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Pró-Reitoria de Graduação
Centro de Ensino e Aprendizagem em Rede – CEAR
Revisão Linguística
Dllubia Santclair Matias
Catalogação na Fonte
Comissão Técnica do Sistema Integrado de Bibliotecas Regionais (SIBRE),
Universidade Estadual de Goiás
Catalogação na Fonte
Comissão Técnica do Sistema Integrado de Bibliotecas Regionais (SIBRE),
Universidade Estadual de Goiás
Z36p
2015.
92 p.
ISBN 978-85-63192-86-8
CDU 37.015.3
Esta obra é produto de Fomento ao uso das Tecnologias de Comunicação e Informação no Âmbito do Sistema
Universidade Aberta do Brasil - UAB, financiado com verba proveniente de Fomento ao uso das Tecnologias de
Comunicação e Informação nos Cursos de Grafuação/CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior do ano de 2010 a 2015. A exatidão das referências, a revisão gramatical e as ideias expressas e/
ou defendidas nos textos são de inteira responsabilidades dos autores.
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
2015
Seja Bem Vindo(a) ao PEAR!
O Programa de Ensino e Aprendizagem em Rede– PEAR é resultado do Con-
vênio MEC/UAB/UEG e ao Edital nº 15, de 23 de março de 2010, publicado pela Co-
ordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, que fomenta
o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos cursos de graduação. Em
parceria com a Pró-Reitoria de Graduação – PrG. O PEAR tem como objetivo promo-
ver a integração e convergência de disciplinas curriculares dos cursos de graduação
presencial dos 41 Câmpus Universitários da Universidade Estadual de Goiás - UEG,
à modalidade de Educação a Distância com o uso das Tecnologias de Informação e
Comunicação.
Vale lembrar-lhe que o PEAR não promove uma simples substituição de mo-
dalidades, mas propicia alternativas para que você amplie suas oportunidades de
integralização curricular e acesso às novas tecnologias, que inclusive serão úteis para
realização de outros cursos.
O nosso desejo é que você juntamente com os processos formativos propos-
tos, construa coletivamente os conhecimentos necessários para a consolidação dos
seus estudos e a continuação destes.
ICONOGRAFIA
Fala do Professor
Apresentação e encerramento da disciplina.
Interação com estudante no decorrer do material.
Saber Mais
Indicado como ítens de pesquisa (links, vídeos, filmes, livros, curiosida-
des, etc).
Atenção
Usado como ítem importante, questionamento, reflexões diferentes ao
assunto abordado.
Glossário
Definição de termos desconhecidos ou técnicos de toda área textual.
SUMÁRIO
UNIDADE I - AS TECNOLOGIAS NA HISTÓRIA E SEUS REFLEXOS NA SO-
CIEDADE
1. EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA: UMA ATIVIDADE HUMANA 13
1.1. A FASE AGRÍCOLA 14
1.2. A FASE INDUSTRIAL 18
1.3. A FASE DA INFORMATIZAÇÃO 19
2. DAS TECNOLOGIAS ÀS NOVAS TECNOLOGIAS: UMA SOCIEDADE EM MUDANÇA 22
3. DAS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO À MÍDIA-EDUCA-
ÇÃO – A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 26
ATIVIDADE FINAL – UNIDADE I 30
CONSIDERAÇÕES FINAIS 31
Prezado/a Estudante,
Estamos iniciando um novo momento de enriquecimento na construção de
nosso conhecimento. Gostaria de começar fazendo-lhe uma pergunta: Você já viu
uma teia de aranha? Essa pergunta não é uma divagação sem sentido, mas um recur-
so metafórico que nos permite entender muito bem a realidade que estamos vivendo:
a busca do conhecimento.
No meu entendimento, a teia de aranha é uma metáfora que pode ser evo-
cada como a figura que melhor lembra a construção do conhecimento. Foi também
pensando na teia que concebemos este módulo de estudo. Explico: a aranha constrói
sua teia para nela habitar, mas, apesar de terminada sua obra, a aranha a reforma,
sempre que necessário. Aqui e ali cabem pequenos reparos, pois o vento forte ou até
um animal pode danificá-la, mas ao perceber qualquer problema, lá vai a pequena
aranha reconstruir a parte danificada e até fortificar as que nada sofreram.
A pequena aranha não desiste. Está sempre estendendo os fios, e estes se
entrecruzam, entrelaçam-se formando um todo, mas que não está pronto e acabado,
necessita sempre ser revisto, reestruturado, reconstruído. Cada fio permite uma cone-
xão com os outros e faz com que sua trama seja forte.
Espero que tenha entendido onde quero chegar. Caso ainda não tenha alcan-
çado a comparação, o que quero dizer é que este estudo é um fio na trama da teia
do conhecimento. Cada fio se estenderá de um ponto a outro, mas se entrecruzarão
com outros conhecimentos já adquiridos, gerando novas tramas, novos entendimen-
tos, novas questões. Como aranha que recupera sua teia danificada e não desanima,
também não podemos parar. Temos que avançar sempre!
Assim, este estudo pretende nos provocar, nos indagar e fazer-nos refletir
sobre um tema muito importante em nossos dias: a relação entre a educação e as
mídias na Sociedade da Informação, ou seja, na nossa sociedade contemporânea.
Afinal, a cada dia, estamos mais dependentes das mídias e sem elas já não somos os
mesmos. Imagine ficar um mês sem celular, sem televisão, sem internet, sem rádio.
Penso que enlouqueceríamos!
Pensado como um momento de reflexão e compreensão dos reflexos diretos
e indiretos que as mídias efetivam na educação e na sociedade como um todo, nosso
estudo objetiva entender esse processo e como nós, futuros professores, respondere-
mos a essas novas possibilidades de ensino e aprendizagem.
Para facilitar nosso entendimento, dividimos nosso estudo em três momentos,
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ou seja, em três unidades de estudo. Na primeira, vamos contextualizar as tecnolo-
gias na história humana, compreendendo-as como parte integrante de nossa vida e,
sendo assim, apresentando fortes influências na vida humana, tanto social, quanto
culturalmente.
A segunda Unidade, tem por finalidade entender as diversas abordagens do
tema, que passa pelas concepções teóricas, pelas discussões metodológicas e ainda
pela elaboração de leis e diretrizes que demandam políticas públicas de inserção das
mídias na educação.
Por fim, na última unidade, vamos nos questionar sobre a formação e prática
docente, nestes tempos de rápidas mudanças e, ainda, sobre as novas linguagens e
formas de aprender que, por sua vez, demandam um novo papel da escola na Socie-
dade da Informação.
Gostaria de lembrar-lhe que cada um será responsável por construir parte
desse conhecimento. E todos nós, ao socializarmos nossos entendimentos dos as-
suntos abordados, contribuiremos para fortificar os inúmeros fios que se conectam na
rede, por nós tecida.
Assim, aconselho que sempre que solicitado, assista aos vídeos indicados,
leia os textos sugeridos, pois quanto mais nos aprofundarmos nos assuntos, maior
possibilidade teremos de entender a trama que se apresenta diante de nós e que
exige uma reflexão amadurecida e aprofundada sobre a temática. Para ajudá-lo neste
sentido, em cada unidade são propostas atividades que você deverá realizar. O intuito
é auxiliar na fixação dos conteúdos estudados e que nos desafiam a construir novas
questões sobre a temática. E lembre-se ainda que, estas atividades são avaliativas
e possibilitarão à equipe de formação o feedback de seu entendimento e domínio do
assunto.
Então, desde já, agradeço sua companhia e desejo que possamos ter mo-
mentos agradáveis de produção, de construção da nossa incompleta e inacabada teia
do conhecimento.
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UNIDADE I - AS TECNOLOGIAS NA HISTÓRIA E SEUS REFLEXOS
NA SOCIEDADE
Introdução
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industrial, a Segunda Onda e a fase da Informatização, Terceira Onda” (TOFFLER,
2001, p.18 – grifos do autor).
Vejamos estes momentos!
Todos esses domínios identificados pela autora apontam para o fato de que,
com o auxílio das tecnologias, os homens desenvolveram a agricultura, construíram
suas moradias, domesticaram e criaram os animais que lhes serviriam de alimento,
colocaram rodas em suas conduções, fabricaram utensílios domésticos, entre tantas
outras coisas.
Assim, de nômades que se deslocavam de um lugar a outro em busca de
alimentos, a humanidade vai, aos poucos, fixando-se nas regiões férteis, tornado-se
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seminômades, pois à medida que a fertilidade do solo se esgotava, acontecia uma
migração para outra área fértil. Aos poucos, as comunidades tribais iam estabelecen-
do-se como comunidades produtoras.
Essas modificações refletiram-se também na organização social dos povos
primitivos, pois à medida que a noção de propriedade vai sendo instituída, constituiu-
se também a noção de família. No entanto, não podemos pensar as famílias dessa
época como são nossas famílias atualmente, uma vez que existia um modelo poligâ-
mico e patriarcal. Poderíamos dizer que os casamentos eram feitos por conveniência
econômica, pois quanto mais mulheres um homem tivesse, mais filhos também. E,
com isso, uma maior força para o trabalho.
Mas, com o passar do tempo, à medida que o homem foi desenvolvendo sua
capacidade de abstrair a natureza, novas tecnologias vão sendo aplicadas para seu
bem-estar. O estabelecimento de tribos em regiões férteis e próximas aos rios possi-
bilitou o surgimento das primeiras civilizações, uma vez que o homem era capaz de
modificar o meio em que vivia. Aos poucos, as casas de palha e madeira dão lugar a
construções de pedra. Os utensílios de caça, feitos de gravetos de árvores, recebem
pontas de ferro. Aos poucos, são inventadas as armas que servem tanto para caçar
quanto para segurança de sua comunidade; ou ainda, para dominar outras socieda-
des que não possuíam os mesmos instrumentos.
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nossa atenção, pois influenciaram a formação de nossa sociedade: a civilização grega
e a civilização romana.
A civilização grega: desenvolveu-se numa área com solo pedregoso e aciden-
tado, no sudeste da Europa que hoje conhecemos. O surgimento da Pólis, por volta
do século VII a.C., possibilita a formação da política (democracia), da filosofia, das ar-
tes, dos esportes entre outros. A sociedade dividia-se entre homens livres e escravos.
Esses últimos provinham de duas situações: ou eram homens endividados que não
conseguiam pagar suas dívidas ou aqueles que saíram perdedores em uma guerra.
Visto que as polis gregas situavam-se numa região entrecortada por águas,
os gregos desenvolveram a navegação e a pesca; o comércio era praticado entre
as inúmeras cidades, geralmente por meio marítimo. Essas invenções e aperfeiço-
amentos que os gregos produzem em suas cidades também são resultantes de um
progresso tecnológico.
A civilização romana: desenvolveu-se na região conhecida como Lácio, vizi-
nha à Grécia. Sua sociedade também era escravista e possuía ainda duas classes:
os patrícios, que eram os grandes donos de terras e os plebeus que eram a camada
mais pobre da sociedade. Graças à sua força militar e ao domínio de tecnologias de
guerra, Roma tornou-se uma grande potência e sua política expansionista a fez um
grande império que dominou grande parte da Europa, da Ásia e da África no início da
era cristã. É no seio do império romano que, por volta do século IV vai surgir o cristia-
nismo católico que influenciou todo o ocidente.
Enfraquecido pela divisão do império, ocorrida no século III, que criou o impé-
rio romano do ocidente e do oriente, e, por inúmeras invasões bárbaras no século V,
em 476, cai o império romano do ocidente e surgem os diversos reinados que darão
origem, posteriormente ao sistema feudal.
Neste sistema produtivo a terra pertencia a um senhor que era membro da
nobreza ou do clero. Esses grupos contavam com a força de trabalho dos servos que
eram os pobres que trabalhavam na agricultura e na pecuária, produzindo o sustento
das outras classes. Essa estrutura social durou quase mil anos e se estendeu até o
final da Idade Média.
É importante ressaltar que ao final desse período, na tentativa de melhorar
suas condições de vida, os servos passam a empregar novas técnicas agrícolas que
lhes possibilitassem uma maior produção, a fim de comercializarem o excedente. In-
troduziu-se o arado de ferro na preparação da terra para o cultivo; construíram-se os
moinhos que se utilizando da energia dos ventos (energia eólica) e da água (energia
hidráulica) possibilitou uma maior produção de farinha de trigo que agora podia ser
moída com maior facilidade e rapidez, pois já não era necessário empregar a força
humana para a moagem.
Os posteriores descontentamentos dos servos com os senhores feudais e
16
as ideias da Igreja provocaram inúmeras guerras locais. A fortificação do comércio
produziu uma nova relação entre senhores e servos: a valorização e o emprego da
moeda estabeleceram uma nova relação econômica. Graças ao acúmulo propiciado
pelo comércio a necessidade de buscar novas rotas para os produtos, os emergentes
investiram nas grandes navegações. Neste período:
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1
Na próxima unidade vamos trabalhar a noção de paradigmas, inclusive apresentado conceitos para
que possamos entender do que se trata.
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Ainda como fruto desses inúmeros questionamentos, tem-se a reforma pro-
testante, provocada pelo monge católico Martinho Lutero que, ao ler um trecho da
bíblia, questiona a forma da igreja interpretá-lo e, além disso, denuncia os abusos
praticados pelo clero, especialmente, na venda de indulgências.
Está instalada a chamada “crise da consciência”, e, com ela, aparecem as
grandes invenções, realizadas em grande parte pelo financiamento burguês ainda
pela própria urgência do momento. Além da impressa, surge a pólvora, o papel, a
bússola, etc2 . Além, da abertura de novos mercados consumidores, das grandes na-
vegações que descobriram novas terras e outros inúmeros acontecimentos, decorre
uma nova relação com o trabalho, de forma mais complexa, principalmente, a partir
da industrialização.
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Mas, se essa nova concepção produtiva iniciou-se na Inglaterra, logo se espa-
lhou pelo resto do mundo, uma vez que outras nações empenharam-se em melhorar
os inventos e a buscar novas tecnologias que os auxiliassem a superar o poder inglês,
como foi o caso da Alemanha e dos Estados Unidos da América, que deixaram de
utilizar ferro na construção de suas máquinas, substituindo-o pelo aço, que era mais
fácil de manipular e de maior durabilidade.
As invenções, então, não paravam: surgiram os barcos a vapor e as locomo-
tivas, que serviram como meio de transporte rápido e econômico para a escoação da
produção; surge o telégrafo, que melhorou as condições de comunicação; as cidades
passam a contar com ruas pavimentadas; a energia elétrica passa a fazer parte desde
novo cenário e a cada invenção e/ou inovação, a sociedade sentia diretamente suas
consequências e influências.
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mais desenvolvida. O que temos, na realidade, é uma reconfiguração do capitalismo
que apresenta novos contornos e novas exigências, e, portanto, uma nova sociedade.
“[…] Essa nova estrutura social está associada ao surgimento de um novo modo de
desenvolvimento, o informacionismo, historicamente moldado pela reestruturação do
modo capitalista de produção, no final do século XX” (CASTELLS, 2007, p. 51).
Hoje, já não basta o domínio dos processos produtivos como acontecia na fase
agrícola ou na fase industrial, que permitia apenas uma reprodução de conhecimentos
e ações. A fase da informatização demanda habilidades cognitivas e comportamen-
tais que não se prendem simplesmente ao fazer mecânico, mas exige capacidade
20
de análise, síntese, rapidez de respostas, criatividade diante de situações inespera-
das, interpretação e uso de diferentes linguagens, capacidade de trabalho em equipe,
compreensão global das tarefas com aumento da capacidade de abstração e seleção,
e, ainda, o trato das informações. E, sem dúvida, este é marco referencial da grande
passagem da mecânica para a eletrônica.
E então, como foi essa primeira parte de nossos estudos? Lembre-se de que
não tivemos a intenção de abordar com profundidade essas fases do avanço da his-
tória humana e nelas os avanços tecnológicos.
ATIVIDADE
Prezado/a estudante,
Após assistir aos vídeos indicados acima, vá ao ambiente virtual de aprendizagem e
participe do fórum de discussão.
Debata com os colegas em torno das seguintes questões:
“Como as tecnologias influenciam sua/nossas vidas?”
O conceito de “mundo líquido”
Depois trace um paralelo entre os vídeos propostos, extraindo o que achou mais re-
levante em cada um deles. Procure analisar as respostas dos colegas e emitir sua
opinião acerca dos argumentos divergentes.
Não deixe de participar, pois este é um momento de aprofundamento e crescimento
coletivo.
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2. DAS TECNOLOGIAS ÀS NOVAS TECNOLOGIAS: UMA SOCIEDADE EM
MUDANÇA
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Mas será que as tecnologias são apenas equipamentos ou aparelhos? Será
que são apenas máquinas: o que você acha? No espaço abaixo, registre sua opinião.
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Mas, fique atento! Pois quando você ouvir falar de novas tecnologias, muitas
vezes não estamos falando de uma nova descoberta, e sim de inovações,
pois “com a rapidez do desenvolvimento tecnológico atual, ficou difícil es-
tabelecer o limite de tempo que devemos considerar para designar como
‘novos’ os conhecimentos, instrumentos e procedimentos que vão aparecendo” (KE-
NSKI, 2007, p. 25). Mas será que temos condições de dizer o que são novas tecnolo-
gias? Você sabe?
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Mas como essas novas tecnologias podem alterar a vida social? O que você
acha? Registre sua opinião.
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As redes, mais do que uma interligação de computadores, são articulações
gigantescas entre pessoas conectadas com os mais diferenciados objetivos.
A internet é o ponto de encontro e dispersão de tudo isso. Chamada de rede
das redes, a internet é o espaço possível de interação e articulação de todas
as pessoas conectadas com o tudo o que existe no espaço digital, o ciberes-
paço. Para que isso pudesse acontecer, no entanto, foi preciso que o avanço
tecnológico conseguisse reunir diversos computadores para transmitir todos
os tipos de dados uns aos outros. Um processo tecnologicamente simples
[…] tornou possível transformar o espaço de ação finito dos computadores
em um novo ambiente, um novo espaço virtual, o ciberespaço, com uma ou-
tra cultura, a cibercultura, e uma nova ética.
Diante disso, podemos perceber que essas novas formas de ver, sentir e en-
tender o mundo produz grande impacto na sociedade em que vivemos, ou seja, essa
dinâmica afeta todas as relações humanas e forma uma nova sociedade: a sociedade
do conhecimento coletivo, uma vez que este já não é posse exclusiva de alguém, mas
pode ser compartilhado com todos, como já mencionado anteriormente.
Esta nova sociedade, a sociedade em rede, mediada pela tecnologia da infor-
mática, será constantemente permeada pela mídia que tem influenciado a vida social,
cultural, econômica e até política, e, consequentemente, o processo educativo nos
dias atuais.
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[…] Por meio das tecnologias digitais é possível representar e processar qual-
quer tipo de informação. Nos ambientes digitais reúnem-se a computação (a
informática e suas aplicações), as comunicações (transmissão e recepção de
dados, imagens, sons, etc.) e os mais diversos tipos, formas e suportes em
que estão disponíveis os conteúdos (livros, filmes, fotos, músicas e textos).
É possível articular telefones celulares, computadores, televisores, satélites,
etc. e, por eles, fazer circular as mais diferenciadas formas de informação.
Também é possível a comunicação em tempo real, ou seja, a comunicação
simultânea, entre pessoas que estejam distantes, em outras cidades, em ou-
tros países ou mesmo viajando no espaço (KENSKI, 2007, p. 33).
Essa consideração feita pelo autor nos obriga, de certa forma, a estabelecer
novas linguagens capazes de possibilitar comunicação com diferentes grupos, dife-
rentes instituições, diferentes sociedades. Neste contexto, aparecem as mídias, como
instrumentos que possibilitam ao indivíduo, ampliar e utilizar outras maneiras de se
expressar, de forma que com elas e por meio delas, este sujeito pode interagir com o
mundo que o cerca, com a sociedade na qual ele convive.
Se entendemos a educação como processo interativo de comunicação, logo
somos capazes de entender o papel das mídias, pois estas são usadas como canal
facilitador da educação, seja presencial, seja a distância. Assim, a integração das
NTICs na escola, torna-se fator preponderante nos dias atuais, uma vez que inúme-
ros alunos, escolas, professores, têm acesso às inúmeras mídias, especialmente a
internet, apesar de também reconhecermos que a exclusão digital ainda seja muito
grande.
Deste modo, nesta nova sociedade, o desafio se encontra em transformar
informação em conhecimento, cabendo à educação essa prerrogativa, uma vez que
na sociedade da informação, a educação torna-se elemento de relevante importância.
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A educação é o elemento-chave na construção de uma sociedade baseada
na informação, no conhecimento e no aprendizado. Parte considerável do
desnível entre indivíduos, organizações, regiões e países deve-se à desi-
gualdade de oportunidades relativas ao desenvolvimento da capacidade de
aprender a concretizar inovações. (TAKAHASHY, 2000, p.45).
28
[…] não basta dispor de uma infraestrutura moderna de comunicação; é pre-
ciso competência para transformar informação em conhecimento. É a educa-
ção o elemento-chave para a construção de uma sociedade da informação e
condição essencial para que pessoas e organizações estejam aptas a lidar
com o novo, a criar e, assim, garantir seu espaço de liberdade e autonomia
(TAKAHASHI, 2000, p.7).
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ATIVIDADE FINAL – UNIDADE I
Prezado/a estudante,
Nesta unidade vimos um breve histórico da evolução das tecnologias que acompa-
nharam, a evolução do homem. Depois procuramos entender o que são tecnologias e
o que são novas tecnologias e como somos marcados por esta realidade que reorga-
niza nossa sociedade e nossa forma de viver.
Após a realização de nossos estudos, vamos realizar uma atividade que tem por ob-
jetivo perceber nosso domínio do conteúdo estudado e nossa capacidade de síntese.
Assim, para a realização da mesma peço que siga os passos abaixo indicados:
1. Conecte-se à Internet.
4. Assista ao mesmo. Ele não possui falas. Trata-se de uma amostra que apresenta
algumas tecnologias e seus processos de inovações, além de trazer a questão do uso
das tecnologias nos nossos dias.
5. Construa um texto dissertativo de no mínimo duas laudas com o tema: O que são
tecnologias? A redescoberta do homem.
7. Para a apresentação do texto utilize fonte arial: tamanho 12 para título; 11 para o
corpo do texto e 10 para citações. Margem de 3,0 cm superior e esquerda e 2,0 cm
inferior e direita. Recuo de 2,0 cm para início de parágrafo e 4,0 cm para citações dire-
tas longas. Espaçamento entre linha de 1,5 sem espaçamento antes ou depois. Tanto
o Windows quanto o Linux nos possibilitam efetivar estas configurações.
30
CONSIDERAÇÕES FINAIS
31
UNIDADE II - EDUCAÇÃO E MÍDIAS: ABORDAGENS CONCEITU-
AIS, METODOLÓGICAS E POLÍTICAS
Introdução
Certo dia desses, estava fazendo uma pesquisa na internet e me deparei com
um blog da Rede Presbiteriana de apoio à pessoa idosa, no qual se encontrava uma
postagem tratando da inserção das pessoas idosas no mundo digital. Apesar do bom
texto que a página dispunha, uma coisa chamou-me a atenção no primeiro momento
e levou-me a ler as informações contidas. Tratava-se de uma fotografia que apresen-
tava quatro senhoras idosas sentadas com um notebook no colo.
Observando a imagem, apresente suas impressões sobre a mesma, no espa-
ço abaixo.
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Figura 6 - Inserção digital de idosos
Fonte: Blog da Rede Presbiteriana de apoio a pessoa idosa.
Disponível em: http://idosonewsipb.blogspot.com/2011/01/insercao-digital-de-idosos.html Acesso em: 22/09/16
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[…] uma relação muito forte, que pode ser de conjunção ou disjunção, que
possui uma natureza lógica entre um conjunto de conceitos-mestres […] esse
tipo de relação dominadora é que determinará o curso de todas as teorias,
de todos os discursos controlados pelo paradigma. Seria uma noção nuclear
ao mesmo tempo linguística, lógica e ideológica. […] o paradigma primeiro
impõe conceitos soberanos e impõe, entre esses conceitos, relações que
podem ser de conjunção, de disjunção, de inclusão etc. […] um paradigma
privilegia algumas relações em detrimento de outras, o que faz com que ele
controle a lógica do discurso […] (MORAES, 1997, p. 31-32).
Neste sentido, a autora nos auxilia a entender que o paradigma é algo que
se impõe na sociedade, de forma a produzir novos pensamentos, novas necessida-
des, novos discursos, nossas teorias que surgem a partir da utilização dos temas em
evidência. Isso nos ajuda a compreender a questão das mídias. Em que sentido?
Veja bem: a mais ou menos 30 anos atrás, computador era uma realidade distante
e presente apenas nos filmes hollywoodianos, assim como telefone móvel, câmera
digital, sinal televisivo em alta definição, internet, entre tantos outros. Hoje, esses ins-
trumentos estão tão próximos de nós, que as novas gerações não conseguem nem
mesmo reconhecer uma máquina de escrever ou um toca disco que usava agulhas
para produzir o som.
34
2. MÍDIA E MÍDIAS: CONCEITOS FUNDAMENTAIS
35
zenamento e distribuição das informações graças a inserção de computadores e da
internet, na segunda metade do século passado.
Esta última transformação tem se popularizado cada vez mais no mundo e
não param de possibilitar novas formas de comunicação entre os indivíduos, tornando
o mundo cada vez mais sem fronteiras geográficas e temporais, ou seja, não se faz
necessário sair de casa para conhecer um lugar distante, ou ainda, em relação ao
tempo, as informações podem ser obtidas em tempo real, no exato momento em que
ocorre determinado acontecimento.
Mas segundo Dizard (1998, p. 32), “todas as formas e instrumentos da mídia
estão cada vez mais se fundindo em sistemas inter-relacionados”. Esta constatação
do autor é real, pois ultimamente vemos que um único instrumento é capaz de reali-
zar várias funções, como é o caso dos celulares, computadores, ipeds, e outros que
possibilitam comunicar-se tanto oralmente como por escrito, armazenar dados, aces-
sar internet, ler livros, ver filmes, fotografar e armazenar as fotos entre tantas outras
funções.
Dadas essas novas configurações das “antigas” mídias, surgem outros ter-
mos para designar suas novas funções, tais como: multimídia, hipertexto, telemática,
hipermídia e ciberespaço. Vejamos cada um destes conceitos.
O termo multimídia refere-se tanto à capacidade de um computador ou de
um programa digital integrar várias mídias (áudio, vídeo, ilustração, texto…) ou, ain-
da, as produções que integram essas várias mídias, possibilitando interação entre o
programa e seus usuários; como exemplo, podemos citar um dicionário, um curso de
língua estrangeira armazenado em um CD ou DVD.
Por hipertexto, segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, pode-
mos entender a
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1. Conecte-se à internet.
2. Clique no link abaixo (trata-se de um hipertexto)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
3. Verifique que nesse site há inúmeros textos grafados na cor azul e a
medida que você passa o mouse por eles, aparece um tracejado abaixo, ou
seja, o texto inicial lhe remete a um outro texto. Isso é um hipertexto.
37
informática. Atualmente, a telemática é concebida como uma área de conhecimento,
tanto da Telecomunicação como da Informática.
Por fim, vamos ao conceito de hipermídia. Negroponte (1995) afirma que
esse conceito relaciona-se diretamente com o conceito de hipertexto, uma vez que
ambos surgem quase que paralelamente, pois enquanto o hipertexto direciona o usu-
ário para outros textos, a hipermídia possibilita uma interação com sons, imagens,
vídeos e tantas outras informações que estejam disponíveis e produzam certa repre-
sentação digital. Muitas redes sociais, como: o facebook, o já extinto Orkut e os blogs,
são redes que se utilizam da hipermídia uma vez que possibilitam interação entre tex-
to escrito, sons, imagens, vídeos, jogos e muitos outros. Assim, segundo Negroponte
(1995, p. 66):
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armazenamento de inúmeros conhecimento.
Esta memória virtual tem permitido, inclusive, que, nos diversos campos das
ciências e na construção do conhecimento, seja possível a troca constante de infor-
mações que possibilitam novos estudos, novas pesquisas, novas abordagens sobre
um mesmo tema. Castells (2007) entende que o ciberespaço é um ambiente de cul-
tura, ou seja, um ambiente que permite a formação do que ele denomina sociedade
em rede. Essa mesma ideia já era defendida por Lévy (1999) quando inferia que o
ciberespaço possibilita a troca, a cooperação e a aprendizagem mediadas pela rede.
Atividade
Prezado/a estudante,
Vamos fazer um exercício prático sobre estes conceitos; siga os passos a seguir e
depois responda ao questionário marcando as afirmativas corretas. O questionário
encontra-se disponível no ambiente virtual. No entanto, lembre-se que há um prazo
para a realização dessa tarefa que foi estabelecido pelo seu tutor, por isso não deixe
de respeitar a ele.
39
• Passo 1: Acesse o link abaixo:
http://webeduc.mec.gov.br/portaldoprofessor/biologia/teiadavida/conteudo/index.html
Caso você não tenha instalado em seu computador o plug-in: Adobe Flash Player será
necessário instalá-lo para que você consiga ter acesso ao túnel de mídias.
Para baixar o plug-in click no Link: https://get.adobe.com/br/flashplayer/ em seguida
no botão “Instalar agora” e siga as instruções.
• Passo 2: Na parte superior da tela identifique o link “guias”, em seguida, “multimí-
dias”, em seguida a opção “1.Biologia” e acesse.
• Passo 3: Acesse qualquer imagem do túnel das mídias. Ao centro do túnel apa-
recerá um quadro com uma cidade. Acesse abaixo da barra “cidade” campo leste
ou campo oeste. Você será direcionado a uma ampliação da imagem. Localize um
pequeno círculo, circulado por outros círculos, acesse e acompanhe a historinha,
clicando na barra superior esquerda, escrita avançar até terminar a historinha.
Depois clique em fechar.
• Passo 4: Acesse, na barra superior da página, o link “mídias”, vá até jogos, sele-
cione o jogo “controlando as espécies exóticas” e execute o jogo.
Questionário:
1. Ao acessar o link do passo 1, isso só é possível por haver:
a) Um hipertexto que conduz a outro texto.
b) Um ciberespaço que permite que as informações sejam armazenadas numa me-
mória virtual.
c) A relação telemática que agrega a informática e as telecomunicações.
40
Discorra sobre sua experiência ao acessar o Túnel de Mídias: Você encontrou difi-
culdades? Qual sua impressão/diagnóstico do uso desta ferramenta de interação?
Quais as facilidades e dificuldades a tecnologia nos propõe/impõe com sua utilização
educacional?
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41
As novas gerações, especialmente, aqueles que nasceram nas últimas dé-
cadas do século passado, têm compreendido que a escola não é o único meio para
construir conhecimento; trata-se apenas de mais um entre tantos outros que a so-
ciedade da informação possui. Um grande exemplo desse novo fenômeno foi Steve
Jobs, que nem sequer terminou um curso universitário e tornou-se um grande cientis-
ta da informática, que possibilitou, pela sua ousadia e caráter inovador, que inúmeras
tecnologias informacionais chegassem até nós.
Assim, percebe-se que:
A fala da autora deixa claro que se faz necessária a busca de novas me-
todologias, ou por que não dizer de novas didáticas para efetivar a relação ensino
-aprendizagem, pois a inserção das mídias no campo educacional exige um novo
comportamento da escola, do professor, do aluno, ou melhor, de toda a educação.
Uma mudança capaz de gerar e gerir novas possibilidades de conhecimento, princi-
palmente, a de transformar informação em conhecimento.
Sendo assim, uma questão a ser colocada em debate no campo da inserção
das mídias na educação diz respeito às metodologias utilizadas em sala de aula, pois
“a rápida evolução dos conhecimentos, conjugada com a igualmente rápida evolução
das necessidades da sociedade, exigem de todos uma permanente aprendizagem
individual e colaborativa” (ALARCÃO, 2010, p. 17), situação esta, para a qual nem
sempre a escola parece preparada.
Como vimos na primeira unidade, estamos diante de um novo paradigma. As-
sim, não podemos enfrentar esse novo paradigma com nossas antigas atitudes, uma
vez que a simples introdução das mídias na educação não é garantia de uma educa-
ção de qualidade, ou seja, de nada adianta termos as melhores mídias na escola se
não tivermos condição de operá-las. Analisando essa situação, Kenski (2007, p. 45)
afirma:
42
Por mais que as escolas usem computadores e internet em suas salas, estas
continuam sendo seriadas, finitas no tempo, definidas no espaço restrito das
salas de aula, ligadas a uma única disciplina e graduadas em níveis hierárqui-
cos e lineares de aprofundamento dos conhecimentos em áreas específicas
do saber. Professores isolados desenvolvem disciplinas isoladas, sem maio-
res articulações com temas e assuntos que têm tudo a ver um com o outro,
mas que fazem parte dos conteúdos de uma outra disciplina, ministrada por
um outro professor. E isso é apenas uma pequena parte do problema para
melhoria do processo de ensino.
43
Ao pensarmos no uso das mais diferentes mídias na educação – programas
de rádio, televisão e, mais modernamente, computadores e internet – saber-
mos de muitos projetos que redundaram em fracasso ou não alcançaram
os objetivos pretendidos. Projetos baseados em programas de rádio e de
televisão, no uso de computadores nas escolas, em videoconferências e pro-
gramas auto-instrucionais utilizando CDs e DVDs, em gravações de áudio
e vídeo já foram realizados em diversas épocas, para a formação ou treina-
mento de professores, para a erradicação do analfabetismo e para o ensino
e capacitação de profissionais de todo gênero. No entanto, a tecnologia, ape-
sar de ser essencial à educação, muitas vezes pode levar a projetos chatos
e pouco eficientes.
44
Para ler acesse:
http://clickideia.com.br/site2/sites/default/files/usuarios/usuario13772/arqui-
vos/articles-106213_archivo.pdf
Atividade
Caro/a estudante,
Até agora, vimos que as mídias têm grande poder na sociedade da informa-
ção e do conhecimento; no entanto, sua simples inserção não garante uma educação
capaz de vencer os desafios postos por uma sociedade em constante transformação.
Para analisar esse fenômeno, assista ao vídeo indicado no link abaixo e pro-
duza um texto dissertativo com o tema: Os desafios da inserção das mídias na edu-
cação.
Salve o texto com a extensão pdf e poste no ambiente virtual de aprendiza-
gem.
http://www.youtube.com/watch?v=e_1_ppZ4IPk&feature=related
Caro/a estudante,
Neste subtítulo de nosso estudo não apresentaremos todas as abordagens
políticas (diretrizes, legislação e políticas públicas) referentes à implantação das mí-
dias na educação, e muito menos, faremos de forma separada (em subitens), por
duas razões: uma de ordem prática e outra de ordem teórica. A primeira, refere-se à
impossibilidade de espaço e de tempo de que dispomos; a segunda, diz respeito à
necessidade de ter uma pesquisa extensa e exaustiva para que tivéssemos condição
de dominar o tema completamente. Assim, optamos por apresentar algumas iniciati-
vas governamentais que são políticas públicas e que, de certa forma, apresentam as
diretrizes e a legislação vigente sobre o tema.
Então, vamos continuar? A você, bons estudos!
Inicialmente, podemos dizer que, no Brasil, não há uma legislação específica
que trate da inclusão das mídias na educação, ou melhor, não há uma lei ou diretriz
que apresente o termo mídias. Mas isso não significa que não há uma preocupação
com as mídias na educação. Vamos entender melhor a questão. Nos Parâmetros Cur-
riculares Nacionais – Temas Transversais para o terceiro e quarto ciclos, destaca-se a
45
necessidade de articular a escola com as tecnologias. No texto encontramos:
46
de maio de 1996, criava a Secretaria de Educação a Distância – SEED, que promoveu
naquele mesmo ano a estreia do canal de televisão TV Escola e apresentou ainda o
documento “Programa Informática na Educação”. Este documento, amplamente de-
batido nos anos posteriores, levará a criação do Programa Nacional de Informática na
Educação – ProInfo, por meio da Portaria nº 522, de 9 de abril de 1997. Segundo o ar-
tigo 1º, da referida Portaria, a finalidade do Programa é: “disseminar o uso pedagógico
das tecnologias de informática e telecomunicações nas escolas públicas de ensino
fundamental e médio pertencentes às redes estadual e municipal”. Cabendo a SEED
normatizar e estabelecer diretrizes para a fixação de critérios e operacionalização do
ProInfo (BRASIL, 1997, Art. 4).
Além do ProInfo, a Secretaria de Educação a Distância, também tem desen-
volvido inúmeros outros programas e ações, dentre os quais destacam-se: Domínio
Público (uma biblioteca virtual com mais de 100 mil obras literárias, artísticas e cien-
tíficas), DVD escola (programa que oferece a escolas públicas de educação básica
um kit de DVDs com mais de 150 programas veiculados pela TV Escola), E-proinfo
(ambiente virtual colaborativo de aprendizagem), E-Tec Brasil (sistema Escola Técni-
ca Aberta do Brasil, com o objetivo de ofertar educação profissional e tecnológica a
distância), o Sistema Universidade Aberta do Brasil, que possibilita a oferta de cursos
em EaD, dentre outras iniciativas. É necessário lembrar que muitos estados e muni-
cípios têm investido na inserção de novas mídias na educação e implantado diversos
programas com diretrizes e normatizações próprias.
47
Neste sentido, multiplicam-se em todo país os Núcleos de Estudo e Pesquisas
sobre as mídias na educação que, além de buscar entender esse processo de inser-
ção, têm implantado experiências com grande índice de sucesso, em muitos locais do
território nacional.
48
ATIVIDADE FINAL – UNIDADE II
Prezado/a estudante,
Chegamos ao final de mais uma etapa de estudo, agora vamos relembrar o que es-
tudamos, executando uma tarefa que tem como finalidade primeira a construção do
conhecimento e como consequência a obtenção de média para o curso. Por isso,
lembre-se de que seu comprometimento é muito importante na realização da mesma.
Caso você nunca tenha feito um plano de aula, pesquise as Web sobre o assunto,
pois esta atividade também leva em conta sua familiaridade com a internet, uma vez
que esta tem se constituído como importante ferramenta pedagógica em ambientes
escolares.
Após a elaboração do plano de aula, poste o mesmo no ambiente virtual de aprendi-
zagem.
49
CONSIDERAÇÕES FINAIS
50
UNIDADE III - EDUCAÇÃO E MÍDIAS: DESAFIOS E PERSPECTI-
VAS NA PRÁTICA EDUCACIONAL
Introdução
51
1. EDUCAÇÃO E MÍDIAS NA ESCOLA: DIFICULDADES DA PRÁTICA EDUCA-
CIONAL
52
Figura 9 - Darcy Ribeiro
Fonte: http://3.bp.blogspot.com/-5Xmrxzn72Bs/UQa4QzPx7KI/AAAAAAAAAsI/5gfCwHc0_Wc/s1600/Darcy+Ribeiro2.png Aces-
so em: 22/09/16
É preciso que se diga com toda clareza que nada há de mais simples, nem
mais econômico, nem de mais eficaz e acessível do que a educação com
uma boa professora primária. Foi ela só, com seu quadro-negro e suas caixas
de giz, que educou o mundo. Evidentemente a professora pode ser ajudada
por meios extraescolares, mas é ainda ela a única e insubstituível força edu-
cativa com que se pode contar (RIBEIRO, 1984, p. 32).
53
pode tornar-se cíclico e se evidencia, principalmente, se compreendemos o descom-
passo entre a formação dada pela escola e as atuais necessidades de uma sociedade
em constante mutação.
Para Simeão e Reali (2002), a formação de professores é um dos grandes
desafios na inserção das NTICs, e logo, das mídias na educação, uma vez que in-
serir mídias no contexto educacional altera o papel do professor na medida em que
este deixa de ser o transmissor do conhecimento e passa a ser um orientador na sua
aquisição. As autoras chamam ainda a atenção para o fato de que a inserção de com-
putadores na escola pode criar a ilusão de se produzir qualidade ao ensino, caso não
sejam observadas as novas configurações no processo de ensino e aprendizagem
que a introdução das mídias, especialmente do computador e da internet, exigem da
formação de professores e também do próprio aluno.
Então, podemos afirmar que um dos grandes desafios à inserção das mídias
à prática educacional é a formação dos professores, uma vez que tanto na formação
inicial, continuada ou em serviço, nem sempre se tem presente o debate sobre a in-
serção das mídias na educação e as novas configurações que a sociedade da infor-
mação e do conhecimento impõem ao professor. Gatti (1992) analisando a situação
da formação e a prática dos professores entende que se faz necessária a criação de
uma teoria capaz de pensar a educação a partir das novas configurações tecnológicas
e suas relações com o trabalho, neste caso, o trabalho docente.
[…] os educadores não sabem o que é tecnologia, não sabem o que é uma fi-
losofia tecnológica […] nós educadores, estamos muito afastados desse uni-
verso, não por culpa nossa, mas por culpa de toda uma estrutura de forma-
ção que temos vivido. Quando precisamos discutir a relação entre educação
e trabalho, ficamos discutindo abstrações, porque não sabemos exatamente
o que é esse mundo do trabalho, da técnica e da tecnologia (GATTI, 1992,
p. 156).
Assim, pensamos que o debate sobre a inserção das mídias na Educação não
pode ser reduzido a sua simples utilização ou não na sala de aula. Além disso, faz-se
necessário conhecer as especialidades, o emprego e os efeitos pedagógicos dessa
inserção na Educação, para que as experiências sem sucesso do passado, não se
repitam.
Desse modo, esse debate sobre a inserção das mídias no campo da educa-
ção deve possibilitar uma reflexão sobre o aprendizado do próprio professor, caso
54
contrário, podemos cair na armadilha de formar professores completamente subser-
vientes a essas tecnologias como aconteceu no momento em que se processou a in-
dustrialização, quando os modelos de produção de Taylor, Ford e Fayol, adentraram
a escola e produziram uma escola ao modelo da fábrica. Deste modo, a formação do
professor para o novo paradigma emergente deve ser (re)vista com muita atenção,
no sentido de reordenar e reorganizar seu papel na escola e também, na sociedade.
Procurando entender o lugar do debate sobre mídias e educação na formação
de professores, debruçamo-nos a analisar as matrizes curriculares de alguns cursos
de licenciatura (que têm por objetivo pleno a formação dos professores), oferecidos
nas diversas áreas do conhecimento (História, Química, Geografia, Física, Matemáti-
ca, etc), por instituições públicas e privadas de Ensino Superior, no Estado de Goiás
e constatamos que são poucos os cursos que possuem no currículo um espaço para
este debate, pois, na maioria dos casos, não aparece uma disciplina que contemple a
questão das mídias e educação, sendo que nos cursos em que aparece, é, predomi-
nantemente, na Pedagogia. Nas demais licenciaturas, às vezes, aparece a disciplina
“Introdução à Informática”, que tem por objetivo instrumentalizar o aluno para o uso
do computador.
Outro dado interessante refere-se ao fato de que quando a disciplina é oferta-
da, possui carga horária que varia de 60 a 80 horas de estudo, e, ao que nos parece
inicialmente, é ministrada de forma isolada das demais disciplinas, sem estabelecer
uma conexão que proporcione ao aluno entender a real importância para sua forma-
ção como educador3.
Analisando em âmbito nacional, a questão da formação de professores e da
sua prática, diante da sociedade da informação que exige um domínio das mídias,
Kenski (2007, p. 103) afirma:
______________________________
3
Os dados aqui apresentados são dados preliminares de uma pesquisa que o autor está desenvol-
vendo sobre o espaço no currículo dedicado ao debate das mídias na educação no curso de formação
de professores no Estado de Goiás. A pesquisa está levando em consideração os cursos de licenciatu-
ra das Instituições de Ensino Superior que tem por objetivo a formação inicial do professor.
55
Neste sentido, a autora avança em sua análise, apresentando que a formação
do profissional da educação deve considerar o contexto, muitas vezes díspar, em que
a escola se encontra, pois se de um lado existe a ausência do conhecimento e dos
recursos tecnológicos midiáticos, por outro lado, existe a plena coexistência desses
recursos na escola e para os alunos. Assim, uma formação efetiva para os professo-
res será cada vez mais urgente, pois, caso contrário, a educação escolar corre o risco
de perder-se, enquanto instituição que deve promover e mediar o conhecimento.
No entanto, para além da formação docente, a utilização das mídias na edu-
cação exige que o professor tenha tempo para se familiarizar com esses instrumentos
e explorar as inúmeras possibilidades que os mesmos podem oferecer à sua prática,
a fim de que cada um possa fazer a escolha adequada aos objetivos a que se propõe
com sua classe, sua disciplina, sua aula. E isso não significa abolir as demais possi-
bilidades de mediar o conhecimento. Trata-se de ter alternativas capazes de suprir os
problemas contemporâneos da prática docente, e isso depende de uma boa formação.
______________________________
4
A revista americana Computers & Education publicou em 2004, uma pesquisa realizada por R.
G. Muir-Herzig na qual o autor aponta os fatores que contribuem para a não utilização das mídias e
das tecnologias na educação, por parte dos professores. Na dissertação de Mestrado em Engenharia
de Produção, defendida na Universidade federal de Santa Catarina, Laira Aparecida Machado Ribas,
aponta também estes mesmos fatores entre os quais a formação do professor. Além destes, existem
outras inúmeras pesquisas com os mesmos resultados.
56
1.2. COMPUTADOR E INTERNET NA ESCOLA COMO MÍDIAS EDUCACIONAIS
Apesar da ausência de formação e domínio por parte de muitos professores, a
utilização das mídias na educação tem produzido novas configurações educacionais.
Não podemos negar que as novas mídias estão cada vez mais integradas à vida do
cidadão, apesar de não podermos, também, ignorar o fato de que muitos ainda não
têm acesso a tais recursos tecnológicos.
Por outro lado, não podemos deixar de observar que a grande maioria dos
alunos, se não tem computador e/ou internet, tem, ao menos, um celular que lhes
permite, na maioria dos casos, navegar no imenso mar de informação que a rede di-
gital proporciona. Muitos dos que não têm computador e acesso à internet, em casa,
engrossam a multidão de consumidores de lan houses, principalmente, nos bairros
mais periféricos das grandes cidades.
Figura 10 – Tablet
Fonte: http://www.livrosepessoas.com/wp-content/uploads/2013/01/Tablet.jpg Acesso em: 22/09/16
57
dizagem.
No entanto, essa introdução do computador e da internet na escola não tem
sido uma situação de fácil administração, pois a inserção dessas mídias na educação
tem gerado grande debate em todos os seguimentos da educação, que vai desde
professores até os pais. Analisando o papel do computador na educação e suas con-
trovérsias, Valente (1993, p. 25) afirma que:
58
[…] educar em uma sociedade da informação significa muito mais que treinar
as pessoas para o uso das tecnologias de informação e comunicação: trata-
se de investir na criação de competências suficientemente amplas que lhes
permitam ter uma atuação efetiva na produção de bens e serviços, tomar de-
cisões fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os novos meios
e ferramentas em seu trabalho, bem como aplicar criativamente as novas
mídias, seja em usos simples e rotineiros, seja em aplicações mais sofistica-
das. Trata-se também de formar os indivíduos para “aprender a aprender”, de
modo a serem capazes de lidar positivamente com a contínua e acelerada
transformação da base tecnológica (TAKAHSHI, 2000, p.45 – grifo nosso).
59
estabelecer uma relação de aprendizagem com o conteúdo.
A internet utilizada como mídia educativa permite ser um canal de troca de
experiências entre os alunos, entre o professor e os alunos e ainda entre os professo-
res. Seus inúmeros recursos, tais como: o correio eletrônico (e-mail), as redes sociais,
os blogs, a montagem de fórum de discussão, são apenas algumas possibilidades de
construir um conhecimento utilizando-se dessas mídias.
60
A Revista Nova Escola, tem um importante resultado de pesquisa sobre o
uso de computador na educação. Assim, para aprofundar a leitura sobre o
tema, recomendamos a leitura do mesmo.
Acesse:
http://revistaescola.abril.com.br/pdf/especial-computador-internet.pdf
Como podemos ver, a utilização de mídias na educação exige uma nova re-
configuração da escola em todos os seus diversos segmentos. Assim, a escola deve
buscar novas práticas e regras capazes de criar situações de aprendizagem, pois
como já vimos, de nada adianta a introdução das mídias na educação se a escola
continuar vinculada ao modelo tecnicista que apenas preocupa-se em depositar no
aluno o conhecimento, sem entendê-lo como sujeito do processo.
Assim como a escola se modifica, os professores também necessitam reor-
ganizar e refletir sua prática; esse processo envolve tanto a integração dos métodos
– dos tradicionais com os novos – como também a construção de uma teoria epis-
temológica que lhe possibilita produzir novos conhecimentos, e, ainda, relacionar os
conteúdos a serem ensinados. Para Valente (2002, p. 39), “é preciso pensar o novo
papel do professor de modo amplo, não só em relação ao seu desempenho perante a
classe, mas em relação ao currículo e ao contexto da escola”.
Ao mesmo tempo em que a escola e o professor modificam e sofrem a mo-
dificação da inserção das mídias na educação, o aluno também deverá passar pela
reestruturação da consolidação de seu conhecimento, uma vez que o mesmo deve
ganhar autonomia na produção de seu conhecimento. Na realidade, a mudança deve
ser total.
61
aprender. Ou seja, “a proposta é ampliar o sentido de educar e reinventar a função da
escola, abrindo-a a novos projetos e oportunidades” (KENSKI, 2007, p. 68).
Segundo Valente (2002, p. 39-42), a mudança na escola perpassa por alguns
fatores que serão determinantes para a efetivação do uso de novas tecnologias e
também das mídias na educação. Esses fatores observados rompem com a lógica da
escola reprodutora e possibilitam uma escola que estimula a compreensão. Com base
no pensamento do autor, elaboramos um quadro que apresenta, de um lado, a escola
que temos, e, de outro, a escola que necessitamos nesse processo de melhorias e
mudanças da escola.
62
Quadro comparativo – da escola que temos a escola que queremos
Os Na escola
Na escola da mudança
processos… tradicional…
Podemos, com isso, observar que a mudança da escola está atrelada a uma
mudança de paradigmas, e, talvez, por isso, seja tão difícil efetivar essas mudanças
na prática educacional, pois de nada adianta defendermos uma escola mais participa-
63
tiva, mais aberta à utilização das mídias e cheia de novas tecnologias, se não houver
uma mudança na mentalidade e na própria teoria de sustentação da escola, pois inse-
rir computadores, internet e as mais diversas mídias na educação, não é garantia de
sucesso e qualidade na escola.
64
outros fatores.
Mas, se a escola perde seu status de único ambiente de aprendizagem, em
que consistem os novos? Categoricamente, respondemos que consistem na desco-
berta, principalmente por parte do educador, dos novos ambientes de aprendizagem.
Se uma centelha de descrença toma conta dos mais pessimistas que insistem em
posicionar-se contra o uso desses novos recursos na educação, gritando pelos quatro
cantos do mundo que isso não possa dar certo, basta buscar os relatos de inúmeras
experiências que têm sido efetivadas nos quatro cantos do país, mesmo que ainda
sejam poucas e isoladas.
Não podemos ser ingênuos ao ponto de achar que a inserção das mídias na
escola resolverá, por si só, os problemas da educação no Brasil, pois, como já sabe-
mos, isso demanda um repensar do fazer pedagógico que, por sua vez, exige uma
nova postura de todos os sujeitos do processo educativo, Mas, não podemos negar
que o uso adequado desses novos ambientes pode constituir-se num diferencial de
importante relevância que pode operar significativa mudança no processo educativo,
auxiliando, inclusive, a prática docente.
Mas o que são ambientes virtuais de aprendizagem? Para entender melhor
essa expressão, vamos por parte: por ambiente, podemos entender um espaço de
interação entre pessoas, natureza e as mais diversas coisas. Por exemplo, a efeito de
ilustração, temos: a Escola, a Igreja, o Clube, entre tantos outros, que são ambientes
de interação constante em que se relacionam, ao mesmo tempo as pessoas, a natu-
reza e as coisas disponíveis em qualquer um desses ambientes.
65
Por fim, por aprendizagem entendemos o processo de construção e recons-
trução constante do conhecimento, capaz de promover uma mudança de comporta-
mento a partir das diversas experiências humanas.
Entendido o significado dessas três expressões, vamos em busca do conceito
de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). Para Almeida (2003, p. 331):
66
[…] podem ser empregados como suporte para sistemas de educação a dis-
tância realizados exclusivamente on-line, para apoio de atividades presen-
ciais de sala de aula, permitindo expandir as interações da aula para além do
espaço-tempo do encontro face a face ou para suporte a atividades de for-
mação semipresencial nas quais o ambiente digital poderá ser utilizado tanto
nas ações presenciais como nas atividades a distância (ALMEIDA, 2003, p.
332).
Após termos feito uma grande construção teórica sobre as mídias aplicadas
a prática educacional, vamos agora exercitar um pouco a nossa aprendizagem, re-
alizando uma atividade prática: a criação de um blog. Mas antes, faz-se necessário
entendermos melhor do que se trata.
67
O blog surgiu no final da década de 1990. Graças à sua facilidade de produ-
ção, uma vez que não exige do usuário um conhecimento de linguagem específica
de programação, rapidamente essa ferramenta propagou-se entre os vários tipos de
usuários da rede, o que ampliou a categoria de temas discutidos nos mesmos. Hoje
temos blogs sobre humor, esporte, política, educação entre tantos outros temas.
Para se ter uma ideia da popularização de uso dos blogs, Franco (2005, p.
311) destaca que no ano de 2004, o BlogList, que é um site de busca de blogs por
assunto, exclusivo para blogs do Brasil, apresentava em seus registros faixa de 400
registros sobre o tema educação. Ao fazer uma busca no Google blogs, tendo como
assunto a palavra “educação”, encontramos listados mais de cem mil resultados, o
que apresenta uma ampliação do uso dessa ferramenta em menos de dez anos.
Mas o que vem a ser um blog? Segundo Gomes (2005, p. 331):
Para Franco (2005, p. 311) o blog caracteriza-se como uma ferramenta in-
terativa capaz de ser utilizada pedagogicamente, mesmo que não tenha sido criado
para esse fim. No que diz respeito ao conceito de blog, a autora apresenta o mesmo
entendimento de Gomes ao destacar que:
68
espaço de debate – role playing; um espaço de integração” (GOMES, 2005, p. 313).
A utilização dos blogs como estratégia pedagógica pode favorecer a troca de expe-
riências entre professores, entre alunos, facilitar a interação entre professor e aluno,
além de poder ser utilizado como canal de comunicação entre a escola e a família.
Neste sentido, podemos então entender a importância da utilização do blog na prática
educacional.
Gomes e Lopes (2007, p. 123) chamam a atenção quanto à utilização do blog
apenas como recurso pedagógico, uma vez que esta possibilidade esvazia o caráter
interativo da construção do conhecimento.
Por outro lado, a utilização dos blogs como estratégia educacional conduz
o aluno a desempenhar um papel de “autor ou coautor dos blogs, existindo todo um
leque diversificado de atividades a desenvolver, antecedendo a publicação de mensa-
gens (postagem), às quais estão associados objetivos de aprendizagem e desenvol-
vimento de competências” (GOMES; LOPES, 2007, p. 123).
Franco (2005) destaca ainda que os blogs podem ser importantes espaços
para a construção de texto escrito, o que pode auxiliar no processo de alfabetização
através de narrativas e diálogos. Por fim, não podemos deixar de alertar que de nada
adianta a utilização de um blog na educação se este servir apenas como mais um
recurso entre tantos outros que a escola atual oferece e que pouco tem auxiliado a
melhoria da educação.
Agora que sabemos um pouco sobre os blogs, vamos realizar uma atividade
prática que consiste na criação de um blog educacional sobre nossa discipli-
na. Lembramos que essa atividade será contada como atividade avaliativa,
por isso não deixe de participar.
69
ATIVIDADE FINAL
Prezado/a estudante
Vamos agora colocar em prática parte de nosso conhecimento. Vamos construir um
blog. Não tenha receio, pois trata-se de uma tarefa bastante fácil, e qualquer dúvida,
veja o vídeo e siga o passo a passo apresentado no mesmo. Caso ainda persista sua
dificuldade, entre em contato com seu tutor, pois ele poderá auxiliá-lo.
3. Agora que você criou seu blog, poste um texto com o tema “O uso do blog na prática
educacional”.
4. Após postar seu texto, entre no AVA e disponibilize seu endereço de blog com os
demais colegas do curso e solicite que os mesmos comentem seu texto.
70
CONSIDERAÇÕES FINAIS
71
disponíveis a todos, se as mentalidades permanecerem atreladas as velhas formas
de ensinar.
Assim, o entendimento das inúmeras e novas mídias pode facilitar a prática
educativa, à medida que permita que professores e alunos sejam capazes de interagir
para além do ambiente físico e temporal da escola, ou seja, que permitam que profes-
sores e alunos extrapolem e derrubem as paredes dos espaços fechados da escola
e tornem-se cidadãos em uma sociedade que exige a cada dia, mais informação, e
para além disso, a habilidade de transformá-la em conhecimento. E esse, sem dúvida,
deverá ser nosso papel de educadores na sociedade em que vivemos.
72
GLOSSÁRIO
UNIDADE I
Nômades – Que ou quem vagueia, não tem domicílio fixo e cuja atividade é desconhecida. Que leva
um gênero de vida não sedentária. Errante, vagabundo. Diz-se de tribos e raças humanas que não têm
pouso fixo e vagueiam errantes (Fonte: Dicionário on-line da língua portuguesa).
Seminômades – o prefixo “semi” indica metade, portanto, se o nômade não tem moradia fixa o seminô-
made é aquele que fica determinado tempo num lugar, mas logo parte em busca de outro com melhores
condições (Fonte: Dicionário on-line da língua portuguesa).
Pólis – trata-se de uma palavra grega que é sinônimo de cidade (Fonte: Dicionário on-line da língua
portuguesa).
Indulgências – Facilidade em perdoar os erros dos outros: mostrar indulgência. Clemência, tolerância.
Indulto, perdão. Na Teologia Católica significa remissão de castigos temporais provocados por pecados
cuja culpa já tenha sido perdoada. Trata-se de certas formas de oração que são o meio mais comum de
se ganhar indulgências na igreja. Outros meios são o jejum, a doação de esmolas e, algumas vezes, a
peregrinação (Fonte: Dicionário on-line da língua portuguesa).
Mídias – Podemos entendê-las como um conjunto de veículos e linguagens para a realização da co-
municação humana com diferentes interesses e propósitos (SILVA, 2005, p. 33).
TIC – Tecnologias da informação e comunicação: pode ser definida como um conjunto de recursos
tecnológicos, utilizados de forma integrada, com um objetivo comum. As TICs são utilizadas das mais
diversas formas, na indústria (no processo de automação), no comércio (no gerenciamento, nas diver-
sas formas de publicidade), no setor de investimentos (informação simultânea, comunicação imediata)
e na educação (no processo de ensino aprendizagem, na Educação a Distância). Disponível em: http://
www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/ Acesso em: 22/09/2016.
UNIDADE II
Hardwares – São a estrutura e as peças eletrônicas, magnéticas e mecânicas de um computador (KE-
SNKI, 2007, p. 136). Podemos então dizer que se trata da parte física computador.
Ciberespaço – Palavra empregada pela primeira vez pelo autor de ficção científica Willian Gibson, em
1984, no romance Neuromancer. O ciberespaço designa ali o universo das redes digitais como lugar de
encontros e de aventuras, terreno de conflitos mundiais, nova fronteira econômica e cultural. O ciberes-
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paço significa os novos suportes de informação digital e os modos originais de criação, de navegação
do conhecimento e de relação social por eles propiciados. O ciberespaço constitui um campo vasto,
aberto, ainda parcialmente indeterminado, que não se deve reduzir a um só de seus componentes.
Espaço que existe (não no mundo físico) no interior de instalações de computadores em rede e entre
elas, por onde passam todas as formas de informação (KESNKI, 2007, P. 134).
Steve Jobs - nasceu no dia 24 de fevereiro de 1955, em Los Altos, Califórnia. Morreu em 05 de outubro
de 2011 nos Estados Unidos. Foi adotado por um eletricista californiano chamado Paul, que junto de
sua mulher, Clara, educaram-no da melhor forma possível e de acordo com suas condições econômi-
cas. Quando completou 17 anos, entrou na universidade Reed College em Portland, Oregon e, depois
de 6 meses, se vê obrigado a abandonar a Universidade, devido aos seus elevados custos.
Ao completar 20 anos funda com seu amigo Steve Wozniak a Apple, que de uma empresa composta
por duas pessoas na garagem da casa dos pais de Jobs transforma-se, em dez anos, numa empresa
com 10.000 colaboradores.
De forma irônica, Jobs é despedido da Apple aos 30 anos, mas, devido ao seu espírito empreendedor,
funda a NeXT e outra chamada Pixar, que, em seguida, também fariam história. É durante esta época
que Jobs cria o computador Mac. Em 1991, Jobs se casou com Laurene Powell, a quem conheceu
na Standford University e formam uma família. Jobs criou, em 1989, a NeXT Corp. e comprou a Pixar
Animation Studios da Lucasfilm, em 1986. Com Steve Jobs dirigindo a Pixar (e em parceria com os
Estúdios Disney) foram produzidos diversos filmes como “Toy Story”, “Vida de Inseto”, “Procurando
Nemo” e “Monstros S.A.” e alguns deles premiados com o Oscar. Depois disto, Jobs inovou o mercado
com o iMac, um computador com uma estética moderna, sem leitora de disquetes (só leitora de CDs)
e cujo conceito era trabalhar com, por e para a internet. Outra grande inovação foi o iPod, um pequeno
aparelho reprodutor de músicas em formato MP3, capaz de armazenar, em uma de suas versões, mais
de 15.000 músicas. Talvez este tenha sido o maior salto da Apple (Fonte: Adaptado do conteúdo – Dis-
ponível em: https://www.ebiografia.com/steve_jobs/ Acesso em: 22/09/2016)
UNIDADE III
Darcy Ribeiro – antropólogo e educador brasileiro. Nasceu em 26 de outubro de 1922, em Montes
Claros (MG), no Vale do São Francisco, entrada do sertão nordestino. Aos 29 anos tornou-se Ministro
da Educação em 1962, durante o Governo João Goulart. Em 1963 foi ministro-chefe da Casa Civil do
presidente João Goulart; vice-governador do Rio de Janeiro em 1982, secretário de Cultura, coordena-
dor do Programa Especial de Educação, e senador da República de 1991 até sua morte, em 1997. A
intensa produção de livros o transformou em um dos imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL),
onde viria a ocupar a cadeira 11 em 1993. Sua produção na área da educação e da cultura deixou
marcas no país: criou universidades, centros culturais e uma nova proposta educativa com os Centros
Integrados de Educação Pública, os Cieps, além de deixar inúmeras obras traduzidas para diversos
idiomas. Faleceu em 17 de fevereiro de 1997. No seu último ano de vida, dedicou-se especialmente
a organizar a Universidade Aberta do Brasil, com cursos de educação à distância, e a Escola Normal
Superior, para a formação de professores de 1º grau. (Fonte: Biografia. Fundação Darcy Ribeiro. Dis-
ponível em: http://www.fundar.org.br Acesso em: 22/09/2016).
Ford – Henry Ford, americano, nascido em Dearborn, Michigan em 30/07/1863; viveu até 1947. Fun-
dou e organizou a Ford Comp. Ford adotou uma abordagem revolucionária na fabricação de automó-
veis, utilizando princípios da administração científica. Após muito estudo, máquinas e trabalhadores
foram colocados em sequência na fábrica de Ford, de modo que um automóvel pudesse ser montado
sem interrupções ao longo de uma linha de produção móvel. Utilizava-se energia mecânica e uma es-
teira para extrair o trabalho dos trabalhadores. Do mesmo modo, a fabricação das partes também foi
radicalmente modificada. De suas ideias e de seu nome vem a teoria administrativa intitulada fordismo
que consiste em aumentar a produção através do aumento de eficiência e baixar o preço do produto,
resultando no aumento das vendas que, por sua vez, permitiria manter baixo o preço do produto (Fonte:
Fordismo. Disponível em: http://www.infoescola.com/economia/fordismo Acesso em: 22/09/2016).
Fayol – Henri Fayol foi o criador da teoria clássica administrativa. Segundo essa teoria, as funções da
empresa são repartidas em seis nas quais estão englobadas as funções universais da Administração
que são: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Essas funções também se estendem nas
outras cinco esferas como uma técnica para estruturar a empresa. Para Fayol, a empresa é analisada
em uma estrutura de cima para baixo. Sua visão é mais gerencial com resultados finais na produção
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enquanto que a visão de Taylor é na produção e no operário para resultados na quantidade produtiva
(Fonte: Henri Fayol – teoria clássica da administração 1916. Disponível em: http://www.coladaweb.
com/administracao/taylor-e-fayol Acesso em: 22/09/2016).
Taylor – Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915), engenheiro mecânico, desenvolveu um conjunto de
métodos para a produção industrial que ficou conhecido como taylorismo. De acordo com Taylor, o fun-
cionário deveria apenas exercer sua função/tarefa em um menor tempo possível durante o processo
produtivo, não havendo necessidade de conhecimento da forma como se chegava ao resultado final.
Sendo assim, o taylorismo aperfeiçoou o processo de divisão técnica do trabalho, sendo que o conhe-
cimento do processo produtivo era de responsabilidade única do gerente, que também fiscalizava o
tempo destinado a cada etapa da produção. Outra característica foi a padronização e a realização de
atividades simples e repetitivas. Taylor apresentava grande rejeição aos sindicatos, fato que desenca-
deou diversos movimentos grevistas. (Fonte: Taylorismo e Fordismo. Disponível em: http://www.brasi-
lescola.com/geografia/taylorismo-fordismo.htm Acesso em: 22/09/2016).
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