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Faculdade SENAI CIMATEC

Engenharia Elétrica

Eletromagnetismo

Valmiro J. Rangel
Dipolo Elétrico e as Linhas de Fluxo
Densidade de Energia em Campos Eletrostáticos
Correntes de Convecção e de Condução
Condutores
Polarização em Dielétricos
Dielétricos Lineares, isotrópicos e homogêneos
Equação da Continuidade e Tempo de Relaxação
Condições de Fronteira
Teorema da Unicidade
Resistência e Capacitância
Método das Imagens
O Dipolo Elétrico e as Linhas de Fluxo
• Duas cargas pontuais de igual magnitude e sinais
opostos separadas por uma pequena distância.
O Dipolo Elétrico e as Linhas de Fluxo
• Campo Elétrico devido a um dipolo com centro na origem:

• Para um monopolo E varia inversamente com r2 e V varia


inversamente com r, para o dipolo com r3 e r2.
O Dipolo Elétrico e as Linhas de Fluxo
• Uma linha de fluxo é uma trajetória ou linha imaginaria
desenhada de tal modo que sua orientação em qualquer
ponto é a orientação do campo elétrico nesse ponto.

Em uma Superfície
Equipotencial

• VA-VB=0, nenhum trabalho é • Linhas para as quais o vetor


realizado para movimentar densidade de fluxo elétrico é
uma carga de um ponto a tangencial em cada ponto.
outro.
Densidade de Energia em Campos Eletrostáticos
• Quantidade de trabalho para reunir três cargas em uma região
inicialmente vazia.
Densidade de Energia em Campos Eletrostáticos

• Para distribuições de carga:

• Linha de Carga

• Superfície de Carga

• Volume de Carga

• Densidade de Energia Eletrostrática


Correntes de convecção e de Condução
• Corrente através de uma área é quantidade de carga que
passa através dessa área por unidade de tempo.

• Densidade de corrente: • Se I não for normal à superfície

• Corrente total atravessando


a superfície S.
Correntes de convecção e de Condução
• A densidade de corrente em um dado ponto é a corrente
através de uma área unitária normal àquele ponto.
• A corrente de convecção não envolve condutores e por isso
não satisfaz a lei de Ohm.
• Fluxo de cargas através de um meio isolante.
Correntes de convecção e de Condução
• Condutores caracterizados por uma grande quantidade de
elétrons livres que promovem a corrente de condução ao
serem impulsionados por E.

• Elétron de massa m que se move em E com uma velocidade


média de deriva u, a variação média do momentum do elétron
livre de ser igual à força aplicada:
• tempo médio entre as
Ʈ
colisões
• u proporcional a E

• n elétrons por unidade de volume:


• σ=ne2 Ʈ /m é a
condutividade do
condutor.
Condutores
• Um condutor perfeito:
o σ= ∞
o Não pode conter um campo elétrico
o É um corpo equipotencial
• Sob condições
estáticas.
Condutor Perfeito
• Magnitude do Campo elétrico
uniforme aplicado

• Potência é a taxa de variação da • Densidade de Potência.


energia W ou força vezes
velocidade:
• Condutor com seção
uniforme.

• Lei de Joule
Polarização em Dielétricos
• N dipolos no volume Δv • Polarização: momento do
dipolo por unidade de
volume.

• Maior efeito de E a
geração de momentos de
dipolo alinhados na
direção de E.

• Dielétrico apolar.
Polarização em Dielétricos

• Quando a polarização ocorre uma


densidade volumétrica de cargas se
forma no dielétrico e uma densidade
superficial se forma sobre a superfície.
Polarização em Dielétricos
• Cargas sobre a superfície S • Cargas no interior da superfície S

• Constante dielétrica
• Rigidez dielétrica

• O efeito do dielétrico sobre o campo E é o de


aumentar o D uma quantidade P (densidade
de fluxo maior que no espaço livre).

• Xe, susceptibilidade
elétrica
Dielétricos Lineares, Isotrópicos e Homogêneos

• Material linear se D varia linearmente com E.


• Se ε (ou σ) não varia na região que está sendo considerada
(independe de x, y e z) o material é homogêneo.
• Materiais nos quais D e E estão na mesma direção são
isotrópicos (as mesmas propriedades em todas as direções).

• Para materiais
anisotrópicos D, E e
P não são paralelos.
Equação de Continuidade e Tempo de Relaxação
• Principio de conservação da
carga. • Tr, tempo de relaxação.
• Tempo que uma carga
no interior de um
material leva para decair
a 36,8% de seu valor
inicial.
• Curto para bons
condutores e longo para
dielétricos.
• ρvo densidade de carga
inicial.
• Introdução de cargas
gera um decréscimo na
densidade volumétrica
de cargas.

• Equação da continuidade da
corrente
Condições de Fronteira
• Campo em uma região formada por dois meios diferentes.
• Condições que o campo satisfaz entre dois meios são
chamadas de condições de fronteira.

• Equações de Maxwell

• Decompor o campo E
em duas componentes
ortogonais.
Dielétrico - Dielétrico
Dielétrico - Dielétrico

• Lei de refração do
campo elétrico
Condutor - Dielétrico
Condutor - Dielétrico
• Não existe campo elétrico no interior de um
condutor: ρv = 0 e E=0
• Já que E=-∇V=0, não pode existir diferença de
potencial entre dois pontos no interior de um
condutor
• Pode existir um campo elétrico E externo ao
condutor e normal à superfície.
Dt=εoεrEt=0 e Dn=εoεrEn=ρS
• Aplicado no isolamento ou na blindagem
eletrostática
Condutor Espaço Livre
• Campo elétrico externo ao condutor e normal à superfície.
• εr=1

Dt=εoEt e Dn=εoEn= ρs
Equações de Laplace e de Poisson
• Determinar E usando Lei de Coulomb (carga
conhecida) ou Lei de Gauss (V conhecido).

• Equação de
Poisson

• Equação de
Laplace
Operador Laplaciano ∇ 2
Teorema da Unicidade
• Se uma solução da equação de Laplace que
satisfaça as condições de fronteira pode ser
encontrada, então a solução é única.

• Para solucionar problemas de valor na fronteira:


– A equação diferencial apropriada
– A região de interesse para a solução
– As condições de fronteira a serem satisfeitas
Solução da equação
de Laplace ou de Poisson
• Laplace se ρv = 0 ou Poisson se ρv ≠ 0, usando integração
direta quando V é uma função de uma variável ou
separação de variáveis se V é função de mais de uma
variável.
• Aplicar as condições de fronteira para determinar uma
solução única de V.
• Com V, encontrar E usando E=-∇V e D a partir de D= εE, e
J a partir de J=σE.
• Q induzida em um condutor, Q=∫ρsdS, ρs=Dn. C=Q/V ou
R=V/I, com I= ∫J·dS
Resistência e Capacitância
• Cálculo de R ou (G, condutância) para condutores
de seção transversal não uniforme
• Escolher sistema de coordenadas apropriado
• Considerar Vo como a diferença de potencial entre
terminais condutores
• Resolver Laplace ∇2V para obter V, E solucionando
E=-∇V e I com I=∫σE·dS
• R=Vo/I
Resistência e Capacitância
• Todas as linhas de fluxo que saem de um condutor
terminam no outro.
Resistência e Capacitância

• Assumir Q e determinar V em termos de Q


(utilizando a Lei de Gauss)

• Assumir V e determinar Q em termos de


V (utilizando a resolução da equação de
Laplace)
Capacitância
• Escolher um sistema de coordenadas apropriado.

• Atribuir às duas placas condutoras Q+ e Q-

• Determinar E usando a Lei de Coulomb ou a Lei de


Gauss e V a partir de V=-∫E·dl

• C a partir de C=Q/V
Capacitor de Placas Paralelas
• Placas de área S separadas por uma distância d
(muito pequena comparada com as dimensões,
capacitor ideal).
• A placa 1 carregada com carga Q+ e placa 2 com
Q- com ρS=Q/S.
Capacitor de Placas Paralelas
• Dielétrico homogêneo com permissividade ε
Capacitor Coaxial
• Cabo coaxial ou capacitor cilíndrico coaxial.
• Comprimento L, raio interno a e raio externo b
(b>a).
• Condutores 1 e 2 carregados com Q+ e Q-.
Capacitor Coaxial
• Aplicando Lei de Gauss em uma superfície
gaussiana arbitrária cilíndrica de raio ρ(a< ρ<b)
Capacitor Esférico
• Dois condutores esféricos concêntricos
• Esfera interna de raio a e esfera externa de raio b
(b>a)
• Cargas Q+ e Q- sobres as esferas interna e
externa respectivamente.
Capacitor Esférico
• Aplicando a Lei de Gauss sobre uma
superfície gaussiana esférica de raio r (a<r<b):
Resistência e Capacitância

Capacitor de Placas Paralelas Capacitor Esférico

Capacitor Cilíndrico Condutor Esférico Isolado


Método das Imagens
• Método para determinar V, E, D e ρS associados a
cargas na presença de condutores.
• Por esse método se evita resolver a equação de
Laplace ou de Poisson pelo fato de que uma
superfície condutora é equipotencial.
Método das Imagens

Duas condições devem ser satisfeitas:


• A(s) carga(s) imagem deve(m) estar
localizada(s) no interior da região
condutora

• A(s) carga(s) imagem deve(m) estar


localizada(s) de tal modo que o potencial
na superfície condutora seja zero ou
constante
Carga Pontual Próxima de um
Plano Condutor Aterrado
Carga Pontual Próxima de um
Plano Condutor Aterrado
Carga Pontual Próxima de um
Plano Condutor Aterrado
Carga total induzida sobre o plano condutor:
Linha de Carga Próxima de um
Plano Condutor Aterrado
Linha de Carga Próxima de um
Plano Condutor Aterrado

• Carga superficial induzida sobre o plano


condutor

• Carga induzida por unidade de


comprimento
Método das imagens
Método das imagens
Método das Imagens
Método das Imagens
Muito Obrigado!!!!

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