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SEDUC-RS 2013 | Magistério | Professor Estadual | CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS | Prof. Omar Martins | http://profomar.wordpress.com/
1 QUADRO-RESUMO | MÓDULO I | CONTEXTUALISTA
• Cidadania no mundo globalizado.
• Finalidades da educação.
Paulo FREIRE | Edgar MORIN | Antoni ZABALA | Isabel ALARCÃO | Milton SANTOS | José Carlos LIBÂNEO | Guacira Lopes LOURO
FINALIDADES DA EDUCAÇÃO
Segundo Antoni ZABALA, se “a finalidade do sistema educativo é o desenvolvimento de todas as capacidades da pessoa para dar respostas CONHECIMENTO PERTINENTE
aos problemas que a vida em sociedade coloca, os conteúdos escolares devem ser selecionados com critérios que respondam a tais exigências, A escola, todos os nossos saberes, dos nossos alunos e da comunidade
o que comporta uma organização que depende mais da potencialidade explicativa de contextos globais do que a que vem determinada por educativa, precisa ser pensado em busca de um conhecimento que
modelos parcializados em disciplinas. Ao mesmo tempo, o conhecimento científico sobre as características dos processos de aprendizagem vise à autonomia e que aponte os desafios de interpretar nossa
reforça a necessidade de utilizar formas de organização dos conteúdos que promovam o maior grau de significação nas aprendizagens, o que realidade. O mundo, prenhe de tanta riqueza informativa, precisa
implica em modelos integradores nos quais os diferentes conteúdos possam ser situados e relacionados em estruturas complexas de pensamento. urgentemente do poder clarificador do conhecimento: só pensamento
E, do próprio âmbito das ciências, vimos a necessidade de potencializar modelos explicativos que superem a extrema subdivisão do saber”. pode organizar o conhecimento. Para conhecer, é preciso pensar: só
uma cabeça bem-feita é a que é capaz de transformar a informação
em um conhecimento pertinente.
Uma cabeça bem-feita / crítica / responsável / autônoma [...] o Conhecimento pertinente é o que é capaz de situar qualquer
informação em seu contexto e, se possível, no conjunto em que está
Finalidades da EDUCAÇÃO Desenvolvimento de todas as • Cognitivas inscrita. Podemos dizer até que o conhecimento progride não tanto
• Afetivas/Emocionais por sofisticação, formalização e abstração, mas, principalmente,
capacidades necessárias para pela capacidade de contextualizar e englobar. (Edgar MORIN)
uma vida digna e cidadã • Interacionais
• Operativas Assumimos, como fundamental, a compreensão entendida como
conhecimento pertinente, como a capacidade de perceber os objetos,
as pessoas, os acontecimentos e as relações que entre todos se
“Uma cabeça bem-feita” significa que, em vez de acumular o saber, é mais estabelecem. (Isabel ALARCÃO)
importante dispor ao mesmo tempo de:
- uma aptidão geral para colocar e tratar os problemas;
- princípios organizadores que permitam ligar os saberes e lhes dar sentido”.
Edgar MORIN Necessidade de superar:
• Reducionismos;
• Extrema subdivisão do conhecimento;
• Informação tratada como “conhecimento”.
Processo DIALÉTICO
~ Informação não é conhecimento. ~
- APRENDIZAGEM
Dados não mobilizados. Trabalhados como
LAR ECIMENTO - EMANCIPAÇÃO
TIZAÇÃO - DIÁLOGO - ESC
CLARIFICAÇÃO - PROBLEMA
“conhecimento”, “verdade” pelos grupos dominantes.
IMENTO -
SUPERAÇÃO - DESENVOLV
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QUADRO-RESUMO | MÓDULO II | EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE 2
• Desenvolvimento e crise ambiental: O dilema da sociedade moderna.
• Questão ambiental e política internacional: Posicionamentos e divergências.
• Desenvolvimento e Sustentabilidade: caminho possível? Os Problemas Ambientais de dimensão global.
• A biodiversidade brasileira: as diferenças culturais, econômicas, miscigenação e a diversidade territorial.
• A linguagem e os códigos cartográficos.
Milton SANTOS | Paulo FREIRE | Jose Carlos LIBÂNEO
CRISE DE VALORES
• O centro de interesse da sociedade passa a ser a obtenção de
mais recursos financeiros para a sensação de realização de
consumo. Princípios e valores baseados na formação da
dignidade e caráter humanos passam a considerados secundários,
“fora de moda”. A educação perde seu sentido de clarificador
de informações que são recebidas passivamente como “verdades”
induscutíveis e aceitas como se “conhecimento” fosse.
Segundo Milton Santos, a globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista.
Falar em capitalismo contemporâneo é aceitar que o mundo atual presencia um novo tipo de visão de desenvolvimento, diferente do que foi verificado nos processos históricos precedentes. E o que diferencia o
momento atual dos anteriores são as profundas transformações que ocorreram no processo, ou padrão, de valorização do capital nas últimas décadas.
Estas mudanças são verificadas nos mais diversos âmbitos da sociedade, e são consequências de uma série de fenômenos altamente inter-relacionados, tais como a reestruturação produtiva, a globalização e a
mundialização das economias, o fim da experiência histórica dos países antes socialistas e os diversos elementos específicos de cada país, que têm suas próprias dinâmicas, que filtram tais variáveis a depender
de seus ambientes políticos, econômicos e sociais diversos, e que, sem dúvida alguma, impactam sobre suas relações sociais de várias maneiras.
“Globalização”: processo de integração econômica sob a égide do neoliberalismo, caraterizado pelo predomínio dos interesses financeiros, pela desregulamentação dos mercados, pelas privatizações das empresas
estatais, e pelo abandono do Estado de bem-estar social.
Antes de ser uma ‘fatalidade’, a insustentabilidade é uma realidade historicamente constituída, criando uma cultura dos desperdícios e da aceitação de desigualdades de toda a ordem. Entretanto, para entendermos
como chegamos aos problemas atuais, devemos entender os conceitos de desenvolvimento que estão por trás e dá fundamento a lógica produtiva que sustenta a globalização.
A globalização, pensada a partir de uma lógica de controle onde os aspectos econômicos submetem todos os demais, logrou construir um pretenso modelo técnico único, sobrepondo tudo e todos ao
imaginário de um desenvolvimento predatório, a fim de criar condições de um desenvolvimento insustentável. Agora, quando os problemas se avolumam e não podem ser mais negados, o mesmo sistema
ideológico que justifica o processo de globalização, ajudando a considerá-lo como o único caminho histórico, acaba, também, por impor uma certa visão da crise e a aceitação dos remédios sugeridos. Em
virtude disso, todos os países, lugares e pessoas passam a se comportar, isto é, a organizar sua ação, como se tal “crise” fosse a mesma para todos e como se a receita para afastá-la devesse ser geralmente
a mesma. Mas a única crise que se deseja afastar é a crise financeira, não qualquer outra. Aí está, na verdade, uma causa para maior aprofundamento da crise real - econômica, social, política, moral - que
caracteriza o nosso tempo.
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2 QUADRO-RESUMO | MÓDULO II | EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE
• Desenvolvimento e crise ambiental: O dilema da sociedade moderna.
• Questão ambiental e política internacional: Posicionamentos e divergências.
• Desenvolvimento e Sustentabilidade: caminho possível? Os Problemas Ambientais de dimensão global.
• A biodiversidade brasileira: as diferenças culturais, econômicas, miscigenação e a diversidade territorial.
• A linguagem e os códigos cartográficos.
Milton SANTOS | Paulo FREIRE | Jose Carlos LIBÂNEO
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3 QUADRO-RESUMO | MÓDULO III | ESCOLA INCLUSIVA E MULTICULTURAL
• Educação e diversidade sociocultural.
• A inclusão da pessoa com deficiência.
Rosita Endler CARVALHO| Luiz GONÇALVES e Pedronilha SILVA | Paulo FREIRE | Milton SANTOS | Guacira Lopes LOURO | Kabengele MUNANGA e Nilma GOMES
INTERAÇÃO
“Ensinar exige rejeição a qualquer forma de discriminação e o reconhecimento e a assunção da identidade cultural” (FREIRE)
• RACIAL/ÉTNICA RESPEITO
• GERACIONAL
• ORIENTAÇÃO SEXUAL EQUIDADE
• SITUAÇÃO DE DEFICIÊNCIA
• GÊNERO
As desigualdades se estabelecem não na diferença biológica mas sim nos arranjos sociais, na história, nas condições de acesso aos recursos da
ATITUDE COLETIVA
sociedade, nas formas de representação. É no âmbito das relações sociais que se constroem os gêneros. Transformações são inerentes à história
e à cultura, mas, nos últimos tempos, elas parecem ter se tornado mais visíveis ou ter se acelerado. Proliferaram vozes e verdades. Novos saberes,
novas técnicas, novos comportamentos, novas formas de relacionamento e novos estilos de vida foram postos em ação e tornaram evidente uma CONHECIMENTO
diversidade cultural que não parecia existir. Cada vez mais perturbadoras, essas transformações passaram a intervir em setores que haviam
sido, por muito tempo, considerados imutáveis, trans-históricos e universais. (Guacira Lopes LOURO) PERTINENTE
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QUADRO-RESUMO | MÓDULO III | ESCOLA INCLUSIVA E MULTICULTURAL 3
• Educação e diversidade sociocultural.
• A inclusão da pessoa com deficiência.
Rosita Endler CARVALHO| Luiz GONÇALVES e Pedronilha SILVA | Paulo FREIRE | Milton SANTOS | Guacira Lopes LOURO | Kabengele MUNANGA e Nilma GOMES
MARCOS LEGAIS
• Declaração de Salamanca ONU (1994); CF (1988); LDB (1996); PCNs, DCNs; Decreto Federal n.º 7.611, de 17 de novembro de 2011.
SUJEITOS DA INCLUSÃO
PRINCÍPIOS E VALORES • Alunos com dificuldades de aprendizagem;
• Alunos em situação de deficiênciac, om transtornos
globais do desenvolvimento e com altas habilidades
ou superdotação.;
INCLUSÃO ESCOLA INCLUSIVA • Alunos excluídos do sistema educativo por questões
étnico/raciais, econômicas, religiosas, culturais,
Princípio e processo contínuo e permanente Igualdade de direitos a oportunidades para todos, em especial para sexuais.
aqueles que estão em processos de exclusão social, de “desigualação”.
Os princípios e valores que embasam as políticas educacionais constituem a base axiológica que move os formuladores de política. Se democráticos e centrados na aprendizagem em vez do ensino, os princípios serão
verdadeiras alavancas que fazem sair da retórica para a prática, na medida em que o que está previsto nos objetivos, passa a acontecer, de fato.
Uma verdadeira escola inclusiva não pode cair no risco do moralismo abstrato e nem da retórica política. O processo é complexo, lento e sofrido, mas é possível melhorar as escolas que temos. É possível reverter os
quadros do fracasso escolar evidentes nas estatísticas educacionais brasileiras. É possível remover barreiras para a aprendizagem e para a participação de todos os alunos (inclusive dos que estão em situação de
deficiência), desde que haja vontade política, gerenciamento e lideranças competentes e convencidas, além de professores qualificados em sua formação inicial e continuada. (Rosita CARVALHO)
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4 QUADRO-RESUMO | MÓDULO IV | FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA E O COTIDIANO ESCOLAR
• A experiência social dos alunos e o cotidiano.
• O cotidiano escolar: A construção de valores de uma vida cidadã que possibilita aprender e socializar saberes, desenvolver atitudes cooperativas, solidárias e responsáveis.
• A ação coletiva e o diálogo com a comunidade educativa como fator de fortalecimento institucional para a promoção da cidadania.
• A construção coletiva da proposta pedagógica da escola: demandas sociais, das características multiculturais e das expectativas dos alunos e dos pais, como fator de aperfeiçoamento
da prática docente e da gestão escolar.
• A prática docente e a gestão escolar como fator de aperfeiçoamento do trabalho coletivo.
• Gestão Escolar para o sucesso do ensino e da aprendizagem.
SACRISTÁN e GOMEZ| Antoni ZABALA | José Carlos LIBÂNEO | Lino MACEDO | Telma WEISZ | Paulo FREIRE |
CONTRADIÇÃO
REPRODUÇÃO X TRANSFORMAÇÃO
• Ideologia dominante; Método • Pensamento crítico;
• Manutenção do status quo; • Presença do professor no cotidiano escolar
• Professor como transmissor de DIALÉTICO como mobilizador, construindo competências
“verdades” absolutas, prescindindo do de comparar, analisar, avaliar, decidir,
cotidiano escolar como contexto para escolher e romper;
sua prática educativa; • Papel da escola: partindo de uma
• Papel da escola: exclusivamente educação problematizado que vise
seletiva e propedêutica, separando os autonomia e emancipação, a partir da
“melhores” para a continuidade escolar. realidade para compreendê-la, intervir e
Classificação = Exclusão transformar, mobilizando todas as
capacidades necessárias.
MEDIAÇÃO | Emancipação = INCLUSÃO
COTIDIANO ESCOLAR
Os valores e princípios de uma [...] o objetivo da escola será o de conseguir que o conhecimento cotidiano seja o mais eficaz
vida cidadã são construídos no possível para dar resposta aos problemas que a vida em sociedade coloca para as pessoas.
cotidiano escolar, considerando A função da escola será a de melhorar, aprofundar e ampliar esse conhecimento, a partir
as experiências sociais de um processo de construção de um conhecimento cada vez mais elaborado, em que o
acumuladas de cada aluno e conhecimento científico será mais ou menos relevante, em função de sua capacidade na
seu contexto social. Criando um melhora do conhecimento “cotidiano”.
ambiente escolar acolhedor e
ao mesmo tempo crítico dos Por esse motivo, o papel da escola deverá consistir na reconstrução, na reelaboração e na
problemas da realidade, ampliação dessas estruturas ou do conhecimento cotidiano, por meio de um currículo ou
estamos preparando nossos conhecimento escolar, formado por todos os conteúdos da aprendizagem que se relacionam
alunos para uma vivência e com a visão que temos do que é um conhecimento apropriado para as finalidades educativas
prática cidadão e aberto a a que nos propusemos e, por conseguinte, com a visão ou ideal de cidadão ou cidadã.
novas aprendizagens e (Antoni ZABALA)
práticas solidárias.
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QUADRO-RESUMO | MÓDULO IV | FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA E O COTIDIANO ESCOLAR 4
• A experiência social dos alunos e o cotidiano.
• O cotidiano escolar: A construção de valores de uma vida cidadã que possibilita aprender e socializar saberes, desenvolver atitudes cooperativas, solidárias e responsáveis.
• A ação coletiva e o diálogo com a comunidade educativa como fator de fortalecimento institucional para a promoção da cidadania.
• A construção coletiva da proposta pedagógica da escola: demandas sociais, das características multiculturais e das expectativas dos alunos e dos pais, como fator de aperfeiçoamento
da prática docente e da gestão escolar.
• A prática docente e a gestão escolar como fator de aperfeiçoamento do trabalho coletivo.
• Gestão Escolar para o sucesso do ensino e da aprendizagem.
SACRISTÁN e GOMEZ| Antoni ZABALA | José Carlos LIBÂNEO | Lino MACEDO | Telma WEISZ | Paulo FREIRE |
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5 QUADRO-RESUMO | MÓDULO V | A PRÁTICA EDUCATIVA
• Prática profissional e projeto educativo: os professores, suas concepções e opções didático-pedagógicas.
• A formação do profissional da educação: conceitos e dimensões.
• A escola como espaço de formação continuada e de aperfeiçoamento profissional.
• Organização dos tempos e espaços escolares.
Antoni ZABALA | José Carlos LIBÂNEO |Paulo FREIRE | Isabel ALARCÃO | SACRISTÁN e GOMEZ
RESSIGNIFICAÇÃO
Cabe ao educador, por meio da intervenção pedagógica, promover a realização de aprendizagens com o maior grau de significado
CONSTRUTIVISMO
possível, uma vez que esta nunca é absoluta — sempre é possível estabelecer alguma relação entre o que se pretende conhecer e as
possibilidades de observação, reflexão e informação que o sujeito já possui.
A aprendizagem significativa implica sempre alguma ousadia: diante do problema posto, o aluno precisa elaborar hipóteses e
experimentá-las. Fatores e processos afetivos, motivacionais e relacionais são importantes nesse momento. Os conhecimentos gerados
na história pessoal e educativa têm um papel determinante na expectativa que o aluno tem da escola, do professor e de si mesmo,
nas suas motivações e interesses, em seu autoconceito e em sua autoestima.
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QUADRO-RESUMO | MÓDULO V | A PRÁTICA EDUCATIVA 5
• Prática profissional e projeto educativo: os professores, suas concepções e opções didático-pedagógicas.
• A formação do profissional da educação: conceitos e dimensões.
• A escola como espaço de formação continuada e de aperfeiçoamento profissional.
• Organização dos tempos e espaços escolares.
Antoni ZABALA | José Carlos LIBÂNEO |Paulo FREIRE | Isabel ALARCÃO | SACRISTÁN e GOMEZ
Do conjunto de relações necessárias para facilitar a aprendizagem se deduz uma série de FUNÇÕES DOS PROFESSORES, que Zabala caracteriza da seguinte maneira:
• Planejar a atuação docente de uma maneira suficientemente flexível para permitir adaptação às necessidades dos alunos em todo o processo de ensino/aprendizagem. Por um lado, uma
proposta de intervenção suficientemente elaborada; e por outro, com uma aplicação extremamente plástica e livre de rigidez, mas que nunca pode ser o resultado da improvisação.
• Contar com as contribuições e os conhecimentos dos alunos, tanto no início das atividades como durante sua realização.
• Ajudá-los a encontrar sentido no que estão fazendo para que conheçam o que têm que fazer, sintam que podem fazê-lo e que é interessante fazê-lo.
• Estabelecer metas ao alcance dos alunos para que possam ser superadas com o esforço e a ajuda necessários.
• Oferecer ajudas adequadas, no processo de construção do aluno, para os progressos que experimenta e para enfrentar os obstáculos com os quais se depara.
• Promover atividade mental autoestruturante que permita estabelecer o máximo de relações com novo conteúdo, atribuindo-lhe significado no maior grau possível e fomentando os processos
de meta-cognição que lhe permitam assegurar o controle pessoal sobre os próprios conhecimentos e processos durante a aprendizagem.
• Estabelecer um ambiente e determinadas relações presididos pelo respeito mútuo e pelo sentimento de confiança, que promovam a autoestima e o autoconceito.
• Promover canais de comunicação que regulem os processos de negociação, participação e construção.
• Potencializar progressivamente a autonomia dos alunos na definição de objetivos, no planejamento das ações que os conduzirão aos objetivos e em sua realização e controle, possibilitando
que aprendam a aprender.
• Avaliar os alunos conforme suas capacidades e seus esforços, levando em conta o ponto pessoal de partida e o processo através do qual adquirem conhecimentos e incentivando a
autoavaliação das competências como meio para favorecer as estratégias de controle e regulação da própria atividade.
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6 QUADRO-RESUMO | MÓDULO VI | COMPETÊNCIAS PARA COMPREENDER E TRANSFORMAR O ENSINO
• Saberes e práticas voltadas para o desenvolvimento de competências cognitivas, afetivas, sociais e culturais.
• A infância como tempo de formação.
• A adolescência como tempo de formação.
• A Educação e as Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação: Ensinar na era da Informação.
• Concepção sobre os processos de desenvolvimento e aprendizagem.
Philippe PERRENOUD | Antoni ZABALA | José Carlos LIBÂNEO |Paulo FREIRE | Isabel ALARCÃO
SACRISTÁN e GOMEZ | José CASTORINA (org) | Jean PIAGET | Lev VYGOTSKY
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QUADRO-RESUMO | MÓDULO VI | COMPETÊNCIAS PARA COMPREENDER E TRANSFORMAR O ENSINO 6
• Saberes e práticas voltadas para o desenvolvimento de competências cognitivas, afetivas, sociais e culturais.
• A infância como tempo de formação.
• A adolescência como tempo de formação.
• A Educação e as Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação: Ensinar na era da Informação.
• Concepção sobre os processos de desenvolvimento e aprendizagem.
Philippe PERRENOUD | Antoni ZABALA | José Carlos LIBÂNEO |Paulo FREIRE | Isabel ALARCÃO
SACRISTÁN e GOMEZ | José CASTORINA (org) | Jean PIAGET | Lev VYGOTSKY
ESCOLA REFLEXIVA
RESSIGNIFICAÇÃO CONHECIMENTO Cotidiano escolar
Enfoque Globalizador Científico/Técnico/Informacional (REALIDADE)
Potencialidade explicativa de contextos globais.
Teória e Prática Cotidiano escolar
“Só o pensamento pode organizar o conhecimento” (MORIN)
PROBLEMATIZAÇÃO + CLARIFICAÇÃO ELABORADO
Cotidiano não Cotidiano não
INFORMAÇÕES elaborado
elaborado
A informação é um fator intrínseco a qualquer atividade, ela deve ser conhecida, processada, compreendida e utilizada pela consolidação de serviços, produtos e sistemas de
informações. Segundo a professora Isabel ALARCÃO, a sociedade da informação, como sociedade aberta e global, exige competências de acesso, avaliação e gestão da informação
oferecida. De imediato se coloca uma questão: a das diferenças ao acesso à informação e da necessidade de providenciar igualdade de oportunidades sob pena de desenvolvermos
mais um fator de exclusão social: a infoexclusão. A pergunta válida que fazemos é: como discernir sobre a informação válida e inválida, correta ou incorreta, pertinente ou supérflua?
Como organizar o pensamento e a ação em função da informação, recebida ou procurada?
O mundo, marcado por tanta riqueza informativa, precisa urgentemente do poder clarificador do pensamento.
Edgar MORIN afirma que só o pensamento pode organizar o conhecimento. Para conhecer, é preciso pensar. E uma cabeça bem feita - ao invés de bem cheia – é a que é capaz de
transformar a informação em conhecimento pertinente. Para o autor, o conhecimento pertinente é o conhecimento que é capaz de situar qualquer informação em seu contexto e, se
possível, no conjunto em que está inscrita. Inerente a esta concepção, emerge a relevância do sentido que se atribui às “coisas”. Assume-se como fundamental, a compreensão entendida
como a capacidade de perceber os objetos, as pessoas, os acontecimentos e as relações que entre todos se estabelecem.
As novas competências exigidas pela sociedade da informação e da comunicação, do conhecimento e da aprendizagem
Um dos autores que mais tem trabalhado a questão das competências é Philippe PERRENOUD que vimos anteriormente. Segundo o pensador suíço, ter competência é saber mobilizar
os saberes. A competência não existe, portanto, sem os conhecimentos. Como consequência lógica não se pode afirmar que as competências estão contra os conhecimentos, mas sim com
os conhecimentos. Elas reorganizam-nos e explicitam a sua dinâmica e valor fundamental.
Uma escola reflexiva é uma comunidade de aprendizagem e é um local onde se produz conhecimento sobre educação.
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7 QUADRO-RESUMO | MÓDULO VII | ORGANIZAÇÃO DE CONTEÚDOS | CURRÍCULO | AVALIAÇÃO
• Organização dos conteúdos de aprendizagem.
• O currículo e a globalização do conhecimento: impasses e polêmicas entre conteúdo e metodologia na sala de aula
• O desenvolvimento curricular: Planejamento da ação didática e o Projeto Pedagógico.
• A avaliação e o processo de ensino e aprendizagem: em busca de uma coerência e integração.
• O processo de avaliação do desenvolvimento e do desempenho escolar como instrumento de análise e de acompanhamento, intervenção e reorientação da ação
pedagógica e dos avanços da aprendizagem dos alunos.
Philippe PERRENOUD | Antoni ZABALA | José Carlos LIBÂNEO | Paulo FREIRE | Isabel ALARCÃO | SACRISTÁN e GOMEZ
José CASTORINA (org) | Jussara HOFFMANN | Charles HADJI | Celso VASCONCELLOS
APRENDIZAGEM CONTEÚDOS responder aos problemas reais em todos os âmbitos de desenvolvimento pessoal,
sejam sociais, emocionais ou profissionais, os quais sabemos que, por sua natureza,
PROBLEMATIZAÇÃO + CLARIFICAÇÃO
PROCESSO
Organização do PARTICIPAÇÃO
APRENDIZAGEM CURRÍCULO
DINAMICIDADE
DIALOGICIDADE
INTERDISCIPLINARIDADE
PPPE DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO:
Tomada de decisões coletivas =
Superação da visão reducionista, apenas
Organização da
propedêutica, seletiva, classificatória e
excludente do ensino-aprendizagem
APRENDIZAGEM AVALIAÇÃO
MÉTODOS GLOBALIZADOS
Com esse nome designam-se todos aqueles métodos completos de ensino que,
de uma maneira explícita, organizam os conteúdos de aprendizagem a partir
“A avaliação é a reflexão transformada em ação, não podendo ser de situações, temas ou ações, independentemente da existência ou não de
estática nem ter caráter sensitivo e classificatório”. algumas matérias ou disciplinas que precisam ser lecionadas. Nos métodos
Jussara HOFFMANN globalizados, os alunos mobilizam-se para chegar ao conhecimento de um tema
que lhes interessa, para resolver alguns problemas do meio social ou natural
que lhes são questionados, ou para realizar algum tipo de construção. (ZABALA)
O CURRÍCULO é, em outras palavras, o coração da escola, o espaço central em que todos atuamos, o que nos torna, nos diferentes níveis do processo educacional, responsáveis por sua elaboração. Podemos resumir
sintetizar a investigação, caracterizando o processo de desenvolvimento curricular da seguinte forma:
• é um processo interpessoal que reúne vários atores com diferentes pontos de vista sobre o ensino e aprendizagem e com poderes, explícitos ou implícitos, de decisão curricular;
• é um processo político que se traduz na tomada de decisões a nível nacional, regional e local e que conta com a influência de vários grupos que dispõem de poder de negociação curricular;
• é um empreendimento social que envolve pessoas no desempenho de papéis — com as potencialidades, disponibilidades e obstáculos inerentes — de acordo com diferentes interesses, valores e ideologias;
• é um processo de colaboração e cooperação entre os diversos intervenientes que tomam decisões curriculares;
• é um sistema desarticulado da prática de tomada de decisões: não é um processo puramente racional e cientificamente objetivo nem um processo nitidamente sequenciado e sistemático; depende de um método prático
e simples, pois as decisões curriculares são frequentemente tomadas através de movimentos pequenos e progressivos ou sobre problemas específicos e não propriamente através de reformas globais.
Sacristán desenvolve bastante o tema do desenvolvimento curricular, esclarecendo à partida que considera o currículo uma confluência de práticas.
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QUADRO-RESUMO | MÓDULO VII | ORGANIZAÇÃO DE CONTEÚDOS | CURRÍCULO | AVALIAÇÃO 7
• Organização dos conteúdos de aprendizagem.
• O currículo e a globalização do conhecimento: impasses e polêmicas entre conteúdo e metodologia na sala de aula
• O desenvolvimento curricular: Planejamento da ação didática e o Projeto Pedagógico.
• A avaliação e o processo de ensino e aprendizagem: em busca de uma coerência e integração.
• O processo de avaliação do desenvolvimento e do desempenho escolar como instrumento de análise e de acompanhamento, intervenção e reorientação da ação
pedagógica e dos avanços da aprendizagem dos alunos.
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José CASTORINA (org) | Jussara HOFFMANN | Charles HADJI | Celso VASCONCELLOS
Organização da
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO MEDIADORA
O que pretendo introduzir (...) é a perspectiva da ação avaliativa como HOFFMANN propõe para a realização da avaliação, na
uma das mediações pela qual se encorajaria a reorganização do sa- perspectiva de construção, duas premissas fundamentais:
ber. Ação, movimento, provocação, na tentativa de reciprocidade confiança na possibilidade do aluno construir as suas próprias
intelectual entre os elementos da ação educativa. Professor e aluno verdades; valorização de suas manifestações e interesses. O
aparecimento de erros e dúvidas dos alunos, numa extensão
buscando coordenar seus pontos de vista, trocando ideias, reorganizando-
as. (HOFFMANN) AVALIAÇÃO MEDIADORA educativa é um componente altamente significativo ao
Formativa, significativa, emancipatória, desenvolvimento da ação educacional, pois permitirá ao docente
Tal paradigma pretende opor-se ao modelo do "transmitir-verificar-reg- reflexiva e integradora. a observação e investigação de como o aluno se coloca diante
istrar" e evoluir no sentido de uma ação avaliativa reflexiva e da realidade ao construir suas verdades. Ela distingue o diálogo
desafiadora do educador em termos de contribuir, elucidar, favorecer a entre professor e aluno como indicador de aprendizagem,
troca de ideias entre e com seus alunos, num movimento de superação necessário, à reformulação de alternativas de solução para que
do saber transmitido a uma produção de saber enriquecido, construído a construção do saber aconteça. A reflexão do professor sobre
a partir da compreensão dos fenômenos estudados. seus próprios posicionamentos metodológicos, na elaboração de
questões e na análise de respostas dos alunos deve ter sempre
um caráter dinâmico.
Na AVALIAÇÃO MEDIADORA o professor deve interpretar a prova não para saber o que o aluno não sabe, mas para pensar nas estratégias pedagógicas que ele deverá utilizar para interagir
com esse discente. Para que isso aconteça, o desenvolvimento dessa prática avaliativa deverá decodificar a trajetória de vida do aluno durante a qual ocorrem mudanças em múltiplas dimensões,
e isso é muito mais que conhecer o educando.
Em um processo de aprendizagem toda resposta do aluno é ponto de partida para novas interrogações ou desafios do professor. Devem-se ofertar aos alunos muitas oportunidades de emitir
idéias sobre um assunto, para ressaltar as hipóteses em construção, ou as que já foram elaboradas Sem tais atitudes, não se idealiza, de fato, um processo de avaliação contínua e mediadora.
Avaliar significa ação provocativa do professor desafiando o educando a refletir sobre as situações vividas, a formular e reformular hipóteses, encaminhando-o a um saber enriquecido,
acompanhando o “vir a ser”, favorecendo ações educativas para novas descobertas. A avaliação apresenta uma importância social e política fundamental no fazer educativo vinculando-a a
idéia de qualidade. Não há como evitar a necessidade de avaliação de conhecimentos, muito embora se possa torná-la eficaz naquilo que se propõe: a melhora de todo o processo educativo.
Avaliar qualitativamente significa um julgamento mais global e intenso, no qual o aluno é observado como um ser integral, colocado em determinada situação relacionada às expectativas do
professor e também deles mesmos. Nesse momento, o professor deixa de ser um simples colecionador de elementos quantificáveis e utiliza sua experiência e competência analisando os fatos
dentro de um contexto de valores, que legitimam sua atitude como educador.
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