suficientemente precisa,
de compras e as cadeirinhas para veiculada por qualquer forma ou meio
bebê acopladas nos carros de de comunicação com relação a
compras devem ser higienizados produtos e serviços oferecidos ou
periodicamente. apresentados, obriga o fornecedor
que a fizer veicular ou dela se utilizar
§ 1º O processo de higienização
e integra o contrato que vier a ser
deverá garantir a eliminação dos
celebrado.
microrganismos nocivos à saúde
humana e dos resíduos
acumulados nos objetos
mencionados no caput.

§ 2º O intervalo de higienização de
que trata o caput deverá ser de,
no máximo, 10 (dez) dias
úteis. (Redação do parágrafo dada
pela Lei Nº 16758 DE 18/12/2019).

§ 3º É obrigatória a afixação de
placa na cadeirinha de bebê,
contendo informações acerca do
dia, mês e ano da última
higienização.

§ 4º O descumprimento ao
disposto neste artigo sujeitará o
infrator à penalidade de multa
prevista no art. 180, nas Faixas
Pecuniárias A, B ou C, sem
prejuízo da aplicação cumulativa
de outras sanções previstas neste
Código.

Art. 165. As empresas de telefonia   Art. 36. A publicidade deve ser


fixa ou móvel, de internet banda veiculada de tal forma que o
larga ou de TV por assinatura, que consumidor, fácil e imediatamente, a
prestem serviços a consumidores identifique como tal.
domiciliados no Estado de
Pernambuco, sem prejuízo de         Parágrafo único. O fornecedor,
outros dispositivos aplicáveis, na publicidade de seus produtos ou
atenderão ao disposto nesta serviços, manterá, em seu poder,
Seção. para informação dos legítimos
interessados, os dados fáticos,
Parágrafo único. O disposto nesta
técnicos e científicos que dão
Seção não afasta a aplicação das
sustentação à mensagem.
normas correlatas expedidas pela
Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel),
aplicando-se, em qualquer caso, a
norma mais benéfica ao
consumidor.

Art. 166. O tempo máximo de   Art. 36. A publicidade deve ser


espera para atendimento veiculada de tal forma que o
presencial, em lojas próprias, consumidor, fácil e imediatamente, a
credenciadas ou autorizadas, é de: identifique como tal.
I - até 15 (quinze) minutos, entre
        Parágrafo único. O fornecedor,
segunda-feira e sexta-feira; e
na publicidade de seus produtos ou
II - até 30 (trinta) minutos, nos serviços, manterá, em seu poder,
sábados, domingos ou feriados, para informação dos legítimos
caso o estabelecimento esteja em interessados, os dados fáticos,
funcionamento.
técnicos e científicos que dão
§ 1º No momento de sua chegada,
sustentação à mensagem.
o consumidor receberá senha ou
protocolo, com número de ordem,
data e horário.

§ 2º É obrigatória a instalação de
relógio, em local visível ao
consumidor, preferencialmente na
entrada do estabelecimento, a fim
de possibilitar a avaliação do
cumprimento ao disposto neste
artigo.

§ 3º Os estabelecimentos poderão
oferecer ao consumidor a
modalidade de atendimento
agendado.

§ 4º O descumprimento ao
disposto neste artigo sujeitará o
infrator à penalidade de multa
prevista no art. 180, nas Faixas
Pecuniárias B, C ou D, sem
prejuízo da aplicação cumulativa
de outras sanções previstas neste
Código.

Art. 167. As ligações realizadas Art. 43. O consumidor, sem prejuízo


pelo consumidor devem estar do disposto no art. 86, terá acesso às
individualmente discriminadas na informações existentes em cadastros,
fatura correspondente, que fichas, registros e dados pessoais e
conterá as seguintes informações: de consumo arquivados sobre ele,
bem como sobre as suas respectivas
I - data da ligação;
fontes.
II - horário da ligação;
        § 1° Os cadastros e dados de
III - duração da ligação; consumidores devem ser objetivos,
IV - telefone chamado; e claros, verdadeiros e em linguagem
de fácil compreensão, não podendo
V - valor devido. conter informações negativas
§ 1º É proibida a cobrança de referentes a período superior a cinco
ligações realizadas há mais de 60 anos.
(sessenta dias) e não incluídas na
fatura do período correspondente.         § 2° A abertura de cadastro,
ficha, registro e dados pessoais e de
§ 2º O consumidor que pagar por consumo deverá ser comunicada por
ligações enquadradas na hipótese escrito ao consumidor, quando não
do § 1º tem direito à repetição do solicitada por ele.
indébito, por valor igual ao dobro
do que pagou em excesso,
acrescido de correção monetária e         § 3° O consumidor, sempre que
juros legais. encontrar inexatidão nos seus dados
e cadastros, poderá exigir sua
§ 3º É obrigatória a
imediata correção, devendo o
disponibilização ao consumidor de
arquivista, no prazo de cinco dias
serviço de atendimento telefônico
úteis, comunicar a alteração aos
gratuito que permita o
eventuais destinatários das
acompanhamento dos gastos de
informações incorretas.
sua conta.

§ 4º O descumprimento ao         § 4° Os bancos de dados e


disposto neste artigo sujeitará o cadastros relativos a consumidores,
infrator à penalidade de multa os serviços de proteção ao crédito e
prevista no art. 180, nas Faixas congêneres são considerados
Pecuniárias C, D ou E, sem entidades de caráter público.
prejuízo da aplicação cumulativa
de outras sanções previstas neste         § 5° Consumada a prescrição
Código. relativa à cobrança de débitos do
consumidor, não serão fornecidas,
pelos respectivos Sistemas de
Proteção ao Crédito, quaisquer
informações que possam impedir ou
dificultar novo acesso ao crédito junto
aos fornecedores.

         § 6o  Todas as informações de


que trata o caput deste artigo devem
ser disponibilizadas em formatos
acessíveis, inclusive para a pessoa
com deficiência, mediante solicitação
do consumidor.

Art. 168. A nota fiscal de venda de   Art. 43. O consumidor, sem prejuízo
aparelho de telefone celular deve do disposto no art. 86, terá acesso às
conter o código IMEI (International informações existentes em cadastros,
Mobile Equipment Identity) do fichas, registros e dados pessoais e
equipamento. de consumo arquivados sobre ele,
bem como sobre as suas respectivas
§ 1º Os caracteres devem ter
fontes.
tamanho proporcional aos dados
contidos no respectivo documento
fiscal com o seguinte padrão:

"O CÓDIGO IMEI DESTE


EQUIPAMENTO É ________________."

§ 2º No momento da venda, deverá


ser entregue ao consumidor um
informativo impresso com a
seguinte expressão:
"É IMPORTANTE QUE VOCÊ
TENHA CONHECIMENTO DO
CÓDIGO IMEI DE SEU APARELHO
DE TELEFONE CELULAR. PARA
TANTO, CONSULTE A SUA NOTA
FISCAL OU DIGITE *#06# NO
TECLADO DO EQUIPAMENTO. EM
CASO DE ROUBO, FURTO OU
PERDA, INFORME À OPERADORA
O NÚMERO DO CÓDIGO IMEI PARA
BLOQUEIO E INUTILIZAÇÃO DO
APARELHO".

§ 3º O descumprimento ao
disposto neste artigo sujeitará o
infrator à penalidade de multa
prevista no art. 180, nas Faixas
Pecuniárias A ou B, sem prejuízo
da aplicação cumulativa de outras
sanções previstas neste Código.

Art. 169. As empresas de telefonia


fixa ou móvel, que atuem no
Estado de Pernambuco, deverão
afixar, em seus estabelecimentos
e pontos de venda, cartaz com os
seguintes dizeres:

"O USUÁRIO PODERÁ SOLICITAR


O BLOQUEIO DE CHAMADAS NÃO
IDENTIFICADAS, CONFORME
ESTABELECIDO PELA AGÊNCIA
NACIONAL DE
TELECOMUNICAÇÕES (ANATEL)".

Parágrafo único. O
descumprimento ao disposto
neste artigo sujeitará o infrator à
penalidade de multa prevista no
art. 180, nas Faixas Pecuniárias A
ou B, sem prejuízo da aplicação
cumulativa de outras sanções
previstas neste Código.

Art. 169-A. É proibida a cobrança Art. 46. Os contratos que regulam as


de multa por fidelização quando o relações de consumo não obrigarão
cancelamento do serviço de os consumidores, se não lhes for
telefonia móvel se der em virtude dada a oportunidade de tomar
de furto ou roubo do aparelho ou conhecimento prévio de seu
chip de celular. conteúdo, ou se os respectivos
instrumentos forem redigidos de
§ 1º Para os fins do disposto no modo a dificultar a compreensão de
caput, o consumidor deverá seu sentido e alcance.
apresentar à operadora de
telefonia móvel o boletim de
ocorrência policial, em que conste
o nome do titular da linha e as
circunstâncias do crime.

§ 2º O descumprimento ao
disposto neste artigo sujeitará o
infrator à penalidade de multa
prevista no art. 180, nas Faixas
Pecuniárias A ou B, sem prejuízo
da aplicação cumulativa de outras
sanções previstas neste Código.

Art. 170. É obrigatória, no      Art. 8° Os produtos e serviços


transporte intermunicipal de colocados no mercado de consumo
passageiros, a identificação das não acarretarão riscos à saúde ou
bagagens que não fiquem segurança dos consumidores, exceto
diretamente em poder do os considerados normais e
consumidor. previsíveis em decorrência de sua
natureza e fruição, obrigando-se os
§ 1º A identificação será feita por
fornecedores, em qualquer hipótese,
meio de uma etiqueta adesiva
a dar as informações necessárias e
padronizada, que deverá ser
adequadas a seu respeito.
afixada na bagagem, em local de
fácil visualização.

§ 2º A etiqueta de identificação
deverá conter, de forma legível, as
seguintes informações:

I - o nome do passageiro;

II - o número do documento oficial


de identificação;

III - o local, data e hora de


embarque e o respectivo destino;
e

IV - caso existam, os números do


bilhete de passagem e da poltrona
em que o responsável pela
bagagem esteja sentado.

§ 3º O descumprimento ao
disposto neste artigo sujeitará o
infrator à penalidade de multa
prevista no art. 180, nas Faixas
Pecuniárias A ou B, sem prejuízo
da aplicação cumulativa de outras
sanções previstas neste Código.

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