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A Reforma na Inglaterra – Anglicanismo

Apesar de representar uma importante reforma religiosa, o fim do poder da Igreja Católica na
Inglaterra ocorreu por causa da sucessão ao trono inglês.
Henrique VIII, rei da Inglaterra, era casado com Catarina de Aragão. Essa mulher pertencia a
uma das famílias mais poderosas da Europa, os Habsburgos. O parentesco de Catarina preocupava
Henrique VIII, pois caso ele não tivesse um filho homem, os Habsburgos poderiam tomar conta da
Inglaterra. Tudo isso porque, naquela época, só os homens poderiam herdar o trono.
Em virtude de alguns problemas de saúde, Catarina não poderia engravidar mais. Se quisesse
um filho homem, o rei inglês teria de se casar novamente. Mas isso era proibido pela Igreja Católica.
Henrique VIII tentou um acordo nesse sentido com o papa Clemente VII, mas não foi possível,
principalmente porque o papa era amigo da família Habsburgo. Henrique VIII rompeu a fidelidade
com a Igreja Católica e separou-se de Catarina de Aragão, casando-se com Ana Bolena, uma antiga
amante sua.
A Igreja tentou punir Henrique VIII e excomungou-o, mas o rei inglês foi mais longe. Em
1534, através do “Ato de Supremacia”, as propriedades da Igreja foram passadas para a nobreza e o
rei se tornou o novo chefe da Igreja na Inglaterra.
Essa nova Igreja, chamada de anglicana, não possuía grandes diferenças em relação ao
catolicismo; apenas não seguia a autoridade do Papa e reconhecia os processos de separação,
permitindo um novo casamento.

A REFORMA CATÓLICA

A Igreja Católica começou a se preocupar com as novas religiões que estavam surgindo na
Europa, pois estava perdendo fiéis e propriedades.
Muitos já tinham tentado mudar alguma coisa na Igreja Católica, mas sem sucesso. Porém,
com todos esses movimentos protestantes, os dirigentes católicos passaram a se preocupar com as
possibilidades de surgirem novas reformas religiosas.
Por isso, entre os anos de 1545 e 1563 foi realizado o concílio de Trento, uma reunião onde
participaram os mais importantes líderes do catolicismo. O Concílio de Trento, o mais importante da
história da Igreja, tomou as seguintes decisões:

a) criou os seminários para a formação de padres;


b) criou o Index, uma lista de livros que os católicos estavam proibidos de ler;
c) decidiu que o papa era infalível (não erra);
d) reativou o Tribunal da Inquisição. Através dele, quem discordasse das idéias da Igreja poderia ser
punido com a morte;
e) deu espaço à ordem religiosa Companhia de Jesus, ou seja, permitiu aos Jesuítas atuarem na
catequese.
Como muitos católicos estavam mudando de religião na Europa, os jesuítas foram enviados
para a América, onde havia milhares de índios que a Igreja esperava transformar em cristãos.

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