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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

ESCOLA DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DA ARTE

CADERNO DE RESUMOS

II ENCONTRO DE PESQUISAS EM HISTÓRIA DA ARTE


12 a 15 de dezembro

GUARULHOS
2017
Comissão Organizadora:
Bruna Aparecida Silva de Assis
Camila Alves Cabral
Fabriccio Miguel Novelli Duro
Michelle Borges Pedroso
Nancy Maria Antonieta Braga Bomentre
Rodrigo Pereira Fernandes

Equipe de Apoio:
André Massanori Okuma
Natália Cristina de Aquino Gomes
Renato Ferreira Lopes

Projeto Gráfico:
Carolina Barbosa de Melo
Joyce Farias de Oliveira
Laís Jacqueline Silva

Divulgação:
Camila Alves Cabral
Carolina Barbosa de Melo
Rodrigo Pereira Fernandes

Endereço Eletrônico:
Rodrigo Pereira Fernandes

Publicação:
Bruna Aparecida Silva de Assis
Fabriccio Miguel Novelli Duro
Michelle Borges Pedroso

Realização:
Programa de Pós-Graduação em História da Arte – EFLCH/UNIFESP

Capa:

William Trost Richards (1833-1905). Early Summer,


1888. Óleo sobre tela, 61.6 x 51 cm. Brooklyn
Museum.

Direito de Imagem: Courtesy Brooklyn Museum,


New York.
SUMÁRIO

PROGRAMAÇÃO COMPLETA ....................................................................................................................... 8


RESUMOS1
Imagem: História e Arte em Johan Huizinga
RENATO FERREIRA LOPES........................................................................................................................... 13
A iconografia da Missa de São Gregório: milagre e realismo eucarístico na França do
século XV
DOGLAS MORAIS LUBARINO .................................................................................................................... 14
Estudo do Retrato na Sociedade de Corte Italiana
SARAH MARIA DE GODOY COSTA E NASCIMENTO ................................................................... 15
Rabelados em Cabo Verde: a resistência artística de refugiados
LUIZA BELOTI ABI SAAB ............................................................................................................................. 16
Tradições artísticas africanas no Brasil: o acúmulo e agregação
TADEU MOURÃO DOS SANTOS LOPES ZACCARIA ..................................................................... 17
A persistência da imagem, entre os ex-votos e as xilogravuras: o papel da tradição
ANDRÉIA DE ALCANTARA ....................................................................................................................... 18
Arqueologia e arte no Iluminismo: a representação de ruínas na Europa do século XVIII
ANGELA ROSCH RODRIGUES .................................................................................................................. 19
A imagem de Luís XIV no espetáculo: a ópera como dispositivo de historiografia real
WENDERSON SILVA OLIVEIRA ............................................................................................................... 20
"A Ceia do Senhor”, uma iluminura do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro -
um problema de atribuição
MARIA LUIZA ZANATTA DE SOUZA ................................................................................................... 21
As desAparecidas: o artista e o trabalho “criativo” contemporâneo
MARILANE ABREU SANTOS ..................................................................................................................... 22
Jardim do Embaixador: uma arquitetura experimental de Oswaldo Bratke nos anos 1940
MARCELO ANDRÉ FERREIRA LEITE ....................................................................................................... 23

1
As informações fornecidas e o conteúdo dos resumos são de inteira responsabilidade dos seus autores.
Jorge de Lima, fotomontador
PRISCILA SACCHETTIN ................................................................................................................................ 24
Fábrica Santa Catharina e os azulejos decorativos
RENATA POLIANA CEZAR MONEZZI ................................................................................................... 25
O corpo do livro e a letra-corpo: a imagem-objeto como ferramenta de estudo
DOGLAS MORAIS LUBARINO e FABIANA PEDRONI ................................................................... 26
Miguelzinho Dutra, um artista de múltiplas facetas: o conjunto de arquitetura efêmera
realizado para visita do imperador Dom Pedro II no interior em 1846
SILVANA MEIRIELLE CARDOSO .............................................................................................................. 27
Da posse de Deodoro à Assinatura da Constituição: a construção da identidade
republicana nas pinturas de Eliseu Visconti
FABÍOLA CRISTINA ALVES ......................................................................................................................... 28
Anos 80 em digressão/diacronia histórica da arte: reformulações
DANILO MOREIRA XAVIER ......................................................................................................................... 29
“Criando Cultura”: A ação do MASP na Crítica de Arte na década de 1950
RAFAEL CONTI ................................................................................................................................................ 30
A História da _rte excludente ensinada no Brasil: Principais Resultados e Primeiras Ações
BRUNO SERAVALI MORESCHI ................................................................................................................ 31
Controvérsias acerca da institucionalização da história da arte no Brasil: debates sobre a
criação de cursos de graduação e perspectivas epistemológicas
DANIELLE RODRIGUES AMARO .............................................................................................................. 32
Políticas Públicas de Formação em Arte e Cultura na Cidade de São Paulo
FABIANA REGINA DE FREITAS ................................................................................................................ 33
Brasilidade, poder e resistência em 3%
AMANDA FERREIRA SANTOS .................................................................................................................. 34
Mobilidade de situações que mudam: as guerrilla stores Comme des Garçons
ANDRÉ RIBEIRO DE BARROS .................................................................................................................... 35
Rock Around The Clock/Ronda das Horas: Cinema como divulgador da música rock and
roll no Brasil, o caso dos filmes “Sementes de Violência” (1955)
GUSTAVO SILVA DE MOURA .................................................................................................................... 36
Espaços de afeto: intervenções artísticas do Coletivo PI em São Paulo
NATALIA TOMAZ VIANNA MARIA ....................................................................................................... 37

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Badaróss: um artista no (contra) fluxo da Cracolândia
ANDRÉ MASSANORI OKUMA .................................................................................................................. 38
Território Carandiru: por uma história da arte que dialogue com a cidade
ALINE ARAUJO SILVA .................................................................................................................................... 39
Negrafias no centro de São Paulo: a presença e a representação do negro no graffiti
brasileiro
MARINA OLIVEIRA BARBOSA ................................................................................................................. 40
A dança no século XX: possíveis analogias entre concepções de espaço e os processos
criativos em dança
DANIELA TORRES LIMA .............................................................................................................................. 41
Madre por um día: performance de mulheres na televisão mexicana
VIVIAN BERTO DE CASTRO ....................................................................................................................... 42
O pavilhão do Brasil na bienal de Veneza
ANTONIO CASTELO BRANCO TEIXEIRA JUNIOR .......................................................................... 43
Modigliani na Bienal de Veneza de 1930: crítica de Lionello Venturi
ISABELA DE OLIVEIRA SALINAS ............................................................................................................. 44
Antivasarianismo e francofilia em Il gusto dei primitivi, de Lionello Venturi
FERNANDA MARINHO ................................................................................................................................ 45
A cidade como espaço expositivo: estudo a partir do display - o caso do Zócalo, na Cidade
do México
ANA PAULA DOS SANTOS SALVAT ...................................................................................................... 46
Engenhos de Ilhabela: uma história doce e amarga
BÁRBARA MARIE VAN SEBROECK LUTIIS SILVEIRA MARTINS .............................................. 47
Os tombamentos da Igreja de São Gonçalo: as justificativas do IPHAN e CONDEPHAAT
BRUNA VALENÇA MALLORGA ................................................................................................................ 48
Sítio do Capão: uma possibilidade de educação e patrimônio
KLENCY KAKAZU DE BRITO YANG ....................................................................................................... 49
Estudo sobre Patrimônio Histórico de Caçapava – Primeiras Anotações
MARIA ENEIDA BARREIRA ........................................................................................................................ 50
O Corpo Político e as identidades que não cabem
ANA EMÍLIA DA COSTA SILVA ................................................................................................................ 51

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Traçado luminoso - um estudo de cultura visual da vida privada no Brasil a partir do
acervo de Gilda e Antonio Candido de Mello e Souza
LAURA ESCOREL DE MORAES .................................................................................................................. 52
Tensão: o desequilíbrio na escultura contemporânea
DANILO LORENA GARCIA .......................................................................................................................... 53
Concretismo: um balanço entre literatura existente e novas entrevistas
LUIS FERNANDO SILVA SANDES .................................................................................... 54
Um Jardim em Floresta
CLAUDIA BARBOSA VIEIRA TAVARES ................................................................................................. 55
Fundação de São Vicente, de Benedito Calixto: do IV Centenário do Descobrimento do
Brasil à exposição no Museu Paulista
EDUARDO POLIDORI VILLA NOVA DE OLIVEIRA .......................................................................... 56
Visões de ateliês: relatos e descrições publicadas na imprensa do final do século XIX no
Brasil
MARIA ANTONIA COUTO DA SILVA .................................................................................................... 57
Um breve olhar sobre a temática do ateliê do artista nos “salons” parisienses
NATÁLIA CRISTINA DE AQUINO GOMES .......................................................................................... 58
Almeida Júnior entre a crítica, a clientela e o “moderno” no final do séc. XIX
WESLEI ESTRADIOTE RODRIGUES ......................................................................................................... 59
A Capela do Santíssimo da Igreja de Nossa Senhora da Consolação Através de Benedito
Calixto: Aproximações e Distanciamentos Historiográficos
KARIN PHILIPPOV .......................................................................................................................................... 60
Pintura colonial mineira do século XVIII: para uma instrução sobre as vaidades
ANDREIA DE FREITAS RODRIGUES ........................................................................................................ 61
A escultura portuguesa de São Benedito em Santos: um exemplo da ressurgência de um
modelo iconográfico e das modificações estilísticas na produção de arte religiosa do
século XIX
JOYCE FARIAS DE OLIVEIRA ..................................................................................................................... 62
Quando a imagem revela o impossível: estudo de representações funerárias prospectivas
romanas
JAQUELINE SOUZA VELOSO ..................................................................................................................... 63

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Algumas reflexões sobre o estudo de Arte Antiga na contemporaneidade
NANCY MARIA ANTONIETA BRAGA BOMENTRE ......................................................................... 64
Angélica Acorrentada de Ingres no MASP
CAMILA DE MELLO CARNELÓS ROSA ................................................................................................. 65
Arthur Timotheo da Costa (1882-1923): Ensaio de Catálogo de um artista afro-brasileiro
do oitocentos
SIMONE DE OLIVEIRA SOUZA ................................................................................................................. 66
Maria Pardos e o Museu Mariano Procópio: relações de memória
VALÉRIA MENDES FASOLATO................................................................................................................... 67
Imagens de ordem: as bandeiras de Flávio Motta e Nelson Leirner em 1967
CAROLINA BARBOSA DE MELO ............................................................................................................... 68
O tarô e a importância das produções artísticas na corte dos Visconti
LIGIA BALESTRA VASCONCELOS ........................................................................................................... 69
Inferno: Uma nova Topografia
PAULO DE TARSO COUTINHO VIANA DE SOUZA ......................................................................... 70
A representação musical no Inferno de Hieronymus Bosch: escrita e torturas musicais
GRASIELA PRADO DUARTE ........................................................................................................................ 71

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PROGRAMAÇÃO COMPLETA
Auditório – Campus Guarulhos

12 DE DEZEMBRO Tradições artísticas africanas no Brasil: o


acúmulo e agregação | Tadeu Mourão dos
Santos Lopes Zaccaria (UERJ)

09h30 – 10h - Credenciamento A persistência da imagem, entre os ex-votos


e as xilogravuras: o papel da tradição |
10h – 11h - Conferência de Abertura Andréia de Alcantara (UNIFESP)
Leonardo da Vinci: problemas, métodos e
abordagens | Prof. Dr. Eduardo Kickhofel
(UNIFESP)
12h30 – 14h - Almoço

11h – 11h15 - Café


14h – 15h15 - Mesa 3
Mediação: Prof. Dr. André Luiz Tavares
(UNIFESP)
11h15 – 12h30 - Mesa 1
Mediação: Profa. Dra. Maria Luiza
Arqueologia e arte no Iluminismo: a
Zanatta de Souza (PNPD/UNIFESP)
representação de ruínas na Europa do
século XVIII | Angela Rosch Rodrigues (USP)
Imagem: História e Arte em Johan Huizinga
| Renato Ferreira Lopes (UNIFESP)
A imagem de Luís XIV no espetáculo: a
ópera como dispositivo de historiografia
A iconografia da Missa de São Gregório:
real | Wenderson Silva Oliveira (UFU)
milagre e realismo eucarístico na França do
século XV | Doglas Morais Lubarino
“A Ceia do Senhor”, uma iluminura do
(UNICAMP)
Museu Nacional de Belas Artes do Rio de
Janeiro - um problema de atribuição | Maria
Estudo do Retrato na Sociedade de Corte
Luiza Zanatta de Souza (UNIFESP
Italiana | Sarah Maria de Godoy Costa e
CAPES/PNPD)
Nascimento (UNIFESP)

Mesa 2 (sala 206)


15h15 – 15h30 - Café
Mediação: Prof. Dr. Luiz Henrique
Passador (UNIFESP)

Rabelados em Cabo Verde: a resistência


artística de refugiados | Luiza Beloti Abi
Saab (Universidade de Coimbra)

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15h30 – 17h10 - Mesa 4 13 DE DEZEMBRO
Mediação: Ma. Mariana Duarte Garcia de
Lacerda (Egressa UNIFESP)

As desAparecidas: o artista e o trabalho 09h30 – 10h - Credenciamento


"criativo” contemporâneo | Marilane Abreu
Santos (UERJ) 10h – 11h15 - Mesa 6
Mediação: Profa. Dra. Ana Hoffmann
Jardim do Embaixador: uma arquitetura (UNIFESP)
experimental de Oswaldo Bratke nos anos
1940 | Marcelo André Ferreira Leite Anos 80 em digressão/diacronia histórica
(UNIFESP) da arte: reformulações | Danilo Moreira
Xavier (USP)
Jorge de Lima, fotomontador | Priscila
Sacchettin (UNICAMP) "Criando Cultura”: A ação do MASP na
Crítica de Arte na década de 1950 | Rafael
Conti (UNIFESP)
Mesa 5 (sala 206)
Mediação: Prof. Dr. André Luiz Tavares
(UNIFESP)
11h15 – 11h30 - Café
Fábrica Santa Catharina e os azulejos
decorativos | Renata Poliana Cezar Monezzi
(UNICAMP)
11h30 – 12h45 - Mesa 7
O corpo do livro e a letra-corpo: a imagem- Mediação: Nancy Bomentre (UNIFESP)
objeto como ferramenta de estudo | Doglas
Morais Lubarino (UNICAMP) e Fabiana A História da _rte excludente ensinada no
Pedroni (UNICAMP) Brasil: Principais Resultados e Primeiras
Ações | Bruno Seravali Moreschi (UNICAMP)
Miguelzinho Dutra, um artista de múltiplas
facetas: o conjunto de arquitetura efêmera Controvérsias acerca da institucionalização
realizado para visita do imperador Dom da história da arte no Brasil: debates sobre
Pedro II no interior em 1846 | Silvana a criação de cursos de graduação e
Meirielle Cardoso (UNICAMP) perspectivas epistemológicas | Danielle
Rodrigues Amaro (USP)
Da posse de Deodoro à Assinatura da
Constituição: a construção da identidade Políticas Públicas de Formação em Arte e
republicana nas pinturas de Eliseu Visconti | Cultura na Cidade de São Paulo | Fabiana
Fabíola Cristina Alves (UNIFESP) Regina de Freitas (UNIFESP)

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Mesa 8 (sala 115) 16h15 – 17h05 - Mesa 10
Mediação: André Massanori Okuma Mediação: Me. Rodrigo Pereira
(UNIFESP) Fernandes (Egresso UNIFESP)

Brasilidade, poder e resistência em 3% | A dança no século XX: possíveis analogias


Amanda Ferreira Santos (UNIFESP) entre concepções de espaço e os processos
criativos em dança | Daniela Torres Lima
Mobilidade de situações que mudam: as (UFJF)
guerrilla stores Comme des Garçons | André
Ribeiro de Barros (UNICAMP) Madre por um día: performance de
mulheres na televisão mexicana | Vivian
Rock Around The Clock/Ronda das Horas: Berto de Castro (UNIFESP)
Cinema como divulgador da música rock
and roll no Brasil, o caso dos filmes
“Sementes de Violência” (1955) | Gustavo 17h10 - 18h25 - Mesa 11
Silva de Moura (UNIFESP) Mediação: Profa. Dra. Karin Philippov
(UNIFESP)

O pavilhão do Brasil na bienal de Veneza |


12h45 – 14h15 - Almoço Antonio Castelo Branco Teixeira Junior
(UNIFESP)

Modigliani na Bienal de Veneza de 1930:


14h15 – 15h55 - Mesa 9 crítica de Lionello Venturi | Isabela de
Mediação: Profa. Dra. Manoela Rufinoni Oliveira Salinas (UNICAMP)
(UNIFESP)
Antivasarianismo e francofilia em Il gusto
Espaços de afeto: intervenções artísticas do dei primitivi, de Lionello Venturi | Fernanda
Coletivo PI em São Paulo | Natalia Tomaz Marinho (UNIFESP)
Vianna Maria (UNIFESP)

Badaróss: um artista no (contra) fluxo da 16h15 – 18h20 - Mesa 12 (sala 115)


Cracolândia | André Massanori Okuma Mediação: Profa. Dra. Manoela Rufinoni
(UNIFESP) (UNIFESP)

Território Carandiru: por uma história da A cidade como espaço expositivo: estudo a
arte que dialogue com a cidade | Aline partir do display - o caso do Zócalo, na
Araujo Silva (UNIFESP) Cidade do México | Ana Paula dos Santos
Salvat (USP)
Negrafias no centro de São Paulo: a
presença e a representação do negro no Engenhos de Ilhabela: uma história doce e
graffiti brasileiro | Marina Oliveira Barbosa amarga | Bárbara Marie Van Sebroeck Lutiis
(UNIFESP) Silveira Martins (UNICAMP)

Os tombamentos da Igreja de São Gonçalo:


as justificativas do IPHAN e CONDEPHAAT |
15h55 – 16h15 - Café Bruna Valença Mallorga (UNIFESP)

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Sítio do Capão: uma possibilidade de Um Jardim em Floresta | Claudia Barbosa
educação e patrimônio | Klency Kakazu de Vieira Tavares (UERJ)
Brito Yang (UNIFESP)

Estudo sobre Patrimônio Histórico de


Caçapava - Primeiras Anotações | Maria 12h45 – 14h15 - Almoço
Eneida Barreira (UNIFESP)

14h15 – 15h55 - Mesa 15


14 DE DEZEMBRO Mediação: Profa. Dra. Letícia Squeff
(UNIFESP)

Fundação de São Vicente, de Benedito


09h30 – 10h - Credenciamento Calixto: do IV Centenário do Descobrimento
do Brasil à exposição no Museu Paulista |
10h – 11h15 - Mesa 13 Eduardo Polidori Villa Nova de Oliveira
Mediação: Me. Edy Carlos Leite (Egresso (USP)
UNIFESP)
Visões de ateliês: relatos e descrições
publicadas na imprensa do final do século
O Corpo Político e as identidades que não
XIX no Brasil | Maria Antonia Couto da Silva
cabem | Ana Emília da Costa Silva (UERJ)
(UFU)
Traçado luminoso - um estudo de cultura
Um breve olhar sobre a temática do ateliê
visual da vida privada no Brasil a partir do
do artista nos “salons” parisienses |
acervo de Gilda e Antonio Candido de
Natália Cristina de Aquino Gomes
Mello e Souza | Laura Escorel de Moraes
(UNIFESP)
(UNIFESP)
Almeida Júnior entre a crítica, a clientela e o
“moderno” no final do séc. XIX | Weslei
Estradiote Rodrigues (USP)
11h15 – 11h30 - Café

15h55 – 16h15 - Café


11h30 – 12h45 - Mesa 14
Mediação: Prof. Dr. Vinicius Spricigo
(UNIFESP)
16h15 – 17h30 - Mesa 16
Tensão: o desequilíbrio na escultura
Mediação: Prof. Dr. André Luiz Tavares
contemporânea | Danilo Lorena Garcia
(UNIFESP)
(UNICAMP)
A Capela do Santíssimo da Igreja de Nossa
Concretismo: um balanço entre literatura
Senhora da Consolação Através de
existente e novas entrevistas | Luis
Benedito Calixto: Aproximações e
Fernando Silva Sandes (PUC-SP)

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Distanciamentos Historiográficos | Karin Arthur Timotheo da Costa (1882-1923):
Philippov (UNIFESP) Ensaio de Catálogo de um artista afro-
brasileiro do oitocentos | Simone de
Pintura colonial mineira do século XVIII: Oliveira Souza (UNIFESP)
para uma instrução sobre as vaidades |
Andreia de Freitas Rodrigues (UERJ) Maria Pardos e o Museu Mariano Procópio:
relações de memória | Valéria Mendes
A escultura portuguesa de São Benedito em Fasolato (UFJF)
Santos: um exemplo da ressurgência de um
modelo iconográfico e das modificações Imagens de ordem: as bandeiras de Flávio
estilísticas na produção de arte religiosa do Motta e Nelson Leirner em 1967 | Carolina
século XIX | Joyce Farias de Oliveira Barbosa de Melo (UNIFESP)
(UNIFESP)

12h45 – 14h15 - Almoço


15 DE DEZEMBRO

14h15 – 15h30 - Mesa 19


09h30 – 10h - Credenciamento Mediação: Prof. Dr. Cássio Fernandes
(UNIFESP)
10h – 10h50 - Mesa 17
Mediação: Prof. Dr. José Geraldo Costa O tarô e a importância das produções
Grillo (UNIFESP) artísticas na corte dos Visconti | Ligia
Balestra Vasconcelos (UNIFESP)
Quando a imagem revela o impossível:
estudo de representações funerárias Inferno: Uma nova Topografia | Paulo de
prospectivas romanas | Jaqueline Souza Tarso Coutinho Viana de Souza (UNICAMP)
Veloso (UERJ)
A representação musical no Inferno de
Algumas reflexões sobre o estudo de Arte Hieronymus Bosch: escrita e torturas
Antiga na contemporaneidade | Nancy musicais | Grasiela Prado Duarte (UNIFESP)
Maria Antonieta Braga Bomentre (UNIFESP)

10h50 – 11h05 - Café 15h30 – 15h45 - Café

11h05 – 12h45 - Mesa 18


Mediação: Profa. Dra. Karin Philippov 15h45 – 16h45 – Conferência de
(UNIFESP) Encerramento
Profa. Dra. Fernanda Pitta (Pinacoteca do
Angélica Acorrentada de Ingres no MASP | Estado)
Camila de Mello Carnelós Rosa (UNIFESP)

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Imagem: História e Arte em Johan Huizinga1

RENATO FERREIRA LOPES2


rento.f.lopez@hotmail.com

Para Johan Huizinga, o estudo do passado a partir das imagens acessa realidades que os
documentos oficiais e as estatísticas não alcançam. Sua tentativa de “ver” a História é a
proposta de uma imersão no lado mais sensível dos relatos históricos e o
reconhecimento de que os usos e funções das imagens não estão restritas ao universo
artístico, mas que surgem constantemente na realidade cotidiana e nos sonhos das
pessoas do passado e do presente - sem excluir os historiadores cujo trabalho é, segundo
Huizinga, após extensa pesquisa, “dar forma” ou criar uma imagem do que já passou.
Propomos aqui tecer algumas considerações sobre duas conferências, O elemento
estético das representações históricas (1905) e Os ideais históricos de vida (1915),
trabalhos que antecederam sua obra clássica O outono da Idade Média (1919), onde as
relações entre História da Cultura e História da Arte são evocadas. Para além da defesa
das obras de arte enquanto fontes para o conhecimento histórico, é marcante o interesse
no aspecto criativo nas atividades de artistas e historiadores e a grande mudança no
entendimento do passado ocorrida no momento da crescente circulação de imagens dos
séculos XIX e XX.

Palavras-chave: Arte; História; Cultura; Imagem; Johan Huizinga.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “A arte na vida: a imagem na História da
Cultura na obra de Johan Huizinga”, orientada pelo Prof. Dr. Cássio da Silva Fernandes, desenvolvida no
Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo com
financiamento CAPES.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2135786201278569

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A iconografia da Missa de São Gregório: milagre e realismo eucarístico
na França do século XV1

DOGLAS MORAIS LUBARINO2


dmlubarino@yahoo.com.br

Surgida no século XIV, a iconografia da Missa de São Gregório figura um milagre


eucarístico. Trata-se da aparição do Cristo ao papa Gregório Magno durante a
celebração de uma Missa. Ainda que comumente encontradas na produção imagética
medieval, essas representações, em geral, são raramente objetos de estudos. Nosso
objetivo, na presente comunicação, será analisar um pequeno corpus de representações
francesas dessa iconografia. Para cumprir tal tarefa, dividimos o nosso trabalho em três
partes. Inicialmente, faremos uma apresentação da iconografia, ressaltando tanto os
elementos comuns quanto a diversidade das representações. Em seguida, analisaremos
algumas questões teológicas – que parecem estar intrinsicamente ligadas a difusão
dessas imagens. Por fim, debruçar-nos-emos sobre algumas representações francesas
sobre a temática e algumas propostas de análise sobre a iconografia em questão.

Palavras-chave: Eucaristia; Liturgia; Iconografia Medieval.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de doutorado intitulada “A iconografia da Missa de São
Gregório: imagem e realismo eucarístico na França do final da Idade Média”, orientada pelo Prof. Dr.
Luiz Marques, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História (área de atuação: História da
Arte) da Universidade Estadual de Campinas. Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
São Paulo (FAPESP).
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0742373694821923

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Estudo do Retrato na Sociedade de Corte Italiana1

SARAH MARIA DE GODOY COSTA E NASCIMENTO2


sarah_godoy_nascimento@hotmail.com

Esta comunicação constitui-se a partir de um esforço conjunto com meu orientador, o


Prof. Dr. Cássio da Silva Fernandes, e tem por finalidade criar uma dissertação que
contemple os diversos aspectos da sociedade de corte na Itália, bem como pretende
discorrer sobre as particularidades do retrato nos séculos XV e XVI, culminando assim,
em uma análise minuciosa de um retrato específico. A fim de compreender não apenas a
cultura de corte na Itália renascentista, como também a função do retrato na arte de
corte, foram indicadas cinco leituras específicas que auxiliarão no desenvolvimento da
tese. São estas: “A cultura do Renascimento na Itália” e “O retrato na pintura italiana do
Renascimento”, de Jacob Burckhardt, o “Retrato e sociedade na arte italiana” de Enrico
Castelnuovo, “O Cortesão” de Baldassare Castiglione e “A sociedade de corte” de
Norbert Elias. Assim, delimita-se a estrutura do trabalho, através de, um estudo
histórico dentro de uma perspectiva sociocultural, uma análise da função e dos modelos
de retrato na corte italiana do Renascimento e, por fim, uma análise do objeto de
pesquisa desta futura dissertação, o “Retrato de Dama Florentina” que se encontra em
São Paulo na Fundação Cultural Ema Gordon Klabin e fora atribuído a Alessandro
Allori (1535-1607) e seu ateliê pelo Prof. Dr. Luiz Marques.

Palavras-chave: Retrato Feminino; Corte Italiana; Renascimento.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada, provisoriamente, “Estudo do Retrato na
Sociedade de Corte Italiana: Retrato de Dama Florentina”, orientada pelo Prof. Dr. Cássio da Silva
Fernandes, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de
São Paulo – Campus Guarulhos.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5353296935797304

15 Universidade Federal de São Paulo


Estr. do Caminho Velho, 333 - Jardim Nova Cidade, Guarulhos - SP, 07252-312
epha.unifesp@gmail.com
Rabelados em Cabo Verde: a resistência artística de refugiados1

LUIZA BELOTI ABI SAAB2


luizasaab@gmail.com

O presente trabalho analisa a vila de refugiados em Cabo Verde, chamada Rabelados, e


seus relatos de pesquisa etnográfica da autora em 2015. A comunidade que surgiu
dentro de um movimento de resistência religioso nos anos 40, seguiu por mais de 70
anos em isolamento, conservando e abandonando algumas de suas mais importantes
tradições, inclusive artísticas. Sendo assim, a pesquisa retrata qual a realidade da
tradição artística e sua história de luta e sobrevivência enquanto tradição em um
contexto de isolamento e refúgio.

Palavras-chave: Antropologia Cultural; Cabo Verde; Tradição; Rabelados; Corpo-


Refugiado.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de doutorado intitulada “Corpo-refugiado: Transmissão,
Continuidade e Transformação”, orientada pelo Prof. Dr. Luís Fernando Gomes da Silva Quintais,
desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Arte Contemporânea do Colégio das Artes,
Universidade de Coimbra – Portugal.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3645786249884141

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Tradições artísticas africanas no Brasil: o acúmulo e agregação1

TADEU MOURÃO DOS SANTOS LOPES ZACCARIA2


tadeumlopes@yahoo.com.br

Desconhecidas por uma produção historiográfica da arte ainda colonizada, as tradições


artísticas dos diferentes grupos étnicos negros sequestrados para o Brasil se mostram
vivas em diversas produções visuais ao longo de séculos. Apesar de todo esforço
colonial de desestruturar a pessoa e, consequentemente, a cultura negra, elementos
estruturais das tradições artísticas dos três grupos metaétnicos (bantos, jejes e iorubás)
não apenas sobrevivem, mas se infiltram na produção reconhecida como parte
representativa da hegemonia branca. Proponho uma análise da teoria do acúmulo e da
agregação como sintoma poético-cosmológico-artístico intercultural na costa oeste
africana e seus desdobramentos no Brasil.

Palavras-chave: Arte Africana; Tradição Artística Negra; Acúmulo; Agregação; Arte


Afro-Brasileira.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de doutorado intitulada “De médicos a meninos: vitalidade
gemelar na escultura doméstica popular dos santos Cosme e Damião no Brasil”, orientada pelo Prof. Dr.
Roberto Conduru, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação de Artes da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3482367095598609

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A persistência da imagem, entre os ex-votos e as xilogravuras: o papel
da tradição1

ANDRÉIA DE ALCANTARA2
andalcantara@uol.com.br

A pesquisa pretende apontar possíveis continuidades visuais entre dois objetos


específicos: obras da coleção de ex-votos pintados Márcia Moura Castro, do acervo do
Museu Congonhas, Minas Gerais; e obras da coleção de xilogravuras populares
nordestina, do acervo do MAP - Museu de Arte Popular de Diadema, em São Paulo.
Baseia-se em três eixos principais. “A tradição”, que estabelece parâmetros de
conceituação teórica dos termos cultura, povo e arte, problematizando a questão da
construção de uma tradição popular por meio de mitos construídos sobre seu contexto; o
da “Transmissão de conhecimentos”, que além de levar em conta as definições dos
termos ex-votos e xilogravuras, destacará dentro do contexto da arte popular, o papel de
seus principais agentes: o encomendante, o produtor e o público receptor; e o último
eixo, “Continuidades demonstráveis”, que terá como base análises visuais comparativas
entre as obras votivas e as xilogravuras. Estas análises serão avaliadas por meio de sua
forma, função e conteúdo considerando seu papel no contexto da arte a partir do olhar
de seus agentes.

Palavras-chave: Arte Popular; Ex-votos Pictóricos; Ex-votos Escultóricos;


Xilogravuras Populares; Cultura, Povo e Arte.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “A persistência da imagem, entre os ex-
votos e as xilogravuras: o papel da tradição”, orientada pelo Prof. Dr. André Luiz Tavares Pereira,
desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo.
A pesquisa conta com o financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES).
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8415412192477319

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Arqueologia e arte no Iluminismo: a representação de ruínas na
Europa do século XVIII1

ANGELA ROSCH RODRIGUES2


angelarr@usp.br

O desenvolvimento cultural setecentista se embasou no Iluminismo, estruturado na


razão e liberdade de pensamento. Nesse contexto, a disciplina da arqueologia é
impulsionada pelas descobertas de Herculano, Pestum, Pompeia e na Sicília. O Grand
Tour surge como um roteiro para a formação de intelectuais englobando cidades da
península itálica; aos poucos as viagens eruditas abrangem territórios além da Europa
ocidental. O interesse pela Antiguidade e as aferições in loco validavam parâmetros
artísticos embasando o incipiente neoclassicismo. Roma se tornou um polo cultural
devido à presença da Academia Francesa e à valorização de suas ruínas; essas únicas
evidências físicas de um passado a ser revelado exerciam grande fascínio por fornecer
material documental e nutrir a fantasia dos viajantes. Diante das ruínas, procurava-se
representar a degradação e a duração da arquitetura clássica contrapondo a vanidade
humana à eternidade. Este trabalho apresenta como alguns dos principais artistas do
século XVIII (como Vasi, Piranesi, Pannini, Poussin, Robert, dentre outros) enfrentaram
o desafio de representar os volumes incompletos, texturas e superfícies desgastadas pelo
tempo.

Palavras-chave: Ruínas; Arqueologia; Arquitetura; Arte; Iluminismo.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de doutorado intitulada “Ruína e patrimônio cultural no Brasil”,
orientada pela Profa. Dra. Mônica Junqueira de Camargo, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação
da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - Área de concentração: História
e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo. Apoio Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (FAPESP).
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8560649742117473

19 Universidade Federal de São Paulo


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A imagem de Luís XIV no espetáculo: a ópera como dispositivo de
historiografia real1

WENDERSON SILVA OLIVEIRA2


musica_wenderson@hortmail.com

Este artigo, proveniente de nossa dissertação de mestrado, pretende discutir a ópera


barroca francesa como aparelho ideológico da construção e manutenção da imagem de
Luís XIV. Apresentamos para tal, a teoria do duplo corpo do rei, utilizada pela Igreja
Católica na imagem de Cristo e transposta à França pelos organizadores da imagem
pública de Luís. Essa teoria do duplo corpo é uma parte significativa nesta pesquisa,
pois nos ajuda a compreender as formas de sistematizar e metodizar a Arte –
especificamente a ópera e a formação da tragédie lyrique, a principal fôrma do
espetáculo cênico-musical, desenvolvida por Jean-Baptiste Lully e que se fixa como
tradição nos palcos da corte. A ópera se manterá como veículo principal para a
propagação da imagem oficial de Luís. O reinado de Luís XIV marca o um culto à
autoridade e poder absoluto, que não se verifica em nenhuma outra parte da Europa
naquele período e o espetáculo cênico-musical transforma-se em figura distintiva para
reafirmar a diferenciação e soberania francesa sobre os demais países da Europa.

Palavras-chave: Luís XIV; História da Ópera Francesa; Ópera Barroca.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “O Haute-Contre na Ópera: Uma análise
da sonoridade vocal a partir das personagens Persée de Jean-Baptiste Lully (1632-1687) e Platée de Jean-
Phillipe Rameau (1683-1764)”, orientada pelo Prof. Dr. Flávio Cardoso de Carvalho, desenvolvida no
Programa de Pós-em Música da Universidade Federal de Uberlândia. Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de Minas Gerais.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1358484600567063

20 Universidade Federal de São Paulo


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“A Ceia do Senhor”, uma iluminura do Museu Nacional de Belas Artes
do Rio de Janeiro - um problema de atribuição1

MARIA LUIZA ZANATTA DE SOUZA2


mlzanatta7@gmail.com

Francisco de Holanda (D’Ollanda) nasceu na cidade de Lisboa em 1517 conforme refere


na sua obra Da Pintura Antiga (1549) e falece na mesma cidade em 19 junho de 1584.
Filho de importante Iluminador régio, desenhista e retratista Antonio d’ Ollanda (1480-
1557), oriundo do Norte da Europa que se instala em Portugal c. 1510 sendo
responsável por incessante produção artística sob o mecenato do Infante D. Luís e de
outros membros da corte. Desta forma o jovem artista se manteve sempre ligado a
Coroa onde pode revelar seus dotes artísticos e teóricos durante o século XVI em
Portugal. Com 20 anos de idade, após ser iniciado nas artes por seu pai, Francisco de
Holanda obtém uma bolsa de estudos e se dirige à Itália (Roma) onde irá contatar os
grandes nomes da arte renascentista. Esta viagem lhe permite adquirir uma solida
formação artística, em contato com os novos paradigmas artísticos da época. Em seu
retorno à Portugal Holanda trabalhará intensamente até a morte de D. João III (1557),
tendo viajado pelo país e atuado como conselheiro régio sempre disposto servir o Reino.
Suas reflexões sobre a arte podem ser observadas em seus inúmeros escritos ou em
pequenos exemplares artísticos como este do M.N. B. A. do Rio de Janeiro.

Palavras-chave: Iluminura; Século XVI; Francisco de Holanda; Antônio de Holanda;


M.N.B.A.

1
Essa comunicação teve início durante a pesquisa de doutorado em História e Teoria da Arquitetura do
Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Universidade de São Paulo,
defendido em 05/2011, sob a orientação do Prof. Dr. Luciano Migliaccio e com patrocínio da FAPESP.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1331405424829727

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As desAparecidas: o artista e o trabalho “criativo” contemporâneo1

MARILANE ABREU SANTOS2


mari.abreu.santos@gmail.com

O trabalho As desAparecidas, da artista Sandra Macedo, produzido no interior de uma


antiga fábrica de chocolates localizada na região portuária do Rio de Janeiro e usada
hoje como espaço de produção da “economia criativa”, traz à luz questões relativas ao
papel do trabalhador-artista na contemporaneidade. Em meio aos processos de
revitalização urbana, que costumam transformar as cidades em grandes espaços
espetaculares de estímulo ao consumo, à exploração turística, utilizando o “criativo” e a
“inovação” como lemas, a obra auxilia a reflexão e a construção de alguns
questionamentos sobre a precarização das condições de trabalho, que tomam o “artista”
como modelo e o lugar ocupado por estes, inseridos como membros da chamada “classe
criativa”, nos tempos atuais. Através de uma montagem, o trabalho de Sandra Macedo
estabelece relações com outras produções artísticas e propicia um diálogo com obras
que conectam o passado e o presente através de um grande balé de sombras.

Palavras-chave: Arte; História; Trabalho; Cidade; Memória.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de doutorado intitulada “A fábrica Bhering e a inserção da arte
no tecido urbano: relações entre os usos dos espaços industriais e os projetos de cidade”, orientada pela
Profa. Dra. Sheila Cabo Geraldo, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Arte, do Instituto de
Arte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, na linha de pesquisa História e Crítica da Arte.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3228662385315336

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Jardim do Embaixador: uma arquitetura experimental de Oswaldo
Bratke nos anos 19401

MARCELO ANDRÉ FERREIRA LEITE2


marceloafleite@hotmail.com

Desde meados do século XX, o movimento moderno é um dos temas mais estudados da
arquitetura brasileira. Recentemente o tema vem sendo revisto, num processo que vai
desde a incorporação de tendências antes vistas como antimodernas até pesquisas que
ampliam a gama de experiências e questionam o paradigma unívoco de moderno, bem
como seus pressupostos historiográficos marcadamente eurocêntricos. Esse trabalho
busca inserir-se na trilha aberta por tais pesquisas, de modo a reconhecer outras formas
de expressão da arquitetura moderna no Brasil, notadamente as produções em contextos
interioranos e que mantém um diálogo com obras norte-americanas do mesmo período.
A cidade Campos do Jordão-SP, foi um palco de interessantes manifestações de
arquitetura moderna que sugerem relações com as produções citadas, tais como um
grupo de habitações unifamiliares construídas pelo consagrado arquiteto Oswaldo
Arthur Bratke (1907-1997) no bairro Jardim do Embaixador. No local o Bratke
experimentou novas configurações espaciais e novas técnicas, materiais e elementos
construtivos, que carecem de um estudo mais aprofundado. Diante do exposto, essa
pesquisa tem por objetivo inventariar e analisar esse conjunto residencial de relevância.

Palavras-chave: Arquitetura Moderna Brasileira; Oswaldo Bratke; Campos do Jordão;


Relação Brasil Estados Unidos; Arquitetura Paulista nos Anos 1940.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado homônima, orientada pela Profa. Dra. Leticia
Coelho Squeff, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade
Federal de São Paulo. Conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1113014378408672

23 Universidade Federal de São Paulo


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Jorge de Lima, fotomontador1

PRISCILA SACCHETTIN2
prisacchettin@gmail.com

Desde meados da década de 1930, o poeta Jorge de Lima exercitava-se na técnica da


fotomontagem. Das imagens produzidas nessa época surgiu A pintura em pânico,
volume com 41 pranchas, publicado no Rio de Janeiro em 1943, nunca reeditado. Cada
imagem é acompanhada por um dístico: textos breves que não possuem função
explicativa ou descritiva, antes ressaltam o teor enigmático das imagens. Há também um
prefácio escrito pelo poeta Murilo Mendes, que relaciona a obra com o surrealismo e
com trabalhos de Max Ernst, além de atentar para o teor político da técnica ali
empregada. Meu intuito é oferecer uma contextualização dessa publicação, partindo das
referências visuais que Lima adotou (Ernst, Ismael Nery, Giorgio de Chirico, por
exemplo).

Palavras-chave: Fotomontagem; Arte Moderna; Arte Brasileira; Poesia Moderna.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de doutorado intitulada “A pintura em pânico: fotomontagens
de Jorge de Lima”, orientada pelo Prof. Dr. Jorge Coli, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em
História da Arte do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas na Universidade Estadual de Campinas,
com bolsa do CNPq.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4377489339105889

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Fábrica Santa Catharina e os azulejos decorativos1

RENATA POLIANA CEZAR MONEZZI2


renata.monezzi@gmail.com

Em 1913, inaugura-se a primeira fábrica de louças finas na cidade de São Paulo, a


fábrica Santa Catharina. Ela foi responsável pela queima dos azulejos usados nos
monumentos construídos para a celebração do centenário de independência nacional,
entre os anos 1919 e 1922, e teve uma importante atuação na produção de artigos que
até então eram predominantemente importados como as louças de mesa, elementos
arquitetônicos cerâmicos e os azulejos. Foi também uma referência para o
estabelecimento de novas manufaturas e fábricas do mesmo gênero na cidade e, em
1927, foi comprada pelas Industrias Reunidas Fábricas Matarazzo (IRFM). Por se tratar
da primeira fábrica a se estabelecer e ter sido uma importante referência na produção de
cerâmicas finas e azulejos industriais nacionais, a Santa Catharina é um objeto de estudo
pertinente à medida que instiga estudos sobre as artes decorativas aplicadas na
arquitetura. O objetivo da presente pesquisa é compreender a produção industrial de sua
produção a partir do início do século XX, analisando as características formais e
decorativas sua participação na composição de uma linguagem artística usada na
arquitetura brasileira moderna.

Palavras-chave: Artes e Ofícios; Patrimônio Azulejar; História da Técnica;


Arquitetura; Fábrica Santa Catharina.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de doutorado intitulada “Os azulejos decorativos industriais da
IRFM em São Paulo no século XX”, orientada pela Profa. Dra. Cristina Meneguello, desenvolvida no
Programa de Pós-Graduação Política, Memória e Cidades do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da
Universidade Estadual de Campinas.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6411597698209340

25 Universidade Federal de São Paulo


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O corpo do livro e a letra-corpo: a imagem-objeto como ferramenta de
estudo1

DOGLAS MORAIS LUBARINO2


dmlubarino@yahoo.com.br

FABIANA PEDRONI3
nuvemtrincada@gmail.com

Este trabalho compreende um diálogo entre pesquisas aparentemente distintas, mas que
se encontram na materialidade da imagem. Começamos pelas margens para adentrarmos
pelas letras e pelas formas pictóricas até percebermos que tudo é livro. Quando lemos
um livro, lemos a textura da página? Nos atentamos para os elementos que são
engolidos pela dobra do livro? Muitas perguntas como estas surgem após percebermos a
utilidade de se pensar conceitos como ferramentas discursivas e de análise. Traremos o
conceito de imagem-objeto, utilizado por Jérôme Baschet para designar-se às imagens
medievais, como uma ferramenta de estudo que expõe a materialidade dos livros
ilustrados e das letras. Através do cruzamento deste conceito com a noção de
ornamentalidade, evidenciada nos trabalhos de Jean-Claude Bonne, refletiremos sobre
as tensões criadas entre palavra, imagem e corpo do livro, sobretudo na trilogia de Suzy
Lee, composta pela “Onda”, “Espelho” e “Sombra”.

Palavras-chave: Imagem-objeto; Materialidade; Ornamentalidade; Livros Ilustrados.

1
Essa comunicação faz parte do projeto de pesquisa intitulado “Palavras e imagens dançam pela carne do
livro”, coordenado pela Prof. Me. Fabiana Pedroni, desenvolvido no Laboratório de Pesquisa em
Processos e Teoria das Artes, na Universidade Federal do Espírito Santo (LabArtes-UFES), em diálogo
com as contribuições do Laboratório de Teoria e História das Mídias Medievais (LATHIMM-
USP/UFRJ).
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0742373694821923
3
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4608508847849874

26 Universidade Federal de São Paulo


Estr. do Caminho Velho, 333 - Jardim Nova Cidade, Guarulhos - SP, 07252-312
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Miguelzinho Dutra, um artista de múltiplas facetas: o conjunto de
arquitetura efêmera realizado para visita do imperador Dom Pedro II
no interior em 18461

SILVANA MEIRIELLE CARDOSO2


meiri_c@yahoo.com.br

Miguel Arcanjo Benício da Assunção Dutra (Itu, 15 de agosto de 1810 – Piracicaba de


1875) foi um importante aquarelista, arquiteto, músico e ourives brasileiro. Filho de
Thomas da Silva Dutra, ourives. O presente artista circulou pela província de São Paulo
durante boa parte do século XIX, realizando importante registro iconográfico que
resgata a vida cotidiana do meio provinciano. Suas aquarelas atualmente pertencentes a
uma das coleções do Museu Paulista constituem uma importante fonte documental para
a investigação histórica que pouco foi explorada. Dentre as obras da coleção,
destacamos os projetos de arquitetura efêmera realizados para visita do imperador D.
Pedro II à Itu em 1846. A presente proposta de comunicação se concentra na
apresentação desse conjunto arquitetônico projetado por Miguel Dutra, a partir da
análise estilística, tipológica e iconográfica dos projetos aquarelados por Miguelzinho.

Palavras-chave: Miguel Dutra; Arte Regional; Arquitetura Efêmera; Arte Brasileira.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “Miguelzinho Dutra um artista de
múltiplas facetas: a obra arquitetônica, decorativa e devocional”, orientada pelo Prof. Dr. Marcos Tognon,
desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Campinas.
Agência de fomento: Capes.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2384615244574656

27 Universidade Federal de São Paulo


Estr. do Caminho Velho, 333 - Jardim Nova Cidade, Guarulhos - SP, 07252-312
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Da posse de Deodoro à Assinatura da Constituição: a construção da
identidade republicana nas pinturas de Eliseu Visconti1

FABÍOLA CRISTINA ALVES2


biula_alves@yahoo.com.br

Nossa pesquisa investiga a construção visual da identidade republicana no Brasil a


partir do estudo de duas obras decorativas de Eliseu Visconti encomendadas pelo
governo durante as primeiras décadas do século XX, a saber: o estudo Posse de
Deodoro da Fonseca para o painel da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, Palácio
Tiradentes (1925) - acervo do Museu Histórico e Artístico do Estado do Rio de Janeiro,
Niterói, RJ - e a decoração principal da mesa diretora da Assembléia Legislativa do Rio
de Janeiro intitulada Assinatura da Constituição de 1891 - Palácio Tiradentes (1926). O
objetivo desta comunicação é apresentar os resultados parciais do estudo em andamento.
Busca-se averiguar como se deu a circulação de ideias e as transferências de modelos
artísticos adaptados à realidade do contexto brasileiro de encomendas estatais, no
período do início da nossa República, entre os quais os modelos da retratística e das
telas representativas dos grandes eventos políticos.

Palavras-chave: Eliseu Visconti; Pintura Histórica; Retrato Coletivo; República no


Brasil; Arte Brasileira.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de pós-doutorado intitulada “Da posse de Deodoro à Assinatura
da constituição: a construção da identidade republicana nas pinturas de Eliseu Visconti”, supervisionada
pela Profa. Dra. Elaine Dias, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História da Arte da
Universidade Federal de São Paulo.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6838453885637422

28 Universidade Federal de São Paulo


Estr. do Caminho Velho, 333 - Jardim Nova Cidade, Guarulhos - SP, 07252-312
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Anos 80 em digressão/diacronia histórica da arte: reformulações1

DANILO MOREIRA XAVIER2


danilo.xavier@live.com

O trabalho retrospectivo de “2080” no MAM-SP em 2003 reuniu produções da década


de 80 juntamente com um debate ocasionado por uma mesa redonda, examinando o
arsenal crítico do período sobre novas perspectivas permitidas pelo distanciamento
temporal. O trabalho da curadoria e do setor educativo em propor uma arquitetura
modular e móvel para mudanças realizadas nos núcleos temáticos pintura,
neoexpressionismo, anarquia e prazer e citacionismo, também foram ressaltados como
premissas do balanço histórico. A produção crítica do período reproduzida no conceito
da exposição readaptava-se nos núcleos formulados quinzenalmente. Trazemos a
importância do trabalho expositivo em apresentar discussões em torno do balanço
historiográfico a partir de arranjos das obras de arte que, em sua maioria, sequer
estavam presentes nas principais exposições da década de 80 (posicionadas nos
núcleos), correspondendo ao recorte crítico direcionado a outras produções. Destacamos
o caráter modular e a mobilidade na composição dos rearranjos propostos como
digressão ou diacronia das obras presentes, o esforço em repensar as contribuições das
produções da década e os meios de direcionar a crítica e a obra de arte.

Palavras-chave: Década 80; Pintura; Instituição; História da Arte; 2080.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado no tema proposto, orientada pela Profa. Livre
Docente Dária Jaremtchuk, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais na Escola
de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, com apoio CAPES.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7195902086221996

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“Criando Cultura”: A ação do MASP na Crítica de Arte na década de
19501

RAFAEL CONTI2
raconti@gmail.com

Esta apresentação enfoca a problematização das relações estabelecidas pelo museu


dentro de seu âmbito sociocultural, buscando compreender a sua atuação na crítica de
arte. Procuramos desconstruir as representações verificáveis na historiografia das artes e
da arquitetura, ao longo das décadas de existência do MASP, que apontam
prioritariamente para seu pioneirismo, espacialidade e relações internacionais, sem,
contudo, apresentar em igual medida os conflitos, démarches e ingerências da
instituição com artistas, arquitetos, marchands e imprensa. Como resultado, podemos
estabelecer um esboço dos sistemas artísticos no qual o MASP, Pietro Maria Bardi e
Assis Chateaubriand cumpriam a dupla função de pertencer e atuar na produção de bens
simbólicos. Deste modo, a pesquisa da qual essa apresentação faz parte, propõe o estudo
de como o mercado de bens simbólicos, ou seja, de pintura, escultura, gravura,
arquitetura e design, se estruturava em São Paulo na década de 1950. Esta
“estruturação” pode ser analisada historicamente tomando-se por moldura as relações
estabelecidas entre estes atores sociais citados, o que nos leva à possibilidade de
entendimento das representações, ações e disputas destes para com a sociedade.

Palavras-chave: Museu de Arte de São Paulo; MASP; Modernidade; Pietro Maria


Bardi; Assis Chateaubriand; Chatô; Crítica de Arte; São Paulo.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “’O Museu que Cria Riquezas’:
arquitetura e arte por meio da ação do MASP na década de 1950”, orientada pelo Prof. Dr. Fernando
Atique, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de São Paulo
(EFLCH/Unifesp), na linha de pesquisa “Instituições, Vida Material e Conflitos”.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3531717189969498

30 Universidade Federal de São Paulo


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A História da _rte excludente ensinada no Brasil: Principais
Resultados e Primeiras Ações1

BRUNO SERAVALI MORESCHI2


brunomoreschi@gmail.com

O projeto A História da _rte apresenta dados quantitativos e qualitativos de todos os


2.443 artistas encontrados em 11 livros utilizados em cursos de graduação de artes
visuais no Brasil. A intenção foi mensurar o cenário excludente da História da Arte
oficial estudada no país a partir do levantamento e do cruzamento de informações
básicas das/dos artistas encontradas/encontrados. Com isso, espera-se que as
interessadas e os interessados no tema tenham um material de apoio para construir
outras leituras para a História ou mesmo uma transformação radical do campo. Os dados
mostram que, de um total de 2.443 artistas, apenas 215 (8,8%) são mulheres, 22 (0,9%)
são negras/negros e 645 (26,3%) são não europeus. Dos 645 não europeus, apenas 246
são não estadunidenses. Em relação às técnicas utilizadas, 1.566 são pintores. Os
resultados foram a base para a produção de um material de apoio impresso em formato
de panfleto, semelhante àqueles encontrados na entrada de museus e centros culturais.
Com tiragem de 13 mil exemplares em português e 2 mil em inglês, o material será
distribuído gratuitamente ao longo de 2017 na entrada de museus do Brasil e de outros
países selecionados pela equipe.

Palavras-chave: Crítica Institucional; Estudos Pós-coloniais; História da Arte; Ensino


de Artes.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de doutorado intitulada “Visitas emancipadas à museus” (título
provisório), orientada pela Profa. Dra. Claudia Mattos Valladão, desenvolvida no Programa de Pós-
Graduação em Artes Visuais da Universidade Estadual de Campinas, financiada pela Capes.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3477940528349573

31 Universidade Federal de São Paulo


Estr. do Caminho Velho, 333 - Jardim Nova Cidade, Guarulhos - SP, 07252-312
epha.unifesp@gmail.com
Controvérsias acerca da institucionalização da história da arte no
Brasil: debates sobre a criação de cursos de graduação e perspectivas
epistemológicas1

DANIELLE RODRIGUES AMARO2

danielle.amaro@gmail.com

A presente comunicação versa sobre as controvérsias acerca da institucionalização da


história da arte no Brasil, tendo como objeto central os debates sobre a criação de cursos
de graduação na área. O período histórico abrangido tem como marco inicial a década
de 1950, quando verifica-se uma série de manifestações favoráveis à criação de um
curso superior de história da arte. Em 1963, foi aberto o primeiro curso específico na
área, alocado na estrutura do extinto Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro, que
originou o bacharelado hoje oferecido pela UERJ. O recorte estende-se até as duas
primeiras décadas do século XXI, quando ocorreram importantes reformulações naquele
curso e foram criados quatro outros. Procura-se demonstrar a tese de que a preocupação
em constituir um espaço de formação específica em história da arte em nível de
graduação e a problematização das histórias da arte produzidas nas universidades
brasileiras são fundamentais ao debate acerca do que se compreende por história da arte
no Brasil hoje e estão diretamente relacionadas ao amadurecimento e à consolidação da
autonomia da história da arte enquanto campo científico no país.

Palavras-chave: História da Arte no Brasil; História da Ciência; Comunidades


Científicas; Processos de Legitimação; Controvérsias.
1
Essa comunicação resulta de pesquisa de doutorado de mesmo título, orientada pelo Prof. Dr. Gildo
Magalhães dos Santos Filho, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História Social da
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, com o auxílio de bolsa
CAPES Proex em seu último ano de desenvolvimento. A tese foi defendida em outubro de 2017.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3612347181535175

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Estr. do Caminho Velho, 333 - Jardim Nova Cidade, Guarulhos - SP, 07252-312
epha.unifesp@gmail.com
Políticas Públicas de Formação em Arte e Cultura na Cidade de São
Paulo1

FABIANA REGINA DE FREITAS2


fabbifreitas@hotmail.com

A pesquisa tem como objetivo analisar as políticas públicas de cultura realizadas pela
Divisão de Formação da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, cujas ações
tencionam facilitar o acesso à arte e à produção artística, além de descentralizar a rede
cultural da cidade. Busca-se compreender como ocorrem os processos de elaboração,
desenvolvimento e avaliação dessas políticas bem como suas inter-relações no campo
da educação e da produção artística, além de investigar as contribuições das mesmas
para a promoção da diversidade de expressões culturais, uma vez que as ações
desenvolvidas pelos programas são realizadas por meio de experiências
multidisciplinares que buscam promover o respeito pelas diferenças e pelas diferentes
culturas.

Palavras-chave: Políticas Culturais; Arte Educação; Diversidade Cultural.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “Políticas Culturais em Arte e Educação
e sua contribuição para a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais”, orientada pelo Prof. Dr.
Vinicius Pontes Spricigo, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História da Arte da
Universidade Federal de São Paulo.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1351950156251178

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Estr. do Caminho Velho, 333 - Jardim Nova Cidade, Guarulhos - SP, 07252-312
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Brasilidade, poder e resistência em 3%1

AMANDA FERREIRA SANTOS2


mandi.fsantos@hotmail.com

As distopias, se observadas como oposição ideológica ao modelo de utopia idealizado


por Thomas Morus no século XX, ganham novas nuances. Além da limitação de
recursos, a partir do século XXI surgem histórias repletas de controle político, disciplina
e vigilância que, com a tecnologia (que ganha proporções e importância muito maiores)
afetam a vida de todos que habitam o mundo inconfundível. A série 3%, lançada pela
plataforma de streaming Netflix em novembro de 2016 se encaixa nesse conceito
distópico contemporâneo. Em um Brasil em que os jovens, ao completarem 20 anos de
idade, devem passar pelo Processo, um conjunto de testes e provas, para merecerem seu
lugar na sociedade do Maralto (onde apenas os 3% selecionados habitam), a tecnologia
é recurso, mas é principalmente uma forma de controle, vigilância e segregação social.
Este trabalho busca mostrar os elementos de brasilidade e as relações de poder e
resistência presentes na série. Cada episódio funciona como uma imersão em como a
brasilidade se comportaria em um futuro não tão distante, enquanto tece a trama central
que gira em torno da meritocracia e das relações de poder.

Palavras-chave: Distopia; Ficção Científica; Televisão Seriada; Netflix; Biopolítica.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “Distopia na cultura de massa: Netflix e
a série 3%”, orientada pela Profa. Dra. Marina Soler Jorge, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação
em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo, com bolsa empréstimo da instituição.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5440945067439372

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Mobilidade de situações que mudam: as guerrilla stores Comme des
Garçons1

ANDRÉ RIBEIRO DE BARROS2


andrerb@gmail.com

Esta comunicação tem como objetivo demonstrar e discutir algumas relações possíveis
entre o estudo deste fenômeno de arte e moda na contemporaneidade. (1) As relações
existentes entre as lojas de guerrilha e as bases do funcionamento do mercado das artes
nos dias atuais, e de que maneira a marca Comme des Garçons desloca seus produtos da
esfera estritamente comercial para a esfera dos artefatos culturais e de arte. E, (2) Como
o processo criativo, e de negócios, de Rei Kawakubo e Adrian Joffe mentes criadoras à
frente da marca, moldam o cenário da moda contemporânea mantendo-se na vanguarda
quando se pensa em espaços de comercialização (lojas) através do diálogo e da
colaboração criativa com artistas e movimentos artísticos contemporâneos. O mês de
fevereiro de 2004 foi marcado no mundo da moda e da arte com a abertura da primeira
de uma série de lojas de guerrilha da marca Comme des Garçons, empreendimentos que
fazem referência a pequenos grupos independentes que lutam por suas ideias, um
conceito de boutique que nasce com data marcada para morrer, uma estratégia de
marketing com sucesso comercial, um franco diálogo com a arte da contemporaneidade
e referência mundial em modo de produção do espaço na arte contemporânea.

Palavras-chave: Guerrilla Stores; Moda; Comme des Garçons.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “Do lugar incomum a situações
mutantes: as guerrilla stores Comme des Garçons”, orientada pela Profa. Dra. Claudia Mattos Avolese,
desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História na área de História da Arte, no Instituto de
Filosofia e Ciências Humanas, Unicamp.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9904441421321112

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Rock Around The Clock/Ronda das Horas: Cinema como divulgador
da música rock and roll no Brasil, o caso dos filmes “Sementes de
Violência” (1955)1

GUSTAVO SILVA DE MOURA2


mouragustavo80@gmail.com

Este trabalho tem como objetivo analisar as relações entre o rock and roll e cinema a
partir do filme Sementes de Violência (The Blackboard Jungle) de 1955, distribuído
pela Metro Goldwyn Mayer – MGM. Na segunda metade da década de 1950,
encontramos o rock and roll nos primeiros passos de ampliação do mercado consumidor
e o cinema, seu grande aliado na chegada em circuitos da América Latina. O filme
sementes de Violência chegou ao Brasil cercado de polêmicas internacionais divulgadas
na imprensa especializada. Em sua exibição, jovens brasileiros percebiam a “música
ensandecida” em meio ao drama do filme. Após sua exibição no eixo Rio-São Paulo,
houve vários acontecimentos que foram ligados diretamente ao filme e ao rock and roll
em sua trilha sonora. Em período próximo, temos o lançamento na voz de Nora Ney,
cantora de samba-canção e do Rádio, uma das primeiras gravações de rock and roll
feitas no Brasil, intitulada Ronda das Horas e cantada em inglês, assim como o original
“Rock Around The Clock” de Bill Haley & His Comets. Portanto, o presente trabalho
visa analisar e discutir os impactos do filme Sementes de Violência na formação do rock
and roll brasileiro na década de 1950.

Palavras-chave: Rock and Roll; Sementes de Violência; Ronda das Horas; Juventude;
Cinema.
1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “O Rock no litoral do Piauí (1970-
1990)”, orientada pelo Prof. Dr. Denilson Botelho, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em
História da Universidade Federal de São Paulo.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8588808843554327

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Espaços de afeto: intervenções artísticas do Coletivo PI em São Paulo1

NATALIA TOMAZ VIANNA MARIA2


nataliatvianna@gmail.com

Esta comunicação busca discutir de que maneira as intervenções artísticas efêmeras


realizadas no ambiente urbano podem ressignificar espaços da cidade a partir de ações
que provocam ou ressaltam relações afetivas com/em determinado lugar. Para isso,
serão analisadas ações do Coletivo PI, núcleo artístico de pesquisa e intervenção urbana
de São Paulo/SP, atuante entre os anos de 2009 e 2016. As ações serão discutidas
levando-se em conta a ideia de amabilidade urbana, desenvolvida por Adriana Sansão
Fontes em seu livro Intervenções temporárias, marcas permanentes. Desta forma,
busca-se refletir sobre como estas ações artísticas causam uma fissura no automatismo
cotidiano, propondo uma relação diferente da usual com determinado espaço, um olhar
afetivo que lê esse espaço comum como um espaço amável, transformando esse lugar
para além da duração da intervenção, ressoando nas relações e usos futuros.

Palavras-chave: Intervenção Urbana; Arte Urbana; Cidade; Amabilidade Urbana.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado “Intervenção urbana e a (des)construção do espaço
urbano”, orientada pela Profa. Dra. Yanet Aguilera Viruez Franklin de Matos, desenvolvida no Programa
de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1657266110137992

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Badaróss: um artista no (contra) fluxo da Cracolândia1

ANDRÉ MASSANORI OKUMA2


andreokuma@gmail.com

Badaróss é um carroceiro em situação de rua e usuário de crack, nos últimos 11 anos


viveu nos arredores do território conhecido como “Cracolândia”, há 5 anos descobriu
por acaso a Arte e intuitivamente tem explorado as possibilidades da tinta como forma
de expressão. Sua obra é bastante visceral e intensa, como suporte para seu trabalho
Badaróss utiliza todo tipo de objetos descartados que encontra nos lixos da cidade,
desde telas já pintadas, portas, tampos de mesa e etc. Durante sua produção, Badaróss
utiliza também seu corpo como suporte atuando como performer. Nas adjacências do
“fluxo” da “Cracolândia” expõe suas obras, a rua é a sua galeria, que, no trânsito da
cidade se torna um tipo de instalação que produz ruídos estético-políticos no tecido
urbano, porém, sua instalação-galeria é constantemente destruída pela prefeitura e
reconstruída por ele. Este trabalho visa refletir sobre sua prática artística como
representação deste tempo e espaço imerso na densa névoa do estigma difundido pelos
meios de comunicação que reportam de maneira superficial uma narrativa
desumanizada e sensacionalista, invisibilizando ainda a densa trama de relações e
interesses entre público e privado que vem definindo os rumos deste território.

Palavras-chave: Intervenções Urbanas; Política Cultural; Arte Contemporânea;


Cracolândia; Gentrificação.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “Do fluxo aos contra-fluxos:
intervenções urbanas na Cracolândia”, orientada pelo Prof. Dr. Pedro Fiori Arantes, desenvolvida no
Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9079372042131992

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Território Carandiru: por uma história da arte que dialogue com a
cidade1

ALINE ARAUJO SILVA2


aline.araujo11@yahoo.com.br

Parque da Juventude, Museu Aberto de Arte Urbana, Biblioteca São Paulo, são os
novos referencias quando se trata do bairro do Carandiru. Porém desde a década de 80
o Carandiru figurava em jornais, televisão e revistas estampando rebeliões. Após a
inauguração do Pq. da Juventude um projeto de lei proposto pelo deputado Campos
Machado (PTB) previa a alteração do nome da estação Carandiru para Pq. da Juventude,
com a justificativa de “apagar as lembranças tristes ocorridas no local, procurando, com
essa alteração, ressaltar as novas funções do parque, que vem atendendo todas as
necessidades na área recreativa”. Apesar de não ter sido executado, o projeto de lei
evidencia uma estratégia de apagamento, não só da história do bairro, mas também de
qualquer possibilidade de reflexão sobre essa história. Os espaços de memória ficaram
restritos a duas instituições o Museu Penitenciário e o Espaço Memória Carandiru, que
integra o curso técnico em museu na ETEC Parque da Juventude. Sendo assim, a
pesquisa se debruçará sobre as estratégias de visibilidade e invisibilidade nesse
território. Quem tem direito a instauração das memórias? A arte e a produção de
imagens reforçam os espaços de aparição?

Palavras-chave: Carandiru; Território; Apagamento; Cidade; Imagem.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “Território Carandiru: por uma história
da arte que dialogue com a cidade”, orientada pelo Prof. Dr. Pedro Fiori Arantes, desenvolvida no
Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7151373643952596

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Negrafias no centro de São Paulo: a presença e a representação do
negro no graffiti brasileiro1

MARINA OLIVEIRA BARBOSA2


marina.marinabarbosa@gmail.com

O Brasil é um país multirracial e pluriétnico no qual mais da metade da população


declara-se negra e parda, contudo, a representatividade desta maioria não está presente,
por exemplo, nos meios de comunicação e nem tampouco possui expressividade, de
forma minimamente equânime, nos demais setores sociais. Um dos primeiros elementos
de autoafirmação da negritude passa pela revalorização e reconhecimento de sua própria
imagem individual e coletiva. Considero que podemos notar isto em algumas produções
artísticas de grafiteiros da cidade de São Paulo, na medida que eles incorporam ao seu
repertório temáticas étnicas negras para evidenciar sua visibilidade/invisibilidade social
e valorizar sua identidade cultural negra.

Palavras-chave: Graffiti; Estética Negra; Identidade; Arte; População Afro-brasileira.

1
Esse trabalho faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “Negrafias no centro de São Paulo: a presença
e a representação do negro no graffiti brasileiro”, orientada pela Profa Dra. Carolin Overhoff Ferreira,
desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História da Arte, da Escola de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9791745051346322

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A dança no século XX: possíveis analogias entre concepções de espaço
e os processos criativos em dança1

DANIELA TORRES LIMA 2


danielatorreslima@yahoo.com.br

A pauta desse estudo se firma no interesse de compreender como distintas concepções


e usos do espaço ao longo do século XX influenciaram experiências plurais e
subjetivas que reestruturaram de forma particular os processos criativos em dança.
Pretende-se portanto, dentro desse recorte temporal, analisar os contextos de
surgimento da dança moderna, que buscava romper com uma concepção dualista de
mundo e ultrapassar a rigidez temática das danças clássicas, e em um segundo
momento, expandir a discussão para os processos de criação em dança contemporânea
que se debruçam sobre perspectivas tecnológicas, partindo de estudos que reconhecem
o “virtual” como parte da imaginação criadora no que tange à questão das relações
corpo-ambiente em espaços híbridos. O intuito desse estudo é estabelecer analogias
possíveis entre esses dois momentos, ambos regidos pelo desejo de representação da
vida e de seu tempo através da arte.

Palavras-chave: Dança Moderna; Dança Digital; Espaço.

1
Essa comunicação é um recorte de discussão histórica da pesquisa de mestrado intitulada “O uso poético
do espaço na dança realizada em Realidade Aumentada”, orientada pelo Prof. Dr. Alvaro João Magalhães
de Queiroz, em andamento no Programa de Pós-Graduação em Artes, Cultura e Linguagens na
Universidade Federal de Juiz de Fora e financiada pela própria instituição.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0470762877810681

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Madre por um día: performance de mulheres na televisão mexicana1

VIVIAN BERTO DE CASTRO2


vivian_berto@hotmail.com

Os grupos de artistas de ativismo feminista atuaram no México principalmente nos anos


1980. Estas artistas, que trabalhavam em especial com a performance, combinavam a
arte com o ativismo para conscientização da condição das mulheres no México neste
período. Dentre os grupos, destaca-se o Polvo de Gallina Negra. Seu nome surgiu da
ideia de expurgar, por mágica, os efeitos negativos de sua ação atrevida de iniciar um
grupo de arte feminista - ficariam assim protegidas do famoso mal de ojo. O Polvo de
Gallina Negra era formado pelas artistas Mónica Mayer e Maris Bustamante. Uma
destas ações do grupo é, curiosamente, uma performance chamada Madre por un día,
realizada na televisão, no programa de auditório Nuestro Mundo, de Guillermo Ochoa.
O grupo, assim como outros jovens artistas do período, considerava que chegar à TV
era tão importante quanto a chance de apresentar-se em um museu. Nesta performance,
feita em 1987, Bustamante e Mayer são recebidas no auditório do apresentador para que
ele possa ter a honra de se transformar em mãe “por um dia”. A performance televisiva
foi transmitida pelo Canal 2 da Televisa, e contou com uma audiência de 20 milhões de
espectadores.

Palavras-chave: Mulheres Artistas; México; Performance; Feminismo.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “Mi ojo es mi corazón: vídeo-arte e
performance de Pola Weiss”, orientada pela Profa. Dra. Yanet Aguilera Viruez Franklin de Matos,
desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História da Arte na Universidade Federal de São Paulo.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1397463357929842

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epha.unifesp@gmail.com
O pavilhão do Brasil na bienal de Veneza1

ANTONIO CASTELO BRANCO TEIXEIRA JUNIOR2


acastelo@soda.arq.br

A instituição cultural La Biennale di Venezia é responsável pela existência de uma das


mais antigas bienais de arte (desde 1895) e pela prestigiada mostra internacional de
arquitetura (desde 1980). Essas exposições acontecem tradicionalmente em duas
principais estruturas na cidade: nos imponentes edifícios das Corderie dell`Arsenale e
nos pavilhões nacionais, erguidos dentro de um parque público conhecido como
Giardini. Esta comunicação visa apresentar os Giardini, um museu a céu aberto da
arquitetura do século XX com seus vinte e nove pavilhões nacionais construídos entre
1907 e 1995, alguns dos quais concebidos e realizados por arquitetos de relevancia
internacional. O Brasil assegurou-se um lugar permanente na mostra através da
construção de seu pavilhão nacional, projetado em 1958 e inaugurado em 1966. Buscar-
se-á reconstruir o processo que levou à realização do pavilhão brasileiro, concebido
como um campo experimental para os arquitetos, através da descrição dos projetos
elaborados para este edificio, que contribuiu para consolidar algumas das premissas da
arquitetura moderna.

Palavras-chave: Bienal de Veneza; Pavilhão; Arquitetura.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “A Representação Brasileira na Mostra
Internacional de Arquitetura na Bienal de Veneza: curadoria e interlocuções entre internacional e local”,
orientada pela Profa. Dra. Manoela Rossinetti Rufinoni, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em
História da Arte da Universidade Federal de São Paulo.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5096539355553173

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Modigliani na Bienal de Veneza de 1930: crítica de Lionello Venturi1

ISABELA DE OLIVEIRA SALINAS2


belabx@gmail.com

No contexto de institucionalização da arte moderna na Itália na década de 1930, a obra


de Amedeo Modigliani é reivindicada por diferentes grupos no intuito de apresentar a
Itália como um centro importante da arte moderna. Suas obras ganharam, então, uma
sala exclusiva na Bienal de Veneza de 1930. O crítico de arte Lionello Venturi é um dos
intelectuais engajados na tarefa de revelar artistas que se voltavam para uma tradição
artística italiana, e Modigliani não poderia ser melhor promovido do que nesse
momento. O presente trabalho propõe analisar o artigo de Venturi dedicado à
Modigliani, no qual explicita o diálogo estreito que o artista mantinha com suas raízes
italianas. A hipótese é a de que sua vinculação com os movimentos de 'Retorno à
Ordem', que caracterizam o ambiente artístico do pós 1 Guerra Mundial, foi
empreendido no sentido de afirmação da arte moderna italiana em confronto,
principalmente, com as experiências vanguardistas parisienses. Acredita-se que embora
Modigliani tenha, de fato, proposto uma reelaboração de elementos da tradição numa
chave moderna, tal empreendimento não tinha o caráter nacionalista que marcou a
crítica que posteriormente foi responsável por sua popularidade.

Palavras-chave: Modigliani; Arte moderna; Fascismo; Venturi; Itália.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “Modernidade e tradição na obra de
Amedeo Modigliani”, orientada pela Profa. Dra. Taisa Helena Pascale Palhares, desenvolvida no
Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Estadual de Campinas. Pesquisa financiada
pela CAPES.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2338850754561821

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Estr. do Caminho Velho, 333 - Jardim Nova Cidade, Guarulhos - SP, 07252-312
epha.unifesp@gmail.com
Antivasarianismo e francofilia em Il gusto dei primitivi, de Lionello
Venturi1

FERNANDA MARINHO2
fernandamarinho82@gmail.com

A presente comunicação analisará o pensamento do historiador e crítico de arte Lionello


Venturi a partir do seu livro Il gusto dei primitivi, publicado pela primeira vez em 1926.
Nesta obra, Venturi apresenta a sua batalha historiográfica a partir promoção dos
mestres ditos primitivos do Trecento e Quattrocento italianos em prol de uma revisão
dos alicerces teóricos da história da arte. Analisaremos duas premissas encontradas em
Il gusto dei primitivi e latentes no pensamento venturiano, de um modo geral: o
antivasarianismo e a francofilia. A primeira premissa diz respeito à sua postura
antagônica ao legado teórico e conceitual de Giorgio Vasari. Neste âmbito analisaremos
como o conceito de primitivo se contrapõe, no pensamento venturiano, à cronologia
evolutiva vasariana. A segunda premissa refere-se, por sua vez, a um projeto de
modernidade, vislumbrado por Venturi, que se identificava com os horizontes da cultura
artística francesa e se distanciava do discurso artístico nacionalista italiano. Neste
âmbito observaremos como o conceito de gosto aparece impregnado por referências
artísticas e culturais francesas, dando especial destaque ao Impressionismo.

Palavras-chave: Primitivismo; Lionello Venturi; Impressionismo; Giorgio Vasari;


Crítica de Arte.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de pós-doutorado intitulada “Olhares vertiginosos nas
reformulações da história: o primitivo, o selvagem e o canibal”, orientada pelo Prof. Dr. Cássio da Silva
Fernandes, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de
São Paulo. Bolsa FAPESP.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6154261110352386

45 Universidade Federal de São Paulo


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A cidade como espaço expositivo: estudo a partir do display - o caso do
Zócalo, na Cidade do México1

ANA PAULA DOS SANTOS SALVAT2


anapaulasalvat@gmail.com

A comunicação apresenta a pesquisa, em estágio inicial, que pretende investigar a


configuração da Praça da Constituição da Cidade do México, popularmente conhecida
como Zócalo, e seus arredores, cujo projeto pós-conquista do século XVI sobrepôs-se
ao antigo traçado da cidade mexica de Tenochtitlan. A abordagem do objeto será feita a
partir da metodologia utilizada no campo das artes visuais para o estudo de objetos
artísticos em espaços expositivos: o display. Desta forma, pretende-se fazer uma análise
dos componentes artísticos e arquitetônicos do local, identificando representações de
poder, simbologias e intenções políticas na morfologia urbana e na configuração
artística e cultural da maior cidade da América Espanhola. Portanto, o Zócalo será
interpelado como espaço expositivo, no qual as peças expostas dessa curadoria urbana
são seus edifícios, monumentos e elementos artísticos, cujo display obedece a um
projeto ideológico dominador. A partir de aproximações teóricas que contemplarão
perspectivas não eurocêntricas, aplicadas às artes e à cultura, as leituras contemporâneas
sobre o objeto estabelecerão relações entre os campos artístico e sociopolítico nas
dimensões do espaço e do tempo.

Palavras-chave: Arte Pública; Arquitetura; Cidade; Display; Zócalo.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de doutorado intitulada “A cidade como espaço expositivo:
leituras contemporâneas a partir do display de elementos artísticos e arquitetônicos - o caso do Zócalo, na
Cidade do México”, orientada pelo Prof. Dr. Rodrigo Queiroz e co-orientada pela Profa. Dra. Nilce
Aravecchia Botas, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da
Arte da Universidade de São Paulo.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3817881151650688

46 Universidade Federal de São Paulo


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Engenhos de Ilhabela: uma história doce e amarga1

BÁRBARA MARIE VAN SEBROECK LUTIIS SILVEIRA MARTINS 2


barbara@vansebroeck.com

A ilha de São Sebastião conta com um rico acervo arqueológico e patrimônio edificado
dos séculos XVIII ao XX. Dentro desse rol de ruínas e prédios, encontra-se um
interessante e ainda pouco analisado momento produtor da ilha: os engenhos de açúcar e
cachaça. Foram trinta e um centros produtores ao longo de quase duzentos anos, período
em que a cana-de-açúcar alterou consideravelmente as características físicas da ilha. A
renovação da Mata Atlântica é de extremo interesse no estudo do contexto da mudança
agrícola da ilha e da construção de sua paisagem. O engenho da Toca, última destilaria
ainda em funcionamento, foi estudado no trabalho final de graduação na FAUUSP. A
pesquisa em andamento propõe a continuidade do tema, ao estudar outros três engenhos
e o recorte permite uma abordagem mais ampla da técnica de produção: um engenho
empregava a máquina a vapor, outro a tração animal e um último, a roda d’água, técnica
de moagem mais difundida em Ilhabela. Busca-se abrir uma nova frente de estudo para
compreender o patrimônio agro-industrial ilhabelense e propor estratégias para
assegurar sua proteção. O único engenho protegido pelos órgãos de preservacão, o
Engenho d’Água entra no estudo como meio de comparação.

Palavras-chave: Patrimônio; Engenho; Ilhabela; Mata Atlântica.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “Engenhos de Ilhabela: três estudos de
caso de uma história doce e amarga”, orientada pela Profa. Dra. Cristina Meneguello, desenvolvida no
Programa de Pós-Graduação em História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade
Estadual de Campinas. Aluna bolsista do CNPq (processo 138388/2017-2).
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9889201900446932

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Os tombamentos da Igreja de São Gonçalo: as justificativas do IPHAN
e CONDEPHAAT1

BRUNA VALENÇA MALLORGA2

brunamallorga@gmail.com

A Igreja de São Gonçalo está localizada na região central da cidade de São Paulo. Sua
edificação passou por três processos de tombamentos em três órgãos patrimoniais
distintos: IPHAN – atual nomenclatura -, CONDEPHAAT e CONPRESP. Nossa fala se
deterá apenas nos dois primeiros processos, tendo em vista que o último foi aplicado de
maneira ex-offício. O tombamento do IPHAN ocorreu no final da década de 1930, logo
após a criação do órgão, e em menos de duas décadas o tombamento foi cancelado, em
1953, com a justificativa de que o bem patrimonial estava descaracterizado e que,
portanto, já não deveria estar sob a proteção do tombamento. Entretanto na década de
1970, o CONDEPHAAT após muitas disputas de interesses tombou a Igreja de São
Gonçalo na esfera estadual. A partir dos processos de tombamento do IPHAN e
CONDEPHAAT apresentaremos os discursos de patrimonialização, em que uma
sequência de argumentações sobre valores artísticos, arquitetônicos e de gosto surgiram,
revelando as disputas de poder sobre um patrimônio de interesse dito público, mas de
propriedade privada, ligado à Arquidiocese de São Paulo.

Palavras-chave: Igreja de São Gonçalo; IPHAN; CONDEPHAAT; Preservação.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “O Patrimônio Congregado: a presença
da Igreja Católica nas ações de preservação do IPHAN, em São Paulo (1937-2002)”, orientada pelo Prof.
Dr. Fernando Atique, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal
de São Paulo. A pesquisa conta com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
São Paulo – FAPESP - nº Processo: 2017/02173-0.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7947088130535280

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Sítio do Capão: uma possibilidade de educação e patrimônio1

KLENCY KAKAZU DE BRITO YANG2


klency@hotmail.com

O Sítio do Capão é uma propriedade do século XVII e recebeu diversas técnicas


construtivas ao longo de sua existência. Entre seus habitantes ilustres estão o religioso e
político Padre Regente Feijó e a Pedagoga Anália Franco, esta última deu o nome ao
bairro onde o Sítio se localiza. A propriedade se encontra numa área de grande
crescimento demográfico e permaneceu abandonada por muitos anos. O Escritório
Kruchin ficou encarregado do Plano Diretor de Restauro para o Sítio do Capão, que foi
distinto do que ocorreu na sede que havia sido comprada pela Universidade Cruzeiro do
Sul para sediar o seu Campus Anália Franco. O Programa de Restauro e as escolhas
realizadas pela equipe do arquiteto Samuel Kruchin, em conjunto com o Condephaat,
realizadas para o Sítio do Capão, serão apresentadas no Encontro. Assim como, dados
atuais da edificação e do seu entorno, que nos permite questionamentos sobre a situação
patrimonial.

Palavras-chave: Condephaat; Sítio do Capão; Patrimônio; Técnicas Construtivas;


Educação Patrimonial.

1
Essa comunicação faz parte do trabalho de conclusão de curso intitulado “De Sítio Capão do Tatuapé
Acima à Sítio Paraíso: a história do chalé de barro do Regente Feijó”, orientada pelo Prof. Dr. André Luiz
Tavares Pereira, desenvolvida no Programa de Graduação em História da Arte da Universidade Federal
de São Paulo. Atualmente é meu objeto de estudo no Curso de Especialização em Educação e Patrimônio
Cultural e Artístico, na Universidade de Brasília (em andamento).
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5948110405131981

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Estudo sobre Patrimônio Histórico de Caçapava – Primeiras
Anotações1

MARIA ENEIDA BARREIRA2


maeneida@gmail.com

A presente comunicação apresentada trabalhará a questão do patrimônio histórico na


cidade de Caçapava, situada no Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo. A temática
apresentada é alvo do desenvolvimento da dissertação de mestrado pelo Programa de
Pós-Graduação em História da Arte, pela Universidade Federal de São Paulo
(UNIFESP), sob orientação da Profa. Dra. Ângela Brandão, com o objetivo de estudar a
questão do patrimônio histórico da referida cidade, traduzindo em um primeiro plano, a
questão do patrimônio no Brasil seguindo até a historicidade de Caçapava, com a
apresentação da temática e algumas considerações do percurso ao qual está sendo
efetuado o estudo contemplando brevemente alguns registros históricos da cidade como
também a relação de memória e identidade da cidade.

Palavras-chave: Patrimônio Histórico; Caçapava; História.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “Cultura de Preservação – O Patrimônio
histórico na cidade de Caçapava - SP”, orientada pela Profa. Dra. Ângela Brandão, desenvolvida no
Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6805533596169961

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O Corpo Político e as identidades que não cabem1

ANA EMÍLIA DA COSTA SILVA2


analobo.contato@gmail.com

Este estudo pretende discutir a potência política das imagens do corpo a partir da
fotografia praticada no Brasil. Interessa-nos a cultura fotográfica brasileira frente à sua
herança colonialista, os modelos de organização social e performances políticas. O
Estado-Leviatã, teorizado por Hobbes (1651) como ordenador e violento, a multidão,
discutida por Hardt e Negri (2005), e o corpo mutável, que se desenha na partilha do
sensível de Ranciere (2005), são conceitos que nos conduzem uma reflexão mais ampla
sobre as representações do corpo coletivo na contemporaneidade. A partir desses fios
condutores, discutiremos o papel da fotografia na formulação de imagens do corpo,
entre os estereótipos e as alteridades. Apoiados em um recorte não cronológico,
pretendemos situar imagens fotográficas em diálogo com formas de repressões
contemporâneas – oriundas do capitalismo avançado, xenofobias, religião e hierarquias
de gênero. Nessa perspectiva situamos as referências fotográficas que habitam nosso
imaginário coletivo, por via da história oficial, mídias de massa e práticas fotográficas
cotidianas. Diana Taylor (2014), Gandra Kilomba (2016) e Jota Mombaça (2016) nos
auxiliam na revisão desse acervo a partir de abordagens críticas e decoloniais.

Palavras-chave: Corpo; Política; Fotografia.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de doutorado intitulada “Corpo como ocupação política: um
estudo sobre fotografias”, orientada pela Profa. Dra. Sheila Cabo Gerando, desenvolvida no Programa de
Pós-Graduação em Arte e Cultura contemporânea pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5192761197827393

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Traçado luminoso
um estudo de cultura visual da vida privada no Brasil
a partir do acervo de Gilda e Antonio Candido de Mello e Souza1

LAURA ESCOREL DE MORAES2


lauraescorel@gmail.com

A partir da análise do acervo fotográfico de Gilda e Antonio Candido de Mello e Souza,


e sob a perspectiva dos estudos de cultura visual a respeito da vida privada no Brasil –
de meados do século XIX a segunda metade do século XX – a comunicação apresenta a
pesquisa em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em História da Arte da
UNIFESP, através de um breve ensaio a respeito de algumas das fotografias do acervo,
cujo critério de seleção foi o traçado da árvore genealógica de um dos titulares, através
de retratos de família, a partir da fotografia mais antiga identificada até o momento. A
comunicação busca relacionar estas imagens às modificações da técnica fotográfica
ocorridas no período, apresentando também alguns conceitos desenvolvidos por críticos
e historiadores da fotografia.

Palavras-chave: Fotografia; Imagem; Memória; Acervos Pessoais; Retratos de Família.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “Traçado luminoso – um estudo de
cultura visual da vida privada no Brasil a partir do acervo fotográfico pessoal de Gilda e Antonio Candido
de Mello e Souza”, orientada pela Profa. Dra. Ilana Seltzer Goldstein, desenvolvida no Programa de Pós-
Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2340567325033353

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Tensão: o desequilíbrio na escultura contemporânea1

DANILO LORENA GARCIA2


danilolorenagarcia@gmail.com

A comunicação aqui apresentada busca discutir o processo criativo em arte,


considerando o conceito de tensão/sensação na construção de trabalhos artísticos
vinculados ao espaço e na relação de aproximação e distanciamento entre o espectador e
a estrutura própria da obra. A pesquisa também explora as conexões de força dentre os
mais variados materiais e objetos que podem constituir o espectro da Escultura
Contemporânea a partir de referenciais critico-criativos encontrados em autores/artistas
tais como: Gilles Deleuze, Félix Guattari, Richard Serra e Giovanni Anselmo. Deste
contexto, destaca-se o elemento da sensação, a partir de Deleuze e Guattari. A sensação
é parte importante e fundamental para a noção sobre a Arte trabalhada por esses
autores. Seus textos nos indicam que a obra de arte é um composto puro de sensação;
sendo objetivo do artista arrancar sensações através de um bloco puro de sensação. Por
este viés, explora-se os elementos sensação, instabilidade e resistência presentes no
conjunto de trabalhos artísticos elaborados no período de / mais recentemente, alvo
particular deste estudo.

Palavras-chave: Sensação; Instabilidade; Resistência; Escultura; Arte Contemporânea.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de doutorado intitulada “TENSIONAMENTOS: sensações e
atravessamentos da construção de obras de Arte”, orientada pela Profa. Dra. Sylvia Helena Furegatti,
desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Programa de Pós-Graduação em Artes
da Universidade Estadual de Campinas.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1968942611264391

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Concretismo: um balanço entre literatura existente e novas entrevistas1

LUIS FERNANDO SILVA SANDES2


luis.sandes@gmail.com

A pesquisa de mestrado do autor versa sobre a afirmação da geração de artistas


concretos da cidade de São Paulo nas décadas de 1950 e 60. Nesse âmbito entrevistas
foram realizadas, com o propósito de levantar conteúdos ausentes da literatura,
anotando pontos de vista dos entrevistados. Esta proposta se propõe a articular, a partir
de tópicos formulados pelo autor, o dito pelos interlocutores com o registrado nos textos
pertinentes. Cabe destacar que importa mais orquestrar tais materiais do que confrontá-
los entre si pois, neste caso, o objetivo seria decidir qual o falso e qual o verdadeiro. Os
entrevistados foram Adolpho Leirner, Ferreira Gullar, Almir Mavignier e Alexandre
Wollner, e as conversações se deram em 2015. Para estabelecer as trocas entre
entrevistas e material escrito, foram constituídos, por exemplo, os seguintes tópicos
relativos às décadas de 1950 e 1960: a sensualidade da obra; teoria/obra; Volpi e o
concretismo; cariocas x paulistas; neoconcretismo/concretismo; indústria paulista e
concretismo; abstração informal e concretismo; papel dos MAM e da Bienal; influência
do concretismo na arte contemporânea; atraso da chegada da abstração no Brasil.

Palavras-chave: Concretismo Brasileiro; Arte Vanguardista Brasileira; Entrevistas;


Década de 1950; Arte em São Paulo.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “A afirmação da geração concretista em
São Paulo: décadas de 1950 e 1960”, orientada pelo Prof. Dr. Guilherme Gomes Júnior, desenvolvida no
Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo (PUC-SP). O autor é beneficiário de bolsa da Capes.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0973009658181243
Orcid: http://orcid.org/0000-0003-1762-1412

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Um Jardim em Floresta1

CLAUDIA BARBOSA VIEIRA TAVARES2


claudia@claudiatavares.com

Discutir o espaço do ateliê de artista e o conceito de ateliê-mina, a partir do projeto Um


Jardim em Floresta. Um Jardim em Floresta propõe uma ação seguida por um
deslocamento: captar e engarrafar água proveniente da umidade do ambiente do meu
ateliê e levá-la ao sertão de Pernambuco para o cultivo de um jardim. A ideia de ateliê
se transforma ao longo da história da arte. É no Renascimento, que o ateliê passa a ser o
local individualizado que acolhe o processo de criação da obra. É visto como o espaço
do nascimento das obras que é deixado de lado quando a obra é finalizada para seguir
seus caminhos possíveis dentro do sistema de arte. Há possíveis categorias capazes de
distinguir o espaço do ateliê, espaço que exerce um fascínio. O ateliê de um artista pode
ser visto como um refúgio ao mundo cotidiano, morada da imaginação e da criatividade.
Dentro de suas quatro paredes, em espaços amplos ou de dimensões menores, em
completa ordem ou desordem, é o lugar específico da criação artística. O conceito
ateliê-mina propõem rever o espaço do ateliê.

Palavras-chave: Ateliê; Deslocamento; Matéria; Água; Sertão.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de doutorado intitulada “Um Jardim em Floresta”, orientada
pelo Prof. Dr. Marcelo Campos, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Artes do Instituto de
Artes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, e fomentada pela Bolsa Faperj Nota 10.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9972740292201303

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Fundação de São Vicente, de Benedito Calixto: do IV Centenário do
Descobrimento do Brasil à exposição no Museu Paulista1

EDUARDO POLIDORI VILLA NOVA DE OLIVEIRA2


eduardo.polidori@gmail.com

Durante a comemoração paulista do IV Centenário do Descobrimento do Brasil, o


pintor Benedito Calixto inaugurou a tela Fundação de São Vicente, exibida na Escola do
Povo, entre os meses de abril e maio de 1900. No fim do mesmo ano, a tela foi
incorporada ao acervo do recém-inaugurado Museu Paulista, espaço de consagração e
visibilidade para os artistas em fins do século XIX e, ao mesmo tempo, indutor de uma
visão oficial e celebrativa da história de São Paulo. Sua exibição ininterrupta nas
décadas seguintes estimula o desenho de hipóteses sobre a relação entre a concepção
artística e os referenciais historiográficos de Calixto, tomando essa representação do
período colonial como estratégia política de consolidação dos interesses e resolução ou
apagamentos dos conflitos enfrentados pela sociedade paulista finissecular. Propõe-se,
com isso, analisar a tela em relação às exposições do IV Centenário do Descobrimento
do Brasil, em São Vicente, e das salas B-11 (1900-1917) e A-10 (1917-1939), no Museu
Paulista.

Palavras-chave: Fundação de São Vicente; Benedito Calixto de Jesus; Museu Paulista;


IV Centenário do Descobrimento do Brasil; Pintura Histórica.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “Fundação de São Vicente, de Benedito
Calixto: concepção, musealização e apropriação (1900-1932)”, orientada pelo Prof. Dr. Paulo César
Garcez Marins, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação Interunidades em Museologia da
Universidade de São Paulo, com financiamento pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo, processo nº 2016/14582-0.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3218037760418743

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Visões de ateliês: relatos e descrições publicadas na imprensa do final
do século XIX no Brasil1

MARIA ANTONIA COUTO DA SILVA2


mariancouto@gmail.com

Na pintura do final do século XIX no Brasil poucas obras trazem representações do


pintor em seu ateliê. Por outro lado, na imprensa da época os ateliês de artistas foram
objeto de vários artigos, principalmente nas duas últimas décadas do século XIX.
Articulistas, críticos de arte e também literatos trataram em seus textos da descrição dos
ateliês e comentaram as obras mais recentes dos pintores que visitaram, contribuindo
para a construção da imagem do artista. Pretendo analisar alguns textos que trataram do
ateliê como local de convívio social e de comercialização de obras e também abordar,
em especial, de duas visões de ateliês de artistas. A primeira foi expressa em textos
sobre os pintores paisagistas, onde o destaque foi dado às cercanias e às paisagens
escolhidas. Outra questão a ser comentada é o relato de um escritor que procura, por
meio da descrição do atelier de Amoedo, traçar uma espécie de retrato moral do artista,
e no qual foram destacadas em várias obras a paleta estudada, com cores muito
elaboradas, exaltando, assim, o atelier como ambiente no qual o crítico de arte teria a
oportunidade de observar várias obras reunidas de um mesmo autor, concluídas ou não,
e inclusive de analisar a maneira de elaboração das mesmas.

Palavras-chave: Arte; Brasil; Século XIX.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de pós-doutorado intitulada “Artistas, Críticos e Público:
eventos expositivos na década de 1890” com supervisão do Prof. Dr. Alexander Miyoshi, desenvolvida no
Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade Federal de
Uberlândia (IARTE-UFU). A autora é bolsista do programa PNPD-CAPES.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1935592012117318

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Um breve olhar sobre a temática do ateliê do artista nos “salons”
parisienses1

NATÁLIA CRISTINA DE AQUINO GOMES2


natalia.aquinog@gmail.com

Está comunicação trabalhará com alguns apontamentos elaborados, a partir da consulta


aos Catálogos Ilustrados dos Salons (Société des artistes français), disponíveis para
consulta online, através da biblioteca digital Gallica, pertencente à Biblioteca Nacional
da França. Nestes catálogos, ao todo 28 números, que dizem respeito aos anos de 1879 a
1907, procuramos identificar a presença da temática do ateliê do artista na lista de obras
expostas e também nas gravuras de algumas delas presentes ao longo das edições anuais
destes salões. Interessa-nos identificar essa representação, pois se relaciona ao tema que
norteia nossa pesquisa de mestrado iniciada este ano, no PPGHA-UNIFESP, sob
orientação da Profa. Dra. Elaine Dias e apoio e financiamento da FAPESP. Em nosso
estudo, analisamos alguns retratos de artistas brasileiros e de estrangeiros que se
fixaram no Brasil e foram retratados por outro artista no ateliê ou com atributos que o
vinculam ao ofício. Sabe-se que muitos destes artistas tiveram a oportunidade de estudar
ou visitar o exterior, por meio de premiações ou com recursos próprios, e nesta incursão
também frequentaram os salons parisienses e puderam admirar tais produções que
podem, em alguma medida, se relacionar com as obras estudadas em nossa pesquisa.

Palavras-chave: Ateliê; Artistas; Catálogos; Representação; Salões.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “Retrato de artista no ateliê: a
representação de pintores e escultores pelos pincéis de seus contemporâneos no Brasil (1878-1919)”,
orientada pela Profa. Dra. Elaine Dias, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História da Arte
da Universidade Federal de São Paulo. A pesquisa conta com o apoio e financiamento da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP (Processo: 16/26221-1).
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1594049463362035

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Almeida Júnior entre a crítica, a clientela e o “moderno” no final do
séc. XIX1

WESLEI ESTRADIOTE RODRIGUES2


weslei.rodrigues@usp.br

Este trabalho tem como objetivo pensar alguns aspectos fundamentais da arte no final
do século XIX no Brasil, sobretudo em São Paulo, a partir da produção e da atuação do
pintor José Ferraz de Almeida Júnior. Para isso, parte-se de uma discussão sobre as
categorias colocadas em jogo em alguns embates que se deram entre artistas e a crítica
de periódicos (que então se especializava). O intuito é poder notar a pressão que essas
categorias (de “artista moderno” e “artista acadêmico”, sobretudo) exerceram sobre os
modos de ver e perceber a arte para em seguida poder situar algumas tomadas de
posição. Com isso posto, a reflexão avança com um olhar de relance sobre o crescente
papel da crítica e o lugar assumido pelo pintor Almeida Júnior em sua relação com
críticos e clientela, tendo em conta o contexto de transformações mais amplo, na
política, na economia e na dinâmica social.

Palavras-chave: Almeida Júnior; Crítica de Arte; Clientela; Elite Paulista; Moderno.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de doutorado intitulada “Modernidades Friccionadas: Os
campos artísticos de fins do séc. XIX no Brasil e em Portugal comparados a partir das obras de Almeida
Júnior e José Malhoa”, orientada pelo Prof. Dr. Luiz Carlos Jackson, desenvolvida no Programa de Pós-
Graduação em Sociologia da Universidade de São Paulo (PPGS-USP), com financiamento do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1832251159518412

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A Capela do Santíssimo da Igreja de Nossa Senhora da Consolação
Através de Benedito Calixto: Aproximações e Distanciamentos
Historiográficos1

KARIN PHILIPPOV2
philippov@uol.com.br

No ano de 1918, Benedito Calixto de Jesus (1853-1927) executa a encomenda de um


conjunto de seis óleos sobre tela de grande formato para a Capela do Santíssimo da
Igreja de Nossa Senhora da Consolação, em São Paulo. O conjunto executado por
encomenda de Dom Duarte Leopoldo e Silva consiste em quatro telas de santos e duas
cenas bíblicas extraídas do Evangelho de São Lucas, a saber: “A Caminho de Emaús”,
“Ceia em Emaús”, “São Boaventura”, “São Tomás”, “São Tarcísio” e “Santa Clara”. A
partir da identificação de cada um dos temas salienta-se a necessidade de analisar e
problematizar tal encomenda à luz da historiografia da arte, que não contempla a
produção religiosa de São Paulo no período anterior à Semana de Arte Moderna de
1922. Dessa maneira, a presente comunicação visa compreender os mecanismos de
aproximação e distanciamento historiográfico da obra calixtiana, considerando-se a
construção de uma modernidade junto à Igreja Romanizadora, ou seja, observando-se a
tentativa de uma linguagem moderna na recém-construída Igreja da Consolação, cuja
planta neorromânica de Maximilian Emil Hehl insere no espaço urbano um novo
conceito de modernidade, que também pode ser visto nas pinturas religiosas de Calixto.
Palavras-chave: Benedito Calixto; Arte Religiosa; Igreja; Romanização; Historiografia
da Arte.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de Pós-Doutorado intitulada “O ciclo iconográfico de Benedito
Calixto de Jesus na Capela do Santíssimo da Igreja de Nossa Senhora da Consolação em São Paulo e o
mecenato religioso de Dom Duarte Leopoldo e Silva: circulação e transferências culturais”,
supervisionada pela Profa. Dra. Angela Brandão, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em
História da Arte da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São
Paulo, sem bolsa.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9353654916050752
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Pintura colonial mineira do século XVIII: para uma instrução sobre as
vaidades1

ANDREIA DE FREITAS RODRIGUES2


cfrod2016@gmail.com

A presente comunicação aborda, ainda que de modo breve, a análise de algumas


imagens de vanitas no contexto histórico-artístico das Minas Gerais ao longo do século
XVIII, principalmente. Diante de um tema com características tão amplas, tomarei
como exemplo um conjunto de motivos emblemáticos localizado no forro em caixotão
da capela lateral da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Sabará,
considerado significativo para a explanação pretendida e assim proponho a discussão de
termos e conceitos vinculados àquela concepção da vaidade, tais como memento mori,
quotidie morimur, desengano, assim como a investigação das relações entre vanitas,
morte, tempo.

Palavras-chave: Vanitas; Morte; Desengano; Emblema.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de doutorado intitulada “Os espaços coloniais e a vaidade em
Minas Gerais”, orientada pela Profa. Dra. Maria Cristina Louro Berbara, desenvolvida no Programa de
Pós-Graduação em Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0880541257889584

61 Universidade Federal de São Paulo


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A escultura portuguesa de São Benedito em Santos: um exemplo da
ressurgência de um modelo iconográfico e das modificações estilísticas
na produção de arte religiosa do século XIX

JOYCE FARIAS DE OLIVEIRA1


jo_farias4@yahoo.com.br

Esta proposta consiste na análise de uma escultura portuguesa, de madeira policromada


de São Benedito adquirida no século XIX pela irmandade deste padroeiro na cidade de
Santos. Assim, a discussão visa pontuar alguns aspectos que enredam um cenário de
modificações da produção religiosa no século XIX. Tanto por aspectos muito
específicos sobre esta peça, como no caso das referências iconográficas, que apontam
para uma remodelação da representação do santo preto. Como por aspectos que definem
um campo mais ampliado do contexto histórico desta peça, como os indicativos de uma
transição estilística da produção de esculturas de cunho religioso deste período. Deste
modo, a escultura analisada possibilita recuperar dados e discursos que ajudam esboçar
um cenário de rupturas e permanências. São essas forças divergentes que caracterizam a
excepcionalidade desta obra, que acopla tanto as marcas de transição estilística do
século XIX, assim como a permanência do discurso do século XVIII que definiu regras
para representação de santos pretos no catolicismo.

Palavras-chave: São Benedito; Comércio; Escultura; Arte Religiosa; Negro; Santos.

1
Mestre em História da Arte pela Universidade Federal de São Paulo.
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7114630933083446

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Quando a imagem revela o impossível: estudo de representações
funerárias prospectivas romanas1

JAQUELINE SOUZA VELOSO2


jaqueveloso@yahoo.com.br

A presente comunicação versa acerca de dois altares funerários realizados no século I


d.C e dedicados à crianças o de Sulpicius Maximus e o de Iulia Victorina. O de
Maximus pertence a um menino morto com onze anos e atualmente encontra-se no
Museu Capitolino. Ele e Iulia compartilham o fato de serem representados mais velhos
do que na idade que morreram. O altar de Iulia tem duas faces opostas e em uma delas
mostra o rosto da menina ainda criança e na outra como uma jovem adulta. Pela
qualidade da execução fica claro que a escolha nos casos de Maximus e de Iulia não se
trata de um erro de ateliê, mas de uma ferramenta retórica. Esse estudo procura
compreender que possíveis mensagens intentavam ser veiculadas pela representação
prospectiva de uma criança em um altar funerário. As diferenças de gêneros das
crianças implicam em muitos aspectos em diferentes mensagens, ainda que o recurso
retórico da imagem prospectiva seja repetido em ambos. Além disso, há
particularidades em cada uma das imagens que não se repetem na outra, mas que serão
abordadas como a associação divina nas imagens de Iulia Victorina e os elementos que
associam Maximus a um orador.

Palavras-chave: Morte; Roma; Infância.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “Análise do Altar Cinerário de Iulia
Victorina”, orientada pela Profa. Dra. Maria Cristina Louro Berbara, desenvolvida no Programa de Pós-
Graduação em Arte e Cultura Contemporânea da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4700313841201590

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Algumas reflexões sobre o estudo de Arte Antiga na
contemporaneidade1

NANCY MARIA ANTONIETA BRAGA BOMENTRE2

na-bomentre@uol.com.br

A presente comunicação visa apresentar breves considerações a respeito da pertinência


do estudo da arte da Antiguidade nos dias de hoje. Busca trazer alguns tópicos de como
esta arte foi recebida, estudada e escrita ao longo do tempo e como é recebida,
compreendida e avaliada nos dias atuais, tanto nos meios acadêmicos, como ferramenta
de uso político e, ainda pelo público em geral.

Palavras-chave: Arte da Antiguidade; História; Recepção; Estudo.

1
Esta comunicação é decorrente dos estudos em História da Arte da Antiguidade no âmbito da pesquisa
de mestrado “O feminino etrusco revisitado: a questão de gênero na arte parietal”, sob orientação do Prof.
Dr. José Geraldo Costa Grillo, no Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade
Federal de São Paulo. A pesquisa recebe fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo, Processo FAPESP nº 2017/02240-0.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6400162356185324

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Angélica Acorrentada de Ingres no MASP1

CAMILA DE MELLO CARNELÓS ROSA2


rosa.camila.mc@gmail.com

O objetivo deste trabalho é discutir o nu feminino nas obras do pintor francês Jean-
Auguste-Dominique Ingres a partir do quadro Angélica Acorrentada (1859) e das telas
com a mesma temática realizadas pelo artista. Conjuntamente, a pesquisa discute sobre
Angélica, personagem do poema épico Orlando Furioso de Ludovico Ariosto, com o
propósito de uma melhor compreensão da representação desta na(s) tela(s) em estudo. O
trabalho também analisa as diversas influências presentes nas obras de Ingres, a questão
da renovação plástica que o pintor trouxe ao século XIX e o seu legado.

Palavras-chave: Ingres; Nu Feminino; Século XIX; Pintura; Arte Francesa.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “Angélica Acorrentada de Ingres no
MASP”, orientada pelo Prof. Dr. André Luiz Tavares Pereira, desenvolvida no Programa de Pós-
Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8388403811351261

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Arthur Timotheo da Costa (1882-1923): Ensaio de Catálogo de um
artista afro-brasileiro do oitocentos1

SIMONE DE OLIVEIRA SOUZA2


simone.unifesp@hotmail.com

Esse trabalho tem por objetivo fazer uma primeira sistematização das obras de Arthur
Timotheo da Costa (1882 – 1922), um “artista negro” do oitocentos que participou
ativamente da história da arte brasileira. A compilação das informações de diferentes
fontes sobre a vida e percurso do artista e a organização da sua produção artística em
um ensaio de catálogo visam proporcionar o conhecimento mais amplo dessa produção
e ainda fomentar pesquisas que possam traçar leituras diversas a respeito da obra do
próprio artista e de sua contribuição para a arte brasileira.

Palavras-chave: Pintores Negros; Pintura – Brasil; Timotheo; Arthur; 1882-1922.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa realizada para conclusão do Curso de História da Arte da
Unifesp intitulada “Arthur Timotheo da Costa (1882-1923): Ensaio de Catálogo de um artista afro-
brasileiro do oitocentos (2016)”, orientada pela Profa. Dra. Letícia Coelho Squeff, desenvolvida no Curso
de Graduação de História da Arte da Unifesp.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4579205159884461

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Maria Pardos e o Museu Mariano Procópio: relações de memória1

VALÉRIA MENDES FASOLATO2


mendesfazolatto.valeria@gmail.com

Maria Pardos (186?- Zaragoza, Espanha / 1928 Rio de Janeiro, Brasil) pertence ao
grupo de mulheres que, no início do séc. XX, exibiram suas obras nas Exposições
Gerais de Belas Artes (EGBA), desejosas de serem reconhecidas pelos pares, das quais
pouco se conhece. De origem espanhola, em 1891 se fixou no Brasil, destacando-se
como discípula de Rodolpho Amoedo ao lado de Regina Veiga. Participou das EGBA
por seis vezes consecutivas, entre os anos de 1913 e 1918, recebendo quatro prêmios
(Menção honrosa de primeiro grau – 1913; Medalha de Bronze – 1914; Pequena
Medalha de Prata – 1915 e o prêmio em dinheiro de 500$000 – 1918). A artista doou
264 trabalhos, datados do final do séc. XIX e início do XX, para o Museu Mariano
Procópio (MMP), fundado, em 1921, por seu companheiro Alfredo Ferreira Lage,
sendo: 217 desenhos e 47 pinturas. Pretende-se comunicar resultados da pesquisa de
doutorado disposta a catalogar a produção artística de Maria Pardos presente no MMP,
considera o contexto artístico brasileiro e objetiva cooperar com a construção da
memória de Maria Pardos e com a história das mulheres artistas do período devido à
lacuna existente.

Palavras-chave: Maria Pardos; Museu Mariano Procópio; Arte brasileira; Gênero;


Pintura.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de doutorado intitulada “A catalogação da produção Artística de
Maria Pardos”, orientada pela Profa. Dra. Maraliz de Castro Vieira Christo, desenvolvida no Programa de
Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Juiz de Fora. Bolsista Capes.
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Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4685646932906084

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Imagens de ordem: as bandeiras de Flávio Motta e Nelson Leirner em
19671

CAROLINA BARBOSA DE MELO2


carolinabarmell@gmail.com

O texto aborda as bandeiras em cetim apresentadas em dezembro de 1967, na Galeria


Atrium, São Paulo, na exposição intitulada “Bandeiras”, proposta pelos artistas paulistas
Flávio Motta (1923-2016) e Nelson Leirner (1932). Apresenta também a continuação
deste evento que, em dezembro do mesmo ano de 1967, culminou em ação performática
no cruzamento da Rua Augusta com a Avenida Brasil, em São Paulo, onde os artistas
hasteavam e vendiam as mesmas bandeiras expostas na galeria. Por fim, o texto
apresenta a repercussão e resposta carioca, a este acontecimento de 1967, quando, ainda
no início de 1968 é organizada uma nova ação performática, desta vez composta por
diversas bandeiras de diversos artistas, dentre estas a bandeira que virou ícone do
momento, a bandeira “Seja Marginal, seja herói”, proposta por Hélio Oiticica.

Palavras-chave: Flávio Motta; Nelson Leiner; Helio Oiticica; Ação Performática;


Ativismo; Década de 1960.

1
Essa comunicação faz parte da dissertação de mestrado intitulada “Flávio Motta - percursos entre o
disciplinar e o indisciplinar”, orientada pelo Prof. Dr. Pedro Fiori Arantes, desenvolvida no Programa de
Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo e concluída em abril de 2017.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7829610683777593

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O tarô e a importância das produções artísticas na corte dos Visconti1

LIGIA BALESTRA VASCONCELOS2


libalestra@gmail.com

O tarô Visconti-Sforza, encomendado inicialmente por Filippo Maria Visconti no


Quattrocento de Milão, faz parte de um universo de objetos artísticos característicos das
cortes desse período e que transparecem a importância das imagens. Junto ao
desenvolvimento e urbanização das cidades italianas tardo-medievais, surgiu a relação
de vizinhança e um novo comportamento ideal a ser seguido pela elite e burguesia.
Acompanhando essas normas, no século XV, o gosto pelas artes e objetos luxuosos
passou a representar a corte e a ser símbolo de status social. É nesse contexto que,
através de uma política de expansão, a família Visconti impulsionou a produção artística
como forma de reafirmação de sua soberania e poder, visíveis, entre outros objetos, nas
cartas de tarô.

Palavras-chave: Arte de Corte; Arte Italiana século XV; Arte Tardo-medieval; Corte
dos Visconti; Tarô Visconti-Sforza.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “o TARÔ Visconti-Sforza como espaço
de relações e transferências do século XV italiano”, orientada pela Profa. Dra. Flavia Galli Tatsch,
desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo
e financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e CAPES processo
nº 2016/03261-8.
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Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6250274448765202

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Inferno: Uma nova Topografia1

PAULO DE TARSO COUTINHO VIANA DE SOUZA2


paulodetarso@iar.unicamp.br

O inferno ocupa um lugar no imaginário das pessoas e das religiões. Estudar as


dimensões desta crença, é uma forma de se estudar de que forma esta crença é
construída. Todas as religiões possuem, de alguma forma, um local de punição.
Pesquisar estas representações é uma forma de compreender como as religiões
funcionam. Dante em sua obra, não especificou de que maneira os diferentes círculos
são acessados, esta pesquisa procura mostrar de que forma uma nova topografia poderia
solucionar este problema. As inúmeras representações do Inferno de Dante, não deixam
claro, a caminhada de Virgílio e Dante pelos nove círculos infernais. É evidente que está
não era uma preocupação do poeta, mas o pesquisador tem o dever de procurar uma
solução para o poema, que não desagrade o escritor desta obra magnifica. Calcular a
trajetória do sol, saber que é uma estrela de magnitude -26,74, em nada tira a beleza de
um pôr de sol.

Palavras-chave: Dante Alighieri; Inferno; Arquitetura; Divina Comédia; Topografia.

1
Esta comunicação faz parte da pesquisa de doutorado “Inferno: uma nova topografia”, orientada pelo
Prof. Dr. Haroldo Galo, a ser desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da
Universidade de Campinas, a partir de agosto de 2016.
2
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4234456547901073

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A representação musical no Inferno de Hieronymus Bosch: escrita e
torturas musicais1

GRASIELA PRADO DUARTE2


grasidoliveira@hotmail.com

O estudo analisa um escrito partiturado contido especificamente no Inferno (painel


lateral) do tríptico “Juízo Final” (1482) de Hieronymus Bosch, e seus aparentes efeitos
de tortura nos condenados existentes nestes Infernos. A pesquisa parte da região dos
Países Baixos no período Tardo Medievo, do artista e da obra citada, para mais
especificamente nos situarmos no Inferno criado por Bosch, onde observamos uma
peculiar forma de tortura dos sentenciados, a tortura musical. É possível a leitura parcial
destes pequenos excertos musicais partiturados, conforme a escrita da época, e desta
forma é feita a análise da composição e a possível decifração do por que foram
colocadas neste propósito, além de nos valermos também dos instrumentos musicais
encontrados neste painel lateral sendo manipulados pelos demônios, deixando evidente
a função de tormento sonoro, visto que estão no Inferno sendo castigados. Faremos uma
pequena abordagem comparativa sobre a forma de partituração e composição utilizadas
em relação à música do período e da região de Flandres de onde se originou o tríptico.
As fontes de pesquisa abordadas neste estudo contam também com obras especializadas
no meio infernal, diabólico e na temática apocalíptica cristãs do período proposto.

Palavras-chave: Inferno; Música; Hieronymus Bosch.

1
Essa comunicação faz parte da pesquisa de mestrado intitulada “A representação da figura do Diabo no
tríptico “Juízo Final” (1482) de Hieronymus Bosch”, orientada pela Profa. Dra. Flavia Galli Tatsch,
desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo.
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Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9898915692011046

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