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Gêneros literários.

O conceito de gêneros literários implica uma organização do universo geral de textos


em um universo mais delimitado que possa permitir ao leitor uma certa pré-compreensão
deste universo ou servir como uma espécie de guia para o leitor.

A classificação da literatura em gêneros, como toda classificação, é feita a partir de


determinados critérios. Como na atualidade geralmente se admitem duas classificações para
os gêneros literários, isto significa que podem ser tomados dois critérios distintos como base
para a determinação do gênero a que pertence uma obra. Um critério, baseado no fator ritmo,
permite a divisão do universo da produção literária em dois gêneros, chamados de prosa e
poesia; o outro, baseado no fator história, permite a divisão em três gêneros, chamados lírico,
narrativo e dramático. Na poesia, a construção do ritmo ganha um relevo especial,
constituindo-se em elemento-chave da feição artística do texto. A estrutura em versos e com
sílabas métricas pode contribuir para enfatizar o ritmo.

A classificação da literatura em gêneros, como toda classificação, é feita a partir de


determinados critérios. Um critério, baseado no fator ritmo, permite a divisão do universo da
produção literária em dois gêneros, chamados de prosa e poesia. Na poesia, a construção do
ritmo ganha um relevo especial, constituindo-se em elemento-chave da feição artística do
texto. A estrutura em versos e com sílabas métricas pode contribuir para enfatizar o ritmo.

O número de sílabas métricas é um dos critérios para a classificação dos versos. Os


versos que apresentam de uma a doze sílabas têm designações específicas, além de serem
mais comuns: monossilábicos, dissilábicos, trissilábicos, tetrassilábicos, pentassilábicos ou de
redondilha menor, hexassilábicos ou heroicos quebrados, heptassilábicos ou de redondilha
maior, octossilábicos, eneassílabos, decassilábicos, hendecassilábicos, do decassilábicos ou
alexandrinos.

Os versos que possuem treze ou mais sílabas são genericamente chamados versos
bárbaros. Rima é a coincidência de fonemas, geralmente a partir da vogal tônica e no final dos
versos. As rimas em que todos os fonemas coincidem, a partir da vogal tônica, são chamadas
consoantes; já as rimas em que só coincidem as vogais tônicas, ou os fonemas vocálicos a
partir da vogal tônica, são chamadas toantes ou assonantes. Quanto à sua categoria, as rimas
também podem ser classificadas como pobres, ricas, raras ou preciosas. Quanto à sua
disposição na estrofe, as rimas podem ser emparelhadas, alternadas, interpoladas, misturadas.
O termo estrofe ou estância é o nome que recebem os agrupamentos de versos dispostos no
poema.

Graficamente, as estrofes aparecem separadas entre si por um espaço em branco, uma


entrelinha maior do que as entrelinhas que separam os versos uns dos outros. Lembrando das
definições sintéticas: Poesia – é um gênero literário, que se distingue da prosa pela presença
marcante do elemento ritmo; Poema – é toda composição literária pertencente ao gênero da
poesia; Verso – é o "período rítmico que se agrupa em séries numa composição poética",
(CUNHA, 1970, p. 156), ou, por outras palavras, é cada linha do poema.
Gêneros dramáticos e narrativos.

As espécies narrativas podem apresentar-se em verso ou em prosa. A mais destacada


espécie narrativa em verso chama-se epopeia, longo poema narrativo de assunto heroico e
nacional, em tom solene e elevado. Como a epopeia é historicamente a primeira modalidade
narrativa que surgiu (a data de seu aparecimento pode-se recuar até o século X a.C.
aproximadamente, época provável das epopeias gregas: llíada e Odisseia), o gênero narrativo
é também chamado gênero épico. Teoria da Literatura I | Gêneros literários: a prosa e o
sistema tripartido de classificação (lírico, narrativo e dramático).

As espécies narrativas em prosa são as seguintes: a. conto: narrativa em prosa de


extensão mais breve; b. novela: narrativa em prosa, composta de capítulos quase autônomos
entre si, constituindo cada capítulo praticamente uma história completa. Inicialmente de
extensão bem longa, as novelas tendem a condensar-se a partir do século XIX, desde então
sendo caracterizáveis como narrativas em prosa mais longas do que os contos e mais breves
do que os romances; c. romance: narrativa em prosa, constituída de capítulos mais firmemente
interdependentes, se o termo de comparação for a novela, cujos capítulos, como assinalamos,
são praticamente autônomos entre si.

Quanto à extensão, o romance é mais longo do que o conto e usualmente também mais
longo do que a novela (considerando-se a dimensão adotada por esta última espécie do século
XIX em diante). As principais espécies dramáticas são as seguintes: a. tragédia:
originariamente, texto dramático em versos, depois também em prosa, de ação caracterizada
pela intensidade e violência das paixões ou conflitos humanos representados; b. comédia:
texto dramático, inicialmente em versos, mais tarde também em prosa, de ação divertida e
feição humorística; c. auto: na origem, texto dramático em versos, posteriormente também em
prosa, de curta extensão, cujos personagens muitas vezes constituem alegorias (representam
pecados, virtudes, entidades religiosas – anjos, santos, demônios etc.); d. drama: texto
dramático em prosa, em que podem associar-se passagens trágicas e passagens cômicas.
Verificamos que são muito relativas as fronteiras entre prosa e poesia.

Do mesmo modo, os limites entre lírico, narrativo e dramático não são rígidos,
ocorrendo, em todas as obras literárias, uma combinação dos três gêneros nas mais diversas
proporções, embora, de modo geral, apenas um gênero se apresente como dominante em cada
obra.

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