Você está na página 1de 22

esse,

um título sem livro

Luthier Blisset*
a pata do cavalo é veloz,
e a língua do bardo é ligeira

O Livro de Dede Korkut


esses olhos rasgados
, originária visão
natureza feita delicadeza
conflitos cintilam ao sol do apocalipse
um deslize nos aproxima,
vagueamos
BR/DEZ8
o ra-tá-tá
do oiapoki
ao chuí
I can´t hide
ansejo rodear-me
o ar pra se libertar paira
em qualquer incerteza
que seja vereda
trôpego
o ego
se esgarça
‘Tu Alma y La Ajena
alfarrabista mostra ao declarado depressivo:
- letras há para renovar nosso hábito!
leva alegria, não leva tristeza..
te dou até um desconto nela!
procuras o silêncio
para meu desejo, mouco
tua querência auscultar
o céu banha-se
com a lama
de Brahma
1492:
o início dos atropelos
como desbravar agora
a sombra das horas
nessa peça tácita
a dádiva da vida

seu respirar se perdeu


e eu levito
o sentimento,
volta aberta
portas adentro
- fritar
como se não houvessem icebergs
nesse deserto de ideias chamado seu coração
saí pisando seco a amaciar o sangue seco
- libertei-me
nossa,
sem óculos
você parece Deus
essa luz
que me faísca:
pura isca
o futuro,
coletânea dos passados
tendo a desconfiar dos lustres
brilhos desfocam
luzes desviam
estamos em correntes dissonantes
eu 110
todo o resto a 220
precisamos um transformador onírico
*/todxs podem ser Luthier Blisset

esse, um título sem livro. Blisset, Luthier

esse, um livro sem lugar, sem editora, sem data

( - prestigie a poesia anônima do cotidiano )

Você também pode gostar