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SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DE MATO GROSSO

CURSO DE TEOLOGIA

Aluna: Rilza Rodrigues Pacheco

Prof. Pastor Daniel Costa

Disciplina: Teologia do Novo Testamento, 1º Ano

RESUMO DO QUARTA PARTE DO LIVRO TEOLOGIA DO NOVO


TESTAMENTO, ( Epístola aos Hebreus, Epístola de Tiago, a primeira e segunda
Epístola de Pedro, a Epístola de Judas e Conclusão), de Leon Morris, tradução de Hans
Udo Fuchs, São Paulo, Edição Vida Nova.

Cuiabá, 11 de Dezembro de 2018


A Epístola aos Hebreus

Um Grande Deus.

O Autor de Hebreus não tem dúvida quando a grandeza de Deus.


Sua ênfase não está na grandeza de Deus, está na graça de Deus, que esta por trás de boa parte
do que vê Deus fazer, como por exemplo que Deus falou de várias maneiras e em diversas
épocas nos tempos antigo, falou por Davi; agora falou através dos eu filho.

Os tempos antigos, Deus fez uma promessa a Abraão e a selou


com um juramento, isso mostra seu interesse pelo patriarca e uma prova de sua grandeza. Há
ideia de confiabilidade, Deus não pode mentir. Ele faz menção do que Deus prometeu, que
pode ser concentrado em uma promessa, ou usar o plural das muitas promessas , mas dos dois
modos ele está expressando a ideia de que Deus age pela graça. A benção de Deus não vem
pelo merecimento do ser humano, mas por causa de sua decisão de abençoar. Ele faz sua
promessas e as cumpre. Em toda a carta está claro a ação salvadora de Cristo.

O Cristo incomparável

Jesus é uma pessoa maravilhosa, muito acima da criação, estando


à altura de Deus, ele está num nível diferente das pessoas mais impressionantes que já existiram,
cristo é herdeiro de todas as coisas. Ele é o brilho as glórias de Deus e a representação exata do
seu ser. Ele é superior aos anjos. O Autor fala como reina sua obra na criação e da sua
eternidade. Ele veio a este mundo como ser humano, inferior aos anjos, mas isso foi apenas para
obter a salvação dos pecadores.

O escritor enfatiza a humanidade de Cristo como genuína, mas


sem modificar o que disse sobre a sua grandeza.

Cristo trouxe a salvação para todos, e usa o conceito como de


grande sumo sacerdote, o sacerdote como Melquisedeque, e a nova aliança para ilustrar o que
quer dizer. A equiparação de Cristo a Deus pai é o pressuposto necessário para tudo o que ele
tem a dizer sobre nosso salvador.

O Verdadeiro Homem

Uma das coisas fascinantes dessa carta é como ela une a mais
elevada Cristologia possível à perspectiva mais realista possível fraqueza da carne humana, por
exemplo o forte clamor e lágrimas, orações e súplicas.

O sacerdócio do Filho distingue-se do sacerdócio dos sumos


sacerdotes terrenos, pois ele foi feito perfeito para sempre. Cristo esteve sempre perfeito no
sentido de estar pronto para sofrer e ele alcançou a perfeição de ter sofrido. Apesar de ter sido
tentado ele não pecou.

Sacerdote Como Melquisedeque


O autor diz que Cristo é um sacerdote ou sumo sacerdote como
Melquisedeque. Melquisedeque aparece em um episódio em gênesis 15,18 a 20, ele era o rei de
Salém e sacerdote do deus Altíssimo, ele trouxe pão e vinho a Abraão quando este retornou da
vitória na batalha, o abençoou e recebeu dele uma décima parte dos despojos. Nada consta sobre
a linhagem ou posteridade de Melquisedeque. Nada mais se diz sobre ele em nenhum outro
lugar do Antigo testamento, com exceção de uma referencia a um sacerdote como
Melquisedeque em Salmos 110.4.

Melquisedeque foi sem pai, sem mãe, sem genealogia, foi feito como
o filho de Deus.

Pagamento do dízimo a Melquisedeque e a benção dada por ele


são argumentos em favor da superioridade de Cristo sobre os sacerdotes levitas. A benção que
Melquisedeque deu a Abraão tem muito significado porque não há dúvida de que aquele que
abençoa é maior do que a pessoa abençoada. Os dois apontam para a verdade de que o
sacerdócio exercido por Cristo é maior do que o que era exercido pelos sacerdotes de
Jerusalém.

Melquisedeque nos ajuda a ver que a obra de Cristo como


sacerdote é maior do que a dos sacerdotes levitas. Seu sacerdócio é permanente, eterno e sua
eficácia substitui todos os sacerdócios inferiores.

Um grande sumo sacerdote

O sacerdote era um ser humano como os que ele representava,


além disso, era pecador, tinha de oferecer sacrifícios pelos seus pecados antes de fazer pelos
do povo. Cristo repre4sentou um sacrifício, o sacrifício de si mesmo, e que esse sacrifício é
perfeito e permanentemente eficaz. Em contraste com os sacerdotes levitas com suas
oferendas diárias de sacrifícios, ele sacrificou a si mesmo de uma vez por todas. O sacrifício de
Cristo é o caminho até Deus. A vinda do filho de deus tornou novas todas as coisas. O caminho
da salvação que ele abriu era eficaz e definitivo.

A nova aliança

O autor cita Jeremias, onde fala que a profecia da nova aliança


em que Deus escrevia sua lei no coração dos seus e em que não se lembraria mais do pecados
deles. Ele sita Jeremias de novo mas desta vez às que falam de perdão. O caminho que
Jesus abriu de acesso a Deus não dependia da obediência a um código externo. A lei de deus
estava escrito no coração dos que são dele. Ela é interior.

Os sacrifícios levíticos não removiam os pecados; somente a morte


de Cristo podia fazer isso. Mas os santos do Antigo testamento foram realmente salvos, pois a
morte de Jesus valeu para os pecados deles, assim como para aqueles que viriam mais tarde. O
sacerdócio de Jesus era permanente; ela jamais seria substituída como se dava com o
sacerdócio levítico. A aliança antiga serviria ao seu propósito e fora descartada em Cristo. A
aliança nova era eterna.
A solução para o pecado

O pecado contamina, mas Jesus removeu a contaminação


completamente. A morte de Cristo removeu a ira de Deus. Deus não se lembra mais dos
pecados do que estão na nova aliança. O caminho antigo era incapaz de resolver o problema
do pecado, mas Cristo o resolveu de maneira definitiva e permanente.

A sombra e substância

Há afirmações e textos judaicos que dizem mais ou menos a


mesma coisa que Êxodo, por exemplo: “Mandaste-me construir um templo em tem santo
monte e um altar na cidade onde fixaste a tua tenda, cópia da tenda santa que preparaste
desde a origem” (sabedoria 9.8). A dificuldade com isso é que a ênfase nos escritos judaicos
está em que o terreno é uma cópia exata do celeste, e não é isto que o autor de Hebreus está
dizendo. Ele está fazendo uso de uma forma de platonismo popular em Alexandria. Seu
pensamento principal concorda com o Antigo Testamento, mas ele também declara que o
celestial excede de longe o terreno; ele vê os sacerdotes levitas servindo em um santuário que
não passava de “figura e sombra” do celestial. A própria lei não era mais que sombra das
coisas boas que viriam; ela não era a própria realidade.

Nossa resposta à obra de Cristo

Em Paulo, a fé se refere principalmente ao passado, ao que


Deus fez em Cristo, à justificação que dá inicio a nossa vida cristã. Em Hebreus, a fé olha para o
futuro, é a confiança audaz que parte em direção ao invisível e desconhecido, na plena certeza
de que Deus fará seu servo vencer. Os dois tipos de fé são exigidos de nós. E não é uma crítica
dizer que Hebreus tem seu próprio conceito de fé.

O caminho cristão pode ser descrito em termos de suportar


a disciplina e outras dificuldades; das tribulações pelos quais tiveram de passar quando se
converteram, e lembra-lhes as angustias pelas quais o povo de Deus passou durante séculos.
Os sofrimentos pelos quais os cristãos passam não são horrores sem motivo, mas disciplina
proposital de um pai amoroso. A obediência é importante. Aqueles que ouviram a boas novas,
mas desobedeceram, não entraram na benção e os leitores são advertidos a não cair por causa
da sua desobediência. Antes, devem segurar firme a graça que receberam e prestar um serviço
agradável a Deus “com reverência e santo temor”, .

A Epístola de Tiago.

Tiago é monoteísta e entende que Deus está em atividade.


Devemos orar por sabedoria, pois Deus a dá liberalmente.

Ele quer que os cristões sejam “tardios para se irar, porque a ira do homem não produz a
justiça de Deus” (Tg. 1.19-20).
Tiago vê que o mundo está em oposição a Deus, tanto que
ser algo do mundo significa ser inimigo de Deus. Deus resiste aos orgulhosos, mas dá graça a
quem é humilde.

O senhor é compassivo e misericordioso. Tiago tem muito


a dizer sobre a oração, e é evidente que ele a considera eficaz. Mas isso só acontece porque o
Senhor é gracioso e pronto para ouvir e responder.

Fé e Obras

A forte ênfase de Tiago na necessidade de estarmos


ativos na obra do Senhor aparece em sua explanação sobre fé e obras. . Ele tinha sido
confrontado por alguns cristãos que afirmavam que bastava crê. Eles devem ter dito que
conquanto houvesse fé, não importaria como se vivia. Tiago rejeita isso de maneira mais
direta possível, em sua afirmação: “ A fé sem obras é morta” (2.26) levou alguns estudiosos a
pensar que ele esta em conflito com Paulo. Eles dizem que essa parte da carta se opõe ao
ensino paulino da justificação somente pela fé. Paulo enfatiza a fé, e Tiago, as obras.

Paulo sublinha a importância da fé e tem afirmação


contundentes como: “ O homem é justificado pela fé, independente das obras da lei” (Rm
3.28); isso não é fácil de equacionar com, por exemplo.” A pessoa é justificada por obras e não
por fé somente” (2.24).. Os dois autores não estão dizendo a mesma cosia. Provavelmente é
correto dizer que Paulo não teria se expressado como Tiago, nem Tiago como Paulo. Mas eles
não estão contradizendo um ao outro.

Na passagem polêmica em que ele destaca a importância


das obras, ele assim mesmo fala da sua fé (2.18), que ele prova com suas obras. Fé que não
transforma o cristão a ponto de ele dedicar sua vida a fazer coisas boas não é fé no entender
de Tiago. É uma fé morta. Tiago não está ensinando a salvação pelas obras. Conta-se com a
salvação pela misericórdia, não pelo julgamento.

Apesar da linguagem muito diferente, ambos concorda que


a salvação vem como resultado de uma ação divina, não de mérito humano; que nos
achegamos a ela pela fé; e que é preciso evidenciar isso com uma vida consagrada.

O serviço do cristão

Tiago esta ciente de que todos pecamos, e é muito fácil


pecar com o que se diz. Ele salienta que conseguimos controlar coisas grandes como cavalos
ou navios com pequenos objetos como cabrestos e lemes, e que com um pouco de fogo
conseguimos incendiar uma floresta inteira. Ele acrescenta que conseguimos domar todo tipo
de feras e aves, mas não a língua. E nos adverte para que tenhamos cuidado

A perseverança é o caminho para a coroa da vida que não


deixa de ser um presente de Deus. Ele nos recorda a paciência dos profetas e de Jó. A oração é
uma das partes mais importante da vida dos cristãos, e Tiago quer nos ver fazendo uso pleno
dela, especialmente em casos de doença. Mas ele não a restringe a isso; devemos recorrer a
ela em todo momento de angustia. Ele lembra Elias como um grande homem de oração.

A primeira Epístola de Pedro

A primeira epístola de Pedro foi escrita num período difícil


de ser cristãos, estes estavam passando por um pouco de sofrimento “fogo ardente” que os
assolava. Os cristãos podem sofrer simplesmente por fazer o bem. Não há mérito em sofrer
por merecer, quando alguém sofre por fazer o bem é que recebe a aprovação de Deus; assim
estarão seguindo o exemplo do seu Salvador, que não fez nada de errado, mas foi crucificado.

O Deus vivo

Deus escolheu os que são dele. Ele tem conhecimento


prévio de quem é dele. Ele é o criador, poderoso. No fim, o julgamento é uma realidade para
os mortos, para o povo de Deus e para os que desobedecem ao evangelho.

Contudo, devemos pensar em Deus em termos de amor,


graça e bondade. Ele é o pai e o Deus de toda a graça.

Os profetas falaram da graça que haveria de vir, certamente


uma referencia à graça que Deus concedeu por meio de Cristo. O serviço cristão pode ser
descrito como a oferta de sacrifícios espirituais a Deus e é interessante ver a diversidade de
maneiras por que Pedro relaciona a Igreja com Deus. A Igreja é o “povo de Deus”, a “casa de
Deus”, e o “rebanho de Deus”, e seus membros são escravos de Deus.

O supremo Pastor

Pedro tem muito a dizer sobre o Senhor e sua salvação. Ele


o chama “pastor e supervisor das vossas almas”. Cristo foi predestinado antes da fundação do
mundo, mesmo que revelado apenas “no fim dos tempos”. Ele ocupava um lugar especial no
programa de Deus e um relacionamento especial com Deus. Ele era o precioso escolhido de
Deus.

A uma passagem notável sobre a redenção que cristo


realizou. Redenção significa liberdade n em face do pagamento de um valor, e Pedro rejeita a
ideia de que bens valioso como ouro e prata passam efeituar essa libertação. A redenção que
Pedro escreve foi comprada ao preço de “precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e
sem mácula”. Os pecadores estavam numa situação da qual parecia não haver escapatória.
Deus nos libertou para nos dedicarmos não a futilidades, mas a trabalho com propósito.

A morte de Cristo foi ao mesmo tempo resgate e sacrifício,


e tudo o que foi prefigurado nos sacrifícios antigos foi realizado em Cristo. Seus sofrimentos
são um exemplo para os leitores que também estavam sujeitos a sofrer sem ter feito nada de
errado, mas simplesmente por sua profissão de fé Cristã. O Salvador lhes dera o exemplo de
como deveriam suportar esse sofrimento..
Jesus carregou, ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os
nossos pecados, suportou com paciência todos os maus tratos que recebeu, incluindo a cruz;
eles as veem como uma continuação da ideia de que ele deu o exemplo de como suportar o
sofrimento.

Carregar os pecados não é uma expressão comum no Novo


Testamento. No Antigo Testamento ela é frequente, onde significa receber os castigos pelo
pecado., Ele está dizendo que Cristo, com sua morte, recebeu o castigo pelos nossos pecados.
O escritor vê a Jesus como o servo sofredor. Jesus morreu por nós; ele tomou nosso lugar.
Cristo resolve o problema do nosso pecado sofrendo, especificamente morrendo em nosso
lugar, “o justo pelos injustos”. Deus tinha seu próprio propósito com a cruz de cristo, e aquele
que foi rejeitado é o mais importante, pois nele a salvação de Deus é efetuada.

Pedro não tem dúvidas quando a grandeza de Cristo e à


maravilhosa salvação que ele conquistou para nós.

O Espirito Santo.

Pedro não diz muito sobre o Espírito Santo nesta carta, mas
o que diz é expressivo. A pregação do Evangelho não é uma conquista apenas humana; se o
Espírito Santo não agir, não haverá resultado. A conversão de alguém é obra divina, não
humana. E a vida do cristão está sob a influência do espírito, porque sobre vós repousa o
Espírito da glória de Deus.

A vida cristã

Toda a carta evidencia que o crente possui salvação já


nesta vida. Nos escritos de Pedro, vemos novamente a conhecida tensão escatológica entre o
já e o ainda não. A salvação é uma posse para o presente, mas também será “revelação no
último tempo”. Pedro dá ênfase tanto na salvação presente quanto na futura.. Seu enfoque
está na mudança de vida que deve caracterizar os cristãos.

A vida cristã é gloriosamente positiva, Pedro espera que


seus leitores sejam santos em tudo o que fazem. Eles devem ser obedientes, viver de modo
exemplar, conviver em unidade e amor, ser controlados e orar, usar o dom que Deus lhes deu,
ser humildes. . O apóstolo dá um grande valor à vida coletiva dos cristãos. Ele nenhuma vez
usa a palavra “Igreja”, mas escreve sobre ela quando diz “raça eleita, sacerdócio real, nação
santa, povo de propriedade exclusiva de Deus”.

A Segunda Epístola de Pedro

Pedro afirma várias vezes que Cristo é Salvador, para ele a


salvação significa que todas as coisas que conduzem à vida e à piedade nos foram dadas, é
uma dádiva maravilhosa e deve ser muito valorizada. Não obtemos, ela é dádiva de Deus em
Cristo.
A salvação cristã é o poder de Deus agindo no homem para que
não esteja mais debaixo do poder do mal. A vida cristã deve ser vivida no poder de Deus, não
segundo este mundo mau. A fé, os crentes devem acrescentar virtude, conhecimento, domínio
próprio, perseverança, piedade, fraternidade e amor. Dever viver em santidade e devoção
enquanto esperam a volta de Cristo, Devem crescer na graça e no conhecimento de Cristo..
Pedro tem certeza de que Deus se revelou e que se providenciou uma salvação perfeita com
base no sangue derramado de Jesus Cristo.

Os falsos mestres

No tempo do Antigo Testamento, Deus enviara grandes


profetas a Israel, mas falsos profetas tentaram conduzir o povo por caminhos errados, mas
cristãos do Novo Testamento tenham tido de enfrentar falsos mestres.. Pedro diz que eles
renegam o soberano Senhor que os resgatou.

A Epístola de Judas

Há bastante material repetido em 2Pedro e Judas. Em 2Pedro


há paralelos próximos a tudo o que está em Judas. Judas poderia ter escrito sobre a salvação,
mas as necessidades prementes da hora fizeram com que ele tivesse de tratar das questões
urgentes. Por isto, acabou falando do castigo dos pecadores nas mãos de Deus. A Epístola de
Judas enfatiza a importância da fé certa e da vida de retidão. Judas espera que Deus nos
impeça de cair e nos apresente sem máculas diante dele.

CONCLUSÃO

Paulo entendia que Deus estava ativo em Cristo, libertando


os que confiam nele, Não é o esforço do pecador que é central ao pensamento de Paulo, mas a
libertação maravilhosa que Deus efetuou em Cristo. Tudo o que tinha de ser feito, Cristo fez, e
não há nada imperfeito na salvação que ele realizou. Não há ninguém no novo testamento que
enfatize tanto o amor quanto Paulo. O amor é de importância central. O amor que os cristãos
devem demonstrar não é uma conquista humana, e por isso Paulo destaca o papel do Espírito
Santo, que é quem derrama o amor em nosso coração. O espírito está vivo, capacitando os
crentes, Paulo fala do que em todos nós e também dos dons especiais que ele dá a alguns
servos de Deus.

Marcos traz sua combinação da humildade e da


majestade de Jesus, da sua humanidade genuína e da sua posição como o poderoso Filho de
Deus. Marcos nos apresenta os atos de compaixão de Jesus, mas também seus atos de poder.
Ele deve ser visto como Deus e também como homem perfeito. Marcos dá ênfase à morte de
Jesus na cruz; a narrativa da paixão domina o seu livro. Marcos mostra os fracassos dos doze
de modo mais cloro que qualquer outro, eles não compreenderam Jesus como poderiam ter
esperado, e sempre ficam longe de ser discípulos ideais. Na hora crucial, todos eles
abandonaram Jesus e fugiram. A igreja não foi estabelecidas pela formação de grupo de
pessoas notáveis e santas; pelo contrário, foi formada pela pregação de pessoas
desacreditadas. Foi o poder de Deus e não a coragem ou a santidade dos primeiros discípulos
que fez surgir a igreja de Deus.
Mateus dá ênfase ao ensino de Jesus, e no novo
testamento nenhum outro nos dá tantas informações sobre o que o mestre disse, Devemos a
ele o registro de muitas parábolas, e relatos de ensinos como sermão do monte têm
influenciado profundamente todas as gerações de cristãos. Mateus tinha um profundo
interesse no reino do céu, por isto temos muitas informações do que Jesus disse a respeito do
reino.. Tinha interesse na pessoa de Jesus e extraiu muita informação do sentido do título
“Filho de Davi”. Mateus é o único evangelista a usar a palavra Igreja, ele tinha interesse no
conjunto dos cristãos.

Lucas é o único dos escritores do novo testamento que nos


dá informações sobre a história do começo da igreja. E ele localiza os atos salvíficos no
contexto da história secular. Lucas entendia com clareza que Deus esta atuando em tudo na
vida, nos assuntos dos governantes pagãs assim como no serviço que os cristãos prestam a
Deus. Ele também é um evangelista, escreveu um evangelho, e Atos nada mais é que a
continuação do seu evangelho. Lucas não tem dúvidas de que Deus age nos assuntos
humanos, ele guia os seus filhos. Lucas gosta de registrar milagres, e em se relato, demonstra
como Deus interveio várias vezes. Para a vida prática dos cristãos, é importante saber que não
estamos sozinhos, e Lucas deixa isso claro melhor do que qualquer outro. . O assunto mais
valioso que lhe devemos seja o modo como mostrou o interesse o cuidado de Deus pelas
pessoas do seu tempo a quem a sociedade dedicava pouco respeito. Lucas tem um lugar
especial para os pobres, as mulheres, as crianças e os de má fama. Ele deixou claro que Jesus
não se alinhou com os valores tradicionais da sociedade do seu tempo e espera mais do seu
povo nessa área.

João foi quem registrou o ensino de que só depois que nascemos


do espírito santo é que podemos entrar no reino de Deus. É a ele que devemos a declaração
com “eu sou”, o ensino sobre o pão da vida, a luz do mundo, o bom pastor e muito mais. João
tem o conceito admirável de “glória humilde”. Ele vê a glória de Jesus não na majestade e na
pompa, mas no serviço simples. É glória genuína quando alguém que ocupa posição tão
elevada e que poderia exigir tanto para si, em vez disso renuncia ao seu lugar privilegiado e
serve aos outros do modo mais humilde possível. E João leva isso ao auge incluindo a
referencia de Jesus a ser “levantado”, exaltado, na cruz. O que para todo o mundo parecia o
auge da degradação, João viu como suprema exaltação. João encera com o seu quadro
magnífico do novo céu e noiva terra. Os servos de Deus em qualquer época podem ter
dificuldades em combater o mal, e é fácil ceder à tentação de pensar que nunca poderemos
vencer e é melhor desistir da luta e passar para o lado do inimigo.

Apocalipse nos ajuda a retornar a perspectiva de deus. As visões


do fim são uma demonstração convincente de que deus tem coisas maravilhosas guardadas
para os seus filhos.

Em Hebreus, o autor faz de Jesus o grande sumo sacerdote, ou


como um sacerdote como Melquisedeque. Mostra o episódio em que Melquisedeque
encontrou Abraão tinha algo importante a ensinar às gerações seguintes. Ele também toma a
ideia da aliança, mostra que a nova aliança que Cristo realizou derramando seu sangue tem
importância central. OI autor recorre a muitas maneiras deferentes de avaliar os efeitos da
morte expiatória de Cristo. O sacrifício de Cristo tem validade permanente e que não existe
outro sacrifício que realmente tira o pecados. Um detalhe digno de nota é o estudo da fé em
Hebreus 11, o autor não usa o conceito de fé do mesmo modo que Paulo; enquanto Paulo se
concentra na fé como meio de sermos aceitos por Deus, em Hebreus a ênfase é na fé como
meio de servimos a Deus de modo aceitável.

Tiago é conhecido pela suas declarações a respeito de fé e


obras. Sua insistência em uma fé viva em contraste com uma fé sem obras. O mesmo vale para
sua insistência em que a língua é importante e que é fácil pecar com o que dizemos.

A primeira carta de Pedro foi escrita à igreja sofredora, os


crentes às vezes pode ser chamado a sofrer pela sua fé, sofrer mesmo tendo agido
corretamente.

Muitos estudiosos tem a tendência de não dar muito valor às


contribuições de 2Pedro e Judas. Os dois escritores enfrentaram falsos mestres e nos lembram
de que nem tudo que alega ser cristão deve ser aceito sem averiguação

Judas tem uma ênfase na realidade do julgamento; um dia


teremos que prestar contas do que fizemos. Judas mostra que quem distorce o ensino cristão
é culpado e terá de se justificar diante de Deus. Ele não deixa dúvidas quanto á gravidade de
abraçar ensinos errados.

Em todo novo testamento o amor de Deus e seu afeto com os


seus são sempre enfatizados. Um dia ele levara este mundo ao fim, e toda a sua raça humana
será julgada. Ele está interessado no modo como vivemos, e em sua graça e misericórdia
providenciou tudo o que precisamos. Os escritos do Novo testamento deixam claro que na
morte de cristo ele agiu para trazer salvação. Quando eles falam do que Cristo fez por nós,
enfatizam a crucificação. Não há a menor dúvida de que, em todo o novo testamento, a crus é
crucial.

Os escritores do novo testamento são pessimistas quanto à


capacidade do homem natural de viver de acordo com a vontade de Deus. Eles nos consideram
escravos do pecado, dominados pela carne, vencidos pelas tentações do maligno, e nenhum
escritor do novo testamento entende que somos capazes de viver para o reino de Deus pelas
próprias forças. Estamos sujeitos ao julgamento de deus e encaramos a certeza de derrota por
causa do nosso pecado. A ira de Deus é real. O que está claro é que, seja como for entendamos
a perdição humana, Cristo atendeu plenamente a nossa necessidade. Os que foram salvos por
Cristo devem viver de acordo com a sua salvação.

Todos os escritores do novo testamento destacam a


importância do amor. Deus é amor. È fundamental a realidade de que Deus é um Deus de
amor e de que a salvação efetuada em Cristo é a manifestação do amor de Deus. E o seu amor
não era apenas por pessoas que tinham atrativos, mas pelos pecadores, Jesus ensinou seus
seguidores a serem pessoas que amam. Deus nos ama porque é um Deus amoroso, porque
amar é de sua natureza. Por isto ele ama a todos, não apenas os que são simpáticos, devotos,
honestos ou atraentes de alguma outra forma. Este é o tipo de amor exigido dos seguidores de
Jesus. Por ter Cristo feito tanto por nós, a única resposta correta que podemos dar é estar
dispostos a amar como ele amou.

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