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Apostila de Cálculo 1 PDF
Apostila de Cálculo 1 PDF
C / 2009 1
CÁLCULO 1
LIMITE
Exemplo:
f : ΙR → ΙR
x → x2
x
Neste caso dizemos que lim = 2 , que lemos como: o limite de
x →0
x +1 −1
x
f ( x) = quando x tende a 0 é 2.
x +1 −1
x
Exemplo: Qual o limite da função f ( x) = quando x tende a zero.
x
1 se x ≠ 0
f ( x) =
não está definida se x = 0
lim f ( x) = 1
x →0
L.M.C / 2009 2
Definição de limite
Se os valores de f(x) podem ser definidos tão perto de L quanto possível ao tomarmos x
arbitrariamente próximos de xo, dizemos que:
lim f ( x) = L
x → xo
Seja I um intervalo aberto ao qual pertence um número real a. Seja f uma função
definida para x ∈ I − {a} . Dizemos que o limite de f(x), quando x tende a a, é L e
escrevemos lim f ( x) = L , se para todo ε > 0 , existir δ >0 tal que se 0 < x − a < δ
x→a
então f ( x) − L < ε .
(1) lim ( x) = xo
x → xo
L.M.C / 2009 3
lim f ( x)
f ( x) x → xo , se lim g ( x) ≠ 0
(7) lim =
x → xo g ( x ) lim g ( x) x → xo
o
x → x
Exemplos:
(c) lim( x 2 + 2 x − 5) = 0 2 + 2 ⋅ 0 − 5 = −5
x →0
P( x)
Funções Racionais: , com P (x) e Q (x) polinômios
Q( x)
x2 −1 ( x − 1)( x + 1)
(d) lim = lim = lim( x + 1) = 2
x →1
x − 1 x →1 x −1 x →1
x2 −1 ( x + 1)( x − 1) x +1
(e) lim = lim = lim = ???
x →1 ( x − 1)
x →1 ( x − 1) x→1 x − 1
2 2
( x − 1)2 ( x − 1)2
(f) lim 2 = lim
x →1 ( x − 1)( x + 1) = 0
x −1
x →1
Limites no infinito
Perceba que (10 50 ) 3 >>> 2 ⋅ (10 50 ) − 1 , desse modo podemos afirmar que:
L.M.C / 2009 4
Exemplos:
3x 5 + x − 1 3x 5 3 1
(a) lim
3
= lim 7 = lim ⋅ 2 = 0
x→∞
2 x 7
+ x x →∞ 2 x
x →∞ 2 x
2x8 + 7x 2x8 2
(b) lim = lim 2 = lim ⋅ x 6 = +∞
x → −∞ 3 x 2 + 2
x → −∞ 3 x
x → −∞ 3
5x 5 + 2x − 1 5x 5 5 5
(c) lim
= lim 5 = lim =
3x − x
5 2
x→∞ x → ∞
3x x → ∞
3 3
LEMBRETE: x2 = x
Limites laterais
( )
Exemplo: Calcule lim+ x 2 e lim− x 2
x→0 x→0
( )
( )
lim x 2 = 0
x→0 +
( )
lim− x 2 = 0
x→0
x x
Exemplo: Calcule lim+ e lim−
x →0 x x →0 x
x
f ( x) = não está definida para x = 0
x
x
se x > 0, f ( x) = x
=1
se x < 0, f ( x) = −x
= −1
x
x
lim+ f ( x) = lim+ = lim+ (1) = 1
x→0 x→0 x x→0
− x
lim− f ( x) = lim− = lim− (− 1) = −1
x→0 x →0 x x →0
L.M.C / 2009 5
1 1
Exemplo: Calcule lim+ e lim−
x→0 x x→0 x
1
lim+ = +∞
x →0 x
1
lim− = −∞
x →0 x
1 1
Exemplo: Calcule lim+ 2 e lim− 2
x→0 x x→0 x
1
lim+ 2 = +∞
x →0 x
1
lim− 2 = +∞
x →0 x
Exemplo: f ( x) = x f : [0,+∞) → ΙR
lim f ( x) = lim+ x = 0
x →0 x →0
Teorema:
L.M.C / 2009 6
x 2 − 5 se x < 3
Exemplo: Calcule lim f ( x) onde f ( x) =
x→3
x + 13 se x ≥ 3
lim f ( x) = lim+
x → 3+ x →3
( x + 13 = 4)
(
lim− f ( x) = lim− x 2 − 5 = 4
x →3 x →3
)
Logo, lim f ( x) = 4
x →3
3 x + 2 se x < 1
Exemplo: Calcule lim f ( x) onde f ( x) = 2
x→1
x - x se x ≥ 1
(
lim+ f ( x) = lim+ x 2 − x = 0
x →1 x →1
)
lim f ( x) = lim− (3 x + 2 ) = 5
x →1− x →1
Definição:
x2
se x ≠ 0
Exemplo: A função f ( x) = x é contínua ou descontínua em x = 0?
1 se x = 0
x2
se x > 0, f ( x) = =x
x
se x < 0, f ( x) = x2
= −x
−x
lim f ( x) = 0
x→0 +
lim f ( x) = 0
x→0 −
Logo, lim f ( x) = 0 .
x →0
L.M.C / 2009 7
1 + x 2 se x < 0
Exemplo: Determine k de tal forma que a função f ( x) = seja contínua
k + 3x se x ≥ 0
em seu domínio.
f ( 0) = k + 3 ⋅ 0 = k
lim f ( x) = lim+ (k + 3 x ) = k
x→0 + x →0
(
lim f ( x) = lim− 1 + x 2 = 1
x→0 − x →0
)
Impondo (*) k = 1
Sejam f(x), g(x) e h(x) funções tais que “perto” de xo temos que g ( x) ≤ f ( x) ≤ h( x) e
lim g ( x) = lim h( x) = L . Então lim f ( x) = L
x → xo x → xo x → xo
1
Exemplo: Calcule lim x 2 ⋅ sin
x →0
x
1
− 1 ≤ sin ≤ 1
x
1
− x 2 ≤ x 2 ⋅ sin ≤ x 2
x
( ) 1
lim − x 2 ≤ lim x 2 ⋅ sin ≤ lim x 2 ( )
x →0 x →0
x x →0
Como:
( )
lim x 2 = 0 e lim − x 2 = 0
x →0 x →0
( )
1
Logo: lim x 2 ⋅ sin = 0
x →0
x
L.M.C / 2009 8
Atenção!!
x 1
lim 3 = lim 2 = ∞
x →0 x
x →0 x
x3
lim 3 = lim(1) = 1
x →0 x
x →0
x3
( )
lim = lim x 2 = 0
x →0
x x →0
sin( x)
lim =1
x →0
x
Demonstração:
Da trigonometria, temos:
π 1 1 1
(a) 0 < x < ⇒ sin( x) < x < tan( x) ⇒ > > (I)
2 sin( x) x tan( x)
π 1 1 1
(b) − < x < 0 ⇒ sin( x) > x > tan( x) ⇒ < < (II)
2 sin( x) x tan( x)
L.M.C / 2009 9
Temos, portanto:
π π sin( x)
Para − <x< e x≠0 cos( x) < <1
2 2 x
sin( x)
Considerando g ( x) = cos( x) , f ( x) = e h( x) = 1 e notando que
x
lim g ( x) = lim h( x) = 1 , do teorema do sanduíche, temos:
x →0 x →0
sin( x)
lim =1
x →0
x
1 − cos( x)
lim =0
x →0
x
Demonstração:
Atenção!!
OBS:
lim sin( x) não existe, pois quando x cresce, os valores de sin(x) oscilam entre 1 e − 1
x →∞
um número infinito de vezes (logo, eles não tendem a qualquer número definido).
L.M.C / 2009 10
DERIVADA E RETA TANGENTE
∆x x 2 − x1
v= =
∆t t 2 − t1
Considere agora sucessivos intervalos de tempo cada vez menores (figura abaixo) ∆t1 ,
∆t 2 , ∆t 3 , ∆t 4 , ... A velocidade média em cada intervalo de tempo é dada pela
inclinação da reta secante no dado intervalo. Assim que os intervalos de tempo tornam-
se cada vez menores essas inclinações se aproximam da inclinação da reta tangente no
ponto t1. A inclinação da reta tangente em t1 é definida como a velocidade instantânea
da partícula.
L.M.C / 2009 11
A velocidade instantânea é o limite da razão ∆x / ∆t quando ∆t se aproxima de zero:
∆x
vinst . = lim inclinação da reta tangente
∆t →0 ∆t
Definição de derivada
Considere f(x):
∆f f ( x + h) − f ( x )
A inclinação da reta tangente em P é dada por lim = lim
∆x →0 ∆x
h →0
h
A derivada de uma função f é a função denotada por f’ , tal que seu valor em qualquer
número x do domínio de f seja dado por:
f ( x + h) − f ( x ) df f ( x + h) − f ( x)
f ' ( x) = lim ou = lim
h →0
h dx h→0 h
f ( 2 + h ) − f ( 2)
f ' (2) = lim
h→0
h
( 2 + h) 2 − 2 2
f ' (2) = lim
h →0 h
4 + 4h + h 2 − 4 h ⋅ ( 4 + h)
f ' (2) = lim = lim =4
h →0
h h → 0
h
L.M.C / 2009 12
(b) f ' ( xo ) inclinação da reta tangente em x = xo
f ( xo + h) − f ( xo )
f ' ( xo ) = lim
h →0
h
( x o + h) 2 − ( x o ) 2 xo2 + 2 xo h + h 2 − xo2 h ⋅ (2 xo + h )
f ' ( xo ) = lim
= lim = lim = 2 xo
h →0 → →
h h 0
h h 0
h
f ( 2 + h ) − f ( 2)
f ' (2) = lim
h→0
h
( 2 + h) 3 − ( 2 + h) − 6
f ' (2) = lim
h→ 0 h
8 + 12h + 6h 2 + h 3 − 2 − h − 6
f ' (2) = lim
h→0 h
h 3 + 6h 2 + 11h
f ' (2) = lim
h→0 h
(
f ' (2) = lim h 2 + 6h + 11
h →0
)
f ' (2) = 11
f ' ( xo ) = lim
f ( x o + h) − f ( x o )
= lim
(
(x o + h )3 − ( xo + h ) − xo3 − x )
h →0
h h→0 h
f ' ( xo ) = lim
xo3 + 3xo2 h + 3x o h 2 + h 3 − xo − h − xo3 + xo
= lim
(
h ⋅ h 2 + 3xo h + 3 xo2 − 1
)
h →0 h h →0 h
f ' ( xo ) = 3 xo2 − 1
L.M.C / 2009 13
Regras de derivação
f ' ( x) = 0
Prova:
f ( x + h) − f ( x ) c−c
f ' ( x) = lim = lim = lim 0 = 0
h →0
h h → 0
h h →0
f ' ( x) = nx n −1
Prova:
f ( x + h) − f ( x) ( x + h )n − x n
f ' ( x) = lim = lim
h →0
h h →0 h
Logo:
n n −1 n 2 n−2 n n −1
x + nhx + h x + ... + h x + h n − x n
2 n − 1
f ' ( x) = lim
h →0 h
n n n−2
f ' ( x) = lim nx n−1 + hx n − 2 + ... + h x + h n −1 ∴ f ' ( x) = nx n−1
h →0
2 n − 1
g ( x) = c ⋅ f ( x)
g ' ( x) = c ⋅ f ' ( x)
L.M.C / 2009 14
Prova:
g ( x + h) − g ( x) c ⋅ f ( x + h) − c ⋅ f ( x) c ⋅ [ f ( x + h) − f ( x ) ]
g ' ( x) = lim = lim = lim =
h →0
h h →0 h h →0 h
f ( x + h) − f ( x )
= c ⋅ lim = c ⋅ f ' ( x)
h →0
h
i ( x) = f ( x ) + g ( x )
Prova:
i ( x + h) − i ( x) [ f ( x + h) + g ( x + h ) ] − [ f ( x ) + g ( x ) ]
i ' ( x) = lim = lim =
h →0
h h →0 h
f ( x + h) − f ( x) g ( x + h) − g ( x) f ( x + h) − f ( x) g ( x + h) − g ( x)
= lim + = lim + lim =
h →0
h h h→0 h h→ 0 h
= f ' ( x) + g ' ( x)
i( x) = f ( x) g ( x)
Prova:
i ( x + h) − i ( x ) f ( x + h ) ⋅ g ( x + h) − f ( x ) ⋅ g ( x)
i ' ( x) = lim = lim
h →0
h h →0 h
f ( x + h ) ⋅ g ( x + h ) − f ( x + h) ⋅ g ( x ) + f ( x + h ) ⋅ g ( x ) − f ( x ) ⋅ g ( x )
i ' ( x) = lim =
h→ 0
h
g ( x + h) − g ( x) f ( x + h) − f ( x)
= lim f ( x + h) ⋅ + g ( x) ⋅ =
h →0
h h
g ( x + h) − g ( x) f ( x + h) − f ( x)
= lim f ( x + h) ⋅ + lim g ( x) ⋅ =
h →0
h h →0 h
L.M.C / 2009 15
g ( x + h) − g ( x ) f ( x + h) − f ( x )
= lim f ( x + h) ⋅ lim + lim g ( x) ⋅ lim =
h→ 0 h→ 0
h h →0 h→0
h
= f ( x) g ' ( x) + g ( x) f ' ( x) = f ' ( x) g ( x ) + f ( x) g ' ( x)
OBS: f ( x) = g ( x) ⋅ h( x) ⋅ i ( x) = [g ( x) ⋅ h( x)] ⋅ i ( x)
f ' ( x ) = [g ( x ) ⋅ h ( x ) ] ⋅ i ( x ) + [g ( x ) ⋅ h ( x ) ] ⋅ i ' ( x )
'
f ( x)
i ( x) = onde g ( x) ≠ 0
g ( x)
f ' ( x) g ( x) − f ( x) g ' ( x)
i' ( x) =
[g ( x)]2
Prova:
f ( x + h) f ( x )
−
i( x + h) − i ( x) g ( x + h) g ( x ) f ( x + h) ⋅ g ( x) − f ( x ) ⋅ g ( x + h)
i ' ( x) = lim = lim = lim
h →0
h h → 0 h h → 0
h ⋅ g ( x ) ⋅ g ( x + h)
f ( x + h) ⋅ g ( x ) − f ( x ) ⋅ g ( x ) − f ( x ) ⋅ g ( x + h) + f ( x ) ⋅ g ( x )
i ' ( x) = lim =
h →0
h ⋅ g ( x ) ⋅ g ( x + h)
f ( x + h) − f ( x ) g ( x + h) − g ( x)
g ( x) ⋅ − f ( x) ⋅
= lim h h =
h →0 g ( x) ⋅ g ( x + h)
f ( x + h) − f ( x ) g ( x + h) − g ( x)
lim g ( x) ⋅ lim − lim f ( x) ⋅ lim
=
h→ 0 h →0
h h →0 h →0
h =
lim g ( x) ⋅ lim g ( x + h)
h →0 h →0
L.M.C / 2009 16
g ( x ) f ' ( x ) − f ( x) g ' ( x ) f ' ( x ) g ( x ) − f ( x ) g ' ( x )
= =
g ( x) ⋅ g ( x) [g ( x)]2
Regra da soma
1
(a) f ( x) = x 7 + 3 x 2 + x − 2 x 2
+ x −5
−1
f ' ( x) = 7 x 6 + 6 x + 1 − x 2
− 5 x −6
1 1
(b) f ( x) = 5
+ 2 x − 3 x −3 +
x x
'
−6 −1 −4 1 −3 1 1
f ' ( x ) = −5 x +x 2
+ 9x − x 2 Atenção!! 5 ≠
2 x x5
'
( )
Regra do produto
(
−2
)
(c) f ( x) = x 3 − 3 x + 1 ⋅ x 3 + x 5 − x
(
−2
)
2 −5
(
f ' ( x) = 3 x 2 − 3 ⋅ x 3 + x 5 − x + x 3 − 3 x + 1 ⋅ − x 3 + 5 x 4 − 1 )
3
( )(
(d) f ( x) = x 3 + 1 ⋅ x 7 + 2 x − 1 ⋅ x 4 + 2 x − 5 )( )
( )( ) (
f ' ( x) = 3x 2 ⋅ x 7 + 2 x − 1 ⋅ x 4 + 2 x − 5 + x 3 + 1 ⋅ 7 x 6 + 2 ⋅ x 4 + 2 x − 5 + )( )( )
( )(
+ x + 1 ⋅ x + 2x − 1 ⋅ 4x
3 7
)( 3
+ 2)
Regra do quociente
x 4 − 2x 2 + 3
(e) f ( x) =
3x 2 − 1
f ' ( x) =
(4 x 3
)( ) (
− 4 x ⋅ 3x 2 − 1 − x 4 − 2 x 2 + 3 ⋅ (6 x ) )
(3x 2
−1 )2
(f) f ( x) =
(3x 2
)(
+ x ⋅ x5 −1 )
(x3 + 1 )
f ′( x) =
[(6 x + 1) ⋅ (x 5
) ( ) ( )] ( ) [(
− 1 + 3x 2 + x ⋅ 5 x 4 ⋅ x 3 + 1 − 3x 2 + x ⋅ x 5 − 1 ⋅ 3x 2 )( )] ( )
(x + 1)
3 2
ou
f ( x) =
(3x 2
)(
+ x ⋅ x5 −1 ) (
x5 −1
= 3x + x ⋅ 3
2
) (( )
(x3 + 1 ) x +1 )
L.M.C / 2009 17
)⋅ 5 x (x ) ( )
x5 −1 + 1 − x 5 − 1 ⋅ 3x 2
(
4 3
f ′( x) = (6 x + 1) ⋅ 3 + 3 x 2 + x
x + 1 (x3 + 1
2
)
sin' ( x) = cos( x)
Prova:
cos' ( x) = − sin( x)
Prova:
L.M.C / 2009 18
tan' ( x) = sec 2 ( x)
Prova:
'
sin( x) sin' ( x) ⋅ cos( x) − sin( x) ⋅ cos' ( x) cos 2 ( x) + sin 2 ( x) 1
tan' ( x) =
= 2
= 2
= 2
= sec 2 ( x)
cos( x) cos ( x) cos ( x) cos ( x)
cot' ( x) = − csc 2 ( x)
Prova:
Prova:
'
1 (1)' ⋅ cos( x) − (1) ⋅ cos' ( x) sin( x) 1 sin( x)
sec' ( x) = = 2
= 2
= ⋅ = sec( x) ⋅ tan( x)
cos( x) cos ( x) cos ( x) cos( x) cos( x)
Prova:
sin( x)
(a) f ( x) =
x2 +1
f ' ( x) =
( )
cos( x) ⋅ x 2 + 1 − sin ( x ) ⋅ (2 x )
(x 2
+1 )2
x3 − 2x
(b) f ( x) =
tan( x)
f ' ( x) =
(3x 2
) ( )
− 2 ⋅ tan( x) − x 3 − 2 x ⋅ sec 2 ( x)
tan 2 ( x)
L.M.C / 2009 19
Regra da Cadeia (Chain Rule)
f :A →B e g :B→C
go f :A →C
1
Exemplo: Calcule a derivada de p ( x) = sin
x
g ( x) = sin( x)
1
f ( x) =
x
Observe que:
p ( x ) = g ( f ( x) )
1 1
p ( x) = g = sin
x x
L.M.C / 2009 20
Calculando f ' ( x) e g ' ( x)
1
f ' ( x) = −
x2
g ' ( x) = cos( x)
1
p ' ( x) = cos( f ( x) ) ⋅ − 2
x
1 1
p ' ( x) = cos ⋅ − 2
x x
f ( x) = cos( x)
g ( x) = sin( x)
f ' ( x) = − sin( x)
g ' ( x) = cos( x)
(
Exemplo: Calcule a derivada de p ( x) = x 2 − 2 x + 1 )4
L.M.C / 2009 21
p (x) é uma composição de funções:
f ( x) = x 2 − 2 x + 1
g ( x) = x 4
f ' ( x) = 2 x − 2
g ' ( x) = 4 x 3
( )
p ' ( x) = 4 ⋅ x 2 − 2 x + 1 ⋅ (2 x − 2 )
3
Nesse exemplo, sin ( ) é a função “externa” e x 2 é a função “interna”. Logo pela regra
da cadeia, temos:
( )
p ' ( x) = cos x 2 ⋅ 2 x
p( x) = x 2 + 1 = x 2 + 1 ( ) 1
2
p' ( x) =
1 2
2
( −1
)
⋅ x + 1 2 ⋅ (2 x )
L.M.C / 2009 22
Exemplo: Calcule a derivada de f ( x) = sin cos x 2 ( ( ))
Nesse exemplo temos a composição de três funções. Aplicando a regra da cadeia temos:
( ( )) ( ( ))
f ' ( x) = cos cos x 2 ⋅ − sin x 2 ⋅ (2 x )
dy
Se y for uma função de u, definida por y = f (u ) e existir, e se u for uma função de
du
du dy
x, definida por u = g ( x) e existir, então y será uma função de x e existirá e será
dx dx
dada por:
dy dy du
= ⋅
dx du dx
(a) f ( x) = sin (5 x )
f ' ( x) = cos(5 x ) ⋅ 5
(
(b) f ( x) = cos x 2 + 1 )
( )
f ' ( x) = − sin x 2 + 1 ⋅ (2 x )
(c) f ( x) = (tan( x) + 1)
15
(
f ' ( x) = 15 ⋅ (tan( x) + 1) ⋅ sec 2 ( x)
14
)
x
(d) f ( x) = sec 2
x + 1
x
f ' ( x) = sec 2 ⋅ tan 2 ⋅
2
( )
x (1) ⋅ x + 1 − ( x ) ⋅ (2 x )
x +1 x + 1 x2 +1
2
( )
L.M.C / 2009 23
Equação da reta tangente
1
Exemplo: Encontre a equação da reta tangente ao gráfico de f ( x) =
x
1
(a) no ponto (1, 1) (b) no ponto (2, ) (c) em um ponto qualquer
2
m = f ' (1)
1
Sendo f ' ( x) = − , m = f ' (1) = −1
x2
Daí:
y − 1 = (− 1) ⋅ ( x − 1)
1
(b) A equação da reta tangente no ponto (2, ) é dado por
2
= m ⋅ (x − 2)
1
y−
2
1 1
Onde m é a inclinação da reta tangente, ou seja, m = f ' (2) = − 2
=−
(2) 4
Daí:
1 1
y− = − ⋅ (x − 2)
2 4
1
(c) Para um ponto genérico xo , , a equação da reta tangente é:
xo
= m ⋅ (x − xo )
1
y−
xo
1
Onde m = f ' ( x o ) = −
xo2
Daí:
= − 2 ⋅ (x − xo )
1 1
y−
xo xo
L.M.C / 2009 24
Equação da reta normal
π 2
A equação das retas que passam no ponto , é dada por:
4 2
2 π
y− = m ⋅ x −
2 4
π π 2
Reta tangente: m = f ' = cos =
4 4 2
1 1 2
Reta normal: mn = − =− =− =− 2
m 2 2
2
Daí:
2 π
y− = − 2 ⋅ x −
2 4
L.M.C / 2009 25
Derivação Implícita
As funções encontradas até agora podem ser descritas expressando uma variável
explicitamente em termos de outra; por exemplo,
y = x3 + 1 ou y = sin(x)
Algumas funções, entretanto, são definidas implicitamente por uma relação entre x e y:
x 2 + y 2 = 25
x 3 + y 3 = 6 xy (fólio de Descartes)
Felizmente não precisamos resolver uma equação para y em termos de x para encontrar
a derivada de y. Em vez disso, podemos usar o método da diferenciação implícita, que
consiste em diferenciar ambos os lados da equação em relação a x e então resolver a
equação resultante para y’.
(a) x 2 + y 2 = 25
d 2
dx
(
x + y2 = )
d
dx
(25)∴ 2 x + 2 y ⋅ y ′ = 0 (Usamos a regra da cadeia, pois y = y(x) )
L.M.C / 2009 26
(b) x 2 y + 3 xy 3 − x = 3
( )
2 xy + x 2 y ′ + 3 ⋅ 1 ⋅ y 3 + x ⋅ 3 ⋅ y 2 ⋅ y ′ − 1 = 0
1 1
(c) + =1
y x
1 1
− 2 ⋅ y′ − 2 = 0
y x
Exercício: Ache as inclinações das retas tangentes nos pontos (2, − 1) e (2, 1) para
y2 − x +1 = 0 .
d 2
dx
(
y − x +1 =
d
dx
(0))
2 y ⋅ y′ − 1 = 0
1
y′ =
2y
No ponto (2, − 1) y ′ =
1 1
=−
2 ⋅ (− 1) 2
No ponto (2, 1) y ′ =
1 1
=
2 ⋅ (1) 2
x 3 + y 3 = 3 xy
dy
(a) Ache
dx
3 3
(b) Encontre a equação da reta tangente no ponto ,
2 2
(c) Em quais pontos a reta tangente é horizontal?
(d) Em quais pontos a reta tangente é vertical?
L.M.C / 2009 27
Resolução
(a)
d 3
dx
(
x + y3 =
d
dx
)
(3xy )
3 x 2 + 3 y 2 ⋅ y ′ = 3( y + x ⋅ y ′)
x 2 + y 2 ⋅ y′ = y + x ⋅ y′
y 2 ⋅ y′ − x ⋅ y′ = y − x 2
( )
y′ ⋅ y 2 − x = y − x 2
y−x 2
y′ =
y2 − x
3 3
(b) A equação tangente no ponto , é dada por:
2 2
3 3
y − = m⋅x −
2 2
3 9
−
3 3 2 4
Onde m = y ′ , = = −1
2 2 9 − 3
4 2
Daí:
3 3
y− = − x −
2 2
(c) A reta tangente à curva é horizontal quando possui inclinação nula, ou seja,
y′ = 0
y′ = 0 ⇒ y − x 2 = 0 ⇒ y = x 2
( )
x3 + x2
3
( )
= 3x x 2
x 3 + x 6 = 3x 3
Como y = 21 / 3 ( ) 2
(
para y ′ = 0 , o ponto a ser encontrado é 21 / 3 , 2 2 / 3 )
L.M.C / 2009 28
y − x2
(d) A reta tangente é vertical quando o denominador na expressão y ′ = é 0. Um
y2 − x
outro método é observar que a equação da curva não varia quando x e y são trocados
entre si, logo a curva é simétrica em torno da reta y = x . Isso significa que a tangente
( ) (
horizontal em 21 / 3 , 2 2 / 3 corresponde a tangente vertical em 2 2 / 3 , 21 / 3 )
Função Exponencial
Dado um número real a, tal que 0 < a ≠ 1 , chamamos função exponencial de base a a
função f de IR em IR que associa a cada x real o número a x .
f ( x) = a x
1º caso: a > 1
lim a x = +∞
x → +∞
lim a x = 0
x → −∞
lim a x = +∞
x → −∞
lim a x = 0
x → +∞
Propriedades:
(1) a x + y = a x ⋅ a y
ax
(2) a x − y = y
a
( )
(3) a x
y
= a xy
(4) (ab ) = a x b x
x
L.M.C / 2009 29
Definição de Logaritmo
log a b = x ⇔ a x = b
Propriedades
(1) log a ( xy ) = log a ( x) + log a ( y )
x
(2) log a = log a ( x) − log a ( y )
y
(3) log a ( x r ) = r log a ( x)
log b ( x)
(4) log a ( x) =
log b (a)
Função Logarítmica
Dado um número real a, tal que 0 < a ≠ 1 , chamamos função logarítmica de base a a
função f de IR ∗+ em IR que associa a cada x real o número log a x .
f ( x) = log a ( x)
lim log a x = +∞
x → +∞
lim log a x = −∞
x →0
OBS:
log a (a x ) = x
a log a ( x ) = x
log e ( x) = ln( x)
L.M.C / 2009 30
Derivada da função logarítmica
x
1
lim(1 + x )
1
x =e ou lim 1 + = e
x →0 x → ±∞
x
x + h h
log a log a 1 +
log ( x + h) − log a ( x) x = lim x
f ′( x) = lim a = lim
h→0
h h →0 h h →0 h
h
Definindo u = , temos:
x
log (1 + u ) 1 1 1
( ) ( )
1
f ′( x) = lim a = ⋅ lim ⋅ log a 1 + u = ⋅ lim log a 1 + u u
u →0
ux x u →0 u x u →0
1
⋅ log a lim(1 + u ) u = ⋅ log a (e)
1 1
f ′( x) =
x u →0 x
Logo
d
[log a ( x)] = 1 ⋅ log a (e) ou
d
[log a ( x)] = 1
dx x dx x ⋅ ln(a )
Quando a = e , temos
d
(ln x ) = 1
dx x
d
[ln f ( x)] = 1 ⋅ f ′( x) ⇒ d
[ln f ( x)] = f ′( x)
dx f ( x) dx f ( x)
(a) f ( x) = ln(2 x )
1 1
f ′( x) = ⋅2 =
2x x
L.M.C / 2009 31
( )
(b) f ( x) = ln x 2
1 2
f ′( x) = 2 ⋅ 2 x =
x x
x2 −1
(c) f ( x) = ln 3
x
f ′( x) = 2
( )
x 3 2 x ⋅ x 3 − x 2 − 1 ⋅ 3x 2
⋅
x −1 x6
x = log a ( y )
1
1= ⋅ log a (e) ⋅ y ′
y
y ax
y′ = =
log a (e) log a (e)
Logo,
d x
dx
( )
a =
ax
log a (e)
ou
d x
dx
( )
a = a x ⋅ ln(a )
Quando a = e , temos
d x
dx
( )
e = ex
L.M.C / 2009 32
OBS: Assim, a função exponencial f ( x) = e x tem como propriedade o fato de que sua
derivada é ela mesma. O significado geométrico desse fato é que a inclinação da reta
tangente à curva y = e x é igual a coordenada y do ponto.
eh −1
OBS: e é um número tal que lim =1
h →0 h
Exemplos:
( )′ = e
(1) e 3 x 3x
⋅3
( )′ = e
(2) e − x
2
− x2
⋅ (− 2 x )
′
x 3+1 x 2 +1
( )
2
x
2 x ⋅ x 3 − x 2 + 1 ⋅ 3x 2
(3) e =e x3
⋅
x6
Diferenciação logarítmica
1º passo:
Tome o logaritmo natural em ambos os lados de uma equação y = f (x) e use as
propriedades do logaritmo para simplificar.
2º passo:
Diferencie implicitamente em relação a x.
3º passo:
Resolva a equação resultante para y ′ .
L.M.C / 2009 33
Exemplo: Diferencie y = x x
Solução 1
ln( y ) = x ⋅ ln( x)
d
(ln( y) ) = d (x ⋅ ln( x))
dx dx
y′ 1
= 1 ⋅ ln( x) + x ⋅
y x
y′ = y ⋅ [ln( x) + 1]
y′ = x x ⋅ [ln( x) + 1]
Solução 2
(
Outro método é escrever x x = e ln( x ) )x
d x
dx
x = ( ) (
d x⋅ln( x )
dx
e )
d x
dx
( )
x = e x⋅ln( x ) ⋅ ( x ⋅ ln( x) )
d
dx
d x
dx
( )
x = e x⋅ln( x ) ⋅ [ln( x) + 1]
d x
dx
( )
x = x x ⋅ [ln( x) + 1]
(1) f ( x) = ln(2 x)
1 1
f ′( x) = ⋅2 =
2x x
(2) f ( x) = ln( x 3 )
1 3
f ′( x) = 3 ⋅ 3 x 2 =
x x
L.M.C / 2009 34
x
(3) f ( x) = ln 2
1+ x
f ′( x) = ⋅
( )
1 + x 2 1 ⋅ 1 + x 2 − x ⋅ 2 x
x 1+ x2 ( 2
)
(4) f ( x) = e 7 x
f ′( x) = e 7 x ⋅ 7
(5) f ( x) = x 3 ⋅ e x
f ′( x) = 3 x 2 ⋅ e x + x 3 ⋅ e x
(6) f ( x) = e sin( x )
f ′( x) = e sin( x ) ⋅ cos( x)
ex
(7) f ( x) =
ln( x)
1
e x ⋅ ln( x) − e x ⋅
x = x ⋅ e ⋅ ln( x) − e
x x
f ′( x) =
[ln( x)]2 x ⋅ [ln( x)]
2
(8) f ( x) = ln(sin( x) ) ⋅ e x
2
⋅ e + ln (sin( x) ) ⋅ e x ⋅ 2 x
cos( x) x 2
f ′( x) =
2
sin( x)
d
(ln sec( x) ) = d (− ln cos(x))) = − (− sin( x) ) = tan( x)
dx dx cos( x)
L.M.C / 2009 35
Noções de Funções Hiperbólicas
Definição
Identidades hiperbólicas
Observe que:
d e x − e−x e x + e−x
d
(sinh( x) ) = = = cosh( x)
dx dx 2 2
L.M.C / 2009 36
OBS:
Pode ser provado que se um cabo flexível pesado (tal como uma linha de telefone ou de
eletricidade) estiver suspendido entre dois pontos na mesma altura, então ela assume a
forma de uma curva com equação y = c + a ⋅ cosh ( x / a ) , chamada de catenária.
OBS:
x x2 x3 x4 x5
ex = 1+ + + + + +L
1! 2 ! 3! 4 ! 5!
θ2 iθ 3 θ 4 iθ 5
e iθ = 1 + iθ − − + + +L
2! 3! 4 ! 5!
iθ θ2
iθ 3 θ 4 iθ 5
e = 1 + iθ − − + + +L
2 ! 3! 4 ! 5!
θ2 θ4 θ3 θ5
e iθ = 1 − + + L + i ⋅ θ − + + L
144 2! 4! 3! 5 !
42444 3 144 42444 3
cos θ sin θ
e iθ + e − iθ
iθ
e +e − iθ
= 2 ⋅ cos θ ⇒ cos θ =
2
e iθ − e − iθ
sin θ =
2i
L.M.C / 2009 37
Revisão: Funções injetivas, sobrejetivas e bijetivas
Função Injetiva
x1 ≠ x 2 em A ⇒ f ( x1 ) ≠ f ( x 2 ) em B
f ( x1 ) = f ( x 2 ) em B ⇒ x1 = x 2 em A
Função sobrejetiva
Função Bijetiva
L.M.C / 2009 38
Revisão: Função inversa
g ( y ) = g ( f ( x) ) = x e f (g ( y ) ) = y
Para qualquer x ∈ A e y ∈ B .
OBS:
−1
1) É comum utilizarmos f para denotarmos a função inversa de f.
−1
2) A função inversa f existe se, e somente se, f é bijetora.
3) Para se obter a lei de formação da função inversa de uma função f, devemos trocar x
por y e y por x em y = f ( x ) e isolar a variável y.
−1
4) Os gráficos de f e f são simétricos em relação à bissetriz do primeiro e do terceiro
quadrantes.
L.M.C / 2009 39
Revisão: Funções trigonométricas inversas
Função arco-seno
π π
Por convenção, adota-se o intervalo − , em que a função y = sin(x) é inversível.
2 2
π π
Considerando a função y = sin(x) definida em − , , cujo conjunto imagem é
2 2
[− 1, 1] , podemos determinar sua inversa f .
−1
π π
A função f −1
definida de [− 1, 1] em − , é definida por:
2 2
y = arcsin( x) ⇔ sin( y ) = x
L.M.C / 2009 40
OBS: Construindo no mesmo plano os gráficos das funções y = sin(x) e y = arcsin(x) ,
vamos obter:
Função arco-cosseno
A função f −1
definida de [− 1, 1] em [0, π ] é definida por:
y = arccos( x) ⇔ cos( y ) = x
L.M.C / 2009 41
OBS: Construindo no mesmo plano os gráficos das funções y = cos(x) e y = arccos(x) ,
vamos obter:
Função arco-tangente
π π
A função y = tan(x) é inversível no intervalo − , , adotado por convenção.
2 2
π π
Nesse intervalo, temos a função f : − , → IR , definida por y = tan(x) .
2 2
−1 π π
A inversa de tan(x) é a função f : IR → − , , definida por:
2 2
y = arctan( x) ⇔ tan( y ) = x
L.M.C / 2009 42
OBS: Construindo no mesmo plano os gráficos das funções y = tan(x) e y = arctan(x) ,
vamos obter:
Função arco-secante
Função arco-cossecante
L.M.C / 2009 43
Função arco-cotangente
1
arcsin ′( x) =
1− x2
Demonstração 1
cos( y ) ⋅ y ′ = 1
1
y′ =
cos( y )
cos( y ) = 1 − sin 2 ( y ) = 1 − x 2
1
arcsin ′( x) =
1− x2
Demonstração 2
cos(arcsin( x) ) ⋅ arcsin ′( x) = 1
L.M.C / 2009 44
1
arcsin ′( x) =
cos(arcsin( x) )
Daí:
1
arcsin ′( x) =
1− x2
1
arccos ′( x) = −
1− x2
Demonstração
− sin( y ) ⋅ y ′ = 1
1
y′ = −
sin( y )
sin( y ) = 1 − cos 2 ( y ) = 1 − x 2
1
arccos ′( x) = −
1− x2
L.M.C / 2009 45
1
arctan ′( x) =
1+ x2
Demonstração
sec 2 ( y ) ⋅ y ′ = 1
1
y′ =
sec 2 ( y )
sin 2 ( y ) cos 2 ( y ) 1
2
+ 2
= 2
⇒ tan 2 ( y ) + 1 = sec 2 ( y )
cos ( y ) cos ( y ) cos ( y )
Temos,
1
y′ =
1 + tan 2 ( y )
1
arctan ′( x) =
1+ x2
As funções trigonométricas inversas que ocorrem com mais freqüência são aquelas que
acabamos de discutir. As derivadas das três funções remanescentes estão listadas
abaixo.
1 1 1
arc csc′( x) = − arc sec′( x) = arc cot ′( x) = −
x x2 −1 x x2 −1 1+ x2
Suponha que lim f ( x) = 0 , lim g ( x) = 0 e que f ′(x) e g ′(x) sejam contínuas em xo.
x → xo x → xo
Queremos calcular
f ( x)
lim =
x → xo
g ( x)
L.M.C / 2009 46
Idéia: Aproxime f (x) e g (x) perto de xo pelas suas respectivas retas tangentes
f ( x) ≈ f ( xo ) + f ′( xo ) ⋅ ( x − xo )
g ( x) ≈ g ( xo ) + g ′( xo ) ⋅ ( x − xo )
Daí,
f ( x) f ( xo ) + f ′( x o ) ⋅ ( x − xo )
lim = lim
x → xo g ( x )
x → xo g ( xo ) + g ′( xo ) ⋅ ( x − xo )
Como, f ( xo ) = 0 e g ( xo ) = 0 , temos
f ( x) f ′( xo ) ⋅ ( x − xo ) f ′( xo )
lim = lim = lim
x → xo g ( x )
x → xo g ′( xo ) ⋅ ( x − xo ) x → xo g ′( x o )
Assim,
f ( x) f ′( xo )
lim = lim Regra de L’Hôpital (0/0)
x → xo g ( x )
x → xo g ′( xo )
Agora, suponha que lim f ( x) = ∞ , lim g ( x) = ∞ e que f ′(x) e g ′(x) sejam contínuas
x → xo x → xo
f ( x) f ′( xo )
lim = lim Regra de L’Hôpital (±∞/±∞)
x → xo g ( x )
x → xo g ′( xo )
L.M.C / 2009 47
Exemplos: Utilizando a regra de L’Hôpital, temos
sin( x) 0
1) lim = ⇒ forma indeterminada
x →0
x 0
sin( x) sin ′( x)
lim = lim = lim cos( x) = 1
x→0
x x →0 ( x )′ x →0 1
1 − cos( x) sin( x)
2) lim = lim =0
x→0
x x→0 1
x2 − 4 2x
3) lim = lim = 4
x→2
x−2 x → 2
1
sin(2 x) cos(2 x) ⋅ 2
4) lim = lim =2
x →0
x x →0 1
sin(7 x) cos(7 x) ⋅ 7 7
5) lim = lim =
x →0 sin(5 x )
x →0 cos(5 x) ⋅ 5 5
1 − cos( x) sin( x)
6) lim 2 = lim
x→0
x x→0 2 x
sin( x) cos( x) 1
lim = lim =
x→0
2 x x →0 2 2
x 1
7) lim x = lim x = 0
x →∞ e
x→∞ e
8) Sendo n ∈ Z + , n > 1
xn n ⋅ x n −1 n ⋅ (n − 1) ⋅ x n− 2
lim x = lim x
= lim =
x→∞ e
x →∞ e x →∞ ex
n ⋅ (n − 1) ⋅ (n − 2) ⋅ x n −3 n!
= lim x
= L = lim x = 0
x →∞
e
x→∞ e
L.M.C / 2009 48
9) Utilizando a regra de L’Hôpital
1
ln( x) 1/ x x =
lim = lim+ = lim+
x → 0 + csc( x ) x →0 − ⋅ x →0 1 cos( x )
csc( x ) cot( x )
− ⋅
sin( x) sin( x)
Isso converte o limite dado na forma indeterminada do tipo 0/0 ou ±∞/±∞ de tal
forma que podemos usar a regra de L’Hôpital.
Exemplos:
lim[(1 − tan( x) ) ⋅ sec(2 x)] = lim[1 − tan( x)] ⋅ lim[sec(2 x)] = 0 ⋅ ∞ ⇒ forma indeterminada
π π π
x→ x→ x→
4 4 4
=1
)
x → − sin( 2 x ) ⋅ 2 −2
π
x → 1 / sec(2 x )
4 4
ln( x) 1/ x
2) lim+ ( x ⋅ ln( x) ) = lim+ = lim+ = lim+ (− x ) = 0
x→0 x →0 1 / x x →0 − 1 / x 2 x →0
L.M.C / 2009 49
Forma indeterminada do tipo ∞ − ∞
lim [ f ( x) − g ( x)] , se houver algum. Há uma luta entre f e g. Se f ganhar a resposta será
x → xo
Exemplo:
1 1
1) lim+ − = ∞ − ∞ ⇒ forma indeterminada
x →0
x sin( x)
1 1 sin( x) − x
lim+ − = lim+
x→0
x sin( x) x →0 x ⋅ sin( x)
sin( x) − x cos( x) − 1
lim+ = lim+
x→0
x ⋅ sin( x) x →0 sin( x) + x ⋅ cos( x)
− sin( x)
lim+ = 0
x→0
cos( x) + cos( x) − x ⋅ sin( x)
L.M.C / 2009 50
Solução 1
1
1x ⋅ln(1+ x ) lim ln(1+ x )
lim(1 + x) 1/ x
= lim e =e
x→0 x
x →0 x →0
1
lim 1+ x
1 x → 0 1
lim ln(1+ x )
e x→0 x
=e
= e1 = e
Solução 2
1
ln( y ) = ln(1 + x)
x
Daí,
1
lim[ln( y )] = lim ⋅ ln(1 + x)
x→0
x→0 x
1
lim ⋅ ln(1 + x) = lim 1 + x = 1
1
x →0 x
x →0 1
(
lim( y ) = lim e ln( y ) = e x →0
x →0 x →0
) lim [ln( y ) ]
= e1 = e
L.M.C / 2009 51
Taxas Relacionadas (aplicação de derivação implícita)
Exemplo: Suponha que uma escada de 3 metros de comprimento esta apoiada em uma
parede. Se a base desliza com uma velocidade constante e igual a 1 m/s, determine a
velocidade com que o topo da escada desliza quando a base da escada estiver 2 metros
afastada da parede.
Solução
x2 + y2 = 9
dx dy
2x + 2y =0
dt dt
dy dx
Queremos saber quanto vale quando x = 2 . É dado no problema que = 1.
dt dt
Daí,
dy x dx
=− ⋅
dt y dt
dy 2
=− m/s
dt 5
L.M.C / 2009 52
Exemplo: Óleo derramado por um tanque se espalha circularmente. O raio cresce a uma
taxa de 2 pés por segundo. Com que velocidade a área do derramamento cresce quando
o raio for de 60 pés?
A = π ⋅r2
dA dr
= 2π r ⋅
dt dt
dA dr
Queremos saber quanto vale quando r = 60 . É dado no problema que = 2.
dt dt
Logo,
dA
= 2π ⋅ 60 ⋅ 2
dt
dA
= 240π pés 2 /s
dt
Exemplo: Um líquido deve ser purificado por decantação através de um filtro cônico de
16 cm de altura e 4 cm de raio (no topo). Assuma que o líquido flui do cone a uma taxa
constante de 2 cm³/min.
Solução
L.M.C / 2009 53
(a) O volume do cone é expresso por
1
V = π r 2h
3
16 4 h
= ⇒r=
h r 4
Daí,
2
1 h
V = π h
3 4
π h3
V =
48
dV π 2 dh
= ⋅h ⋅
dt 16 dt
dh dV
Queremos saber quanto vale . É dado no problema que = −2 . Portanto,
dt dt
π dh
−2= ⋅ h2 ⋅
16 dt
dh − 32
=
dt π h 2
Assim, concluímos que a profundidade do líquido não decresce a uma taxa constante.
dh 32 1
(c) Quando y = 8 , =− 2 =−
dt π8 2π
dh 1
=− cm/min
dt 2π
L.M.C / 2009 54
Exemplo: Seja V o volume de um cilindro tendo altura h e raio r. Suponha que h e r
dV dh dr
variam com o tempo. (a) Como estão relacionados , e ? (b) Em certo
dt dt dt
instante, h = 6 cm e cresce a 1 cm/s, enquanto r = 10 cm e está decrescendo a 1 cm/s.
Com que rapidez está variando o volume naquele instante?
V = π r 2h
dV dr dh
=π ⋅ 2r h + r 2
dt dt dt
dV
Queremos saber quanto vale quando h = 6 e r = 10 . É dado no problema que
dt
dr dh
= −1 e = 1 . Portanto,
dt dt
dV
= −20π cm³/s
dt
L.M.C / 2009 55
Teorema do valor médio
Seja f (x) uma função diferenciável no intervalo (a, b ) . Assuma que f (x) é contínua
em [a, b]. Então existe x ∗ ∈ (a, b ) tal que
f (b) − f (a )
f ′( x ∗ ) = ou f (b) = f (a ) + f ′( x ∗ ) ⋅ (b − a )
b−a
Interpretação Geométrica
f (b) − f (a )
m AB =
b−a
Em outras palavras, há um ponto P onde a reta tangente é paralela à reta secante AB.
f (2) = f (0) + f ′( x ∗ ) ⋅ (2 − 0 )
f (2) = −3 + 2 ⋅ f ′( x ∗ )
L.M.C / 2009 56
Nos foi dado que f ′( x) ≤ 5 para todo x; assim multiplicando ambos os lados por 2,
2 f ′( x) ≤ 10
Daí,
f (2) = −3 + 2 ⋅ f ′( x ∗ ) ≤ −3 + 10 = 7
f é uma função
L.M.C / 2009 57
Derivada – crescimento – decréscimo
Teorema:
(a) Se f ′( x) > 0 para todo x em [a, b], então f é crescente em [a, b].
(b) Se f ′( x) < 0 para todo x em [a, b], então f é decrescente em [a, b].
f ( x 2 ) = f ( x1 ) + f ′( x ∗ ) ⋅ ( x 2 − x1 )
f ( x 2 ) − f ( x1 ) = f ′( x ∗ ) ⋅ ( x 2 − x1 )
f ( x 2 ) − f ( x1 ) = f ′( x ∗ ) ⋅ ( x 2 − x1 )
123 1 424 3
>0 >0
f ( x 2 ) − f ( x1 ) > 0
f ( x 2 ) > f ( x1 ) (c.q.d.)
Interpretação geométrica
(b) (b)
L.M.C / 2009 58
Exemplos:
(a) f ( x) = x 2 − 4 x + 3
f crescente ⇔ f ′( x) > 0
f decrescente ⇔ f ′( x) < 0
f ′( x) = 2 x − 4
(b) f ( x) = x 3
f ′( x) = 3 x 2 > 0
Daí,
f ′( x) > 0 se x ≠ 0
f ′( x) = 0 se x = 0
L.M.C / 2009 59
(c) f ( x) = x 4 − 4 x 3
f ′( x) = 4 x 3 − 12 x 2
f ′( x) = 4 x 2 ( x − 3)
Intervalos de decrescimento de f (− ∞, 3)
L.M.C / 2009 60
Concavidade
Teorema:
Interpretação geométrica
L.M.C / 2009 61
Exemplo: Determine os intervalos onde f tem a concavidade para cima e para baixo.
(a) f ( x) = x 2 − 4 x + 3
f ′( x) = 2 x − 4
(b) f ( x) = x 3
f ′( x) = 3 x 2
f ′′( x) = 6 x
L.M.C / 2009 62
(c) f ( x) = x 3 − 3 x 2
f ′( x) = 3 x 2 − 6 x
f ′′( x) = 6 x − 6 = 6( x − 1)
Pontos de inflexão
L.M.C / 2009 63
Exemplo:
(a) f ( x) = x ⋅ e − x
f ′( x) = e − x + x ⋅ e − x ⋅ (−1) = e − x (1 − x )
f ′′( x) = −e − x (1 − x) + e − x (−1) = −e − x (2 − x)
− e − x (2 − x) = 0 ⇒ 2 − x = 0 ⇒ x = 2
OBS: Note que para x > 2 , temos que f ′′( x) > 0 , portanto, f possui concavidade para
cima. E para x < 2 , temos que f ′′( x) < 0 e f possui concavidade para baixo.
(b) f ( x) = sin( x)
f ′( x) = cos( x)
f ′′( x) = − sin( x)
− sin( x) = 0 ⇒ x = π + k ⋅ π
L.M.C / 2009 64
Como f ′′ muda de sinal em torno de x = π + k ⋅ π , os pontos x = π + k ⋅ π são pontos
de inflexão.
OBS: Note que para 0 < x < π , temos que f ′′( x) < 0 , portanto, f possui concavidade
para baixo. E para π < x < 2π , temos que f ′′( x) > 0 , portanto, f possui concavidade
para cima.
(c) f ( x) = x 4
f ′( x) = 4 x 3
f ′′( x) = 12 x 2 ≥ 0
12 x 2 = 0 ⇒ x = 0
L.M.C / 2009 65
Máximos e mínimos
f ′( xo ) = 0 f ′( xo ) = 0 f ′( xo ) não existe
Teorema:
OBS:
(a) (b)
Os pontos xo em (a) e (b) são pontos de máximo e mínimo local onde a há perda de
diferenciabilidade.
L.M.C / 2009 66
(c) (d)
(e)
1
f ( x) = x 1 3 ⇒ f ′( x) = ⇒ f ′(0) não existe !!
3x 2 / 3
(f)
L.M.C / 2009 67
Teste da derivada primeira
(c) Se f ′(x) não muda de sinal em torno de xo xo não é ponto de máximo nem de
mínimo.
x − x = x (2 − x )
10 −1 3 5 2 3 5 −1 3
f ′( x) =
3 3 3
5 (2 − x )
f ′( x) =
3 x1 3
Achar os pontos críticos (ou seja, achar os candidatos a serem pontos de máximo ou de
mínimo):
x1 = 2 x =0
1 23 1223
f ′ ( x1 ) = 0 f ′( x2 ) não está definida
L.M.C / 2009 68
Daí, usando o teste da primeira derivada, concluímos que:
x1 = 2 é ponto de máximo
x 2 = 0 é ponto de mínimo
f ′( x) = 4 x 3 − 12 x = 4 x ( x 2 − 3)
x1 = − 3
Para f ′( x) = 0 ⇒ 4 x ( x 2 − 3) = 0 x 2 = 0
x3 = 3
f ′′( x) = 12 x 2 − 12
L.M.C / 2009 69
x 2 = 0 ⇒ f ′′( x) = 12 ⋅ 0 − 12 = −12 < 0 ⇒ x 2 é ponto de máximo.
(n −1)
f ′( xo ) = f ′′( xo ) = K = f ( xo ) = 0 e f (n ) ( xo ) ≠ 0
L.M.C / 2009 70
Análise de funções
1) Domínio da função.
2) Interceptos em x e y.
3) Intervalos de crescimento e decrescimento.
4) Concavidade e pontos de inflexão.
5) Extremos relativos
6) Assíntotas horizontais e verticais.
7) Esboço do gráfico.
2x 2
Exemplo: Esboce o gráfico y = .
x2 −1
2) Interceptos em x e y.
2x 2
Em x ⇒ y = 0 ⇒ =0⇒ x =0
x2 −1
2 ⋅ 02
Em y ⇒ x = 0 ⇒ y (0) = 2 =0⇒ y=0
0 −1
4 x ⋅ ( x 2 − 1) − 2 x 2 ⋅ (2 x) − 4x
y′ = = 2
( x − 1)
2 2
( x − 1) 2
Intervalo de crescimento de y (− ∞, 0)
L.M.C / 2009 71
4) Concavidade e pontos de inflexão
y ′′ =
( )
2
− 4 ⋅ x 2 − 1 + 4x ⋅ x 2 − 1 2x ( ) =
12 x 2 + 4
(x 2
−1 ) 4
(x 2
)
−1
3
OBS: Não há ponto de inflexão, uma vez que y não está definida para x = ±1 .
5) Extremos relativos
− 4x
y′ = 0 =0 x=0
( x 2 − 1) 2
12 ⋅ 0 2 + 4
Pelo teste da segunda derivada y ′′(0) = <0
(0 2
−1 )
3
− 4x
Perda de diferenciabilidade pontos que anulam o denominador de y ′ = .
( x 2 − 1) 2
São eles x = ±1 . Entretanto, y não está definida para x = ±1 , portanto, não há extremo
relativo com perda de diferenciabilidade.
L.M.C / 2009 72
6) Assíntotas
2x 2
lim 2 =2
x→∞ x − 1
2x 2
lim 2 =2
x → −∞ x − 1
Verticais Por exemplo, limites quando x tende a pontos onde a função não está
definida.
2x 2 2x 2
lim+ 2 = ∞ lim− 2 = −∞
x →1
x −1 x →1
x −1
2x 2 2x 2
lim+ 2 = −∞ lim− 2 = ∞
x → −1
x −1 x → −1
x −1
7) Esboço do gráfico
Função par f (− x) = f ( x)
Função ímpar f (− x) = − f ( x)
L.M.C / 2009 73
Exemplo: Esboce o gráfico y = xe x .
2) Interceptos em x e y.
Em x ⇒ y = 0 ⇒ xe x = 0 ⇒ x = 0
Em y ⇒ x = 0 ⇒ y (0) = 0 ⋅ e 0 = 0 ⇒ y = 0
y ′ = e x + xe x = e x (1 + x)
Uma vez que e x é sempre positiva, a variação do sinal de y ′ será determinada pelo
estudo do sinal de (1 + x ) .
Intervalo de crescimento de y (− 1, + ∞ )
Intervalos de decrescimento de y (− ∞, − 1)
y ′′ = e x (1 + x) + e x = e x (2 + x)
Uma vez que e x é sempre positiva, a variação do sinal de y ′′ será determinada pelo
estudo do sinal de (2 + x ) .
L.M.C / 2009 74
Concavidade para cima (positiva) (−2, + ∞)
Concavidade para baixo (negativa) (− ∞, − 2)
Observe que x = −2 é ponto de inflexão, uma vez que y ′′(−2) = 0 e há troca de sinal de
y ′′ em torno de x = −2 .
5) Extremos relativos
y ′ = 0 e x (1 + x) = 0 x = −1
6) Assíntotas
( )
lim xe x = ∞
x→∞
( ) x
( )
lim xe x = lim − x = lim − e x = 0 (Regra de L’Hôpital)
x → −∞
x → −∞ e
x →−∞
7) Esboço do gráfico
L.M.C / 2009 75
Exemplo: Esboce o gráfico y = x1 3 + 2x 4 3 .
2) Interceptos em x e y.
Em x ⇒ y = 0 ⇒ x1 3 + 2 x 4 3 = 0
x1 3 (1 + 2 x ) = 0
1
x=0 x=−
2
Em y ⇒ x = 0 ⇒ y (0) = 0 ⇒ y = 0
x − 2 3 8 x 1 3 x −2 3 (1 + 8 x ) 1 (8 x + 1)
y′ = + = =
3 3 3 3 x2 3
Uma vez que o denominador é sempre positivo, o sinal de y ′ será determinado pelo
estudo do sinal do numerador 8 x + 1 .
1
Intervalo de crescimento de y − , + ∞
8
1
Intervalos de decrescimento de y − ∞, −
8
2 x −5 3 8 x − 2 3 2 x −5 3 (− 1 + 4 x ) 2 (4 x − 1)
y ′′ = − + = =
9 9 9 9 x5 3
L.M.C / 2009 76
Concavidade para cima (positiva) (− ∞, 0 ) ∪ (1 / 4, + ∞ )
Concavidade para baixo (negativa) (0, − 1 / 4)
Observe que x = 1 / 4 é ponto de inflexão, uma vez que y ′′(1 / 4) = 0 e há troca de sinal
de y ′′ em torno de x = 1 / 4 . Note também que x = 0 é ponto de inflexão, mesmo que
y ′′ seja descontínua em x = 0 , y ′′ muda de sinal em torno de 0 e y é contínua em x = 0.
5) Extremos relativos
1 (8 x + 1)
y′ = 0 = 0 x = −1 / 8
3 x2 3
1 (8 x + 1)
Perda de diferenciabilidade pontos que anulam o denominador de y ′ = .
3 x2 3
6) Assíntotas
( )
lim x1 3 + 2 x 4 3 = ∞
x →∞
( )
lim x1 3 + 2 x 4 3 = ∞
x → −∞
L.M.C / 2009 77
7) Esboço do gráfico
(
Exemplo: Esboce o gráfico y = ln 4 − x 2 . )
1) Domínio: 4 − x 2 > 0 (condição de existência de ln)
2) Interceptos em x e y.
( )
Em x ⇒ y = 0 ⇒ ln 4 − x 2 = 0 ⇒ 4 − x 2 = 1 x = ± 3
− 2x 2x
y′ = = 2
4− x 2
x −4
L.M.C / 2009 78
Intervalo de crescimento de y (− 2, 0)
2( x 2 − 4) − 2 x(2 x) − (2 x 2 + 8)
y ′′ = =
( x 2 − 4) 2 ( x 2 − 4) 2
Note que o sinal de y ′′ é sempre negativo, logo y possui apenas concavidade para baixo.
5) Extremos relativos
2x
y′ = 0 =0 x=0
x −4
2
6) Assíntotas
L.M.C / 2009 79
Verticais Por exemplo, limites quando x tende a pontos onde a função não está
definida.
[ ( )]
lim− ln 4 − x 2 = −∞
x→ 2
[ ( )]
lim ln 4 − x 2 = −∞
x → −2 +
7) Esboço do gráfico
1) Domínio x ∈ [0, 2π ]
2) Interceptos em x e y.
Em x ⇒ y = 0 ⇒ 2 cos( x) + sin( 2 x) = 0
2 cos( x) + 2 sin( x) cos( x) = 0
2 cos( x) [1 + sin( x)] = 0
cos( x) [1 + sin( x)] = 0
cos( x) = 0 1 + sin( x) = 0
π 3π 3π
x = ou x = x=
2 2 2
π 3π
Logo, os interceptos em x são em x = e x=
2 2
Em y ⇒ x = 0 ⇒ y = 2 cos(0) + sin(2 ⋅ 0) ⇒ y = 2
L.M.C / 2009 80
3) Intervalos de crescimento e decrescimento.
y ′ = −2 sin( x) + 2 cos(2 x)
[
y ′ = −2 sin( x) + 2 1 − 2 sin 2 ( x) ]
[
y ′ = 2 − 2 sin 2 ( x) − sin( x) + 1 ]
y ′ = 2 ⋅ (−2) ⋅ [sin( x) + 1] ⋅ [sin( x) − 1 / 2]
y ′ = 4 ⋅ [− sin( x) − 1] ⋅ [sin( x) − 1 / 2]
1
− sin( x) − 1 = 0 sin( x) −=0
2
1
sin( x) = −1 sin( x) =
2
3π π 5π
x= x= ; x=
2 6 6
π 5π
Intervalo de crescimento de y 0, ∪ , 2π
6 6
π 5π
Intervalos de decrescimento de y ,
6 6
y ′′ = −2 cos( x) − 4 sin(2 x)
y ′′ = −2 cos( x) − 8 sin( x) cos( x)
y ′′ = 2 cos( x) [− 1 − 4 sin( x)]
L.M.C / 2009 81
Os valores de x que anulam y ′′ são as raízes das equações:
cos( x) = 0 − 1 − 4 sin( x) = 0
π 3π 1
x= ; x= x = arcsin −
2 2 4
1
Note que há dois valores x = arcsin − . Nós iremos chamá-los de α 1 e α 2 .
4
π 3π
Concavidade para cima (positiva) , α 1 ∪ , α 2
2 2
π 3π
Concavidade para baixo (negativa) 0, ∪ α 1 , ∪ (α 2 , 2π )
2 2
π 3π
Os pontos x = , x = α1 , x = e x = α 2 são pontos de inflexão uma vez que para
2 2
eles y ′′ = 0 e há mudança de sinal de y ′′ em torno deles.
5) Extremos relativos
3π π 5π
y′ = 0 x = ; x= ; x=
2 6 6
L.M.C / 2009 82
3π
O ponto x = não é ponto nem de máximo nem de mínimo, pois pelo teste da
2
primeira derivada, não há mudança de sinal de y ′ em torno dele.
π
O ponto x = é ponto de máximo pelo teste da derivada primeira.
6
5π
O ponto x = é ponto de mínimo pelo teste da derivada primeira.
6
7) Esboço do gráfico
OBS: Considerando que o domínio de y seja todos os números reais e notando que
f ( x + 2π ) = f ( x) , obtemos o seguinte gráfico:
L.M.C / 2009 83
Assíntotas Inclinadas
3x 3 + x − 1 x 75 − 32 x 7 + 1 3 x 17 + 32 x − 5
Exemplos: y = ; y = ; y =
5x 2 + x x 74 + 7 2 x16 − 3 x15 + 3
3x 3 + x − 1
Vamos calcular o limite no infinito de y = ,
5x 2 + x
3x 3 + x − 1 3x 3 3x
lim
= lim 2 = lim = ±∞
5 x + x x →±∞ 5 x
2
x → ±∞
x →±∞ 5
3x
Nesse caso y = é uma assíntota inclinada.
5
4 − x3
Exemplo: Esboce o gráfico y = .
x2
2) Interceptos em x e y.
4 − x3
Em x ⇒ y = 0 ⇒ 2
= 0 ⇒ 4 − x 3 = 0 x = 41 3
x
L.M.C / 2009 84
3) Intervalos de crescimento e decrescimento.
4
y= −x
x2
(8 + x 3 )
y′ = −
x3
Intervalo de crescimento de y (− 2, 0)
24
y ′′ =
x4
Note que y ′′ > 0 para qualquer valor de x (exceto zero). Daí a função y possui apenas
concavidade para cima. E por conseguinte, não há ponto de inflexão.
5) Extremos relativos
(8 + x 3 )
y′ = 0 − = 0 x = −2
x3
x = −2 é ponto de mínimo.
L.M.C / 2009 85
(8 + x 3 )
Perda de diferenciabilidade pontos que anulam o denominador de y ′ = − .
x3
6) Assíntotas
4 − x3 − x3
lim 2 = lim 2 = lim (− x ) = ±∞
x → ±∞
x x →±∞ x x →±∞
Daí, a função tem a reta y = − x como assíntota inclinada. (não há assíntota horizontal)
Verticais Por exemplo, limites quando x tende a pontos onde a função não está
definida.
4 − x3 4 − x3
lim 2 = ∞ lim 2 = ∞
x →0 + x →0 −
x x
7) Esboço do gráfico
L.M.C / 2009 86
Otimização (máximos e mínimos)
(3) O maior valor das etapas 1 e 2 é o valor máximo absoluto, ao passo que o menor
desses valores é o valor mínimo absoluto.
( )
f ′( x) = 6 x 2 − 30 x + 36 = 6 x 2 − 5 x + 6 = 6 ( x − 3)( x − 2 )
Como f é uma função diferenciável em todo o seu domínio, os pontos críticos serão
aqueles onde f ′( x) = 0 . Daí, temos que:
f ′( x) = 0 x = 2 e x = 3
f ′′( x) = 12 x − 30
f (2) = 28 f (3) = 27
f (1) = 23 f (5) = 55
L.M.C / 2009 87
Logo, pelo Método do Intervalo Fechado, temos:
A seguir, veremos que uma função pode não possuir valores extremos absolutos quando
consideramos o intervalo aberto ou quando a função possui uma descontinuidade. Não
vale nesse caso o Método do Intervalo Fechado.
Por exemplo, a função representada abaixo, possui um valor mínimo f (2) = 0 e não
tem valor máximo.
Outro exemplo, a função representada abaixo não possui nem um valor mínimo nem um
valor máximo.
(2) Devemos comparar os valores da função nos extremos relativos com os valores dos
limites da função nos extremos do intervalo.
L.M.C / 2009 88
Exemplo: Encontre os pontos de máximo e de mínimo absoluto da função
f ( x) = x 3 − x para x pertencente ao intervalo (−1, 2) .
f ′( x) = 3 x 2 − 1
Como f é uma função diferenciável em todo o seu domínio, os pontos críticos serão
aqueles onde f ′( x) = 0 . Daí, temos que:
1
f ′( x) = 0 x = ±
3
f ′′( x) = 6 x
1 6
f ′′ = > 0 candidato a ser ponto de mínimo absoluto
3 3
1 6
f ′′ − = − < 0 candidato a ser ponto de máximo absoluto
3 3
1 1
f ≈ −0,385 f − ≈ 0,385
3 3
lim f ( x) = 0 lim f ( x) = 6
x → −1+ x→ 2 −
Portanto,
Máximo absoluto não existe (porém note que existe máximo relativo)
1
Mínimo absoluto x =
3
L.M.C / 2009 89
Problemas de máximo e mínimo
Solução
100 = 2 x + 2 y ⇒ y = 50 − x
A : [0, 50] → IR
A( x) = − x 2 + 50 x
A′( x) = −2 x + 50
− 2 x + 50 = 0 ⇒ x = 25
A′′( x) = −2
A′′(25) = −2 < 0
A(0) = 0
A(25) = 625 máximo absoluto
A(50) = 0
x = 25 m e
y = 50 − x = 50 − 25 ⇒ y = 25 m
L.M.C / 2009 90
2) Uma caixa sem tampa é construída a partir de um pedaço retangular de papelão, de
dimensões 8 dm por 5 dm, eliminado quatro quadrados congruentes dos seus vértices.
Qual deve ser o tamanho do lado de um dos quadrados para se obter uma caixa de
volume máximo?
Solução
5
V ( x) = x ⋅ (5 − 2 x)(8 − 2 x) onde x ∈ 0,
2
V ( x) = 4 x 3 − 26 x 2 + 40 x
Derivando em relação a x
V ' ( x) = 12 x 2 − 52 x + 40
Fazendo V ′( x) = 0
12 x 2 − 52 x + 40 = 0
10
As raízes da equação acima são: x = ; x = 1 que são candidatos a serem solução do
3
problema, pois pelo teste da derivada segunda, temos
V ′′( x) = 24 x − 52
V ′′(1) = 24 − 52 = −28 < 0 candidato a ser solução
V ′′(10 / 3) = 80 − 52 = 28 > 0 solução incompatível (fora do domínio)
L.M.C / 2009 91
3) Mostre que, todos os retângulos com área dada, aquele com o menor perímetro é um
quadrado.
Solução
Sendo o valor da área do retângulo uma constante igual a A, temos que A = x ⋅ y , logo
A
y=
x
2A
P( x) = 2 x +
x
2A
P ′( x) = 2 −
x2
2A
2− 2
= 0 ⇒ x2 = A ⇒ x = A
x
4A
P ′′( x) = >0
x3
P ′′( A ) > 0 (só estamos tratando com números positivos)
A A
Encontrando o valor de y y = = ⇒ y= A
x A
Demonstramos, assim, que o quadrado é o retângulo de área fixa que apresenta o menor
perímetro.
L.M.C / 2009 92
4) A figura (a) mostra um raio luminoso que parte do ponto A, atinge o ponto P, reflete-
se e atinge o ponto B. Mostre que o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão,
admitindo o princípio de Fermat, segundo o qual o trajeto é feito em tempo mínimo (A e
B estão num mesmo meio).
Solução
t = AP / v + PB / v
AP = a 2 + x 2
t ( x) = a 2 + x 2 + b 2 + (c − x )
1 2
v
L.M.C / 2009 93
Derivando a expressão em relação a x,
1 x c−x
′
t ( x) = −
v a +x b 2 + (c − x )
2 2 2
1 a2 b2
t ′′( x) = −
v
(a 2
+x 2 3
) [b 2
+ (c − x )
2 3
]
Claramente t ′′( x) > 0 para todo x real. Então, para achar o ponto de mínimo basta
verificar t ′( x) = 0 .
1 x c−x
=0
−
v a +x b + (c − x )
2 2 2 2
x c−x
=
a +x b 2 + (c − x )
2 2 2
x c−x
Porém, observe que cos iˆ = e cos rˆ = , logo
a +x b 2 + (c − x )
2 2 2
cos(iˆ) = cos(rˆ)
iˆ = rˆ
5) Dois postes verticais PQ e ST são amarrados por uma corda PRS que vai do topo do
primeiro poste para um ponto R no chão entre os postes e então ao segundo poste, como
na figura. Mostre que o menor comprimento de tal corda ocorre quando θ1 = θ 2 .
L.M.C / 2009 94
Solução
d ( x) = a 2 + x 2 + b 2 + (c − x )
2
x c−x
d ′( x) = −
a2 + x2 b 2 + (c − x )
2
a2 b2
d ′′( x) = −
(a 2
+ x2 )3
[b 2
+ (c − x ) ]
2 3
Claramente d ′′( x) > 0 para todo x real. Então, para achar o ponto de mínimo basta
verificar d ′( x) = 0 .
x c−x
− =0
a +x b + (c − x )
2 2 2 2
x c−x
Porém, observe que cos θ1 = e cos θ 2 = , logo
a2 + x2 b + (c − x )
2 2
cos(θ1 ) = cos(θ 2 )
θ1 = θ 2
L.M.C / 2009 95
6) Seja v1 a velocidade da luz no ar e v 2 a velocidade da luz na água. De acordo com o
princípio de Fermat, um raio de luz viajará de um ponto A para um ponto B na água por
um caminho ACB que minimiza o tempo gasto. Mostre que
sin θ1 v1
=
sin θ 2 v 2
Solução
a2 + x2 b 2 + (d − x )
2
sin θ1 sin θ 2
T ′(x) = 0 ⇒ =
v1 v2
L.M.C / 2009 96
x2 y2
7) Encontre a área do maior retângulo que pode ser inscrito numa elipse + = 1.
a2 b2
Solução
x2 y2 b
2
+ 2 =1⇒ y = a2 − x2
a b a
b
A( x) = 4 x a 2 − x 2 , onde 0 < x < a
a
A′( x) =
(
4b a 2 − 2 x 2 )
a a −x2 2
a
A' ( x) = 0 ⇒ x =
2
a a
Pelo teste da derivada segunda, A′′ < 0 , logo x = é ponto de máximo.
2 2
b
Logo, y = . Daí,
2
a b
AMÁX = 4
2 2
AMÁX = 2ab
L.M.C / 2009 97
8) Determine o cilindro de área mínima entre todos os cilindros circulares de um
volume dado.
Solução
A = 2π ⋅ r 2 + 2π ⋅ rh
V
Como V = π r 2 h , ou melhor, h = . Daí,
π r2
V
A(r ) = 2π ⋅ r 2 + 2π ⋅ r ⋅ 2
π r
V
A(r ) = 2π ⋅ r 2 + 2 ⋅
r
2V
A′(r ) = 4π ⋅ r −
r2
4V
Calculando a derivada segunda temos, A′′(r ) = 4π + . Como r > 0 , A′′(r ) > 0 .
r3
Então, para achar o ponto de mínimo basta verificar A′( x) = 0 .
1
2V V 3
A′(r ) = 0 ⇒ 4π ⋅ r = 2 ⇒ r =
r 2π
1
V 3
Calculando a razão h / r quando r = , obtemos
2π
V
h π r2 V V
= = = = 2 . Daí h = 2r , ou seja, o cilindro é eqüilátero.
r r πr 3
V
π
2π
L.M.C / 2009 98
9) Entre todos os triângulos de mesma base e mesma área determinar o de menor
perímetro.
Solução
Note que todos os triângulos de mesma base e mesma área, possuem a mesma altura h.
P = 2a + d 1 + d 2
P ( x ) = 2a + ( a + x) 2 + h 2 + ( a − x ) 2 + h 2
x+a a−x
P ′( x) = −
(x + a ) 2
+ h2 (a − x )2 + h 2
Derivando novamente em relação x, perceberemos que P ′′( x) > 0 (similar aos
problemas anteriores). Então, para achar o ponto de mínimo basta verificar P ′( x) = 0 .
x+a a−x
P ′( x) = 0 ⇒ = ⇒ sin θ1 = sin θ 2
(x + a ) 2
+ h2 (a − x )2 + h 2
L.M.C / 2009 99
10) Encontre o ponto sobre a parábola y 2 = x mais próximo de (1, 4).
Solução
d= (x − 1)2 + ( y − 4)2
Mas como o ponto (x, y) está sobre a parábola, então x = y 2 / 2 ; logo, a expressão para
d fica
2
y2
d = − 1 + ( y − 4)
2
2
2
y2
d = f ( y ) = − 1 + ( y − 4 )
2 2
2
y2
f ′( y ) = 2 − 1 y + 2( y − 4) = y 3 − 8
2
Solução
b⋅h
A=
2
2r sin θ ⋅ (r + r cos θ )
A(θ ) = , θ ∈ [0, π ]
2
2 cos θ − 1 = 0 cos θ + 1 = 0
cos θ = 1 / 2 cos θ = −1
π
θ= θ =π
3
π π π 3 1
A′′ = − r 2 sin 4 cos + 1 = − r 2 4 + 1 < 0
3 3 3 2 2
π
Logo, θ = é um ponto de máximo (pelo Método do Intervalo Fechado A(0) = 0 ).
3
π
Note que sendo θ = , o triângulo é um triângulo eqüilátero cujos lados medem
3
3
l = 2r sin θ = 2r =r 3.
2
l=r 3
12) Como deve ser escolhido o ponto P sobre o segmento AB de forma a maximizar o
ângulo θ ?
Solução
5 2
Da figura, tan α = , tan β = e α +θ + β = π .
x 3− x
5 2
θ ( x) = π − arctan − arctan
x 3− x
5 2
θ ′( x) = − 2
x + 25 x − 6 x + 13
2
5 2
θ′ = 0 ⇒ = 2 ⇒ 2 x 2 + 50 = 5 x 2 − 30 x + 65 ⇒ x = 5 ± 2 5
x + 25 x − 6 x + 13
2
Rejeitaremos x = 5 + 2 5 uma vez que é maior que 3. Pelo teste da derivada primeira:
13) Um cilindro circular reto é inscrito numa esfera de raio r. Encontre o cilindro de
maior volume possível.
Solução
V ( x) = π (r 2 − x 2 )(2 x)
, onde 0 ≤ x ≤ r
V ( x) = 2π (r 2 x − x 3 )
V ′( x) = 2π (r 2 − 3 x 2 ) = 0 ⇒ x = r / 3
V (r / 3 ) = 4π r 3 / 3 3
∆x 1
=
∆y ∆y
∆x
∆x 1 1 1
( f −1 )′ ( y ) = lim = lim = =
∆y →0 ∆y ∆x → 0 ∆y ∆y f ′( x)
lim
∆x ∆x→0 ∆x
1
x = f −1 ( y ) ⇒ ( f −1 )′ ( y ) =
f ′( x)
y = arcsin( x) ⇒ x = sin( y )
Já vimos que:
x = sin( y ) ⇒ x′ = cos( y )
1 1 1 1
y′ = = = =
x ′ cos( y ) 1 − sin 2 ( y ) 1− x2
Em resumo:
1
y = arcsin( x) ⇒ y ′ =
1− x2
Teorema:
ATENÇÃO!!
A recíproca do teorema é falsa, isto é há funções que são contínuas, mas não são
diferenciáveis. Por exemplo, a função f ( x) = x é contínua em 0, pois
mas não é diferenciável em 0, uma vez que as derivadas laterais são diferentes,
f (0 + ∆x) − f (0) ∆x
f ′(0) = lim = f ′(0) = lim
∆x → 0 ∆x ∆x →0 ∆x
Como ∆x > 0 ⇒ ∆x = ∆x
∆x < 0 ⇒ ∆x = − ∆x
∆x ∆x
lim+ = lim+ = lim+ (1) = 1
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x ∆x →0
∆x − ∆x
lim− = lim− = lim− (−1) = −1
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x ∆x → 0
Daí,
∆x ∆x
lim+ ≠ lim−
∆x →0 ∆x ∆x → 0 ∆x
Logo f ′(0) não existe e assim f não é derivável em 0. Não existe reta tangente na
origem para o gráfico da função valor absoluto f ( x) = x .
Teorema de Bolzano:
Se f é contínua em [a, b], e f (a ) e f (b) têm sinais contrários, então existe (pelo
menos) um ponto c de ]a, b[ tal que f (c) = 0 .
“Seja f uma função contínua em [a, b]. Se d é um número que verifica f (a ) < d < f (b)
ou f (a ) > d > f (b) , então existe (pelo menos um) c de ]a, b[ tal que f (c) = d .”
(3) f (a ) = f (b)
Ilustração
Usaremos a reta tangente em (a, f (a)) como aproximação para a curva y = f (x)
quando x está próximo de a. Uma equação da reta tangente é
y = f (a ) + f ′(a )( x − a )
e a aproximação
f ( x) ≈ f (a ) + f ′(a )( x − a )
L( x) = f (a ) + f ′(a )( x − a )
é chamada de linearização de f em a.
sin( x) ≈ x
As idéias por trás das aproximações lineares são algumas vezes formuladas na
terminologia e notação de diferenciais. Se y = f (x) , onde f é uma função diferenciável,
então a diferencial dx é uma variável independente, isto é, a dx pode ser dado um valor
real qualquer. A diferencial dy é então definida em termos de dx pela equação
dy = f ′( x) dx
Assim dy é uma variável dependente; ela depende dos valores de x e dx. Se a dx for
dado um valor específico e x for algum número específico no domínio de f, então o
valor numérico de dy está determinado.
∆y = f ( x + ∆x) − f ( x)
Exemplo: Iremos agora ilustrar o uso de diferenciais na estimativa de erros que ocorrem
em virtude de medidas aproximadas.
O raio de uma esfera tem 21 cm, com um erro de medida possível de no máximo 0,05
cm. Qual é o erro máximo cometido ao usar esse valor de raio para computar o volume
da esfera?
Solução
4 3
Se o raio da esfera for r, então seu volume é V = π r . Se o erro na medida do valor
3
de r for denotado por dr = ∆r , então o erro correspondente no cálculo do valor de V é
∆V , que pode ser aproximado pela diferencial
dV = 4π r 2 dr
∆V dV 4π r 2 dr dr
OBS: Erro relativo ≈ = =3 .
V V 4π r / 3
3
r
Iremos dividir o intervalo [0, 1] usando n + 1 pontos (os extremos estão incluídos)
1 2 3 n −1 n
xo = 0 , x1 = , x 2 = , x3 = , ... , x n −1 = e xn = = 1
n n n n n
n
S n = ∑ f ( xi ) ∆xi (soma de Riemann)
i =1
onde ∆xi = xi − xi −1
Sn =
1 2
n 3
[
1 + 2 2 + 3 2 + 4 2 + 5 2 + L + (n − 1) 2 + n 2 ]
Pelo princípio da indução matemática, temos
n
n (n + 1)(2n + 1)
∑i
i =1
2
= 12 + 2 2 + 3 2 + L + n 2 =
6
Daí,
1 n (n + 1)(2n + 1)
Sn =
n 3 6
1 n (n + 1)(2n + 1) 1
S = lim 3 =3
n →∞ n 6
Notação:
b n
x
A( x) = ∫ f (t ) dt para f ≥ 0 (curva acima do eixo x)
a
x
A( x) = − ∫ f (t ) dt para f < 0 (curva abaixo do eixo x)
a
A função A(x) corresponde ao valor da área debaixo da curva que vai de um ponto
inicial a até um ponto qualquer x.
b
∫
a
f ( x)dx é a integral definida de a à b
b a
(1) ∫ a
f ( x)dx = − ∫ f ( x)dx
b
a
(2) ∫ a
f ( x)dx = 0
∫a [ f ( x) + g ( x)]dx = ∫a
b b b
(3) f ( x)dx + ∫ g ( x)dx
a
b c b
∫
a
f ( x)dx = ∫ f ( x)dx + ∫ f ( x)dx
a c
b b
(6) ∫a
c f ( x)dx = c ∫ f ( x)dx , onde c é qualquer constante.
a
x
g ( x) = ∫ f (t )dt a≤ x≤b
a
g ′( x) = f ( x)
x
Queremos mostrar que se g ( x) = ∫ f (t )dt , então g ′( x) = f ( x) .
a
g ( x + h) − g ( x)
g ′( x) = lim
h →0 h
1 x+h
g ′( x) = lim ∫ f (t )dt − ∫ f (t )dt
x
h →0 h
a a
1 x+h
g ′( x) = lim ∫ f (t )dt + ∫ f (t )dt
a
h →0 h
a x
1 x+h
g ′( x) = lim ∫ f (t )dt
h →0 h x
x+h
Da figura acima temos que ∫x
f (t )dt = h f ( x) , então
h f ( x)
g ′( x) = lim
h →0
h
Logo,
g ′( x) = f ( x)
′
x f (t )dt = f ( x)
∫a
Conclusão:
b
∫ a
f ( x)dx = F (b) − F (a)
Demonstração
x
Pelo TFC1, temos que g ( x) = ∫ f (t )dt ⇒ g ′( x) = f ( x) , ou seja, g é uma antiderivada
a
de f.
F ( x) = g ( x) + C
Portanto
F (b) − F (a ) = [g (b) + C ] − [g (a ) + C ]
b
F (b) − F (a) = g (b) = ∫ f (t )dt
a
Notação [F ]a = F ]a = F
b
= F (b) − F (a )
b b
a
1
∫ x dx
2
Exemplo: Calcule
0
Solução
1
1 x3 1 1
∫0 = = −0 =
2
x dx
3 0 3 3
1
∫ x dx
3
Exemplo: Calcule
0
Solução
1
1 x4 1 1
∫0 = = −0 =
3
x dx
4 0 4 4
x
(a) g ( x) = ∫ sin(t 2 )dt
0
g ′( x) = sin( x 2 )
x
(b) g ( x) = ∫ t 5 + 2t dt
0
g ′( x) = x 5 + 2 x
x4
(c) g ( x) = ∫ sec(t )dt
1
Nesse caso, iremos utilizar a regra da cadeia em conjunção com TFC1. Seja u = x 4 ,
então:
d x4 d u d u du du
∫ sec(t ) dt = ∫ sec(t ) dt = ∫ sec(t )dt = sec(u ) = sec( x 4 ) ⋅ 4 x 3
dx 1 dx 1
du 1
dx dx
Integral indefinida
b
Integral definida: ∫ a
f ( x)dx é um número.
(∫ f ( x)dx )′ = f ( x)
A integral ∫ f ( x)dx é uma integral indefinida de f (x) .
Exemplo:
x3 d x3
∫ x dx = +C + C = x 2 , onde C é uma constante de integração
2
pois
3 dx 3
∫ c f ( x)dx = c ∫ f ( x)dx
∫ [ f ( x) + g ( x)]dx = ∫ f ( x)dx + ∫ g ( x)dx
∫ kdx = kx + C
n +1
1
∫ x dx = ln x + C
∫e dx = e x + C
x
ax
∫ a dx = +C
x
ln(a)
1
∫ 1− x2
dx = arcsin( x) + C
0
x3 4x 2
+ 7 x = −[− 9 − 18 − 21] = 48
0
(a) ∫ ( x − 4 x + 7)dx = −
2
−3
3 2 −3
2
2 x2 x5
2 32 1 1
(b) ∫ x(1 + x )dx = ∫ ( x + x ) = + = 2 + − −
3 4
−1 −1 5 −1 5 2 5
2
9 9
2 ⋅ 35 2 ⋅ 2 5 4 5
(c) ∫
9
2 x x dx = 2 ∫ x
9
3/ 2 x5/ 2
dx = 2 = 2
2x5 / 2
= 2 − (
= 3 − 2 5 )
4 4
5/ 2 4 5 4 5 5 5
9
9
−1 / 2 −5 / 2 4 2
(e) ∫ (4 y + 2y 1/ 2
+y )dy = 8 y 1 / 2 + y 3 / 2 − y −3 / 2 =
4
3 3 4
4 2 4 2
= 8 ⋅ 3 + 33 − ⋅ 3−3 − 8 ⋅ 2 + 23 − ⋅ 2 −3
3 3 3 3
Técnicas de integração
1) Regra da Substituição
2) Integração por partes
3) Substituição trigonométrica
4) Frações Parciais
Se u = g (x) for uma função diferenciável cuja imagem é um intervalo I e f for contínua
em I, então
Note que se u = g (x) , então du = g ′( x)dx , portanto uma forma de lembrar a Regra da
Substituição é imaginar dx e du como diferenciais.
Exemplos: Calcule
(a) ∫ sin( x 3 ) x 2 dx
Solução
du du
= 3x 2 ⇒ = x 2 dx
dx 3
3 3 3
1
∫ sin( x ) x 2 dx = − cos( x 3 ) + C
3
′
1 1
(
− cos( x ) + C = − − sin( x ) 3 x = sin( x ) x
3 3 2 3 2
)
3 3
Solução
du du
= cos(2θ ) ⋅ 2 ⇒ = cos(2θ )dθ
dθ 2
du 1 5 1 u6
∫ sin (2θ ) cos(2θ )dθ = ∫ u = ∫ u du = +C
5 5
2 2 2 6
sin 6 (2θ )
∫ sin (2θ ) cos(2θ )dθ = 12 + C
5
ln( x)
(c) ∫ x
dx
Solução
du 1 1
= ⇒ du = dx
dx x x
ln( x) u2
∫ x dx = ∫ u du =
2
+C
ln( x) ln 2 ( x)
∫ x dx = 2 + C
Solução
du du
=2⇒ = dx
dx 2
du 1 u 5
∫ (2 x + 1) dx = ∫ u = +C
4 4
2 2 5
(2 x + 1) 5
∫ (2 x + 1) dx = +C
4
10
ex
(e) ∫ e x + 4 dx
Solução
du
= e x ⇒ du = e x dx
dx
ex du
∫ e x + 4 dx = ∫ u = ln u + C
ex
∫ e x + 4 dx = ln e + 4 + C
x
ln( 5 )
(f) ∫
0
e x (3 − 4e x )dx
Solução
du 1
= −4e x ⇒ − du = e x dx
dx 4
x = 0 ⇒ u = 3 − 4e 0 = −1
x = ln(5) ⇒ u = 3 − 4e ln( 5) = −17
−17
∫0
ln( 5 )
e (3 − 4e )dx = − ∫
x x
−17
−1
u
du
4
1 −17
4 −1
1 u 2
4 2 −1
1
= − ∫ u du = − = − u 2
8
[ ] −17
−1
1
= − [289 − 1]
8
ln( 5 )
∫
0
e x (3 − 4e x )dx = −36
(g) ∫ 6t 2 (t 3 + 1)19 dt
Solução
du du
= 3t 2 ⇒ = t 2 dt
dt 3
du u 20
∫ 6t (t + 1) dt = ∫ 6u = 2 ∫ u 19 du = 2 +C
2 3 19 19
3 20
(t 3 + 1) 20
∫ 6t (t + 1) dt = 10 + C
2 3 19
− x2
(h) ∫ xe dx
Solução
du du
= 2x ⇒ = xdx
dx 2
e −u e−x
2
− x2 −u du 1 −u
∫ xe dx = ∫ e
2
= ∫ e du = −
2 2
+C = −
2
+C
(u ( x) ⋅ v( x) )′ = u ′( x)v( x) + u ( x)v ′( x)
′
Assim, segue que uma primitiva de (u ( x) ⋅ v( x) ) é igual a soma de uma primitiva de
u ′( x)v( x) com uma primitiva de u ( x)v′( x) (a menos de uma constante), ou seja:
′
∫ (u ( x) ⋅ v( x) ) dx = ∫ u ′( x)v( x)dx + ∫ u( x)v ′( x)dx
Ou melhor,
u ( x) ⋅ v( x) = ∫ u ′( x)v( x)dx + ∫ u ( x)v ′( x)dx
Uma primitiva de u ′( x)v( x) pode ser obtida através de uma primitiva de u ( x)v′( x) , caso
isso seja conveniente.
Exemplo: Calcule
(a) ∫ e x x dx
Solução
Fazendo u ′( x) = e x e v( x) = x , temos:
∫e
x
x dx = ∫ u ′( x)v( x)dx
Como,
u ′( x) = e x ⇒ u ( x) = e x
v( x) = x ⇒ v ′( x) = 1
∫e x dx = e x x − ∫ e x dx
x
∫e x dx = e x x − e x + C
x
Solução
Fazendo u ′( x) = e − x e v( x) = x 2 , temos:
∫e
−x
x 2 dx = ∫ u ′( x)v( x)dx
Como,
u ′( x) = e − x ⇒ u ( x) = −e − x
v( x) = x 2 ⇒ v ′( x) = 2 x
−x
∫e x 2 dx = −e − x x 2 − ∫ − e − x 2 x dx
−x
∫e x 2 dx = −e − x x 2 + 2 ∫ e − x x dx (equação I)
1424 3
?????
∫e
−x
x dx = ∫ u ′( x)v( x)dx
Como,
u ′( x) = e − x ⇒ u ( x) = −e − x
v( x) = x ⇒ v ′( x) = 1
−x
∫e x dx = −e − x x − ∫ − e − x dx
−x
∫e x dx = −e − x x − e − x + k
∫e
−x
( )
x dx = − e − x x + e − x + k (equação II)
∫e
−x
( )
x 2 dx = −e − x x 2 − 2 e − x x + e − x + C , onde C = 2k
∫e
−x
( )
x 2 dx = −e − x x 2 + 2 x + 2 + C
Solução
u ′( x) = 1 ⇒ u ( x) = x
1
v( x) = ln( x) ⇒ v ′( x) =
x
1
∫ 1 ⋅ ln( x)dx = x ln( x) − ∫ x x dx
Solução
∫e
x
sin( x)dx = ∫ u ′( x)v( x)dx
Como,
u ′( x) = e x ⇒ u ( x) = e x
v( x) = sin( x) ⇒ v ′( x) = cos( x)
142 4 43 4
???????
Usando novamente a técnica de integração por partes para ∫ e x cos( x)dx , obtemos
∫e
x
cos( x)dx = ∫ u ′( x)v( x)dx
Como,
u ′( x) = e x ⇒ u ( x) = e x
v( x) = cos( x) ⇒ v ′( x) = − sin( x)
Substituindo II em I, obtemos
Solução
u ′( x) = 1 ⇒ u ( x) = x
1
v( x) = arcsin( x) ⇒ v ′( x) =
1− x2
1
∫ 1 ⋅ arcsin( x)dx = x arcsin( x) − ∫ x1 − x 2
dx (equação I)
14
4244 3
????????
1
Substituindo u = 1 − x 2 em ∫x 1− x2
dx , então
du du
= −2 x ⇒ − = xdx
dx 2
1 1 −1 / 2 1 u1/ 2
∫ x 1 − x 2 dx = − 2 ∫ u du = − 2 1 = −u = − 1 − x (equação II)
1/ 2 2
Substituindo II em I,
Solução
u ′( x) = 1 ⇒ u ( x) = x
1
v( x) = cos[ln( x)]dx ⇒ v ′( x) = − sin[ln( x)] ⋅
x
x sin[ln( x)]
∫ cos[ln( x)]dx = x cos[ln( x)] − ∫ − x
dx
Usando novamente a técnica de integração por partes para ∫ sin[ln( x)]dx , obtemos
u ′( x) = 1 ⇒ u ( x) = x
cos[ln( x)]
v( x) = sin[ln( x)] ⇒ v ′( x) =
x
x cos[ln( x)]
∫ sin[ln( x)]dx = x sin[ln( x)] − ∫ x
dx
Substituindo II em I,
x2
u ′( x) = x ⇒ u ( x) =
2
1
v( x) = ln( x) ⇒ v ′( x) =
x
x2 1
∫ x ln( x)dx = 2
ln( x) − ∫ xdx
2
x2 1 x2
∫ x ln( x)dx = 2 ln( x) − 2 2
x2 x2
∫ x ln( x)dx = 2
ln( x) −
4
+C
OBS:
∫ f ( x) g ′( x)dx = f ( x) ⋅ g ( x) − ∫ f ′( x) g ( x)dx
∫ u dv = uv − ∫ v du
Integrais trigonométricas
Fórmulas de redução
1 n −1
(1) ∫ sin n ( x)dx = − cos( x) sin n−1 ( x) + ∫ sin n − 2 ( x)dx
n n
1 n −1
(2) ∫ cos n ( x)dx = cos n −1 ( x) sin( x) + ∫ cos n − 2 ( x)dx
n n
∫ sin
n
( x)dx = ∫ sin n −1 ( x) sin( x)dx
∫ sin
n
( x)dx = ∫ sin n−1 ( x) sin( x)dx
1424 3 123
v(x) u′ ( x )
Como,
u ′( x) = sin( x) ⇒ u ( x) = − cos( x)
v( x) = sin n −1 ( x) ⇒ v ′( x) = (n − 1) sin n− 2 ( x) cos( x)
∫ sin
n
( )
( x)dx = − cos( x) sin n −1 ( x) + (n − 1) ∫ 1 − sin 2 ( x) sin n − 2 ( x)dx
Daí,
1 n −1
∫ sin
n
( x)dx = − cos( x) sin n−1 ( x) + ∫ sin n − 2 ( x)dx
n n
Demonstração (2)
OBS: Note que se ambos os fatores de seno e cosseno são ímpares, podemos usar tanto
o primeiro como o segundo caso.
∫ cos
n
( x)dx , caso necessário.
Exemplos:
Solução
1 − cos(2 x) 1 1 x 1 sin( 2 x)
∫ sin ( x)dx = ∫ dx = ∫ dx − ∫ cos(2 x)dx = −
2
2 2 2 2 2 2
Daí,
x sin(2 x)
∫ sin ( x)dx = − +C
2
2 4
Solução
1 + cos(2 x) 1 1 x 1 sin(2 x)
∫ cos ( x)dx = ∫ dx = ∫ dx + ∫ cos(2 x)dx = +
2
2 2 2 2 2 2
Daí,
x sin(2 x)
∫ cos ( x)dx = + +C
2
2 4
Solução
Estamos no terceiro caso; é possível avaliara essa integral usando a fórmula de redução
para ∫ sin n ( x)dx , mas outro método é escrever
1 − cos(2 x)
2
1
∫ sin ( x)dx = ∫ [sin ( x)] dx = ∫ 2 dx = 4 ∫ [1 − 2 cos(2 x) + cos (2 x)]dx
4 2 2 2
1 + cos(4 x)
cos 2 (2 x) =
2
Isso resulta em
1 1 + cos(4 x) 3 cos(4 x)
∫ sin ( x)dx = ∫ 1 − 2 cos(2 x) + dx = ∫ − 2 cos(2 x) +
4
dx
4 2 2 2
1 3x sin(4 x)
∫ sin ( x)dx = − sin(2 x) + +C
4
4 2 8
Solução
du
= cos( x) ⇒ du = cos( x)dx
dx
Daí,
u3
∫ cos ( x)dx = ∫ [1 − u ]du = u − +C
3 2
sin 3 ( x)
∫ cos ( x)dx = sin( x) − 3 + C
3
Solução
du
= cos( x) ⇒ du = cos( x)dx
dx
Daí,
u 5 2u 7 u 9
∫ sin ( x) cos ( x)dx = ∫ u [1 − u ] du = ∫ (u − 2u + u )du = 5 − 7 + 9 + C
4 5 4 2 2 4 6 8
5 7 9
Solução
du
= − sin( x) ⇒ − du = sin( x)dx
dx
Daí,
u5 u7
∫ cos ( x) sin ( x)dx = −∫ u [1 − u ]du = −∫ (u − u )du = − + +C
4 3 4 2 4 6
5 7
cos 5 ( x) cos 7 ( x)
∫ cos ( x) sin ( x)dx = − 5 + 7 + C
4 3
sin 2 ( x) cos 2 ( x) 1
OBS: sin 2 ( x) + cos 2 ( x) = 1 ⇒ 2
+ 2
= 2
⇒ tan 2 ( x) + 1 = sec 2 ( x)
cos ( x) cos ( x) cos ( x)
∫ tan
m
OBS: Note que se n for par e m for ímpar em ( x) sec n ( x)dx , poderemos usar tanto
o primeiro caso como o segundo caso.
3) Para outros casos as regras não são tão simples. Talvez seja necessário usar
identidades, integração por partes e, ocasionalmente, um pouco de engenhosidade.
Algumas vezes precisamos integrar:
Demonstração (I)
sin( x)
∫ tan( x)dx = ∫ cos( x) dx
Isso sugere que devemos substituir u = cos(x) , uma vez que du = − sin( x)dx e portanto
sin( x)dx = −du :
sin( x) du
∫ tan( x)dx = ∫ cos( x) dx = − ∫ u
= − ln u + C = − ln cos( x) + C
Uma vez que − ln cos( x) = ln[1 / cos( x) ] = ln sec( x) , temos: ∫ tan( x)dx = ln sec( x) + C
∫ cot
m
OBS: Integrais da forma ( x) csc n ( x)dx podem ser encontradas por métodos
similares por causa da identidade 1 + cot 2 ( x) = csc 2 ( x) .
Exemplos:
∫ tan
2
(a) ( x) sec 4 ( x)dx
Solução
du
= sec 2 ( x) ⇒ du = sec 2 ( x)dx
dx
Daí,
u5 u3
∫ tan ( x) sec ( x)dx = ∫ u [u + 1]du = 5 + 3 + C
2 4 2 2
5 3
Solução
du
= tan( x) sec( x) ⇒ du = tan( x) sec( x)dx
dx
Daí,
u5 u3
∫ tan ( x) sec ( x)dx = ∫ [u − 1]u du = − +C
3 3 2 2
5 3
sec 5 ( x) sec 3 ( x)
∫ tan ( x) sec ( x)dx = 5 − 3 + C
3 3
∫ tan
3
(c) ( x)dx
Solução
Aqui apenas tan(x) ocorre; então usamos tan 2 ( x) = sec 2 ( x) − 1 para reescrever um
fator tan 2 ( x) em termos de sec 2 ( x) :
∫ tan ( x)dx = ∫ tan( x) tan 2 ( x)dx = ∫ tan( x)[sec 2 ( x) − 1]dx = ∫ tan( x) sec 2 ( x)dx − ∫ tan( x)dx
3
tan 2 ( x)
∫ tan ( x)dx = 2 − ln sec( x) + C
3
Dica: Se uma potência par de tangente aparece com uma potência ímpar de secante, é
útil expressar o integrando completamente em termos de sec(x). Potências de sec(x)
podem requerer integração por partes, como mostrado nesse exemplo.
Solução
u ′( x) = sec 2 ( x) ⇒ u ( x) = tan( x)
v( x) = sec( x) ⇒ v ′( x) = sec( x) tan( x)
Então,
∫ sec ( x)dx = tan( x) sec( x) − ∫ sec( x) tan 2 ( x)dx
3
∫ sec
3
( x)dx =
1
[tan( x) sec( x) + ln sec( x) + tan( x) ] + C
2
Integrais da forma:
1
(a) sin( A) cos( B ) = [sin( A − B ) + sin( A + B )]
2
1
(b) sin( A) sin( B ) = [cos( A − B ) − cos( A + B )]
2
1
(c) cos( A) cos( B ) = [cos( A − B ) + cos( A + B )]
2
Solução
Essa integral pode ser avaliada usando-se integração por partes, mas é mais fácil usar a
identidade
1
sin( A) cos( B ) = [sin( A − B ) + sin( A + B )]
2
Então,
1 1
∫ sin(4 x) cos(5 x)dx = ∫ 2 [sin(− x) + sin(9 x)]dx = 2 ∫ [sin(− x) + sin(9 x)]dx
1 cos(9 x)
∫ sin(4 x) cos(5x)dx = 2 cos( x) − 9
+C
Integrais da forma a2 − x2 , a2 + x2 e x2 − a2
OBS: As restrições para θ são tais que se defina uma função bijetora, admitindo assim
função inversa. Note que os intervalos estabelecidos são os mesmos usados quando
estudamos funções trigonométricas inversas.
dx
(a) ∫x 2
4 − x2
Solução
π π
Estamos no primeiro caso; substituindo x = 2 sin(θ ) , onde − ≤θ ≤ , temos:
2 2
dx
= 2 cos(θ ) ⇒ dx = 2 cos(θ )dθ
dθ
Daí,
π π
Como − ≤θ ≤ , cos(θ ) = cos(θ )
2 2
1 1
∫ csc 2 (θ ) = − cot(θ ) + C
4 4
x
Retornando a variável x, temos que x = 2 sin(θ ) , ou seja, sin(θ ) = . Para encontrar o
2
valor de cot(θ ) usaremos o seguinte triângulo retângulo:
1 cos(θ ) 4 − x2
cot(θ ) = = =
tan(θ ) sin(θ ) x
dx 1 1 4 − x2
Logo, ∫x = − cot(θ ) + C = − +C
2
4 − x2 4 4 x
Solução
π π
Estamos no segundo caso; substituindo x = 2 tan(θ ) , onde − <θ < , temos:
2 2
dx
= sec 2 (θ ) ⇒ dx = 2 sec 2 (θ )dθ
dθ
Daí,
1 2 sec 2 (θ )dθ 2 sec 2 (θ )dθ
∫x 2
x2 + 4
dx = ∫
4 tan 2 (θ ) 4 tan 2 (θ ) + 4
=∫
4 tan 2 (θ ) 4[tan 2 (θ ) + 1]
π π
Sendo − <θ < , sec(θ ) = sec(θ ) .
2 2
1 cos(θ ) 1 du 1 1 1 csc(θ )
∫ dθ = ∫ 2 = − + C = − +C = − +C
4 sin (θ )
2
4 u 4 u 4 sin(θ ) 4
x
Retornando a variável x, temos que x = 2 tan(θ ) , ou seja, tan(θ ) = . Para encontrar o
2
valor de csc(θ ) usaremos o seguinte triângulo retângulo:
1 csc(θ ) x2 + 4
Logo, ∫x 2
x2 + 4
dx = −
4
+C = −
4x
+C
2 x2 −1
(c) ∫1 x
dx
Solução
π 3π
Estamos no terceiro caso; substituindo x = sec(θ ) , onde 0 ≤ θ < ou π ≤ θ < ,
2 2
temos:
dx
= sec(θ ) tan(θ ) ⇒ dx = sec(θ ) tan(θ )dθ
dθ
Daí,
x2 −1 ??? sec (θ ) − 1
2
2
∫ dx = ∫ sec(θ ) tan(θ )dθ
1 x ??? sec(θ )
1
x = 1 ⇒ sec(θ ) = 1 ⇒ = 1 ⇒ cos(θ ) = 1 ⇒ θ = 0
cos(θ )
1 1 π
x = 2 ⇒ sec(θ ) = 2 ⇒ = 2 ⇒ cos(θ ) = ⇒ θ =
cos(θ ) 2 3
Então,
x2 −1 π / 3 sec (θ ) − 1
2
2
∫ dx = ∫ sec(θ ) tan(θ )dθ
1 x 0 sec(θ )
2 x2 −1 π / 3 tan(θ )
∫ dx = ∫ sec(θ ) tan(θ )dθ
1 x 0 sec(θ )
2 x2 −1 π /3 π /3 π /3 π /3
∫ dx = ∫ tan 2 (θ )dθ = ∫ [sec 2 (θ ) − 1]dθ = ∫ sec 2 (θ )dθ − ∫ dθ
1 x 0 0 0 0
x2 y2
(d) Encontre a área limitada pela elipse + = 1.
a2 b2
Solução
y2 x2 a2 − x2 b
2
= 1 − 2
= 2
ou y = ± a2 − x2
b a a a
Porque a elipse é simétrica em relação a ambos os eixos, a área total A é quatro vezes a
área do primeiro quadrante.
b
y= a2 − x2 , 0≤ x≤a
a
E assim
1 a b
A=∫ a 2 − x 2 dx
4 0 a
Para avaliar essa integral substituímos x = a sin(θ ) . Então dx = a cos(θ )dθ . Para mudar
os limites de integração notamos que
x = 0 ⇒ sin(θ ) = 0 ⇒ θ = 0
x = a ⇒ sin(θ ) = 1 ⇒ θ = π / 2
Também,
4b a 2 4b π / 2 π /2
A= ∫ a − x 2 dx = ∫ a cos(θ ) ⋅ a cos(θ )dθ = 4ab ∫ cos 2 (θ )dθ
a 0 a 0 0
π /2
π /2 1 + cos(2θ ) sin(2θ ) π
A = 4ab ∫ dθ = 2ab θ + = 2ab + 0 − 0
0 2 2 0 2
Logo,
A = πab
P( x)
Queremos integrar funções do tipo onde P (x) e Q (x) são polinômios. Podemos
Q( x)
assumir que grau [ P ( x)] < grau [Q ( x)] (função própria).
5 x − 10
Exemplo: Calcule ∫x 2
− 3x − 4
dx
Solução
5 x − 10 5 x − 10 A B
= = +
x − 3x − 4 ( x − 4)( x + 1) x − 4 x + 1
2
Daí,
5 x − 10 A B A( x + 1) + B ( x − 4) ( A + B ) x + A − 4 B
= + = =
x − 3x − 4 x − 4 x + 1
2
( x − 4)( x + 1) ( x − 4)( x + 1)
5 x − 10 ( A + B) x + A − 4 B
=
x − 3x − 4
2
( x − 4)( x + 1)
Perceba que
A + B = 5
A − 4 B = −10
Assim,
5 x − 10 2 3
∫x 2
− 3x − 4
dx = ∫
x−4
dx + ∫
x +1
dx
5 x − 10
∫x 2
− 3x − 4
dx = 2 ln x − 4 + 3 ln x + 1 + C
P( x) A B C
Exemplo: = + +
x( x + 1)( x − 2) x x + 1 x − 2
P( x) A B C D E F
Exemplo: = + 2 + 3+ + +
x ( x + 1) ( x − 2) x x
3 2
x x + 1 ( x + 1) 2
x−2
3º caso: Q(x) contém fatores quadráticos irredutíveis, nenhum dos quais se repete.
P( x) Ax + B C
Exemplo: = 2 +
( x + 1)( x − 2)
2
x +1 x − 2
P( x) Ax + B Cx + D E
Exemplo: = 2 + 2 +
( x + 1) ( x − 2)
2 2
x + 1 ( x + 1) 2
x−2
dx
(a) ∫x 2
+x−2
Solução
Daí,
1 A( x − 1) + B( x + 2) ( A + B) x − A + 2 B
= =
x + x−2
2
( x + 2)( x − 1) ( x + 2)( x − 1)
Perceba que,
A + B = 0
− A + 2 B = 1
1 1
Resolvendo o sistema temos que A = − e B = . Portanto,
3 3
1 1 1
=− +
x + x−2
2
3( x + 2) 3( x − 1)
Assim,
dx 1 dx 1 dx
∫x 2
+x−2
=− ∫ + ∫
3 x + 2 3 x −1
dx ln x + 2 ln x − 1 1 x −1
∫x 2
+x−2
=−
3
+
3
+ C = ln
3 x+2
+C
2x + 4
(b) ∫x
3
− 2x 2
dx
Solução
2x + 4 2x + 4 A B C
= 2 = + 2 + (segundo caso)
x − 2x
3 2
x ( x − 2) x x x−2
Daí,
2x + 4 Ax( x − 2) + B ( x − 2) + Cx 2 ( A + C ) x 2 + (−2 A + B ) x − 2 B
= =
x3 − 2x 2 x 2 ( x − 2) x 2 ( x − 2)
Perceba, que
2x + 4 2 2 2
=− − 2 +
x − 2x
3 2
x x x−2
Assim,
2x + 4 dx 1 1
∫x 3
− 2x 2
dx = −2 ∫ − 2 ∫ 2 + 2 ∫
x x x−2
2x + 4 2
∫x 3
− 2x 2
dx = −2 ln x + + 2 ln x − 2 + C
x
x2 + x − 2
(c) ∫ 3x 3 − x 2 + 3x − 1 dx
Solução
3 x 3 − x 2 + 3 x − 1 = 3 x( x 2 + 1) − x 2 − 1 = 3 x( x 2 + 1) − 1( x 2 + 1) = ( x 2 + 1)(3 x − 1)
x2 + x − 2 x2 + x − 2 A Bx + C
= = + 2 (terceiro caso)
3 x − x + 3 x − 1 (3 x − 1)( x + 1) 3 x − 1 x + 1
3 2 2
Daí,
x2 + x − 2 A( x 2 + 1) + ( Bx + C )(3 x − 1) ( A + 3B) x 2 + (3C − B) x + A − C
= =
3x 3 − x 2 + 3x − 1 (3 x − 1)( x 2 + 1) (3 x − 1)( x 2 + 1)
Perceba que
A + 3B = 1
3C − B = 1
A − C = −2
7 4 3
Resolvendo o sistema temos que A = − , B = e C = . Portanto,
5 5 5
Assim,
x2 + x − 2 7 dx 1 4x + 3
∫ 3x 3 − x 2 + 3x − 1 dx = − 5 ∫ 3x − 1 + 5 ∫ x 2 + 1 dx
x2 + x − 2 7 dx 4 x 3 1
∫ 3x 3 − x 2 + 3x − 1 dx = − 5 ∫ 3x − 1 + 5 ∫ x 2 + 1 dx + 5 ∫ x 2 + 1 dx
Usando a regra da substituição mentalmente, obtemos
7 ln 3 x − 1 2 ln x + 1 3 arctan( x)
2
x2 + x − 2
∫ 3x 3 − x 2 + 3x − 1 dx = − 15 + 5 + 5 + C
3 x 4 + 4 x 3 + 16 x 2 + 20 x + 9
(d) ∫ ( x + 2)( x 2 + 3) 2
dx
Solução
3 x 4 + 4 x 3 + 16 x 2 + 20 x + 9 A Bx + C Dx + E
= + 2 + 2 (quarto caso)
( x + 2)( x + 3)
2 2
x + 2 x + 3 ( x + 3) 2
A + B = 3
2 B + C = 4
6 A + 3B + 2C + D = 16
6 B + 3C + 2 D + E = 20
9 A + 6C + 2 E = 9
3 x 4 + 4 x 3 + 16 x 2 + 20 x + 9 1 2x 4x
= + 2 + 2
( x + 2)( x + 3)
2 2
x + 2 x + 3 ( x + 3) 2
Assim,
3 x 4 + 4 x 3 + 16 x 2 + 20 x + 9 1 2x 4x
∫ ( x + 2)( x + 3)
2 2
dx = ∫
x+2
dx + ∫ 2
x +3
dx + ∫ 2
( x + 3) 2
dx
x2 + 2
(e) ∫ x + 2 dx
Solução
Para usar o método das frações parciais é necessário que grau [ P ( x)] < grau [Q ( x)] .
Caso grau [ P ( x)] ≥ grau [Q ( x)] , iremos primeiramente dividir o numerador pelo
denominador e depois aplicar o método das frações parciais (se necessário).
x2 + 0x + 2 x + 2
−x 2
− 2x x − 2
0 − 2x + 2
2x + 4
6
x 2 + 2 = ( x − 2)( x + 2) + 6
x2 + 2 6
= x−2+
x+2 x+2
Logo,
x2 + 2 6
∫ x + 2 dx = ∫ xdx − ∫ 2dx + ∫ x + 2 dx
x2 + 2 x2
∫ x+2 dx =
2
− 2 x + 6 ln x + 2 + C
x
(a) ∫x 2
− 4x + 8
dx
Solução
x x x
∫x 2
− 4x + 8
dx = ∫ 2
x 4−2
4 x4+34 − 4 + 8
dx = ∫
( x − 2) 2 + 4
dx
1
( x − 2)2
x u+2 u 1
∫ ( x − 2) 2
+4
dx = ∫
u +4
2
du = ∫ 2
u + 4
du + 2∫ 2
u + 4
du
14243 14243
I II
dv
Integral I: Fazendo v = u 2 + 4 , temos que = udu , logo
2
u 1 dv 1 1 1
∫u 2
+4
du = ∫
2 v
= ln v = ln u 2 + 4 = ln ( x − 2) 2 + 4 + C
2 2 2
u
Integral II: Fazendo t = , temos que 2dt = du , logo
2
1 2 1 dt 1 1 u 1 x −2
∫u 2
+4
du = ∫ 2
4t + 4
dt = ∫ 2 = arctan(t ) = arctan = arctan
2 t +1 2 2 2 2 2
+C
Daí,
x 1 x−2
∫x 2
− 4x + 8
dx = ln ( x − 2) 2 + 4 + arctan
2 2
+C
dx
(b) ∫ 5 − 4x − 2x 2
Solução
Completando o quadrado:
5 − 4 x − 2 x 2 = 5 − 2(2 x + x 2 ) = 5 − 2( x + 1) 2 + 2 = 7 − 2( x + 1) 2
Daí,
dx dx
∫ 5 − 4x − 2x 2
=∫
7 − 2( x + 1) 2
Então,
dx 7/2 7/2 7 du 1 du
∫ 7 − 2( x + 1) 2
=∫
7 − 2(u 7 / 2 ) 2
du = ∫
7 − 7u 2
du =
2 ∫ 7 1− u2
=
2
∫ 1− u2
Logo,
dx 1 du 1 1 2
∫ 7 − 2( x + 1) 2
=
2
∫ 1− u2
=
2
arcsin(u ) + C =
2
arcsin ( x + 1) + C
7
Integrais Impróprias
t 1
Queremos calcular a seguinte integral ∫
1 x2
dx .
t
t 1 1 1
∫
1 x 2
dx = − = 1 −
x 1 t
1 t
Note que
1 x2 ∫
dx < 1 não importando o qual grande seja t. A área da região sombreada
se aproxima de 1 quando t → ∞ ; assim, dizemos que a área da região infinita é igual a
1 e escrevemos:
∞ 1 t 1
∫1 x 2 dx = lim ∫
t →∞ 1 x 2
dx = 1
t
(a) Se ∫
a
f ( x)dx existe para cada número t ≥ a , então
∞ t
∫ a
f ( x)dx = lim ∫ f ( x)dx
t →∞ a
b
(b) Se ∫t
f ( x)dx existe para cada número t ≤ b , então
b b
∫
−∞
f ( x)dx = lim ∫ f ( x)dx
t → −∞ t
∞ b
As integrais impróprias ∫
a
f ( x)dx e ∫−∞
f ( x)dx são chamadas de convergentes se os
limites correspondentes existem, e divergentes se os limites não existem.
∞ a
(c) Se ∫
a
f ( x)dx e ∫−∞
f ( x)dx são convergente, então definimos
∞ a ∞
∫
−∞
f ( x)dx = ∫ f ( x)dx + ∫ f ( x)dx
−∞ a
∞ 1
(a) ∫
1 x
dx
Solução
∞ 1
O limite não existe como um número, e assim a integral imprópria ∫
1 x
dx é divergente.
∞ 1 ∞ 1
∫
1 x2
dx converge e ∫
1 x
dx diverge
1 1 1
Note que y = 2
e y = se aproximam de 0 quando x → ∞ , mas y = 2 aproxima-
x x x
1 1
se de 0 mais rápido do que y = . Os valores de y = não diminuem rápido o
x x
suficiente para que sua integral tenha um valor finito.
0
(b) ∫
−∞
xe x dx
Solução
0 0
∫
−∞
xe x dx = lim ∫ xe x dx
t → −∞ t
∫t
0
xe x dx = xe x ] − ∫ e dx = −te
0
t
t
0
x t
− 1 + et
( ) t
lim te t = lim −t
1
= lim −t
t → −∞ − e
( )
= lim − e = 0
t
t → −∞
t → −∞ e
t → −∞
Portanto,
∫ −∞
0
( )
xe x dx = lim − te t − 1 + e t = −0 − 1 + 0 = −1
t → −∞
Solução
∞ 1 0 1 ∞ 1
∫
−∞ 1 + x 2
dx = ∫
−∞ 1 + x 2
dx + ∫
0 1+ x2
dx
π π
dx = lim arctan( x)]t = lim [arctan(0) − arctan(t )] = 0 − − =
0 1 0 1
∫ dx = lim ∫
0
−∞ 1 + x 2 t → −∞ t 1 + x 2 t → −∞ t → −∞
2 2
π
dx = limarctan( x)]0 = lim[arctan(t ) − arctan(0)] =
∞ 1 t 1
∫ dx = lim ∫
t
0 1+ x 2 t →∞ 0 1 + x 2 t →∞ t →∞ 2
∞ 1 π π
∫ dx = + = π
−∞ 1 + x 2
2 2
∞
(d) Calcule ∫ −∞
x dx .
Solução
0 t
∞ 0 ∞ 0 t x2 x2
∫
−∞
x dx = ∫ x dx + ∫ x dx = lim ∫
−∞ 0 t → −∞ t
x dx + lim ∫ x dx = lim + lim
t →∞ 0 t → −∞ 2
t t →∞ 2 0
∞
Como os limites não existem como números, a integral ∫
−∞
x dx diverge.
a
Apesar de ∫−a
x dx = 0 .
∞ 1
(e) Para que valores de p a integral ∫1 xp
dx é convergente?
t
∞ 1 t 1 x − p +1 t − p +1 1 1 1
∫
1 x p
dx = lim ∫
t →∞ 1 x p
dx = lim
t →∞ − p + 1
= lim − = lim
1 t →∞ 1 − p 1 − p t →∞ 1 − p t
p −1
− 1
∞ 1 1
∫ 1 x p
dx =
p −1
se p > 1
1
p −1
= t 1− p → ∞ quando t → ∞
t
e a integral diverge.
Resumindo,
∞ 1
∫1 xp
dx é convergente se p > 1 e divergente se p ≤ 1
t
Queremos calcular a seguinte integral ∫a
f ( x)dx , onde f é uma função contínua no
intervalo [a, b) e possui uma assíntota vertical em b. Considere que t < b .
t
Se acontecer de ∫ f ( x)dx aproximar um número definido A quando t → b − , então
a
dizemos que
b t
∫ a
f ( x)dx = lim− ∫ f ( x)dx
t →b a
b t
∫a
f ( x)dx = lim− ∫ f ( x)dx
t →b a
b b
∫a
f ( x)dx = lim+ ∫ f ( x)dx
t →a t
b
A integral imprópria ∫a
f ( x)dx é chamada de convergente se o limite correspondente
existir, e divergente se o limite não existir.
c
(c) Se f tiver uma descontinuidade em c, onde a < c < b , e ambos ∫
a
f ( x)dx e
b
∫c
f ( x)dx forem convergentes, então definimos
b c b
∫a
f ( x)dx = ∫ f ( x)dx + ∫ f ( x)dx
a c
5 1
(a) ∫
2
x−2
dx
Solução
1
Notamos primeiro que essa integral é imprópria, porque f ( x) = tem uma
x−2
assíntota vertical x = 2 . Como a descontinuidade infinita ocorre no extremo esquerdo
de [2, 5] , usamos a parte (b) da definição:
∫
2
5 1
x−2
dx = lim+ ∫
t →2 t
5
x−2
1
dx = lim+ 2 x − 2
t →2
]5
t = lim+ 2( 3 − t − 2 ) = 2 3
t →2
π /2
(b) ∫
0
sec( x)dx
Solução
Note que a integral fornecida é imprópria, porque lim sec( x) = ∞ . Usando a parte (a)
x → (π / 2 ) −
da definição
Solução
Observe que a reta x = 1 é uma assíntota vertical do integrando. Como esta ocorre no
meio do intervalo [0, 3], devemos usar a parte (c) da definição com c = 1.
3 dx 1 dx 3 dx
∫0
=∫ +∫
x −1 0 x −1 1 x −1
Onde,
dx 1
Porque 1 − t → 0 + quando t → 1− . Então, ∫
é divergente. Isso implica que
x −1 0
3 dx 3 dx
∫0 x − 1 é divergente. (Não precisamos avaliar ∫1 x − 1 ).
TÓXICO!!!
b
De agora em diante quando você se deparar com o símbolo ∫a
f ( x)dx deverá decidir,
olhando a função f no intervalo [a, b] , se ela é uma integral definida ordinária ou uma
integral imprópria.
1
(d) ∫ ln( x)dx
0
Solução
t t t
1
∫ ln( x)dx = 1ln(1) − t ln(t ) − (1 − t ) = −t ln(t ) − 1 + t
t
ln(t ) 1/ t
lim+ [t ln(t )] = lim+ = lim+ = lim+ (−t ) = 0
t →0 t →0 1 / t t →0 − 1 / t 2
t →0
Portanto
1
∫ ln( x)dx = lim[−t ln(t ) − 1 + t ] = −0 − 1 + 0 = −1 (converge)
0 t →0 +
Algumas vezes é impossível encontrar o valor exato de uma integral imprópria, mas
ainda assim é importante saber se ela é convergente ou divergente. Em tais casos o
seguinte teorema é útil:
∞ ∞
(a) Se ∫ a
f ( x)dx é convergente, então ∫ a
g ( x)dx é convergente.
∞ ∞
(b) Se ∫ g ( x)dx é divergente, então ∫ f ( x)dx é divergente
a a
b b
A área da região S é dada por ∫
a
f ( x)dx − ∫ g ( x)dx :
a
Assim,
b b b
A = ∫ f ( x)dx − ∫ g ( x)dx = ∫ [ f ( x) − g ( x)]dx
a a a
Solução
Daí,
1
1 x2 x3 1 1 1
A = ∫ ( x − x )dx = − = − =
2
0
2 3 0 2 3 6
1
A=
6
Exemplo: Encontre a área da região limitada por cima por y = e x , e por baixo por
y = x , e limitada pelos lados por x = 0 e x = 1 .
Solução
1
1 x x2 1
A = ∫ (e − x)dx = e − = e − − 1 = e − 1,5
x
0
2 0 2
f ( x) − g ( x), para f ( x) ≥ g ( x)
f ( x) − g ( x) =
g ( x) − f ( x), para g ( x) ≥ f ( x)
Solução
Note que:
cos( x) ≥ sin( x), quando 0 ≤ x ≤ π / 4
sin( x) ≥ cos( x), quando π / 4 ≤ x ≤ π / 2
Daí,
π /2
A=∫ cos( x) − sin( x) dx = A1 + A2
0
1 1 1 1
A= + − 0 − 1 + − 0 − 1 + +
2 2 2 2
A= 2 2 −2
OBS: Neste exemplo particular poderíamos ter economizado trabalho notando que a
região é simétrica em relação a x = π / 4 e então
π /4
A = 2 A1 = 2∫ [cos( x) − sin( x)]dx
0
Algumas regiões são mais bem tratadas considerando x como uma função de y. Veja o
exemplo a seguir.
Solução
(−1,−2) e (5, 4)
y2
x = y +1 x= −3
2
Assim,
4
[
A = ∫ ( y + 1) −
−2
( 1
2 )]
y 2 − 3 dy
4
[
A = ∫ − 12 y 2 + y + 4 dy
−2
]
4
1 y3 y 2
A = − + + 4 y
2 3 2 −2
A = 18
−1 5
A = A1 + A2 = ∫ [ 2 x + 6 − (− 2 x + 6 )]dx + ∫ [ 2 x + 6 − ( x − 1)]dx
−3 −1
Definição de volume
Podemos calcular o volume de muitos sólidos pelo chamado “método das fatias
cilíndricas”. Suponhamos, que um sólido seja limitado por dois planos paralelos,
perpendiculares ao eixo x em x = a e x = b .
Imaginemos o sólido cortado em finas fatias cilíndricas, cuja espessura seja igual a ∆x ,
por planos perpendiculares ao eixo x, ou seja, dividiremos o intervalo [a, b] em n
subintervalos [ xi −1 , xi ] iguais de largura ∆x .Então o volume total V do sólido será a
soma dessas fatias.
Vi = A( xi )∆x
n n
V ≈ ∑ Vi = ∑ A( xi )∆x
i =1 i =1
n
V = lim ∑ A( xi )∆x = ∫ A( x)dx
b
n →∞ a
i =1
Exemplo: Encontre o volume de uma pirâmide de base quadrada com lado L e cuja
altura é h.
Solução
Seja A(x) a área da seção transversal; suponhamos que o plano Px o qual passa por x e é
perpendicular ao eixo x intercepta a pirâmide em um quadrado com lado de
comprimento s.
x s L
= ⇒s= x
h L h
Assim,
L2 2
A( x) = s 2 = x
h2
h
h h L2 2 L2 h L2 x 3 L2 h
V = ∫ A( x)dx = ∫ x dx = 2 ∫ x dx = 2 =
2
0 0 h2 h 0 h 3 0 3
h L2 L2 h
V =∫ (h − y ) dy =
2
0 h2 3
Exemplo: Ache o volume S comum aos dois cilindros, cada qual com raio r, se os eixos
dos cilindros se interceptam em ângulos retos.
Solução
r
r r r x3 16
V = ∫ A( x)dx = 4 ∫ (r − x )dx = 8∫ (r − x )dx = 8r 2 x − = r 3
2 2 2 2
−r −r 3 o 3
0
b
V = ∫ A( x)dx
a
b b
V = ∫ π [ f ( x)] 2 dx ou V = π ∫ [ f ( x)] 2 dx
a a
4π r 3
Exemplo: Mostre que o volume de uma esfera de raio r é .
3
Solução
V =π∫
−r
r
(r 2
)
2 r r
− x 2 dx = π ∫ (r 2 − x 2 )dx = 2π ∫ (r 2 − x 2 )dx
−r 0
r
x3 r3 4
V = 2π r 2 x − = 2π r 3 − = π r 3
3 0 3 3
Solução
( )
1
1 2 1 x2 π
V =π∫ x dx = π ∫ xdx = π =
0 0
2 0 2
Solução
A( x) = π x 2 − π ( x 2 ) 2 = π ( x 2 − x 4 )
Solução alternativa
1 1 1 2π
V = π ∫ ( x) 2 dx − π ∫ ( x 2 ) 2 dx = π ∫ ( x 2 − x 4 )dx =
14243 14243
0 0 0 15
volume volume
externo int erno
Solução
Novamente a seção transversal mostrada é uma coroa circular (arruela); mas desta vez o
raio interno é 2 − x e o raio externo é 2 − x 2 .
A( x) = π (2 − x 2 ) 2 − π (2 − x) 2
Assim o volume é
1 1
V = ∫ A( x)dx = π ∫ [(2 − x 2 ) 2 − (2 − x) 2 ]dx
0 0
1
1 x5 x3 x2 8π
V = ∫ ( x − 5 x + 4 x)dx = − 5 + 4 =
4 2
0
5 3 2 0 15
Exemplo: Encontre o volume do sólido obtido pela rotação da região limitada por
y = x 3 , y = 8 e x = 0 ao redor do eixo y.
Solução
8
V = π ∫ [ f ( y )]2 dy
0
Como,
y = x 3 ⇒ x = 3 y ⇒ f ( y) = 3 y
Temos que
8
8 y5/3 96π
V =π∫ y 2/3
dy = π 5 =
0
3 0 5
O método das cascas cilíndricas é útil para encontrar com mais facilidade o volume de
sólidos de revolução cujo eixo de rotação é o eixo y ou um paralelo a este. (Esse método
também pode ser utilizado para encontrar volume de sólidos de revolução cujo eixo de
rotação é o eixo x ou um paralelo a este).
Primeiramente ...
V = V2 − V1
r2 + r1
V = 2π h(r2 − r1 )
2
Sendo:
∆r = r2 − r1 espessura da casca
r +r
r = 2 1 raio médio da casca
2
V = 2π r ⋅ h⋅ ∆r
Vi = (2π xi )[ f ( xi )]∆x
Portanto, uma aproximação para o volume V de S é dada pela soma dos volumes destas
n
cascas, ou seja, V ≈ ∑ Vi .
i =1
Quando n → ∞ ,
b
V = lim 2π xi f ( xi )∆x = ∫ 2π xf ( x)dx
n →∞ a
Solução
Do esboço da figura abaixo nós vemos que uma casca típica tem raio x, circunferência
2π x e altura f ( x) = 2 x 2 − x 3 . Então, pelo método das cascas cilíndricas:
2 2
V = ∫ (2π x)(2 x 2 − x 3 )dx = 2π ∫ (2 x 3 − x 4 )dx
0 0
2
x4 x5 32 16π
V = 2π − = 2π 8 − =
2 5 0 5 5
OBS: Pode-se verificar que o método das cascas dá a mesma resposta que o método das
fatias.
Solução
1
1 1 x3 x4 π
V = ∫ (2π x)( x − x )dx = 2π ∫ ( x − x )dx = 2π − =
2 2 3
0 0
3 4 0 6
Exemplo: Use cascas cilíndricas para encontrar o volume do sólido obtido pela rotação
ao redor do eixo x da região sob a curva y = x de 0 a 1.
Solução
1
1 1 y2 y4 π
V = ∫ (2π y )(1 − y )dy = 2π ∫ ( y − y )dy = 2π − =
2 3
0 0
2 4 0 2
Solução
1
V = ∫ 2π ( x − 2)( x − x 2 )dx
0
1
V = 2π ∫ ( x 3 − 3 x 2 + 2 x)dx
0
1
x4 π
V = 2π − x 3 + x 2 =
4 0 2
Nós sabemos calcular o valor médio de uma quantidade finita de números y1, y2, ..., yn
y1+ y 2 + L + yn
y méd =
n
Agora vamos calcular o valor médio de uma função, ou seja, de uma quantidade infinita
de números. Seja uma função f contínua no intervalo [a,b].
Nós começamos dividindo o intervalo [a,b] em n subintervalos iguais cada qual com
b−a
comprimento ∆x = .
n
f ( x1 ) + f ( x 2 ) + L + f ( x n )
f méd =
n
b−a b−a
Como ∆x = ⇒n= , o valor médio f méd torna-se:
n ∆x
f ( x1 ) + f ( x 2 ) + L + f ( x n ) 1
f méd = = [ f ( x1 )∆x + f ( x 2 )∆x + L + f ( x n )∆x]
b−a b−a
∆x
1 n
f méd = ∑ f ( xi )∆x
b − a i =1
Quando n → ∞ ,
1 n 1 b
f méd = lim
n→∞ b − a
∑
i =1
f ( xi )∆x =
b − a ∫a
f ( x)dx
1 b
b − a ∫a
f méd = f ( x)dx
Solução
2
1 b 1 2 1 x3
b − a ∫a 2 − (−1) ∫−1
f méd = f ( x)dx = (1 + x )dx = x + = 2
2
3 3 −1
1 b
b − a ∫a
f (c ) = f ( x)dx
Interpretação geométrica
Para funções positivas f, existe um número c tal que o retângulo de base [a,b] e altura
f (c) tem a mesma área que a região sob o gráfico de f em a a b.
Solução
f ( c ) = 1 + c 2 = 2 ⇒ c = ±1
Solução
s (t 2 ) − s (t1 )
velocidade média = v m =
t 2 − t1
1 t2 1 t2 1 s (t ) − s (t1 )
v méd = ∫ v(t )dt = ∫ s ′(t )dt = [ s (t 2 ) − s (t1 )] = 2
t 2 − t1 t1 t 2 − t1 t1 t 2 − t1 t 2 − t1
v méd = v m (c.q.d.)
Agora suponha que uma curva C seja definida pela equação y = f (x) onde f é contínua.
n
L = lim ∑ Pi −1 Pi
n →∞
i =1
A distância entre Pi e Pi −1 é:
Pi −1 Pi = ( xi − xi −1 ) 2 + [ f ( xi ) − f ( xi −1 )]2
f ( xi ) − f ( xi −1 ) = f ′( xi∗ )( xi − xi −1 )
Substituindo II em I, obtemos
n
Como L = lim ∑ Pi −1 Pi , temos que
n →∞
i =1
n n
L = lim ∑ Pi −1 Pi = lim ∑ 1 + [ f ′( xi∗ )] 2 ∆x
n →∞ n→∞
i =1 i =1
2
b b dy
L=∫ 1 + [ f ′( x)] dx
2
ou L=∫ 1 + dx
a a
dx
Solução
dy 3 1 / 2
= x
dx 2
2
4 dy 4 9x
L=∫ 1 + dx = ∫ 1 + dx
1
dx 1 4
9x 9
Fazendo a substituição u = 1 + , então du = dx ; os limites de integração ficam
4 4
13
x =1⇒ u =
4
x = 4 ⇒ u = 10
Logo,
10
4 u 3/ 2 8 3 / 2 13 80 10 − 13 13
3/ 2
4 10
L= ∫ u du = 3 = 10 − =
9 13 / 4 9 2 13 / 4 27 4 27
2
d d dx
L=∫ 1 + [ g ′( y )] dy ou
2
L=∫ 1 + dy
c c
dy
Solução
2
1 dx 1
L=∫ 1 + dy = ∫ 1 + 4 y 2 dy
0
dy 0
y = 0 ⇒ tan(θ ) = 0 ⇒ θ = 0
y = 1 ⇒ tan(θ ) = 2 ⇒ θ = arctan(2) = α
Daí,
α 1 1 α
L = ∫ sec(θ ) ⋅ sec 2 (θ )dθ = ∫ sec 3 (θ )
0 2 2 0
5 ln( 5 + 2)
L= +
2 4
x
s ( x) = ∫ 1 + [ f ′(t )]2 dt
a
Mudamos a variável de integração para t de modo que x não tenha dois significados.
Solução
ln( x) 1
f ( x) = x 2 − ⇒ f ′( x) = 2 x −
8 8x
2 2
1 1 1 1 1 1
1 + [ f ′( x)] = 1 + 2 x − = 1 + 4 x 2 − +
2
2
= 4x 2 + + 2
= 2x +
8x 2 64 x 2 64 x 8x
1
1 + [ f ′( x)]2 = 2 x +
8x
x
s ( x) = ∫ 1 + [ f ′(t )]2 dt
a
x
x 1 2 ln(t )
s ( x) = ∫ 2t + dt = t +
1
8t 8 1
ln( x)
s ( x) = x 2 + −1
8
x
OBS: Seja a função comprimento de arco s ( x) = ∫ 1 + [ f ′(t )]2 dt . Vamos aplicar o
a
teorema fundamental do cálculo parte 1 para diferenciar s (uma vez que o integrando é
contínuo):
2 2 2
ds dy dy dy
= 1 + ⇒ ds = 1 + dx ⇒ ds = (dx) 2 + (dx) 2
dx dx dx dx
2 2
dy dx
ds = 1 + dx ou ds = 1 + dy
dx dy
Ou seja, L = ∫ ds .
b
S = ∫ 2π f ( x) 1 + [ f ′( x)]2 dx
a
b
S=∫ 2π f ( x) 1 + [ f ′( x)]2 dx
a 1424 3 14 4244 3
compriment o da circunferê ncia compriment o da curva
2
b dy
S = ∫ 2π y 1 + dx
a
dx
b ou d
S=∫ 2π y ds
a ou c
ou
b ou d
S=∫ 2π x ds
a ou c
Solução
Pela figura, nota-se que a superfície é uma porção de uma esfera de raio 2. Temos
dy 1 −x
= (4 − x 2 ) −1 / 2 (−2 x) =
dx 2 4 − x2
Assim,
2
dy
2
1 1 x
S = ∫ 2π y 1 + dx = ∫ 2π 4 − x 2 1 + dx
−1
dx −1 4 − x2
1 2 1
S = 2π ∫ 4 − x2 dx = 4π ∫ dx = 4π (2) = 8π
−1 −1
4 − x2
Solução
Temos,
2
4 dx 4 1 4
S=∫ 2π x 1 + dy = 2π ∫ y 1 + dy = π ∫ 4 y + 1dy
1
dy 1 4y 1
Fazendo u = 4 y + 1 , temos
π 17 π
4∫
S= u du = (17 17 − 5 5 )
5 6
Solução alternativa
2
2 dy
Podemos também usar y = x e S = ∫ 2
2π x 1 + dx obtendo o mesmo resultado.
1
14 42dx
44 3
ds
Solução
2 t
∞ ∞ 1 t 1 1
V = π ∫ [ f ( x)] dx = π ∫
2
dx = π lim ∫ x −2 dx = π lim − = π lim − + 1 = π < ∞
1 1
x t →∞ 1 t →∞
x 1 t →∞
t
x4 +1 x4 +1
2
∞ 1 1 ∞ 1 1 ∞1 ∞
S = ∫ 2π 1 + − 2 dx = 2π ∫ 1 + 4 dx = 2π ∫ dx = 2π ∫1 x 3 dx
1 x x 1 x x 1 x x4
Melhor que avaliar essa integral é notar que x 4 + 1 > x 4 = x 2 para x > 0 . Então, se a
área é finita temos que:
∞ x4 +1 ∞ x
2
∞ 1
S = 2π ∫ 3
dx > 2π ∫ 3
dx = 2π ∫ dx
1 x 1 x 1 x
∞ 1
Mas sabemos que ∫
1 x
dx diverge, então a área é infinita.
(a) Escreva uma integral para um toro sólido (o sólido com formato de rosquinha da
figura) com raios r e R.
Solução
(a)
Metade da direita x = R + r 2 − y 2 = f ( y )
Metade da esquerda x = R − r 2 − y 2 = g ( y )
Assim,
V =π∫
r
−r
{[ f ( y)] 2
} 0
r
{ }
− [ g ( y )] 2 dy = 2π ∫ [ f ( y )]2 − [ g ( y )]2 dy
r
V = 2π ∫ [( R 2 + 2 R r 2 − y 2 + r 2 − y 2 ) − ( R 2 − 2 R r 2 − y 2 + r 2 − y 2 )]dy
0
r
V = 2π ∫ 4 R r 2 − y 2 dy
0
r
V = 8π R ∫ r 2 − y 2 dy
0
r r
Área do círculo de raio r = ∫ 2 r 2 − y 2 dy = 4 ∫ r 2 − y 2 dy
−r 0
então:
r 1
V = 8π R ∫ r 2 − y 2 dy = 8π R π r 2 = 2π 2 r 2 R
0
4
V = 2π 2 r 2 R
dy dy − ( x − R )
2y = −2( x − R ) ⇒ =
dx dx y
Daí,
( x − R) 2 y 2 + ( x − R) 2
2
dy r2
1+ = 1+ = =
dx y2 y2 r 2 − ( x − R) 2
Assim,
2
R+r dy R+r rx
S = 2 ∫ 2π x 1 + dx = 4π ∫ dx
R−r −
dx R r
r − ( x − R) 2
2
Substituindo u = x − R , temos
r u+R r u r 1
S = 4π r ∫ du = 4π r ∫ du + 4π Rr ∫ du
−r −r −r
r −u
2 2
r 2
1442443 − u 2
r 2
1442443 − u 2
I II
Como o integrando I é uma função ímpar e o integrando II é uma função par, obtemos:
r 1
S = 4π r (0) + 8π Rr ∫ du
0
r − u2
2
π
S = 8π Rr [arcsin(u / r )]0 = 8π Rr
r
S = 4π 2 Rr
BUCCHI, Paulo. Curso Prático de Matemática, Volume 1. 1ed. São Paulo, Moderna,
1998.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: Contexto e Aplicações, Volumes 1,2,3. 3ed. São
Paulo, Ática, 2003.
LEITHOLD, Louis. O Cálculo com Geometria Analítica, Volume 1. 3ed. São Paulo,
Habra, 1994.
STEWART, James. Cálculo, Volume I. 4ed. São Paulo, Pioneira Thomson Learning,
2005.