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All content following this page was uploaded by Filipe Reis on 19 March 2018.
1 Introdução
A informação de interesse público deve ser disponibilizada pelos
órgãos públicos como direito fundamental de todos os cidadãos. Os
interesses coletivos permeiam a esfera pública e os ideais de sociedade
democrática vão perpassar por esses interesses. Assim, uma sociedade
2 Comunicação pública
A produção sobre comunicação pública (CP) sofreu acentuada pro-
dutividade acadêmica nas últimas duas décadas, contudo ainda não existe
um conceito claro, nem mesmo uma área de atuação profissional bem deli-
mitada. (BRANDÃO, 2009, p. 1)
Monteiro (2009) mostra que a expressão CP vem ganhado visibilidade
no Brasil, e que isso está relacionado com a tradução do livro ´´La comunica-
ção publique`` de Pierre Zémor em 1995, influenciando os atuais usos corriquei-
ros da CP por autores brasileiros, pela impressa, no âmbito governamental, etc.
Matos (2009) afirma que o conceito de CP e os marcos da sua evolu-
ção histórica devem acompanhar toda análise da CP. Assim, Bradão (2009)
delimita cinco diferentes áreas de conhecimento e atividades profissionais
para CP. A primeira identificada foram os conhecimentos e técnicas da área
de comunicação organizacional, que se caracteriza por tratar ´´a comunica-
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4 Equipe interdisciplinar
O século XX é marcado pela crítica ao excessivo disciplinairismo, visto
que a ciência submeteu-se à lógica da fragmentação para melhor analisar.
No início do século XX surgiram movimentos a favor do estudo da totalidade
em ciências naturais e humanas. Para Casanova (2006), os movimentos, au-
mentaram durante as primeiras décadas do século XX. Resultando disso houve
fortalecimento dadas abordagens que vieram sustentar a teoria da Gestalt1.
Seus defensores sustentaram que o todo é diferente da mera soma das partes.
Nesse contexto, cunha-se o termo interdisciplinar na década de 1930.
Para Sills (1986) apud Casanova (2006):
1 O princípio básico da teoria de Gestalt é que o inteiro é interpretado de maneira diferente que
a soma de suas partes.
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5 Procedimentos metodológicos
Esta pesquisa, com abordagem quantitativa e qualitativa, buscou o
método de pesquisa documental para refletir sua questão problema. A pes-
quisa documental, que pode considerar como fontes uma variedade de fon-
tes documentais, apresenta uma série vantagens: riqueza da fonte, estabili-
dade dos dados, custa significativamente baixo, a não exigência de contato
com os sujeitos, etc. (GIL, 2002)
Assim, utilizou-se como fonte de informação o site da CBO (Classifica-
ção Brasileira de Ocupações), que possibilita analises a fim de compreender
as atividades que os profissionais das áreas, de informação, comunicação e
informática, são capacitados e suas possibilidades de atuação em consonân-
cia com as atividades demandadas para aplicação da LAI.
A CBO, instituída em 2002 com a portaria ministerial nº 397, de 9 de ou-
tubro de 2002, tem a finalidade de identificar as ocupações no mercado de
trabalho, para assim, classificá-los.
Para a elaboração dessa pesquisa, realizou-se buscas no site da CBO
com os termos que representam formações e/ou profissões das áreas de infor-
mação, comunicação e informática.
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6 Resultados
Já de início, apresenta-se que a proposta dessa pesquisa é identificar e
refletir uma melhor aplicabilidade da LAI com as formações e/ou profissionais
das áreas de informação, comunicação e informática. Assim, como ilustra a
Figura 1, defende-se que uma situação ideal seria a centralização da LAI em
uma perspectiva interdisciplinar resultante da convergência entre as três áreas.
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7 Conclusões
Apesar dos inúmeros problemas da efetivação da cidadania plena no
Brasil, percebem-se ações para garantir esse estado sonhado. A LAI, apesar
de tardia na sociedade brasileira, veio com o intuito de provoca mudanças
significativa na cultura restritiva a informação.
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Referências
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GIL, A. C. Como elaborar projeto de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
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