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Livro Eletrônico

Aula 00

Conhecimentos Comuns a Todos os Cargos de PE II p/ Secretaria Municipal de Educação de Esporte - GO

Professor: Fabiana Firmino, Fernanda Lima


Conhecimentos comuns a todos os
cargos Secretaria Municipal de
Educação e Esporte GO
Profas. Fabiana Firmino e
Fernanda Lima Aula 00
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AULA 00: Currículo (Teoria e Prática): currículo,


interdisciplinaridade e diversidade.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 01
2. Currículo (teoria e prática) 09
3. Interdisciplinaridade e diversidade 23
4. Questões comentadas 47
5 Gabarito 58
6. Bibliografia 59

Olá Querid@ Alun@!!


Olá, querid@s alun@s.
Sejam tod@s muito bem vind@s! É com grande satisfação que damos
início ao nosso para a Secretaria de Educação de Goiás.

E o que esperar da Banca UFG?


O que a gente pode esperar da UFG é que dela se espera qualquer
coisa: desde questões muito bem formuladas, que privilegiam quem
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se dedicou, de verdade, à questão pouco complexa, em que pode te
tirar da jogada, se errar por bobeira.
Com isso, também é possível que a gente estude “um tantão”,
determinado conteúdo e caia apenas uma questão. O importante é
conseguirmos estudar o edital, por completo. E é isso que os
cursos do Estratégia oferecem.

Aqui faço um parêntese: nosso EaD foi completamente


reformulado para que, apenas alunos que se comprometem com a
estrutura dele, passem nos concursos. O que isso quer dizer? Todo
nosso material está pensado naquele aluno que efetuou a matrícula,
pensando em ter um contato direto com o professor, não deixando
nada de dúvida para trás. Aluno que sabe investir em sua
aprovação e não aceita qualquer material.

- Nosso de trabalho, hoje, inclui:

- respostas do fórum de dúvidas em áudio (trazendo maior


proximidade na relação professor/aluno);
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- Tira dúvidas via whatsApp (apenas para alunos
regularmente matriculados), tornando a trajetória mais
fácil, pois o professor atua como um coach;

- Instruções sobre forma de estudar, via e-mail (apenas


para alunos matriculados).

Com estes recursos, tivemos um aumento de alunos


aprovados, em todo o Brasil. Alunos que hoje colhem os
louros de sua dedicação. Para se ter uma ideia, nos últimos
concursos ministrados por nós, tivemos os primeiros lugares
em:
- IFRO;
- IFMA;
- Ministério da Fazenda;
- Secretaria de Educação do DF (diversas áreas);
- Prefeitura da Cidade Ocidental (diversas áreas);
- FUB;
- TJRO;
- ENAP;
- MPOG
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- UEG;
- Secretaria de Educação de Minas Gerais (diversas áreas);
- TJGO;
- IFB;
- IFRN;
- Professor e Orientador de Valparaiso;
- IFPI, dentre outros.

Acessem a página do Estratégia Concursos e leia os depoimentos


de diversos alunos nossos, aprovados nos concursos.
http://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/depoimentos/

Nosso curso tem como objetivo a preparação sistemática, para


que o aluno possa compreender o conteúdo, a partir de uma
pesquisa vasta, em diversas fontes, para que ele possa fazer
prova de qualquer Banca!!

Antes de iniciarmos a nossa aula, pedimos licença para nos


apresentarmos:
- Fernanda Lima: pedagoga, formada pela UnB, especialista. Tenho
experiência em concursos voltados à educação, sendo aprovada em
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alguns da área como: Ministério da Justiça (pedagoga, 5o lugar),
SEDF (professora e orientadora), prefeitura de Santo Antônio
(orientadora), CODEVASF (pedagoga). Também fui aprovada no BRB,
trabalhando lá por sete anos e atualmente sou concursada da Caixa,
atuando junto aos programas sociais. Sou mãe coruja {O,O}, esposa,
filha, amiga, irmã. Gosto de ver o sorriso no rosto de meus alunos e
amo ser professora. É um grande prazer estar com vocês,
contribuindo para vossa aprovação. ☺

- Fabiana Firmino: sou pedagoga, formada pela UnB, com vasta


experiência na área educacional, tanto na parte de coordenação,
quanto na docência. Servidora da SEDF e professora de cursos
presenciais e virtuais. É uma grande alegria poder compartilhar de
um momento tão importante na vida de vocês! Vamos juntos rumo
ao serviço público! ;)

Para ficar mais simples:

Nossas aulas, terão um enfoque totalmente voltado ao


que é cobrado em provas de concursos. Porém, nunca
deixaremos de fazer o paralelo com as nossas práticas diárias, pois
tenho convicção de que assim, assimilaremos o conteúdo de forma
leve e natural.

Ao final de cada aula, faremos juntos, a resolução de algumas


questões já usadas em concursos anteriores para que, ainda juntos,
possamos celebrar nossa vitória no dia da prova.
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SIM! A vitória de cada um será um tanto a minha também. Eu


torço, vibro, mando as melhores energias e o melhor conteúdo para
vocês.

Farei bom uso da experiência que obtive em bancas de


concursos distintas, para nosso benefício. Sendo assim, farei um mix
de questões. A ideia é que a preparação para o seu cargo ocorra
independente de quem seja o responsável pela sua prova.

Peço-lhe, que mantenha o FOCO pois não conheço uma só


pessoa que persistiu no seu objetivo e não o alcançou. Já os que
ficam no meio do caminho, podem se perder. E esse não poderá ser o
seu caso.

Sei que muitos de vocês têm uma jornada pesada e querem


conciliar com os estudos a fim de atingir um objetivo: que é o de
passar em concurso.

O que posso dizer é que meu objetivo é ajudá-los a ''tirar de


letra'' o conteúdo estudando de uma maneira agradável, honesta e
descontraída.
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https://www.facebook.com/Proffernandaestrategia/

https://www.facebook.com/FernandaLimaConhecimentosPed
agogicosParaConcursos?fref=ts

Agora, vamos estudar!!!!


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O tema da aula de hoje está bem tranquilo, porém há muitos


conceitos e muitos detalhes que devemos ficar atentos!
Currículo e construção do conhecimento faz parte da maioria
dos conteúdos cobrados para as provas dentro da área de
educação.

É importante lembrar que a prática pedagógica pode estar


diferente da teoria em que estudamos, porém o nosso foco é o
concurso público, por isso, não confunda a realidade com a
teoria! Estude e faça exercícios. Se tiver alguma dúvida, passa
lá no nosso fórum, estaremos prontas para ajudar!
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Quem quiser nos acompanhar e ficar por dentro do mundo dos


concursos de educação, nos encontre em:

https://www.facebook.com/ProfessoraFabianaFirmino/?fref=ts
https://www.facebook.com/Proffernandaestrategia/
https://www.facebook.com/FernandaLimaConhecimentosPedagogicos
ParaConcursos/

Um grande abraço. :)

Fernanda Lima & Fabiana Firmino.

Então, podemos começar?

Primeiro round! \o/

CURRÍCULO E CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

O que é currículo?
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CURRÍCULO:
A palavra vem da palavra latina currere e significa percurso a
ser atingido, referindo-se à carreira. Enquanto a escolaridade
é um caminho, o currículo é considerado seu complemento e
guia que leva ao sucesso da jornada escolar.
Forquin (1993) ensina que currículo consiste num percurso
educacional, um conjunto contínuo de situações a
aprendizagem às quais um indivíduo vê-se exposto ao longo
de um dado período, no contexto de uma instituição de
educação formal. Por extensão, a noção designará menos um
percurso efetivamente cumprido ou seguido por alguém do
que o percurso prescrito para alguém, um programa ou um
conjunto de programas de aprendizagem organizadas em
cursos.

Percebem que a educação está atrelada à preparação do


currículo e a partir dele se definem os objetivos educacionais?

Em outras palavras o currículo é o conjunto de ações pedagógicas!

Ele pertence a um determinado espaço e tempo histórico. Cada


currículo possui especificidades diferentes dependendo da época em
que ele está inserido. Para Libâneo, é a concretização, a viabilização
das intenções e orientações expressas no projeto pedagógico.
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De forma geral, o currículo compreende-se como um modo de


seleção da cultura produzida pela sociedade, para a formação dos
alunos. É tudo o que se espera que seja aprendido e ensinado na
escola.

O currículo deve ser entendido como o elo entre a teoria


educacional e a prática pedagógica!

Fiquem atentos: Currículo é diferente de grade curricular. O


currículo é o conjunto de ações pedagógicas e a grade curricular é a
lista de disciplinas e conteúdos do currículo.

Existem três tipos de manifestações de currículo, vamos conhecê-las?

Currículo Formal (prescrito):


É o documento que chega nas nossas escolas e é entregue para o
professor. É estabelecido pelos sistemas de ensino. Também é
conhecido como currículo prescrito.

Currículo Real (em ação):


É aquele que realmente acontece em sala de aula. O currículo real
leva em consideração o que verdadeiramente foi passado e adquirido
dentro do ambiente escolar.
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Currículo Oculto (implícito):


Diz respeito a todas as manifestações que acontecem no ambiente
escolar e que não aparece no planejamento, contribuindo de forma
implícita para a aprendizagem. O currículo oculto abrange todas as
influências originárias da experiência cultural que afetam a
aprendizagem.

Existem três grandes teorias sobre currículo e elas sempre são


cobradas nas provas:

Teorias Tradicionais, Teorias Críticas e Teorias Pós-críticas.


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∀#∃%&∋&()∃&∗! 1#23∋∃∗! 48∗9∋#23∋∃∗!

+  ,!−./! +  4(#!−./! +  4∃#∃!


/)∗&)∃#0!! /)∗&)∃#! −./:!
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(.5#(0!!

Tradicionais: As teorias tradicionais são teorias de adaptação e de


aceitação. Preocupa-se com o repasse dos conteúdos. A concepção
Taylorista faz parte do currículo tradicional, que visa a atuação do
trabalhador que deve agir sozinho sob a direção do supervisor. O
modo de produção industrial foi transferido para a escola. Bobbit
queria transferir para a instituição escolar o modelo de organização
de empresas defendido por Taylor, dessa forma a escola deveria
funcionar de acordo os princípios Tayloristas. A função do especialista
em currículo é burocrática, pois ele descreve todos os conteúdos que
devem ser ensinados. A teoria tradicional é uma teoria neutra, que
busca resultados com a eficácia.
Os representantes dessa teoria foram: Bobbit, Tyler, Taylor e
Dewey.

Críticas: Essas teorias fazem uma crítica aos processos de aceitação


da ideologia da classe dominante. São teorias que buscam uma
transformação radical através de questionamentos e desconfiança. É
fundamental nessa teoria entender o que o currículo faz.
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Os representantes dessa teoria foram: Paulo Freire, Henry Giroux,
Pierre Bourdieu e Jean Claude Passeron, Louis Althusser, Michael
Apple, Basil Bernstein e Bowles e Gintis.

Pós-Críticas: Essas teorias envolvem relações de gênero,


multiculturalismo, cultura, sexualidade entre outros assuntos. Elas
criticam a desvalorização de alguns grupos étnicos dentro da
sociedade. É a tentativa de dar voz aos excluídos de um sistema
totalmente padronizado. Representantes: Foucault, Derrida, Lyotard,
Deleuze, Cheryholmes ).

É por conta dessas diferenças entre as teorias curriculares que a


escola deve procurar discutir qual currículo que ela quer seguir para
se chegar ao objetivo esperado. Essa escolha deve ser refletida a
partir da concepção do seu Projeto Politico Pedagógico, que deve
basear a prática teórica da instituição junto aos interesses dos
alunos.

Na teoria pós-crítica destaca-se o movimento do multiculturalismo


que afirmava a não existência de hierarquias entre as culturas,
defendo assim, a participação das minorias no currículo escolar.
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Concepção Pós Estruturalista do Multiculturalismo: A diferença


é algo que vem sendo produzido na sociedade. Destaca o
procedimento pelo qual algo é considerado verdade ou como se
tornou verdade. O pós-estruturalismo interroga as concepções de
masculino/feminino; heterossexual/homossexual; branco/negro;
científico/não cientifico dos conhecimentos que constituem o
currículo. A diferença é tratada não como algo natural, mas
socialmente produzido.

Teoria Pós Moderna do currículo: Segundo Silva, “O currículo Pós-


moderno deverá seguir a cena da sociedade contemporânea da vida
em termos políticos, sociais, culturais e epistemológicos que é
nitidamente descentrada”. O pós-modernismo propõe um currículo
flexível com a adaptação do indivíduo a sua realidade e ao seu
cotidiano.

As relações de gênero afirmam que o currículo está baseado


conforme as características do gênero masculino sendo um grande
problema para a sociedade. O currículo deve contemplar tanto o
gênero masculino como o feminino.

Teoria Queer: Essa teoria incentiva que o currículo seja repassado de


forma correta no que diz respeito sobre a sexualidade. “A teoria
queer quer nos fazer pensar queer (homossexual, mas também
diferente) e não straight (heterossexual, mas também quadrado): ela
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nos obriga a considerar o impensável, o que é proibido pensar, em
vez de simplesmente considerar o pensável, o que é permitido
pensar”. (SILVA,
2007, p.107)

A Teoria Queer entende que o currículo oficial está organizado sobre


a ótica do heterossexual. Chama a atenção para o protesto contra
discursos discriminatórios.

Vamos associar as palavras a cada teoria, assim, quando for


cobrado em prova, você saberá de forma rápida a qual teoria o
examinador está se referindo:
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Segundo round! \o/


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Dentro das TEORIAS CRÍTICAS DE CURRÍCULO, alguns autores
se destacaram com suas propostas pedagógicas, por isso, é
interessante sabermos quais os tipos de currículos que foram
propostos e suas implicações. Vamos analisar?

Henry Giroux: A escola e o currículo deveriam proporcionar debates


e momentos de discussão com os alunos. Para esse autor a escola é
analisada como um local de dominação e reprodução, mas ao mesmo
tempo permite às classes oprimidas um espaço de resistência. Foi
influenciado pelas ideias de Paulo Freire.

Paulo Freire: Critica a educação bancária onde o aluno é visto de


forma passiva. Freire não escreveu uma teoria sobre currículo, porém
suas ideias influenciaram o campo curricular. Ganhou evidência no
campo da educação de jovens e adultos, onde nomeava a elaboração
do conteúdo através da problemática de vida dos alunos.

Basil Berntein: Existem dois tipos de currículo:


Currículo integrado: Menor grau de fragmentação
Currículo coleção: Disciplinas isoladas.
Para Al-Ramahi & Davies (2002), os trabalhos de Bernstein oferecem
a probabilidade de avaliar a concepção de políticas educacionais tanto
no nível macro da produção do texto quanto no nível micro (escolas,
salas de aula). As ideias de Bernstein fornecem uma base necessária
para a análise comparativa sobre as complexas relações entre as
ideias, sua disseminação e contextualização.

Bourdieu e Jean Claude Passeron: A escola exerce uma dupla


violência quando dissemina as ideias da classe dominante e ao
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mesmo tempo oculta essa disseminação. O currículo escolar está
fundamentado na cultura dominante.

Louis Althusser: Apresenta os aparelhos ideológicos do Estado


(família, escola, igreja) e os aparelhos repressivos do Estado (polícia,
leis). Para ele o AIE(aparelho ideológico do estado) maior é
justamente a escola por abarcar um grande número de pessoas
durante um longo período de tempo.

Michael Apple: Questiona a seleção do currículo e a preferencia de


certos conteúdos em detrimento de outros. Para esse autor, o
currículo concebe, de forma hegemônica, as estruturas econômicas e
sociais mais amplas. Desse modo, o currículo apresenta as ideias de
determinados grupos dominantes. Ele não é neutro!

Ainda dentro das teorias críticas do currículo, duas escolas se


destacaram:
Escola Francesa: surgiu quando os filósofos e teóricos decidiram
compartilhar suas ideias e teorias sobre comunicação. Apresenta a
teoria da reprodução cultural (“capital cultural”). O currículo da escola
está baseado na cultura dominante, conduzido através do código
cultural (Bourdieu e Passeron).
Principais teóricos: Christian Baudelot, Pierre Bourdieu, Jean Claude
Passeron, Louis Althusser, Roger Establet.
Escola de Frankfurt: critica à racionalidade técnica da escola
“pedagogia da possibilidade”, da resistência: currículo como
emancipação e libertação (Giroux e Freire). Eles recriminam a
sociedade de comunicação de massa. Não existe teoria neutra. Estão
voltados para as conexões entre saber, poder e identidade.
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Principais teóricos da Escola de Frankfurt: Jürgen Harbemans, Walter
Benjamin, Max Horkheimer, Herbert Marcuse, Theodor Adorno.

==0==

Não podemos esquecer que o artigo 26 da nossa querida LDB


(que já estudamos) fala sobre currículo, por isso, não deixe de
dar uma reforçada nele, só para garantir ok? Já que vai cair
toda a LDB na nossa prova, não custa nada você relembrar
esse artigo com um pouco mais de carinho!

Concepções de organização curricular:


Currículo tradicional:
A composição deste currículo é bastante conhecida em nossas
escolas. Ele organiza as disciplinas e seus respectivos conteúdos de
forma fragmentada, promovendo uma educação linear onde não há
articulação de temas, os saberes são simplesmente transmitidos sem
nenhuma preocupação com a contextualização.

Currículo racional tecnológico (tecnicista)


É um currículo voltado para a difusão de conteúdos e
desenvolvimento de habilidades a serviço do sistema de produção. O
objetivo é gerar a eficiência na aprendizagem com menor custo,
voltada para a obtenção de habilidades, técnicas, atitudes e
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conhecimentos específicos imprescindíveis para que o aluno se
integre na máquina do sistema social.

Currículo Escolanovista (ou progressivista)


A abordagem está na ideia de um currículo centrado no aluno e no
provimento de experiências de aprendizagem sendo uma maneira de
articular a escola com a vida, adaptando também os alunos ao meio.
Destaca-se as necessidades e interesses dos alunos, na atividade, no
ritmo de cada um. O educador assume a posição de facilitador da
aprendizagem, os conteúdos surgem das experiências dos alunos.

Currículo Construtivista
O educador também assume a função de facilitador deste processo
garantindo a integração do aluno com os objetos de aprendizagem.
Nesta percepção piagetiana aprecia-se mais a construção do
conhecimento pelo próprio educando do que a influência da cultura e
do professor. Conforme Luckesi 1990, a ideia principal está em
prever atividades que correspondam ao nível de desenvolvimento
intelectual dos alunos e instituir situações que estimulem suas
capacidades cognitivas e sociais, de modo a possibilitar a construção
pessoal do conhecimento através da participação ativa do sujeito.

Currículo Sociocrítico (ou histórico-social)


Abordam questões políticas do procedimento de formação e questões
pedagógicas como mediação da formação política. Conforme Libâneo,
a educação desempenha a sua função de transmitir a cultura,
ajudando simultaneamente o aluno no desenvolvimento de suas
próprias capacidades de aprender e na inclusão critica e participativa
dentro da sociedade em função da formação cidadão buscar pela
transformação social. A intenção deste currículo é criar autonomia de
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pensamento, ressaltando a importância da responsabilidade social,
com o intuito de compreender a realidade e transformá-la.

Currículo Integrado e Globalizado


O termo globalizado é pertinente ao atributo da estrutura cognitiva e
afetiva dos alunos e na forma singular de como como são assimilados
os significados, estabelecendo os conhecimentos de acordo com a sua
experiência de vida.
Esse currículo é interdisciplinar, pois relaciona as disciplinas
promovendo uma educação globalizada de forma holística.
Na maioria das vezes se atribui um tema gerador e as disciplinas se
integram indagando cada qual seu conhecimento específico o que no
fim se tem uma informação globalizada e contextualizada sobre o
tema escolhido.

Falaremos um pouco sobre a diversidade. Para que possamos


falar sobre ela, é importante falarmos também sobre a
inclusão.

ATENÇÃO PARA O ASSUNTO!!!!

A Declaração de Salamanca é um documento internacional que


apresenta proposições sobre educação inclusiva.
CERTO!

Este documento proclama que:

•Toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a


oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem,
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•Toda criança possui características, interesses, habilidades e
necessidades de aprendizagem que são únicas,

• Sistemas educacionais deveriam ser designados e programas


educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em
conta a vasta diversidade de tais características e necessidades,

• Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso


à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia
centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades,
• Escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem
os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-
se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e
alcançando educação para todos; além disso, tais escolas provêm
uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência
e, em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema
educacional.

Na educação inclusiva alguns aspectos são fundamentais para a sua


essência, um desses aspectos está relacionado a preparação do
professor que deve desempenhar um papel importante para
desenvolver ações pedagógicas adequadas as necessidades dos
alunos. É necessário que todos fiquem “atentos para propostas
pedagógicas que auxiliem os docentes no melhoramento de suas
concepções e fazeres escolares” (SILVEIRA e SOUZA, 2011, p. 37).
A forma como a escola convive com pessoas com deficiência também
é um fator muito importante para o desenvolvimento da educação
inclusiva.
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Embora haja necessidade de termos uma


legislação eficiente que defenda os
excluídos de nossa sociedade, sabemos
que só isso não é suficiente para que haja
a verdadeira INCLUSÃO.
!

Ainda há muito o que fazer para que as escolas possam


reestruturar a prática pedagógica. Os preconceitos devem
ser quebrados e as ações devem estar voltadas a atender
com qualidade a diversidade de educandos presentes no
nosso sistema educacional.

Existem diferentes maneiras de se educar e os professores devem


estar preparados para cada ritmo e tempo apresentados pelos alunos.

A nossa LDB determina alguns aspectos muito importantes que


tentam contribuir para que haja inclusão, mencionando também o
papel do professor que faz parte desse conjunto de ações que levam
a inserção de pessoas com deficiência na sociedade de maneira geral.
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Esse termo “Pessoas com deficiência” foi determinado


Durante a Convenção Internacional para Proteção e
Promoção dos Direitos e Dignidade das Pessoas com
Deficiência.
Nessa ocasião a Presidente Dilma estava fazendo o seu
discurso quando mencionou “pessoas portadoras de
deficiência”. Esse nome provocou um mal estar, ocasionando
mudanças no termo que hoje é utilizado apenas como
Pessoas com deficiência”.

Votando ao assunto da nossa lei de diretrizes e bases da educação


nacional 9394/96, vamos relembrar o que diz sobre o nosso tema:

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei,
a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na
rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

Educação especial é uma forma de se oferecer educação! Na


perspectiva da educação inclusiva, o aluno especial tem o
direito de conviver com os demais alunos.

§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na


escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de
educação especial.
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As escolas regulares geralmente não têm um trabalho
especializado. Nessas escolas a lei determina que haja quando
necessário, o serviço de apoio especializado para atender as
peculiaridades da clientela.

§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou


serviços especializados, sempre que, em função das condições
específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes
comuns de ensino regular.

Aqui a lei prevê as situações em que não há condições do


aluno continuar estudando dentro da classe comum da rede
regular de ensino em razão de suas especificidades.

§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado,


tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação
infantil.

Preste atenção aqui! A faixa etária será de zero a seis anos!

Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com


deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de
2013)

I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e


organização específicos, para atender às suas necessidades;

O aluno da educação especial tem direito a um currículo


específico para que o conteúdo estudado atenda a sua real
necessidade. Existem livros com letras diferenciadas, lápis
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maiores e outros recursos diversos que deverão ser
assegurados pelo sistema de ensino.

II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o


nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de
suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o
programa escolar para os superdotados;

Quando é identificado que o aluno não conseguirá avançar nos


estudos, é assegurado o certificado do ensino fundamental
constando a terminalidade específica até onde o aluno
conseguiu concluir.

III – professores com especialização adequada em nível médio ou


superior, para atendimento especializado, bem como professores do
ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas
classes comuns;

Quando a LDB menciona especialização não quer dizer


necessariamente um curso de especialização a nível de pós
graduação, quer dizer cursos que atendam a demanda
determinada pela situação e realidade local.

IV – educação especial para o trabalho, visando a sua


efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições
adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no
trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais
afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade
superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;
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!
Aqui deixa claro que a educação inclusiva deve oferecer
condições necessárias para que o aluno possa integrar o
mundo do trabalho e o ambiente social.

V – acesso igualitário aos benefícios dos programas


sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino
regular.

O acesso deve ser feito de forma igualitária para os alunos


especiais.

Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão


critérios de caracterização das instituições privadas sem fins
lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação
especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo poder público.

Parágrafo único. O poder público adotará, como alternativa


preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação na própria rede pública regular de
ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste
artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

Antes da lei 12.796 a lei mencionava apenas “portadores de


necessidades especiais”. Essa expressão foi retirada e
substituída pelo artigo citado acima.

!
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De acordo com a Constituição brasileira, a educação escolar é direito


de todos e essa educação deve visar o pleno desenvolvimento da
pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania. (Artigos, 205,
206 e 208 da CF).

E essa educação, em alguns casos, deve ser especializada, para


atender pessoas que têm alguma necessidade especial a ser
atendida.

O atendimento especializado deve ser oferecido,


preferencialmente, na rede regular de ensino, conforme o
artigo 208 da Constituição Federal.
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Como atendimento educacional especializado, ou educação especial é
diferente de ensino escolar, ele deve ser oferecido como
complemento e não supre sozinho o direito de acesso ao Ensino
Fundamental.

Sendo assim, ou a escola recebe todos com qualidade e isso


inclui a educação inclusiva, ou não estará oferecendo a
educação nos termos da Constituição.

Normalmente, as escolas “comuns” selecionam seus alunos na


admissão e durante o curso, por meio de processos de avaliação que
admitem a repetência e até o encaminhamento do educando ao
Ensino Especial.

Hoje, o ensino Especial é oferecido majoritariamente por instituições


filantrópicas. Essas instituições, geralmente, atendem deficientes
visuais e/ou auditivas, de pessoas com deficiência mental e/ou outras
deficiências, mas que não se encaixam no ensino regular.

Gente! Aqui temos um pulo do gato que pode ser inclusive,


objeto de questão.
O Plano Nacional de Educação, com vigência de 2011 a 2020,
prevê em sua meta 4 a universalização do ensino especial para
alunos de 4 a 17 anos, em estabelecimentos regulares de
ensino, a partir de 2016.
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Com isso, sendo aprovado, os alunos que possuem alguma


necessidade especial deverão ser matriculados nas escolas “comuns”
fazendo com que as entidades filantrópicas que hoje oferecem o
ensino especial, só poderão fazê-lo no contra turno do horário do
ensino regular.

De acordo com o Portal do MEC, baseado no Censo Escolar da


Educação Básica de 2008 aponta um crescimento significativo
nas matrículas da educação especial nas classes comuns do
ensino regular.

O índice de matrícula da educação especial nas classes


comuns do ensino regular passou (de acordo com o portal) de
46,8% do total de alunos com deficiência, em 2007, para 54%
no ano passado.

Estão em classes comuns 375.772 estudantes com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação.

Ainda, de acordo com o MEC, esse reflexo da política implementada


pelo Ministério da Educação, que inclui programas de implementação
de salas de recursos multifuncionais, de adequação de prédios
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escolares para a acessibilidade de formação continuada de
professores da educação especial.

Queridos, aqui é importante termos uma visão crítica sobre o


texto acima. É um documento oficial, mas é um documento do
governo.

Se por um lado é verdade que aumentou o número de alunos


matriculados em escolas comuns de ensino regular, por outro
lado, há de se pensar se essa oferta tem garantia de
qualidade.

Sabemos que a realidade das escolas públicas brasileiras não


é tão fácil e incluir alunos com deficiência em escolas
regulares pode ser problemática se não houver, na prática, a
adequação de tudo que isso envolve (a estrutura, o corpo
docente, os próprios alunos).

Mas voltando ao que é atual:


Hoje, a educação inclusiva, oferecida pelas escolas inclusivas,
acolhem tanto alunos “normais” quanto alunos que possuem
algum tipo de necessidade especial.
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Essas escolas não se sentem no direito de recusar alunos em função


de suas condições especiais e proporcionam as adequações que se
fizerem necessárias para bem atender a todos, inclusive pelo princípio
da igualdade.

As escolas inclusivas, trabalham com um único currículo só para


atender as diversas demandas, tentando adaptar os conteúdos para
todo público escolar.

Com isso, as escolas muitas vezes não conseguem tratar da


diversidade como está expresso na Lei.

O importante é que haja uma inclusão de fato e não somente


na teoria.

Só assim, a igualdade na educação e de condições, serão


cumpridos, conforme prevê a Carta Magna.
!

!
INTERDISCIPLINARIDADE E GLOBALIZAÇÃO DO
CONHECIMENTO

A concepção de um trabalho voltado para a interdisciplinaridade


requer um olhar crítico na capacitação do professor para que o
processo de ensino voltado para essa tarefa seja efetivado com
qualidade.
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!

A INTERDISCIPLINARIDADE é entendida
como o diálogo entre as várias disciplinas. É
caracterizada como dois ou mais
componentes curriculares na construção e
globalização do conhecimento. Nessa
concepção os alunos constroem seus
conhecimentos através dos conteúdos. As
particularidades de cada disciplina são
respeitadas. Implica a superação da
fragmentação do saber. A interação entre as
disciplinas é valorizada para que haja a
criação de novos conhecimentos.
!

“De modo geral, a interdisciplinaridade, esforça os professores em


integrar os conteúdos da história com os da geografia, os de química
com os de biologia, ou mais do que isso, em integrar com certo
entusiasmo no início do empreendimento, os programas de todas as
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disciplinas e atividades que compõem o currículo de determinado
nível de ensino, constatando, porém, que, nessa perspectiva não
conseguem avançar muito mais.” (BOCHNIAK,p. 21, 1998).

Atenção para o que já foi cobrado em prova:


A concepção dos Parâmetros Curriculares Nacionais tem seus
fundamentos na perspectiva interdisciplinar, inclusive o trabalho com
os temas transversais. Nesta perspectiva inclui-se também a
pesquisa como estratégia metodológica e a utilização de disciplinas
como meio para a construção de saberes desejados.

Outro assunto cobrado dentro desse tema pelas bancas de concursos


é a chamada multidisciplinaridade. Nesta concepção existem várias
disciplinas que são trabalhadas simultaneamente sem que haja
relações entre elas. Há uma justaposição de disciplinas diversas. Na
multidisciplinaridade o aluno não passa o conteúdo estudado em uma
disciplina para o restante das outras matérias. Ele não faz a relação
entre os conhecimentos adquiridos nas várias disciplinas.

Na pluridisciplinaridade existe a justaposição entre as disciplinas


mais ou menos vizinhas, fazendo com que haja troca de informações
entre elas.
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No livro Globalização e Interdisciplinaridade, o educador Jurjo Torres


Santomé, garante que a interdisciplinaridade produz significado ao
conteúdo escolar.

Ela acaba com a divisão concreta das disciplinas. Uma sugestão é


oferecer à escola reuniões ou deixar os planejamentos dos
professores à disposição para que os colegas saibam que matéria
cada professor dará e em que momento.

Dessa forma, os educadores podem se organizar para agir em grupo.


A coordenação tem uma função mediadora, indicando parcerias,
gerando o diálogo.

Esse tipo de trabalho pode até ser realizado por apenas um professor.
Mas, nesse caso, a equipe estaria perdendo uma ótima chance de
obter resultados mais expressivos.

Para que haja essa globalização do conhecimento o professor deve


participar e orientar através da problematização, desafios e trocas de
saberes levando ao aluno a autonomia durante o processo de
aquisição de conhecimentos.
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Muito legal a ideia de integrar as disciplinas. Você conseguiu
entender direitinho? Viu como a interdisciplinaridade pode
promover a globalização do conhecimento? Que tal darmos um
exemplo de como seria um trabalho interdisciplinar?

Exemplo de um educador promovendo um trabalho


interdisciplinar:
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Como ensinar relacionando disciplinas:
• O professor deve partir de um problema de interesse geral e utilizando
as disciplinas como ferramentas para compreender detalhes.

• O professor deve agir como um consultor da turma, tirando dúvidas


relativas à sua disciplina.

• É interessante incluir no planejamento ideias e sugestões dos alunos.

• É necessário pesquisar com os estudantes.

• Fazer um planejamento é fundamental desde que leve em


consideração quais conceitos que podem ser explorados por outras
disciplinas.

• É importante divulgar o planejamento para os colegas.

• Recorrer ao coordenador faz parte do processo. Ele é peça-chave e


percebe possibilidades de trabalho.

• Lembre-se de que a interdisciplinaridade não ocorre apenas em


grandes projetos. É possível praticá-la entre dois professores ou até
mesmo sozinho.

Ideia retirada do site:


http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/interdisciplinaridade-avanco-educacao-
426153.shtml
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LISTA DE QUESTÕES:
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1 - O currículo tem um papel tanto de conservação quanto de
transformação e construção dos conhecimentos historicamente
acumulados. A perspectiva teórica que trata o currículo como um
campo de disputa e tensões, pois o vê implicado com questões
ideológicas e de poder, denomina-se:
a. tecnicista.
b. crítica.
c. tradicional.
d. pós-crítica.

2 - Em cada um dos itens subsecutivos, é apresentada uma situação


hipotética acerca de planejamento curricular, seguida de uma
assertiva a ser julgada.
a. A professora Antônia, ao assumir o segundo ano do ensino
fundamental, pesquisou em livros didáticos os conceitos que
deveriam ser ensinados. A partir de sua pesquisa, propôs aos alunos
que eles pesquisassem sobre esses conceitos em revistas e jornais e
por meio de entrevistas com familiares e vizinhos. Essa situação
constitui parte de um processo de ensino-aprendizagem em que a
professora, por meio de suas propostas, incentiva a vivência social
concreta dos alunos.

b. Paula, pedagoga há quinze anos, defende a ideia de que o currículo


de um curso deve representar o patrimônio social e cultural do
homem, formado pelos conhecimentos científicos e tecnológicos.
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!
Paula, ao elaborar o currículo desse curso, procura conciliar todos
esses elementos. Nessas condições, o currículo deve ser trabalhado
de forma interdisciplinar.
c. Uma equipe multidisciplinar docente propôs um planejamento
curricular com base em ideias filosóficas, sociológicas, psicológicas,
axiológicas e nas teorias do ensino para a fundamentação do
currículo. As bases legais que orientam o sistema educacional do país
não foram levadas em consideração. Nessa situação, as bases legais
não foram enfatizadas porque não são necessárias para a formulação
de um currículo.

3 - O currículo que permeia o ambiente escolar na vivência de valores


que não estão expressos, não ditos, criando as formas de
relacionamento, poder e convivência, é denominado currículo:
a. em ação.
b. oficial.
c. oculto.
d. mínimo.
e. formal.

4 - Ensino, planejamento e eficiência são conceitos enfatizados pela


teoria tradicional de currículo.

5 - A teoria crítica põe em relevo os conceitos de subjetividade,


multiculturalismo e identidade.
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!
6 - Os conceitos de ideologia, emancipação e reprodução cultural são
próprios da teoria pós-crítica.

7 - Para Bobbitt, o currículo deveria ser organizado de acordo com os


princípios da administração científica de Taylor.

8 - Para o pós-estruturalismo, a diferença é uma característica


natural e, portanto, absoluta, e assim deve ser tratada no currículo.

9 - Para alguns teóricos críticos, o importante não é saber se o


conhecimento é verdadeiro, mas as formas pelas quais os
conhecimentos são tidos como legítimos ou ilegítimos.

10 - Vários autores concordam que existem pelo menos três tipos de


manifestações de currículo: o formal, o real e o oculto. Acerca dessas
manifestações de currículo, assinale a opção correta.
a. O formal refere-se às influências provenientes da experiência
cultural que afetam a aprendizagem; o real, ao que acontece em sala
de aula e o oculto, ao currículo estabelecido pelos sistemas de ensino.
b. O formal refere-se ao currículo estabelecido pelos sistemas de
ensino; o real, ao que acontece em sala de aula e o oculto, às
influências provenientes da experiência cultural que afetam a
aprendizagem.
c. O formal refere-se ao currículo estabelecido pelos sistemas de
ensino; o real, às influências provenientes da experiência cultural que
afetam a aprendizagem e o oculto, ao que acontece em sala de aula.
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d. O formal refere-se ao que acontece em sala de aula; o real, ao
currículo estabelecido pelos sistemas de ensino e o oculto, às
influências provenientes da experiência cultural que afetam a
aprendizagem.

11 - Considerando que, no âmbito da organização do trabalho da


escola, o currículo pode ser definido a partir dos resultados, das
experiências e dos princípios essenciais a serem desenvolvidos em
uma determinada proposta educativa, julgue os próximos itens,
acerca do currículo escolar.
a. O currículo, de acordo com as teorias pós-modernas, é passível de
ser concebido e interpretado como um todo significativo, como um
instrumento privilegiado de construção de identidades e
subjetividades.

b. Os fatos e situações que ocorrem no cotidiano escolar e, mais


especificamente, na sala de aula, compõem o currículo escolar
formal, realizado por meio das relações dos estudantes com o
professor e com os colegas.

c. Entre os principais defensores da concepção tradicional de


currículo, que propõem privilegiar, na elaboração desse documento, a
eficiência e a racionalidade burocrática em detrimento do caráter
histórico, ético e político das ações humanas e sociais e do
conhecimento, destaca-se Henry Giroux.

12 - O currículo, há muito tempo, deixou de ser apenas uma área


meramente técnica, voltada para questões relativas a procedimentos,
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!
técnicas e métodos. Já se pode falar agora em uma tradição crítica do
currículo, guiada por questões sociológicas, políticas e
epistemológicas. (Moreira, A. F.; Silva, T. T.). Na perspectiva do
texto acima, avalie as seguintes asserções.
O currículo é considerado um artefato social e cultural.
O currículo não é um elemento inocente e neutro de transmissão
desinteressada do conhecimento social, pois implica relações de
poder, transmite visões sociais particulares e interessadas, não é um
elemento transcendente e atemporal.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.

a. As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é


uma justificativa correta da primeira.
b. As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda
não é uma justificativa da primeira.
c. A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda,
uma proposição falsa.
d. A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma
proposição verdadeira.
e. Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições
falsas.

13 - A organização curricular deve ser considerada como um recurso


para ajudar a escola a alcançar seus objetivos. Um dos princípios
básicos da organização curricular é:
a. as experiências do currículo devem condicionar o comportamento
abstrato;
b. as experiências do currículo devem sempre levar ao raciocínio
abstrato;
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!
c. as experiências do currículo devem ser constantemente avaliadas e
reformuladas conforme os objetivos educacionais;
d. o currículo deve ser dividido e implantado de acordo com os
interesses administrativos;
e. todas as experiências do currículo devem ser apenas
individualizadas.

14 - A elaboração do currículo ocupa lugar privilegiado no processo


escolar por ser considerada um ponto de referência para guiar outras
atuações. Nesse sentido, currículo deve ser entendido como:
a. o elo entre a teoria educacional e a prática pedagógica.
b. a relação de disciplinas a serem cursadas pelos alunos de
determinado nível de ensino.
c. a etapa inicial do planejamento educacional de uma instituição de
ensino.
d. o programa de conteúdos a serem ministrados em determinada
série.

15 - As teorias críticas sobre currículos afirmam que o currículo está


estreitamente relacionado às estruturas econômicas e sociais mais
amplas; não é um corpo neutro, inocente e desinteressado de
conhecimentos. De acordo com essa concepção de currículo, a
seleção de conhecimento é:
a. produto da organização do mapa das habilidades necessárias à
aprendizagem do aluno.
b. realizada através da imparcialidade dos conhecimentos científicos.
c. estruturada por valores consensuais da sociedade.
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d. resultado de processo que reflete os interesses particulares das
classes e grupos dominantes.
e. organizada por um conjunto de decisões técnicas.

16 - Assinale a opção correta com relação à concepção de currículo


na atualidade.
a. O currículo deve ser neutro para possibilitar o sucesso escolar do
aluno.
b. O currículo ainda hoje constitui-se na divisão das disciplinas que
devem ser ensinadas ao aluno.
c. O currículo possui uma dimensão político-pedagógica que pode
reproduzir desigualdades sociais.
d. O currículo contempla estritamente os aspectos formativos da
educação escolar.
!
!
!
!
17 - (Analista de Gestão Socioeducativa FUNASE – Pedagogo)
A proposta educativa construtivista não isenta o educador de intervir,
mas a intervenção deve ser de forma mediadora, considerando o
meio cultural e social da criança e do adolescente, operando
modificações na situação em que enfrentam. Oportunizando
atividades organizadoras e estruturadoras, esse tipo de proposta,
portanto, exige o compromisso do educador:
a diante, apenas, de crianças e jovens de um nível sociocultural de
baixo poder aquisitivo.
b com os estudantes interessados e não influi nos indisciplinados.
c diante das crianças e dos jovens de todos os níveis socioculturais.
d que atua, apenas, em classes homogêneas.
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e que trabalha com turmas homogêneas, classificadas segundo o
nível de aprendizagem.
!
!
!
18 - As dimensões de gênero, de sexualidade ou de etnia
são frequentemente trabalhadas por meio do currículo oculto.

19 – FÓRUM DE DÚVIDAS - O currículo ainda hoje constitui-se na


divisão das disciplinas que devem ser ensinadas ao aluno.

!
20 - FUNRIO - O multiculturalismo é uma questão complexa que
precisa ser encarada pelo educador, em primeiro lugar, numa
perspectiva de sua concepção e de seu significado, em segundo
lugar, de suas práticas e estratégias e, em terceiro lugar, das
repercussões sociais que dela advêm.
A autora Vera Candau defende a perspectiva intercultural porque ela
propõe:
A) uma cultura hegemônica.
B) uma monocultura plural.
C) que não se mexa na matriz da sociedade.
D) uma negociação cultural.
E) que todos sejam iguais.

!
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!
21 - O currículo Real é o documento que chega nas nossas escolas e
é entregue para o professor. É estabelecido pelos sistemas de ensino.
Também é conhecido como currículo prescrito.

22 – O currículo oculto diz respeito a todas as manifestações que


acontecem no ambiente escolar e que não aparecem no
planejamento, contribuindo de forma implícita para a aprendizagem.

23 – Em relação as Concepções de organização curricular, julgue o


item:
No Currículo Escolanovista (ou progressivista) a abordagem está na
ideia de um currículo centrado no professor e no provimento de
experiências de aprendizagem sendo uma maneira de articular a
escola com a vida, adaptando também os alunos ao meio.
!

QUESTÕES COMENTADAS:
!
!
1 - O currículo tem um papel tanto de conservação quanto de
transformação e construção dos conhecimentos historicamente
acumulados. A perspectiva teórica que trata o currículo como um
campo de disputa e tensões, pois o vê implicado com questões
ideológicas e de poder, denomina-se:
a. tecnicista.
b. crítica.
c. tradicional.
d. pós-crítica.
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!
Letra B. Como vimos na aula, essa teoria faz uma crítica aos
processos de aceitação da ideologia da classe dominante. São
teorias que buscam uma transformação radical através de
questionamentos e desconfiança.

2 - Em cada um dos itens subsecutivos, é apresentada uma situação


hipotética acerca de planejamento curricular, seguida de uma
assertiva a ser julgada.
a. A professora Antônia, ao assumir o segundo ano do ensino
fundamental, pesquisou em livros didáticos os conceitos que
deveriam ser ensinados. A partir de sua pesquisa, propôs aos alunos
que eles pesquisassem sobre esses conceitos em revistas e jornais e
por meio de entrevistas com familiares e vizinhos. Essa situação
constitui parte de um processo de ensino-aprendizagem em que a
professora, por meio de suas propostas, incentiva a vivência social
concreta dos alunos.
Certo. Neste caso a professora elevou o nível do currículo ao
levar em consideração as especificidades dos alunos
juntamente com o ambiente social e familiar, ambos,
importantíssimos para o processo de ensino.
b. Paula, pedagoga há quinze anos, defende a ideia de que o currículo
de um curso deve representar o patrimônio social e cultural do
homem, formado pelos conhecimentos científicos e tecnológicos.
Paula, ao elaborar o currículo desse curso, procura conciliar todos
esses elementos. Nessas condições, o currículo deve ser trabalhado
de forma interdisciplinar.
Certo. O currículo neste caso (para contemplar todos os
elementos juntamente com os conhecimentos científicos e
tecnológicos) deve ser trabalho por meio da
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interdisciplinaridade que nada mais é do que a integração dos
componentes curriculares na construção do conhecimento.
c. Uma equipe multidisciplinar docente propôs um planejamento
curricular com base em ideias filosóficas, sociológicas, psicológicas,
axiológicas e nas teorias do ensino para a fundamentação do
currículo. As bases legais que orientam o sistema educacional do país
não foram levadas em consideração. Nessa situação, as bases legais
não foram enfatizadas porque não são necessárias para a formulação
de um currículo.
Errado. As bases legais que orientam o sistema educacional do
país devem ser levadas em consideração na elaboração do
currículo.
CCE

3 - O currículo que permeia o ambiente escolar na vivência de valores


que não estão expressos, não ditos, criando as formas de
relacionamento, poder e convivência, é denominado currículo:
a. em ação.
b. oficial.
c. oculto.
d. mínimo.
e. formal.
Letra C. O currículo oculto abrange tudo o que acontece na
sala de aula de forma implícita.

4 - Ensino, planejamento e eficiência são conceitos enfatizados pela


teoria tradicional de currículo.
Certo. Ensino, planejamento e eficiência são fatores
fundamentais para a manutenção, aceitação e adaptação da
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sociedade, características fundamentais da teoria tradicional
do currículo.

5 - A teoria crítica põe em relevo os conceitos de subjetividade,


multiculturalismo e identidade.
Errado. Multiculturalismo e identidade são características da
teoria Pós-crítica do currículo.

6 - Os conceitos de ideologia, emancipação e reprodução cultural são


próprios da teoria pós-crítica.
Errado. Essas são características da teoria crítica do currículo.

7 - Para Bobbitt, o currículo deveria ser organizado de acordo com os


princípios da administração científica de Taylor.
Certo. Como vimos na aula, Bobbit queria transferir para a
instituição escolar o modelo de organização de empresas
defendido por Taylor.

8 - Para o pós-estruturalismo, a diferença é uma característica


natural e, portanto, absoluta, e assim deve ser tratada no currículo.
Errado. Para o pós-estruturalismo a diferença é tratada não
como algo natural, mas socialmente produzido.
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9 - Para alguns teóricos críticos, o importante não é saber se o
conhecimento é verdadeiro, mas as formas pelas quais os
conhecimentos são tidos como legítimos ou ilegítimos.
Certo. Os teóricos críticos questionam a forma como os
conhecimentos são tidos como verdade ou mentira dentro do
ambiente social através de questionamentos e desconfiança.

10 - Vários autores concordam que existem pelo menos três tipos de


manifestações de currículo: o formal, o real e o oculto. Acerca dessas
manifestações de currículo, assinale a opção correta.
a. O formal refere-se às influências provenientes da experiência
cultural que afetam a aprendizagem; o real, ao que acontece em sala
de aula e o oculto, ao currículo estabelecido pelos sistemas de ensino.
b. O formal refere-se ao currículo estabelecido pelos sistemas de
ensino; o real, ao que acontece em sala de aula e o oculto, às
influências provenientes da experiência cultural que afetam a
aprendizagem.
c. O formal refere-se ao currículo estabelecido pelos sistemas de
ensino; o real, às influências provenientes da experiência cultural que
afetam a aprendizagem e o oculto, ao que acontece em sala de aula.
d. O formal refere-se ao que acontece em sala de aula; o real, ao
currículo estabelecido pelos sistemas de ensino e o oculto, às
influências provenientes da experiência cultural que afetam a
aprendizagem.
Letra B. O formal é o que vem estabelecido pelos sistemas de
ensino, o real é tudo o que acontece na sala de aula e o oculto
que pode ser interpretado como as influencias provenientes
da experiência cultural ou seja, aquilo que os alunos trazem
para a sala de aula e contribuem para a aprendizagem de
forma implícita.
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11 - Considerando que, no âmbito da organização do trabalho da


escola, o currículo pode ser definido a partir dos resultados, das
experiências e dos princípios essenciais a serem desenvolvidos em
uma determinada proposta educativa, julgue os próximos itens,
acerca do currículo escolar.
a. O currículo, de acordo com as teorias pós-modernas, é passível de
ser concebido e interpretado como um todo significativo, como um
instrumento privilegiado de construção de identidades e
subjetividades.
Certo. O pós-modernismo propõe um currículo flexível com a
adaptação do indivíduo a sua realidade e ao seu cotidiano,
sendo visto como um todo significativo para a construção de
identidades e subjetividades.
b. Os fatos e situações que ocorrem no cotidiano escolar e, mais
especificamente, na sala de aula, compõem o currículo escolar
formal, realizado por meio das relações dos estudantes com o
professor e com os colegas.
Errado. O currículo formal é aquele estabelecido pelos
sistemas de ensino.
c. Entre os principais defensores da concepção tradicional de
currículo, que propõem privilegiar, na elaboração desse documento, a
eficiência e a racionalidade burocrática em detrimento do caráter
histórico, ético e político das ações humanas e sociais e do
conhecimento, destaca-se Henry Giroux.
Errado. Henry Giroux faz parte da teoria crítica do currículo.
d. O currículo escolar é a representação da cultura no cotidiano
escolar.
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Certo. O currículo escolar deve estar de acordo com a
realidade do aluno, portanto ele é a representação da cultura
no cotidiano escolar.
CEEC

12 - O currículo, há muito tempo, deixou de ser apenas uma área


meramente técnica, voltada para questões relativas a procedimentos,
técnicas e métodos. Já se pode falar agora em uma tradição crítica do
currículo, guiada por questões sociológicas, políticas e
epistemológicas. (Moreira, A. F.; Silva, T. T.). Na perspectiva do
texto acima, avalie as seguintes asserções.
O currículo é considerado um artefato social e cultural.
O currículo não é um elemento inocente e neutro de transmissão
desinteressada do conhecimento social, pois implica relações de
poder, transmite visões sociais particulares e interessadas, não é um
elemento transcendente e atemporal.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.

a. As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é


uma justificativa correta da primeira.
b. As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda
não é uma justificativa da primeira.
c. A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda,
uma proposição falsa.
d. A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma
proposição verdadeira.
e. Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições
falsas.
Letra A. As duas afirmativas estão corretas. O currículo pode
ser considerado um artefato social, pois ele abrange os
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elementos culturais que permeiam o ambiente oferecendo ao
processo de ensino um suporte real para a atuação dos
profissionais da educação. O currículo também não pode ser
visto como algo neutro, justamente por envolver todos esses
subsídios que muitas vezes refletem as relações de poder e de
ideologia presentes no ambiente social.

13 - A organização curricular deve ser considerada como um recurso


para ajudar a escola a alcançar seus objetivos. Um dos princípios
básicos da organização curricular é:
a. as experiências do currículo devem condicionar o comportamento
abstrato;
b. as experiências do currículo devem sempre levar ao raciocínio
abstrato;
c. as experiências do currículo devem ser constantemente avaliadas e
reformuladas conforme os objetivos educacionais;
d. o currículo deve ser dividido e implantado de acordo com os
interesses administrativos;
e. todas as experiências do currículo devem ser apenas
individualizadas.
Letra C. O currículo deve ser avaliado de forma contínua, não
ficando obsoleto e imutável dentro do processo de ensino.

14 - A elaboração do currículo ocupa lugar privilegiado no processo


escolar por ser considerada um ponto de referência para guiar outras
atuações. Nesse sentido, currículo deve ser entendido como:
a. o elo entre a teoria educacional e a prática pedagógica.
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b. a relação de disciplinas a serem cursadas pelos alunos de
determinado nível de ensino.
c. a etapa inicial do planejamento educacional de uma instituição de
ensino.
d. o programa de conteúdos a serem ministrados em determinada
série.
Letra A. O currículo deverá estar de acordo com a realidade. A
teoria e a prática devem caminhar juntas.

15 - As teorias críticas sobre currículos afirmam que o currículo está


estreitamente relacionado às estruturas econômicas e sociais mais
amplas; não é um corpo neutro, inocente e desinteressado de
conhecimentos. De acordo com essa concepção de currículo, a
seleção de conhecimento é:
a. produto da organização do mapa das habilidades necessárias à
aprendizagem do aluno.
b. realizada através da imparcialidade dos conhecimentos científicos.
c. estruturada por valores consensuais da sociedade.
d. resultado de processo que reflete os interesses particulares das
classes e grupos dominantes.
e. organizada por um conjunto de decisões técnicas.
Letra D. As teorias críticas analisam os interesses particulares
dos grupos dominantes questionando sempre os arranjos
sociais e educacionais.

16 - Assinale a opção correta com relação à concepção de currículo


na atualidade.
a. O currículo deve ser neutro para possibilitar o sucesso escolar do
aluno.
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b. O currículo ainda hoje constitui-se na divisão das disciplinas que
devem ser ensinadas ao aluno.
c. O currículo possui uma dimensão político-pedagógica que pode
reproduzir desigualdades sociais.
d. O currículo contempla estritamente os aspectos formativos da
educação escolar.
Letra C. O currículo pode reproduzir as ideias da classe
dominante implementadas na sociedade de forma implícita.
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17 - (Analista de Gestão Socioeducativa FUNASE – Pedagogo)
A proposta educativa construtivista não isenta o educador de intervir,
mas a intervenção deve ser de forma mediadora, considerando o
meio cultural e social da criança e do adolescente, operando
modificações na situação em que enfrentam. Oportunizando
atividades organizadoras e estruturadoras, esse tipo de proposta,
portanto, exige o compromisso do educador:
a diante, apenas, de crianças e jovens de um nível sociocultural de
baixo poder aquisitivo.
b com os estudantes interessados e não influi nos indisciplinados.
c diante das crianças e dos jovens de todos os níveis socioculturais.
d que atua, apenas, em classes homogêneas.
e que trabalha com turmas homogêneas, classificadas segundo o
nível de aprendizagem.
Letra C. O educador na proposta construtivista deve trabalhar
e buscar atividades que contemplem todos os níveis
socioculturais. Não há restrição de público ou faixa etária
dentro dessa concepção.
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18 - As dimensões de gênero, de sexualidade ou de etnia
são frequentemente trabalhadas por meio do currículo oculto.

ERRADO. Por induzir que fossem tratados como temas


transversais, essa questão foi anulada pelo cespe, pois
podemos considerar esses temas como temas transversais e
os temas transversais podem ser trabalhados no currículo
formal.

19 – FÓRUM DE DÚVIDAS - O currículo ainda hoje constitui-se na


divisão das disciplinas que devem ser ensinadas ao aluno.
ERRADO. O currículo contempla muito mais que a divisão de
disciplinas. É só lembrar da interdisciplinaridade.

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20 - FUNRIO - O multiculturalismo é uma questão complexa que
precisa ser encarada pelo educador, em primeiro lugar, numa
perspectiva de sua concepção e de seu significado, em segundo
lugar, de suas práticas e estratégias e, em terceiro lugar, das
repercussões sociais que dela advêm.
A autora Vera Candau defende a perspectiva intercultural porque ela
propõe:
A) uma cultura hegemônica.
B) uma monocultura plural.
C) que não se mexa na matriz da sociedade.
D) uma negociação cultural.
E) que todos sejam iguais.
LETRA D. O multiculturalismo levanta a questão da não
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existência de hierarquias entre as culturas, defendo assim, a
participação das minorias. O item D se encaixa dentro desse
contexto que não propõe uma cultura hegemônica e muito
menos que todos sejam iguais. Pelo contrário, todos devem
respeitar as diferenças.
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21 - O currículo Real é o documento que chega nas nossas escolas e
é entregue para o professor. É estabelecido pelos sistemas de ensino.
Também é conhecido como currículo prescrito.
ERRADO. Essa é a definição para o currículo Formal!

22 – O currículo oculto diz respeito a todas as manifestações que


acontecem no ambiente escolar e que não aparecem no
planejamento, contribuindo de forma implícita para a aprendizagem.
CERTO. O currículo oculto abrange todas essas manifestações
implícitas!

23 – Em relação as Concepções de organização curricular, julgue o


item:
No Currículo Escolanovista (ou progressivista) a abordagem está na
ideia de um currículo centrado no professor e no provimento de
experiências de aprendizagem sendo uma maneira de articular a
escola com a vida, adaptando também os alunos ao meio.
ERRADO. Nessa concepção a abordagem está centrada no
aluno!
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!

1- B 2- CCE
3- C 4- C
5- E 6- E
7- C 8- E
9- C 10- B
11- CEEC 12- A
13- C 14- A
15- D 16- C
17- C 18- E
19- E 20- D
21- E 22- C
23- E 23 - E

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ONDE PODDO LER MAIS?
!
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: Uma Introdução
às Teorias de Currículo.3° Edição. Editora Autêntica. 2010.

!
LIBANEO, José Carlos. Educação escolar: Políticas, estrutura e
organização - 10° edição. São Paulo: Cortez 2012 (Coleção docência
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!
em formação: Saberes pedagógicos / coordenação Selma Garrido
Pimenta)

_____. Escola e democracia: Teorias da educação, curvatura da vara,


onze teses sobre educação e política. São Paulo, Cortez e Autores
Associados, 1983.

VEIGA, Ilma P.A. e CARVALHO, M. Helena S.O. "A formação de


profissionais da educação". In: MEC. Subsídios para uma proposta de
educação integral à criança em sua dimensão pedagógica. Brasília,
1994.

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