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Método 1%

MÉTODO 1%

Apostila do Curso

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Sobre

José Kobori possui MBA em Finanças pelo Ibmec, é especialista em Finanças Empresariais e
Administração Financeira de Empresas pela FVG e Conselheiro de Empresas pela Fundação
Dom Cabral. Também é empresário, professor, consultor financeiro, especialista em renda
variável e avaliação de empresas.
O autor é founder da JK Investimentos; da JK Capital, empresa de assessoria a processos de
Fusões & Aquisições; da JK Desenvolvimento Humano e treinamento Gerencial; da JK Global
Partners S.A, empresa de participações; e cofundador e sócio da Startup Scicrop S.A. É
investidor e membro do Conselho de Administração do Canal da Peça S.A.
Atuou como executivo da Xerox do Brasil por 13 anos. É professor no MBA em Finanças do
Ibmec desde 2010.

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PROGRAMA DO CURSO

MÓDULO I COMO MONTAR UMA CARTEIRA DE AÇÕES


MÓDULO II COMO ANALISAR O RISCO DAS EMPRESAS
MÓDULO III QUANDO COMPRAR OU VENDER UMA AÇÃO

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Objetivos

OBJETIVOS DO CURSO
• Apresentar uma visão prática, mas baseada no arcabouço teórico, sobre o
funcionamento do mercado de ações e das empresas para que o investidor tome as
melhores decisões de investimentos.
• Através do uso das teorias econômicas e de finanças, bem como das críticas a elas,
entender como as empresas funcionam e como suas ações reagem no mercado de
ações;
• Aprender os modelos de precificação de ações e como selecionar empresas com maior
probabilidade de valorização no futuro;
• Entender os riscos dos investimentos em ações e como eles podem ser monitorados e
administrados.
• Com os conhecimentos adequados como tomar as melhores decisões de investimentos
e montar um portfólio de ações que abrevie no tempo sua liberdade financeira.

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MÓDULO I

COMO MONTAR UMA


CARTEIRA DE AÇÕES

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Como Montar uma Carteira de Ações

ECONOMIA

A palavra economia vem do termo grego e pode ser entendida como “aquele que administra
um lar”.
• O estudo da escassez
§ Escassez – a natureza limitada dos recursos da sociedade.

ATIVIDADE ECONÔMICA

Y = C (y+) + I (r -) + G + [(X – M) (x+)]

• Y é a renda agregada como medida do PIB;


• C (y+) é o consumo das famílias e que é uma função direta da renda y por elas recebidas;
• I (r -) é o investimento das empresas e que é uma função indireta da taxa de juros r;
• G é o gasto líquido do governo em todos os seus níveis;
• [(X – M) (x+)] é o saldo entre as exportações X e importações M, que é uma função direta
da taxa de câmbio de reais por dólar.

A Política de Rendas define o C (y+), a Política Monetária define o I (r -), a Política Fiscal o G, e a
Política Cambial [(X – M) (x+)].

POLÍTICA DE RENDAS

É a que o governo exerce, estabelecendo controles diretos sobre a remuneração dos fatores
diretos de produção envolvidos na economia.
• Salários;
• Depreciações;
• Lucros;
• Dividendos;
• Preços de produtos intermediários e finais.

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POLÍTICA CAMBIAL

Administração da taxa de câmbio e controle das operações cambiais.


• Embora indiretamente ligada à política monetária, destaca-se desta por atuar mais
diretamente sobre todas as variáveis relacionadas às transações econômicas do País
com o exterior;
• Deve ser cuidadosamente administrada no que tange ao seu impacto sobre a política
monetária.

POLÍTICA FISCAL

É a política de receitas e despesas do governo.


• Define a aplicação da carga tributária exercida sobre os agentes econômicos, bem como
a definição dos gastos do governo;
• Tem forte impacto sobre a política monetária e, especificamente, sobre o crédito, à
medida que os prazos de recolhimento de impostos afetem o fluxo de caixa dos agentes
econômicos;
• Deve permitir neutralizar o endividamento interno do tesouro.

POLÍTICA MONETÁRIA

É o controle da oferta da moeda e das taxas de juros de curto prazo que garanta a liquidez ideal
de cada momento econômico. O executor dessas políticas é o Banco Central, e os instrumentos
clássicos utilizados são:
• Depósito compulsório;
• Redesconto ou empréstimo de liquidez;
• Mercado aberto – “Open Market”;
• Controle e seleção de crédito.

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Como Montar uma Carteira de Ações

POLÍTICA ECONÔMICA

Instrumentos de Política Econômica no Brasil


• Superávit Primário;
• Sistemas de metas de inflação;
• Câmbio Flutuante.

MERCADOS

Mercado Monetário
• Curtíssimo e curto prazo;
• Controle da liquidez monetária da economia, suprimentos momentâneos de caixa.

Mercado de Crédito
• Curto e médio prazo;
• Financiamento do consumo e capital de giro das empresas;

Mercado de Câmbio
• Á vista e curto prazo;
• Conversão de valores, em moedas estrangeiras e nacional.

Mercado de Capitais
• Médio e longo prazo;
• Financiamento de investimentos, de giro e especiais.

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Poupança e Investimento
• Poupança
§ É a parcela de renda não consumida. Poupar, portanto, é um ato de
abstenção;
§ Se abster de consumir parte de sua renda corrente;
§ Expectativa de que a renúncia do consumo presente reverta num
consumo futuro que lhe proporcione bem-estar;
§ Decisão intertemporal: uma alocação de consumo no tempo.
• Investimento
§ Aumento do estoque de riqueza;
§ Empregar recursos, próprios ou de terceiros, com objetivo de obter
ganhos em determinado período.
• Moeda
§ Facilita a troca;
§ Permite a expansão;
§ Amplia as oportunidades para poupar;
§ Incentiva a poupança;
§ Contrato de Empréstimo;
§ Permite que recursos ociosos se tornem produtivos;
§ Propicia ganhos para o tomador e para o poupador;

INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA

Princípio da intermediação financeira é, conectar, no mercado, agentes tomadores e


ofertadores de recursos.

Intermediários Financeiros
• Organizam mercados para as atividades de financiamento da economia
§ Transformação de prazos;
§ Transformação das magnitudes de capital;
§ Transformação de risco;
§ Transformação de ativos fixos em ativos líquidos.

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Como Montar uma Carteira de Ações

SISTEMA FINANCEIRO

• Pode ser conceituado como um conjunto de instituições e instrumentos financeiros que


possibilitam a transferência de recursos dos ofertadores últimos para os tomadores
últimos e criam condições para que os títulos tenham liquidez no mercado.

• Composto por instituições responsáveis pela:


§ Captação de recursos financeiros;
§ Distribuição e circulação de valores;
§ Regulação desse processo.

DETERMINAÇÃO DOS JUROS

• Resultado da oferta e demanda de recursos dentro de uma economia.


• Reflete agregados econômicos. Exemplo: desemprego, inflação, etc.
• Mecanismo de controle de política monetária.
• Custo primário do dinheiro na economia.
• Prefixada e Pós fixada.

TJLP (TAXA DE JUROS DE LONGO PRAZO)

• Período de vigência de um trimestre-calendário


§ Parâmetros de cálculo:
§ Meta de inflação pro-rata dos doze meses seguintes ao primeiro mês de
vigência da taxa, baseada nas metas anuais fixadas pelo CMN.
§ Prêmio de Risco.
§ A TJLP é fixada pelo CMN.

LIBOR (LONDON INTERBANK OFFERED RATE)

• Taxa de juros praticada no mercado interbancário londrino.


• Utilizada no Brasil nas operações financeiras internacionais.
• Operações de Comércio Internacional – trade finance.

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TR (TAXA REFERENCIAL)

• Taxa calculada e divulgada diariamente pelo BC.


• Define o rendimento das cadernetas de poupança, empréstimos do crédito rural e do
SFH.
• Apurada com base na TBF – Taxa Bancária Financeira.
• TBF e TR calculadas a partir da remuneração média dos CDB prefixados com prazos de
30 e 35 dias das 30 maiores instituições financeiras.
• TR = TBF – redutor. (calculado pelo Bacen).

SELIC

• Formada a partir do preço que o BC compra e vende recursos em reserva.


• Compra e venda de títulos públicos federais de/para instituições financeiras.

CDI (CERTIFICADO DE DEPÓSITO INTERBANCÁRIO)

• Títulos emitidos pelos bancos para captar ou aplicar recursos excedentes no mercado
interbancário.
• Tem como objetivo melhorar a liquidez de uma determinada instituição financeira.
• Operações de um dia.
• Transações fechadas por meio eletrônico e registradas nos computadores das
instituições e nos terminais da CETIP

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Como Montar uma Carteira de Ações

O FINANCIAMENTO DAS EMPRESAS

• O sistema de distribuição de valores mobiliários é fundamental para o crescimento


econômico;

Fonte de financiamento das empresas:


• Geração e reinvestimento de lucros;
• Empréstimos (capital de terceiros);
§ Sistema bancário;
§ Emissão de debentures;
• Aporte de capital de acionistas.

APORTE DE CAPITAL DE ACIONISTAS

• Esta forma de financiamento oferece à empresa as melhores condições financeiras de


viabilização de seus projetos, dado que:
§ A natureza de captação é permanente;
§ Há baixo comprometimento de caixa;
§ Reduz o grau de alavancagem da empresa.

ESTRUTURA DE CAPITAL DE UMA EMPRESA

• Revela a maneira como a empresa financia os seus ativos, através da combinação entre:
§ Dívida;
§ Ações
§ Capital Híbrido (dívida de longo prazo);

• Grau de Alavancagem
§ Percentual da dívida em relação ao capital total da empresa.

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ABERTURA DE CAPITAL

• Uma Companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão


estejam ou não admitidos a negociação no mercado de valores mobiliários.
• Para ter ações negociadas no mercado a sociedade deve ser registrada na CVM como
companhia aberta.

OFERTA PÚBLICA DE AÇÕES

• Operação pela qual a sociedade emitente coloca seus valores mobiliários no mercado
primário, mediante intermediação de uma instituição financeira (em geral um banco de
investimentos);
• A sociedade atrai novos sócios pela subscrição e integralização de novas ações;
• Os recursos financeiros em geral são direcionados para financiar o crescimento da
própria empresa.

SUBSCRIÇÃO PÚBLICA DE AÇÕES

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Como Montar uma Carteira de Ações

CONDIÇÕES PARA ABERTURA DE CAPITAL

• Atratividade econômica;
• Resultados econômicos financeiros;
• Perspectivas de rentabilidade;
• Estudo setorial;
• Características básicas de emissão e lançamento; (roadshow, precificação, etc.)
• Escolha de intermediário financeiro;
• Auditoria independente;
• Cenário conjuntural;
• Transparência.

TIPOS DE AÇÕES

• Ordinárias (ON): conferem a seu tirular o direito de voto. O poder de decisão concentra-
se no grupo de investidores que detém a maior quantidade de ações;
• Preferenciais (PN): conferem a seu titular as seguintes preferências:
§ Prioridade no recebimento de dividendos;
§ Prioridade no reembolso de capital na hipótese de dissolução da
sociedade.

DESDOBRAMENTO DE AÇÕES (SPLIT)

• Artifício geralmente utilizado quando o preço da ação está muito acima da média da
bolsa, restringindo assim a sua base de investidores;
• Ocorre uma redução no preço e um aumento na quantidade, de maneira que cada
investidor permaneça com a mesma proporção de ações e o mesmo patrimônio.

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ÍNDICES DE BOLSA DE VALORES

• Mede o desempenho médio dos preços de uma carteira de ações;


• Reflete o comportamento do mercado em determinado intervalo de tempo;
• O índice deve ser uma amostra representativa do universo de ações, reavaliada
periodicamente;
• Constitui um benchmark para o mercado.

EXEMPLOS DE ÍNDICES

• Brasil
§ Ibovespa – o mais representativo;
§ IbrX-50 – as 50 mais negociadas;
§ IEE – setor de energia elétrica;
§ IGC – governança corporativa;
§ ISE – sustentabilidade empresarial
• Mundo
§ EUA – Down Jones, S&P 500, Nasdaq;
§ Japão – Nikkei;
§ Inglaterra – FTI

MERCADO SECUNDÁRIO

Bolsa de Valores
• Administração de mercados organizados de títulos e valores mobiliários, zelando pela
organização, funcionamento e desenvolvimento de mercados livres e abertos para a
negociação de quaisquer espécies de títulos ou contratos que possuam como referência
ou tenham por objeto ativos financeiros, índices, indicadores, taxas, mercadorias,
moedas, energias, transportes, commodities e outros bens ou direitos direta ou
indiretamente relacionados a tais ativos, nas modalidades à vista ou de liquidação
futura;
Índice Bovespa
• O Índice Ibovespa, completou 50 anos no mês de janeiro. Sua finalidade básica é a de
servir como indicador médio do comportamento do mercado brasileiro.
• Ele foi criado em 1968 e sua primeira carteira, composta por 27 ações, cada qual com
uma diferente participação de acordo com a sua liquidez (número de negócios e volume
financeiro).

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Como Montar uma Carteira de Ações

CRITÉRIO PARA A APURAÇÃO DA CARTEIRA TEÓRICA

Índice de Negociabilidade
• É o principal conceito para inclusão de uma ação no Ibovespa.

n v
.
N V

Onde:
n = número de negócios com a ação realizados no mercado a vista nos últimos 12 meses.
N = número de negócios total do mercado a vista dos últimos 12 meses.
v = valor em moeda corrente movimentado com a ação no mercado a vista nos últimos 12
meses.
V = valor em moeda corrente total do mercado a vista dos últimos 12 meses.

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO DE AÇÕES NO ÍNDICE

• A carteira teórica do Ibovespa é composta pelas ações que atenderam cumulativamente


aos seguintes critérios:
§ Estar entre os ativos elegíveis que, no período de vigência das 3 (três)
carteiras anteriores, em ordem decrescente de Índice de Negociabilidade
(IN), representem em conjunto 85% (oitenta e cinco por cento) do
somatório total desses indicadores;
§ Ter presença em pregão de 95% (noventa e cinco por cento) no período
de vigência das 3 (três) carteiras anteriores;
§ Ter participação em termos de volume financeiro maior ou igual a 0,1%
(zero vírgula um por cento), no mercado a vista (lote-padrão), no período
de vigência das 3 (três) carteiras anteriores.

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APURAÇÃO DO ÍNDICE BOVESPA

• Índice Bovespa é o somatório dos pesos (quantidade teórica da ação multiplicada pelo
último preço da mesma) das ações integrantes de sua carteira teórica. Assim sendo,
pode ser apurado, a qualquer momento, por meio da seguinte fórmula:

n
IbovespaT = å Pi ,T .Qi ,T
i =1
Onde:
Ibovespa t = Índice Bovespa no instante t
n = número total de ações componentes da carteira teórica
P = último preço da ação "i" no instante t
Q = quantidade teórica da ação "i" na carteira no instante t

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Como Montar uma Carteira de Ações

• Carteira teórica do Ibovespa válida para o quadrimestre Janeiro a Abril 2019

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Como Montar uma Carteira de Ações

ESTÁGIOS DE EVOLUÇÃO DE UM SETOR

CICLO DE ADOÇÃO DE NOVOS PRODUTOS

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SEIS CATEGORIAS DE EMPRESAS

1. As ações de crescimento lento;


2. As ações confiáveis;
3. As ações de crescimento rápido;
4. As ações cíclicas;
5. Ações em recuperação;
6. Ação com ativos ocultos.

AÇÕES COM CRESCIMENTO LENTO

ü Empresas grandes e estabelecidas;


ü Setores tradicionais da economia;
ü Dividendos regulares e generosos;
ü Crescimento próximo da taxa de crescimento do PIB.

AÇÕES CONFIÁVEIS

ü Empresas grandes;
ü Setores em consolidação;
ü Alcance global;
ü Proteção durante períodos de recessão;
ü Crescimento próximo acima da taxa de crescimento do PIB.

AÇÕES DE CRESCIMENTO RÁPIDO

ü Novos empreendimentos;
ü Pequenos e agressivos;
ü Não necessariamente em setor de rápida expansão.

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Como Montar uma Carteira de Ações

AÇÕES CÍCLICAS

ü Receitas e lucros aumentam e diminuem de forma regular;


ü Completamente previsíveis;
ü Normalmente empresas grandes e conhecidas.

AÇÕES EM RECUPERAÇÃO

ü Empresas em dificuldades;
ü Não crescem;
ü Potencialmente fatais;
ü Altas e baixas não relacionadas com o mercado.

AÇÕES COM ATIVOS OCULTOS

ü Empresas com ativos valiosos, ignoradas pelo mercado;


ü Direitos de propriedade;
ü Ativos no sentido contábil.

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DESENHANDO UM PORTFÓLIO

Ø Qual retorno esperar?


Ø Retornos médios de 30% ou 40% são irreais;
Ø Seja realista;
Ø Em alguns anos você pode ganhar 40%, em outros somente 1%, e até
perderá 20% em algum;
Ø Não ajustar suas expectativas aumentam suas probalidades de se frustar
com o mercado de ações, e sua impaciência fará você abadonar seus
investimentos no momento errado;
Ø Retornos médios de 15% ~ 20% são factíveis;
Ø Economias em desenvolvimento criam muitas oportunidades;
Ø O Mercado de ações brasileiro (Índice Bovespa) retorna entre 8% ~ 12%;
Ø Pelo tempo e esforço para selecionar ações individualmente, o investidor
deve ter um ganho extra neste processo.

HISTÓRICO DO ÍNDICE BOVESPA

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Como Montar uma Carteira de Ações

HISTÓRICO DO CDI

INFLAÇÃO

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Método 1%

QUANTAS AÇÕES?

Ø Não existe uma regra ou um número certo de ações;


Ø Não diversifique em direção a empresas desconhecidas apenas para atingir metas de
diversificação;
Ø Não é seguro ter apenas uma ação, por melhor que ela seja existem circunstâncias
imprevisíveis;
Ø Em pequenos portfolios é razoável ter entre três a dez ações;
Ø Se você procura empresas de crescimento rápido que podem multiplicar seu
patrimônio por mais de dez vezes, quanto mais ações maior a probabilidade;
Ø Nunca coloque mais de 30% ou 40% dos seus recursos em ações de crescimento
rápido;
Ø Mantenha sempre um mínimo de 20% em ações de empresas confiáveis;
Ø Ações cíclicas podem ter baixo risco e altos retornos ou alto risco e baixos
retornos, depende da sua aptidão para antecipar ciclos;
Ø Se estiver certo poderá multiplicar por 10 seu capital, se estiver errado
poderá perder entre 80% e 90%.
Ø Ações de crescimento rápido ou em recuperação são categorias de riscos e retornos
elevados;
Ø Não há forma fácil de quantificar riscos e recompensas;
Ø Ao desenhar seu portfolio tenha sempre algumas ações confiáveis para moderar
suas emoções e sofrimentos por ter suas ações de crescimento rápido ou em
recuperação;
Ø O segredo é uma compra consciente;
Ø Comprar uma ação confiável sobrevalorizada adiciona os mesmos riscos que
você deseja evitar;
Ø Isso é uma grande frustação, a empresa é um sucesso e mesmo assim
você não consegue ganhar nada com ela;
Ø O desenho do seu portfolio pode se modificar a medida que você envelhece;
Ø Investidores mais jovens, com mais tempo pela frente, podem suportar mais riscos;
Ø Conforme envelhecem os investidores ficam mais próximos da sua renda depender dos
seus investimentos;
Ø As circunstâncias variam de pessoa para pessoa, a análise desta questão terá de vir de
você.

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Como Montar uma Carteira de Ações

FRASES

“Se você não puder se convencer de que “quando minhas ações estão 25% em baixa, sou um
comprador” e eliminar o pensamento fatal de que “quando minhas ações estão 25% em baixa, sou
um vendedor”, então você nunca obterá um lucro decente com ações”.
Peter Lynch

“O risco sobe quando investimentos e a atenção do investidor estão disperses demais”.


Warren Buffett

“Seguir bons princípios é uma forma eficiente de lidar com a realidade”.


Ray Dalio

HORIZONTE DE TEMPO

“Se você não quiser possuir uma ação por dez anos, não pense em possuí-la nem por dez minutos”.
Warren Buffett

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Método 1%

PRINCÍPIOS DE INVESTIMENTOS RELATIVOS AO PROPRIETÁRIO

Ø Não se veja como meros proprietários de um papel cujo preço varia diariamente, e que
é candidato à venda quando algum evento político ou econômico os deixar nervosos;
Ø Se veja como proprietários de parte de um negócio com o qual espera ficar
indefinidamente;
Ø Como proprietário de ações, pense como um sócio não-gerente de negócios
extraordinários, nos quais mede o seu sucesso pelo progresso de longo prazo das
companhias, e não pelos movimentos de suas ações mês a mês;
Ø Acionistas de longo prazo beneficiam-se com um mercado acionário cadente. Então
quando o mercado cair verticalmente – como ocorrerá de tempos em tempos -, não
entre em pânico, nem lamente. É uma boa notícia.

"A curto prazo o mercado é um processo de votação, mas a longo prazo


ele é um processo de pesagem".
Benjamin Graham

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Como Montar uma Carteira de Ações

ANOTAÇÕES

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Método 1%

ANOTAÇÕES

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Como Analisar o Risco das Empresas

MÓDULO II

COMO ANALISAR O
RISCO DAS EMPRESAS

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Método 1%

AVALIAÇÃO DE AÇÕES

Precificação pelo Fluxo de Caixa Descontado

ü O valor de um ativo é o valor presente de seus fluxos de caixa previstos – DCF


(Discounted Cash Flow)

r
P : preço
FCt : fluxo de caixa no tempo t
t : tempo do fluxo, t= 1, 2, ...., n
r : taxa de desconto apropriada ao risco do ativo

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Como Analisar o Risco das Empresas

PERPETUIDADE

A fórmula da perpetuidade é uma simplificação para não ser preciso calcular os fluxos
indeterminadamente.

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Método 1%

EXEMPLO

MENSURANDO O VALOR DA EMPRESA

v VP dos fluxos de caixa livres de curto prazo:


ü Assume-se que no curto-prazo vários elementos tornam os fluxos de caixa um
pouco irregulares, o que justificaria uma análise mais detalhada;
ü Já no longo prazo, acredita-se que possa-se considerar que os fluxos de caixa
livres terão um comportamento mais suave;
ü O prazo do que seja curto prazo varia de 3 a 10 anos e é arbitrário;
ü A ideia é que qualquer vantagem comparativa da empresa é facilmente copiável
por outras empresas no longo prazo;

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Como Analisar o Risco das Empresas

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

1. POR QUE UM SETOR INDUSTRIAL É MAIS LUCRATIVO DO QUE OUTRO?

2. DADO UM SETOR INDUSTRIAL, POR QUE ALGUNS GRUPOS DE EMPRESAS SÃO MAIS LUCRATIVOS
DO QUE OUTROS?

3. DADOS UM SETOR INDUSTRIAL E UM GRUPO DE EMPRESAS, POR QUE UMA EMPRESA É MAIS
LUCRATIVA DO QUE OUTRA?

O MODELO DAS 5 FORÇAS

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Método 1%

BARREIRAS DE ENTRADA

» INSTITUCIONAIS
» CUSTOS DE MUDANÇA
» DIFERENCIAÇÃO DO PRODUTO
» ACESSO AOS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO
» TECNOLOGIA PATENTEADA
» CURVA DE EXPERIÊNCIA
» ECONOMIA DE ESCALA
» NECESSIDADE DE CAPITAL

INTENSIDADE DA RIVALIDADE

» CONCORRENTES NUMEROSOS
» AUSÊNCIA DE DIFERENCIAÇÃO
» CRESCIMENTO LENTO
» AUSÊNCIA DE CUSTOS DE MUDANÇA
» CUSTOS FIXOS ALTOS
» BARREIRAS DE SAÍDA ELEVADAS

BARREIRAS DE SAÍDA

» CUSTOS FIXOS DE SAÍDA


» INTER-RELAÇÕES ESTRATÉGICAS
» ATIVOS ESPECIALIZADOS
» BARREIRAS EMOCIONAIS

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Como Analisar o Risco das Empresas

PODER DE NEGOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES

PODER DE NEGOCIAÇÃO DOS COMPRADORES

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Método 1%

PRESSÃO POR PRODUTOS SUBSTITUTOS

SELEÇÃO DE ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS

Dado um setor industrial, por que alguns grupos de empresas são mais lucrativos do que
outros?

Estratégias Genéricas = Escopo de Mercado X Vantagem Competitiva

Estratégias Competitivas = Captam as diferenças possíveis entre as opções estratégicas


ligadas diretamente ao atingimento de resultados

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Como Analisar o Risco das Empresas

ESTRATÉGIAS GENÉRICAS

ESTRATÉGIAS GENÉRICAS E OS RESULTADOS

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Método 1%

SELEÇÃO DE ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS RELEVANTES

Por que os diversos grupos de empresas em certo setor industrial apresentam roi’s médios
significativamente diferentes?

Porque adotam decisões estratégicas diferentes

Então, para escolher as estratégias relevantes basta verificar as que são adotadas de forma
diferente pelas empresas do setor

EXEMPLOS DE DIMENSÕES DE ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS

Ø ESPECIALIZAÇÃO
Ø QUALIDADE DO PRODUTO
Ø LIDERANÇA TECNOLÓGICA
Ø INTEGRAÇÃO VERTICAL
Ø POLÍTICA DE CANAIS
Ø SELEÇÃO DO CANAL
Ø ALAVANCAGEM
Ø POLÍTICA DE PREÇOS
Ø ATENDIMENTO
Ø IDENTIFICAÇÃO DE MARCAS

SELEÇÃO DE ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS RELEVANTES

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Como Analisar o Risco das Empresas

CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO ESTRATÉGICO

MELHORES DECISÕES ESTRATÉGICAS

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Método 1%

ANÁLISE DAS 5 FORÇAS

BARREIRAS DE MOBILIDADE

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Como Analisar o Risco das Empresas

ANÁLISE DAS OPORTUNIDADES DE MARKETING

MARKETING

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Método 1%

FINANCIAMENTO OPERACIONAL

ü Necessidade de Capital de Giro: volume de investimento operacional em giro


apropriado para o equilíbrio financeiro.
ü Cálculo da NCG prevê a reclassificação das contas circulantes da empresa em:
ü Itens operacionais (ou cíclicos)
ü Itens financeiros (ou erráticos)
ü Transformação do Balanço Patrimonial em Balanço Gerencial.

NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO

ü Ativo
ü Circulante Financeiro (caixa, aplicações)
ü Circulante Operacional (clientes, estoques)
ü Permanente (RLP, imobilizado)
ü Passivo
ü Circulante Financeiro (bancos, empréstimos)
ü Circulante Operacional (fornecedores)
ü Permanente (ELP, patrimônio líquido)

ü Ativo e Passivo Circulante Financeiro


ü Itens que apresentam pouca vinculação direta com as operações da empresa;
ü Pouco impactados por alterações no volume de atividades ou nas fases
operacionais.
ü Ativo e Passivo Circulante Operacional
ü Itens que apresentam estreita relação com a atividade operacional da empresa;
ü Diretamente influenciados pelo volume de negócios, ciclo operacional, crédito,
etc.

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Como Analisar o Risco das Empresas

ATIVIDADE OPERACIONAL

Compra da Pagamento Recebimento


mercadoria da compra da venda
PMP
Necessidade de financiamento
57,9 dias
Ciclo Financeiro da Empresa

(dias)
0 57,9 76,8 117,6

PME PMR

76,8 dias Venda da mercadoria 40,8 dias

Ciclo Operacional da Empresa

CICLO FINANCEIRO

ü O ciclo financeiro é o prazo que a empresa tem entre pagar seu fornecedor e receber
de seu cliente. Quanto maior esse prazo, maior sua necessidade de capital de giro.

NCG

ü Nível necessário de investimento em CG é positivamente relacionado com o Ciclo


Financeiro da empresa;
ü Investimento em CG depende também do volume de vendas da empresa;
ü Quanto maior o crescimento das vendas, maior a necessidade de recursos no ACO
(estoques, valores a receber).
ü Resumindo, a NCG da empresa depende essencialmente de seu:
Ø Ciclo Financeiro
Ø Volume de negócios
ü NCG reflete uma necessidade permanente de recursos
ü Financiamento da NCG deve ser feito também com recursos de longo prazo, a fim de
manter uma margem de segurança.

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Método 1%

CÁLCULO DA NCG

ü NCG > 0: fluxo de saídas mais rápido do que o de entradas (pagamentos ocorrem
antes de recebimentos)
ü NCG < 0: excesso de fontes operacionais em relação às aplicações operacionais;
financiamento de outros itens do circulante

ANÁLISE DE LIQUIDEZ

Os índices de liquidez evidenciam a capacidade que a empresa tem em pagar seus


compromissos, em diversos níveis de exigência dos ativos disponíveis e liquidáveis.

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Como Analisar o Risco das Empresas

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Método 1%

O RETORNO DO ACIONISTA

Análise de Rentabilidade

ANÁLISE FUNDAMENTALISTA

ANÁLISE MACROECONÔMICA
O ambiente macroeconômico define, em primeira grandeza, todos os custos da economia.

q A taxa de juros define o custo do dinheiro;


q A taxa de câmbio define os custos para aqueles que necessitam importar e os preços
para aqueles que exportam;
q A inflação e o desemprego afetam o consumo das famílias e, consequentemente, as
vendas das empresas.

Quando decidimos investir em uma empresa, esta é a primeira análise a ser feita: como a
operação da empresa será afetada em uma eventual mudança do ambiente.

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Como Analisar o Risco das Empresas

ANÁLISE DA INDÚSTRIA

Riscos da Indústria

ü Fatia de mercado dos principais participantes.


ü Elasticidade da demanda para os compradores do produto.
ü O poder dos clientes.
ü A disponibilidade de produtos substitutos.
ü Ciclo de vida da indústria e Margens de Lucro.
ü Barreiras de entrada e saída.
ü O grau de protecionismo e a regulação.
ü A influência e a dispersão dos fornecedores.
ü A tecnologia atual e o futuro tecnológico.
ü A taxa de crescimento da indústria comparada ao PIB.

ANÁLISE DA EMPRESA

Riscos
ü Da empresa.
ü Da gestão.
ü De negócio.
ü Performance.
ü Financeiro.

Riscos Financeiros Evidentes


ü Endividamento
ü Volatilidade das Vendas
ü Volatilidade dos Custos
ü Atividade Sindical Excessiva
ü Obsolescência dos Produtos
ü Falta de Liquidez
ü Gestão Financeira Não Técnica/Profissional

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Método 1%

Riscos Não Facilmente Evidentes


ü Estratificação da Administração/Sucessão não profissionalmente realizada.
ü Desvantagens Tecnológicas
ü Mudanças de Preferência do Consumidor
ü Controle das Fontes de Matérias Primas
ü Incapacidade de competir em seu próprio mercado com a importação

ANÁLISE FUNDAMENTALISTA

A ESCOLA FUNDAMENTALISTA PROCURA DETERMINAR O PREÇO TÉCNICO OU O


VALOR INTRÍNSECO DE UMA AÇÃO ATRAVÉS DA AVALIAÇÃO DO PATRIMÔNIO ATUAL
DA EMPRESA E SUA PROJEÇÃO.

O VALOR INTRÍNSECO É O VALOR PRESENTE DO RESULTADO DOS INVESTIMENTOS


PROGRAMADOS. É REPRESENTADA OU DEFINIDA PELA COMPOSIÇÃO DOS SEGUINTES
FATORES:

ü Avaliação do desempenho histórico da empresa.


ü Avaliação da capacidade competitiva da empresa.
ü Avaliação do risco do governo.
ü Fatores críticos de sucesso da empresa.
ü Tecnologia.
ü Política acionária da empresa.
ü Valor presente dos lucros futuros estimados.

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Como Analisar o Risco das Empresas

ANOTAÇÕES

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Método 1%

ANOTAÇÕES

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Quando Comprar ou Vender uma Ação

MÓDULO III

QUANDO COMPRAR
OU VENDER UMA
AÇÃO

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Método 1%

MERCADO DE AÇÕES

AÇÕES

• Títulos emitidos por sociedades anônimas, que representam a menor fração do capital
da empresa emitente. Podem ser escriturais ou representadas por cautelas ou
certificados. O investidor em ações é um co-proprietário da sociedade anônima da qual
é acionista, participando dos seus resultados. As ações são conversíveis em dinheiro, a
qualquer tempo, pela negociação em bolsas de valores ou no mercado de balcão.

• Tipos
§ Ordinárias: Proporcionam participação nos resultados da empresa e
conferem ao acionista o direito de voto em assembléias gerais.
§ Preferenciais: Garantem ao acionista a prioridade no recebimento de
dividendos (geralmente em percentual mais elevado do que o atribuído
às ações ordinárias) e no reembolso de capital, no caso de dissolução da
sociedade.
• Rentabilidade
§ É variável. Parte dela, composta de dividendos ou participação nos
resultados e benefícios concedidos pela empresa, advém da posse da
ação; outra parte advém do eventual ganho de capital na venda da ação.
• Dividendos
§ A participação nos resultados de uma sociedade é feita sob a forma de
distribuição de dividendos em dinheiro, em percentual a ser definido pela
empresa, de acordo com os seus resultados.
• Juros sobre o Capital Próprio
§ Opção de remunerar o acionista por meio do pagamento de juros sobre
o capital próprio, em vez de distribuir dividendos, desde que sejam
atendidas determinadas condições estabelecidas em regulamentação
específica.
• Bonificação em Ações
§ Advém do aumento de capital de uma sociedade, mediante a
incorporação de reservas e lucros, quando são distribuídas
gratuitamente novas ações a seus acionistas, em número proporcional às
já possuídas.
• Direitos de Subscrição
§ É o direito de aquisição de novo lote de ações pelos acionistas — com
preferência na subscrição — em quantidade proporcional às possuídas.

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Quando Comprar ou Vender uma Ação

COMPONENTES DO RISCO

• Risco Diversificável (não sistemático)


§ Resulta de eventos incontroláveis ou aleatórios, específicos de uma
empresa; pode ser eliminado por meio da diversificação.

• Risco Não Diversificável (sistemático)


§ Atribuído a forças mais gerais como guerra, inflação, eventos políticos,
etc.

• Risco Total
§ Soma do risco diversificável e risco não diversificável.

• Risco Específico e Risco Sistemático


§ Risco específico é atribuído à empresa e por isto pode ser eliminado
através da diversificação.
§ Risco sistemático, é o que afeta todo o mercado e não pode ser
eliminado por meio da diversificação.

DIVERSIFICAÇÃO

• O risco total decresce na medida que se amplia a diversificação da carteira por meio da
inclusão de mais títulos.
§ Desde que as correlações entre pares de retornos sejam inferiores a 1
• A partir de certo número de títulos, o risco da carteira se mantém praticamente estável,
correspondendo unicamente a sua parte não diversificável.
• A diversificação pode ser adotada em carteiras de diferentes naturezas, como ações,
projetos de investimentos, etc

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Método 1%

• Efeito Diversificação

Reflexão
• "A diversificação é uma proteção contra a ignorância. Faz pouquíssimo sentido para quem
sabe o que está fazendo."
• "O risco advém de você não saber o que está fazendo."
Warren Buffett

OBJETIVOS DA ANÁLISE FINANCEIRA

• O objetivo da análise financeira é avaliar qual a estrutura financeira da empresa, suas


decisões de investimento, de financiamento e suas operações.
• A análise dos investimentos em ativos evidencia se os mesmos estão gerando o retorno
esperado com o risco adequado.
• A análise dos financiamentos nos mostra de onde vêm os recursos necessários para a
empresa operar e investir.
• Já as operações evidenciam se a empresa consegue operar com a rentabilidade
esperada.

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Quando Comprar ou Vender uma Ação

BALANÇO PATRIMONIAL

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Método 1%

OBJETIVOS EMPRESARIAIS

• Em finanças, a teoria diz que o objetivo da empresa é criar valor para o seu acionista.
Criar valor é gerar uma rentabilidade superior ao que o acionista conseguiria em outro
investimento.

• Podemos relacionar outros objetivos, como:


§ Satisfazer seus clientes com qualidade e satisfação;
§ Manter um ambiente saudável e motivado para seus funcionários;
§ Ser socialmente responsável.

• Porém, nenhum dos objetivos acima fará sentido se a empresa não gerar rentabilidade.
O objetivo final de qualquer empreendimento é criar valor para o seu acionista.

A CRIAÇÃO DE VALOR

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Quando Comprar ou Vender uma Ação

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Método 1%

A empresa deve buscar


• Aplicar os recursos próprios e de terceiros em investimentos que ofereçam retorno
atrativo e superior ao custo de capital
• Captar tais recursos de maneira apropriada, levando em consideração:
§ Volume
§ Prazos compatíveis
§ Custos

FLUXO DE CAIXA

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Quando Comprar ou Vender uma Ação

A CRIAÇÃO DE VALOR

• Do ponto de vista econômico e financeiro, o valor é uma medida de bem-estar material.


• Assim, uma empresa cria valor se aumenta a capacidade de consumo de seus acionistas
(Por simplicidade, este texto usa a nomenclatura das sociedades por ações, mas as
análises podem ser adaptadas facilmente para outras estruturas societárias.).
• Os credores também participam dos fluxos de caixa da empresa, mas não havendo
inadimplência, esta participação não depende do desempenho da empresa.
• Obviamente, o bem-estar dos agentes econômicos não depende apenas de consumo,
mas outros fatores que aumentam o bem-estar são difíceis de ser mensurados e
tratados de forma objetiva, e a teoria financeira usualmente não os estuda.

A NOÇÃO DE VALOR

• A capacidade de consumo, ou riqueza, que uma empresa propicia a seus acionistas


depende dos dividendos que são distribuídos ao longo do tempo.
• O acionista que não quiser esperar os dividendos, pode usar o mercado de capitais para
vender parte de suas ações e usar os recursos para consumir agora.
• Logo, o mercado de capitais permite transformar fluxos de caixa futuros (os
dividendos) em fluxo de caixa hoje (o valor obtido com a venda das ações) - Para
empresas que não são negociadas em bolsa o valor é menos transparente, mas há
maneiras de estimá-lo.
• O preço das ações é, portanto, o valor presente dos dividendos futuros, que são
transformados pelo mercado de capitais em um fluxo de caixa hoje.

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Método 1%

O MERCADO DE CAPITAIS

• O mercado de capitais permite que agentes econômicos troquem fluxos de caixa no


futuro por fluxos de caixa hoje, e vice-versa, de acordo com suas preferências inter-
temporais.

• Como é sempre melhor possuir caixa hoje que no futuro, no mínimo por precaução
contra eventualidades (preferência pela liquidez), quem vende fluxo de caixa presente
(VP) quer no futuro (VF) o mesmo valor que cedeu no presente, mais uma compensação,
dada pela taxa r:

VF = VP + VP ´ r

• Essa taxa determina o preço, a valor presente, de um fluxo de caixa futuro, e é a taxa
que equilibra quantidade ofertada e quantidade demandada de fluxos de caixa no
mercado de capitais.
• Assim, o valor presente, ou o preço de um fluxo de caixa futuro é dado por:

VF
VF = VP + VP ´ r Þ VF = VP(1 + r ) Þ VP = .
(1 + r )
• Se o mesmo raciocínio for utilizado várias vezes, durante T períodos, vem:

VF
VP = .
(1 + r )T

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Quando Comprar ou Vender uma Ação

RISCO E VALOR

• Um aspecto importante do valor é que fluxos de caixa futuros são arriscados.


• Um emprestador pode não pagar suas dívidas e a empresa pode não gerar o fluxo de
caixa estimado.
• Obviamente, quanto maior o risco de que os fluxos de caixa não se realizem como
esperado:
§ maior a compensação futura cobrada por quem vende fluxos de caixa
presentes, ou seja, maior a taxa r;
§ mais baratos os fluxos de caixa futuros a valor presente, ou seja, menor
o VP:

EM RESUMO

Valor para o acionista


=
Capacidade de consumo a valor presente
=
Riqueza dos acionistas

• E esse valor depende:


§ de quanto caixa a empresa é capaz de gerar: VF;
§ de quando estes caixas serão gerados: T;
§ e do risco associado às incertezas sobre a efetivação dos fluxos: (1 + r).

VF
VP =
(1 + r )T

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Método 1%

FATORES QUE AFETAM O QUANTO, O QUANDO E O RISCO DOS FC

• Decisões tomadas pela administração:


§ Decisões de investimento (curto e longo prazo);
§ Decisões de financiamento (estrutura de capital);
§ Política de dividendos.
• Ambiente externo
§ Ações de concorrentes;
§ Regulação governamental;
§ Ambiente macro-econômico.

CUSTO DE OPORTUNIDADE

• Custo de oportunidade é o benefício de que abrimos mão ao sermos obrigados a


escolher entre alternativas mutuamente exclusivas, devido à escassez de recursos;
• Ou seja, em economia, o que deixamos de ganhar ao fazer uma escolha é um custo;
• A melhor escolha é a que possui o menor custo de oportunidade.

EXEMPLOS
Para onde ir em um feriado prolongado
• Para onde ir em um feriado prolongado
§ Recurso escasso: tempo do feriado;
§ Decisão: ir para o campo ou para a praia?
§ Custo de ir para o campo: não ir para a praia;
§ Custo de ir para a praia: não ir para o campo.

• Venda ou aluguel de um apartamento


§ Recurso escasso: o ativo (apartamento);
§ Decisão: vender ou alugar;
§ Custo de vender: receita mensal do aluguel mais valorização do imóvel;
§ Custo de alugar: renda da aplicação do dinheiro da venda.

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Quando Comprar ou Vender uma Ação

• Decidir se vale a pena investir em um projeto


§ Recurso escasso: orçamento para um projeto;
§ Decisão: investir ou não em um projeto;
§ Custo de oportunidade de realizar o projeto: o retorno de projetos
semelhantes de mesmo risco (a taxa r);
§ Custo de oportunidade de não realizar o projeto: o retorno do projeto.

• Em que projetos investir (orçamento de capital ou capital budgeting)


§ Recurso escasso: orçamento da empresa;
§ Decisão: escolher um ou mais projetos que caibam no orçamento;
§ Custo de oportunidade de escolher um ou mais projetos: não criar o
valor dos projetos não escolhidos.

O CUSTO DE CAPITAL

• A taxa de retorno de equilíbrio oferecida pelos mercados de capitais para investimentos de


um determinado risco é um tipo de custo de oportunidade, chamado de custo de capital.

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Método 1%

• Os acionistas podem reinvestir os dividendos em ativos financeiros arriscados. Isso faz com
que o retorno esperado de projetos do orçamento de capital deva ser, no mínimo, da mesma
magnitude do retorno esperado dos ativos financeiros de mesmo risco, ou seja, o mercado
de capitais representa um custo de oportunidade para os investimentos em projetos.

• Se uma empresa investe em projetos com retorno abaixo do seu custo de capital, está
destruindo valor (riqueza):
§ O recurso dos acionistas e credores estaria melhor investido em outras
oportunidades oferecidas pelo mercado de capitais.

• Se a empresa investe em projetos com retorno acima do seu custo de capital, está criando
valor:
§ A empresa está produzindo mais caixa que oportunidades de risco
semelhante no mercado de capitais.

• Qual é mais caro?


§ Custo do capital próprio;
§ Custo do capital de terceiros.

• Argumentos:
§ Risco x retorno;
§ Alavancagem financeira;
§ Benefício fiscal da dívida.

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Quando Comprar ou Vender uma Ação

• Risco x Retorno
§ Fluxo de caixa para o acionista:

§ Fluxo de caixa para credores (sem inadimplência):

• Benefício fiscal da dívida:


§ Despesas com juros são deduzidas da base tributável, aumentando o
fluxo disponível para o acionista e reduzindo o custo efetivo da dívida.

O OBJETIVO DA EMPRESA

• O objetivo primário das empresas é maximizar a riqueza do acionista/proprietário


• A riqueza do acionista é sua capacidade de consumo a valor presente:
§ No caso de uma empresa de capital aberto, isto equivale ao preço de
suas ações;
§ No caso de uma empresa de capital fechado, isto equivale ao fluxo de
caixa líquido gerado, trazido a valor presente, que seria o valor justo da
empresa, caso fosse vendida.

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Método 1%

ESTRUTURA DE CAPITAL

• Composição das fontes de financiamento;


• Teorias da estrutura de capital;
• Estrutura ótima de capital;
• Estrutura de capital e o objetivo das finanças de maximização da riqueza.

COMPOSIÇÃO DAS FONTES DE FINANCIAMENTO

• Capital de Terceiros (Exigível)


• Capital Próprio (Patrimônio Líquido)

TEORIAS DA ESTRUTURA DE CAPITAL

• Custo do capital próprio e maior que o custo do capital de terceiros. Razões:


§ Risco;
§ Despesas financeiras dedutíveis para fins de IR.
• Estrutura ótima de capital e a minimização do custo total de capital;
• Teorias de estrutura de capital: teoria convencional e teoria de Modigliani e Miller.

TEORIA CONVENCIONAL

• É possível calcular o valor mínimo para o custo total de capital.


• Estrutura de capital convencional

• Maximização do valor da empresa pela estrutura ótima de capital.

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Quando Comprar ou Vender uma Ação

DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA ÓTIMA DE CAPITAL

• Calcular o WACC para cada estrutura de capital sugerida

æ KP ö æ K3 ö
rwacc = ç ÷ ´ rp + ç ÷ ´ r3 ´ (1 - T )
è KP + K 3 ø è KP + K 3 ø

ANÁLISE DA ESTRUTURA DE CAPITAL

• A análise da estrutura de capital de uma empresa é primordial para visualizarmos o grau de


endividamento frente a suas fontes de recursos.
§ Analisar a estrutura de capital é avaliar os riscos do negócio.

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Método 1%

O BETA COMO MEDIDA DE RISCO

CAPM (CAPITAL ASSET PRICING MODEL)

• O Retorno exigido por um investidor quando aplica em qualquer ativo de risco é a


rentabilidade de um investimento com risco próximo de zero mais um “prêmio” pelo risco
incorrido.
§ Quanto maior o risco, maior o retorno exigido;
§ Taxa de desconto = retorno exigido;

Ri = Rf + β (Rm – Rf)

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Quando Comprar ou Vender uma Ação

CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO

• O custo de capital próprio equivale ao retorno esperado do modelo CAPM

• Média ponderada entre os custos de capital próprio e de terceiros


• Capital próprio
§ CAPM
• Capital de terceiros
§ Custo de novas emissões

WACC (WEIGHTED AVERAGE COST OF CAPITAL)

• Custo Médio Ponderado de Capital

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Método 1%

FLUXO DE CAIXA X VALOR

• Objetivos
§ Entender as implicações dos usos dos regimes de caixa e de competência;
§ Entender a elaboração de uma projeção de fluxo de caixa.

VALOR X CUSTO

• Os princípios contábeis ditam o registro dos ativos pelo valor de custo.


• Valor de mercado é um conceito completamente diferente.

RESULTADO X CAIXA

• Lucro não representa capacidade de consumo/pagamento (caixa):


§ Princípios contábeis
§ Itens que não representam caixa

PRINCÍPIOS CONTÁBEIS

• Regime de competência
• Receitas registradas com as despesas correspondentes
• Receitas e despesas podem ser registradas mesmo que nenhum fluxo de caixa ocorra!

ITENS QUE NÃO REPRESENTAM CAIXA

• Depreciação é o item mais óbvio. Ninguém assina um cheque para pagar depreciação.
• Os fluxos só acontecem de fato quando há a troca de máquinas e equipamentos, ou a
reforma de prédios.
• Outro exemplo são impostos diferidos.

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Quando Comprar ou Vender uma Ação

CAIXA OU COMPETÊNCIA?

• Análise contábil (competência):


§ Eminentemente comparativa: como os indicadores da empresa evoluem
ao longo do tempo? Como um indicador de uma empresa compara-se
com o de seus concorrentes?
§ Permite fazer ajustes e identificar problemas.
• Fluxo de caixa:
§ A mensuração da criação de valor necessariamente deve levar em conta
quanto caixa é gerado e quando.
• Resumo e Conclusões
• As demonstrações financeiras provêem informações importantes para a gestão
• O valor, contudo, está essencialmente relacionado à geração de caixa
• Você deve manter em mente que:
§ Medidas de lucratividade não levam em conta risco ou tempo dos fluxos
de caixa
§ Índices são ferramentas essencialmente comparativas (entre empresas
ou ao longo do tempo)
§ A análise de fluxo de caixa permite estimar o valor de fato, considerando
tempo e risco

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Método 1%

O FLUXO DE CAIXA LIVRE

• O Fluxo de Caixa Livre é calculado conforme o modelo a seguir:

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Quando Comprar ou Vender uma Ação

COMO ESCOLHER AS MELHORES AÇÕES

EMPRESAS DE CRESCIMENTO RÁPIDO

Características

ü Indicadores financeiros dinâmicos;


ü Valor de mercado “bem” mais alto que o valor contábil;
ü Baixa alavancagem financeira;
ü Passado curto e dados instáveis.

Questões a Avaliar

ü Período de crescimento acelerado;


ü Mudanças na taxa de crescimento e nas margens ao longo do tempo;
ü Risco e outras características mudam à medida que o crescimento se torna mais lento;
ü Tamanho do mercado, rivalidade no setor, qualidade dos produtos/serviços e
administração;
ü Crescimento só tem qualidade se a empresa criar valor.

Observações

ü Uma empresa em crescimento rápido para ser bem sucedida precisa manter o
crescimento em proporção ao tamanho, ao mesmo tempo que preserva suas margens
de lucro;
ü Concentre-se em empresas capazes de diversificar seus produtos e ampliar a
base de clientes a medida que crescem;
ü A medida que crescem as empresas atraem mais competição;
ü Procure empresas capazes de preservar as margens de lucro e o
retorno enquanto crescem. Evite as que precisam escolher retorno x
crescimento acelerado.

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Método 1%

EMPRESAS CONFIÁVEIS

Características

ü Crescimento da receita próxima do crescimento da economia;


ü Margens estáveis;
ü Poder de alavancagem financeira;
ü Aumento de caixa;
ü Crescimento movido a fusões & aquisições.

Questões a Avaliar

ü Empresas confiáveis alteram seu valor em consequência das mudanças na forma como
são administradas;
ü Ativos Operacionais;
ü Geração de caixa pelos ativos existentes;
ü Taxas de crescimento esperadas;
ü Estrutura de Capital;
ü Maximização do valor pela estrutura ótima de capital;
ü Ativos Não Operacionais;
ü Excesso de caixa pode destruir valor.

Observações

ü A estratégia de Warren Buffett conhecida como “Valor Passivo” consiste em investir


em empresas bem gerenciadas, de crescimento razoável, que produzem lucros
vigorosos, mas que por algum motivo caiu no desagrado do mercado;
ü Concentre-se em avaliar empresas que estão “mal administradas” e que
poderiam valer mais sob nova administração;
ü Procure empresas com margens operacionais baixas em relação a
média do seu setor, sem criação de valor recente e com baixa
alavancagem financeira;
ü ATENÇÃO: Se for muito evidente, todo mercado verá o que você está vendo, isso
reduzirá seu potencial de ganho.

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Quando Comprar ou Vender uma Ação

EMPRESAS CÍCLICAS

Características

ü Desempenho ligado aos ciclos econômicos;


ü Recursos finitos;
ü Dois grandes grupos de empresas:
ü Construção civil e Automóveis;
ü Commodities (Petróleo e Minério de Ferro);

Questões a Avaliar

ü Empresas cíclicas tem suas receitas afetadas em consequência dos ciclos econômicos
e dos preços das commodities;
ü A medida que se alteram os ciclos o lucro operacional dessas empresas variam
muito mais por causa de seus altos custos fixos;
ü Empresas cíclicas precisam manter suas operações funcionando;
ü Risco de dificuldades financeiras até para empresas mais saudáveis;
ü A Avaliação deve ir além das variações nos lucros e buscar números mais
estáveis;
ü Ajuste pela média: Média absoluta, média relativa, média do setor.

Observações

ü Não avalie uma empresa cíclica no topo ou no fundo de um ciclo econômico;


ü Utilize o lucro ajustado em um ano econômico normal;
ü Os lucros de empresas de commodities variam com os preços das commodities;
ü As maiores oportunidades decorrerão dos movimentos cíclicos da economia e dos
preços das commodities;
ü Se você é capaz de antecipar ciclos econômicos pode se beneficiar dos preços em um
período de recessão, quando outros investidores estão reagindo ao pessimismo e
vendendo ações de empresas cíclicas;
ü Se você não é capaz de antecipar esses ciclos, concentre-se em comprar as ações de
empresas que criam valor, quando estiverem sendo negociadas a múltiplos de lucros
ajustados semelhantes a outras empresas do setor;

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Método 1%

EMPRESAS COM ATIVOS INTANGÍVEIS

Características

ü Valor de mercado deriva em grande parte de ativos intangíveis;


ü Marca, Tecnologia, Capital Humano;
ü Contabilização incompatível com o tratamento contábil de ativos físicos;
ü Confusão entre despesas de capital e despesas operacionais;
ü Remuneração por meio de emissão de capital próprio.

Questões a Avaliar

ü Para avaliar essas empresas é necessário reclassificar as despesas operacionais e as


despesas de capital para avaliar melhor o lucro;
ü Percepção mais clara dos investimentos que geram crescimento futuro;
ü Inputs que geram valor: Lucros, Reinvestimentos e indicadores de retorno;
ü Nem todos investimentos em ativos intangíveis criam valor, mas o não investimento
destrói;
ü Empresas com ativos intangíveis tendem a ser grandes usuárias de opções sobre ações
como forma de remuneração;

Observações

ü O maior obstáculo do investimento em empresas com ativos intangíveis é o fato de os


números contábeis serem potencialmente enganosos;
ü Para criar valor os ativos intangíveis devem gerar altos retornos;
ü Empresas com ativos intangíveis evidentes podem já estarem precificadas pelo
mercado, pelo seu alto potencial de crescimento;
ü Para investir nessas empresas lembre-se sempre da “margem de Segurança”;
ü Concentre-se em empresas que investem em seus ativos intangíveis para conservar e
aumentar seu valor;
ü Investimentos em P&D, Propaganda Institucional, Capital Humano;
ü Opções sobre ações alteram o valor do Equity.

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Quando Comprar ou Vender uma Ação

EMPRESAS EM DECLÍNIO

Características

ü Apresentam pouco potencial de crescimento;


ü São destruidoras de valor;
ü Seus ativos geram retornos abaixo do seu custo de capital;
ü Receitas estagnadas ou decrescentes;
ü Margens baixas ou negativas;
ü Desinvestimento de ativos;
ü Dividendos altos e recompra de ações;
ü Problemas com alavancagem financeira.

Questões a Avaliar

ü Mudanças nas características de risco;


ü Alteração nos custos de capital próprio e de terceiros;
ü Mesmo que supere suas dificuldades, é preciso considerar que a empresa não consiga
preservar um crescimento estável;
ü Muitas destas empresas se tornarão inadimplentes e falirão ou serão liquidadas;
ü Mesmo que sobreviva sua taxa de crescimento em perpetuidade tende a ser inferior a
taxa de crescimento da economia, pode ser inferior a taxa de inflação ou até negativa;
ü Pode até continuar a existir, mas será cada vez menor a medida que perde
participação de mercado.

Observações

ü Observe se o declínio nas operações da empresa é reversível ou permanente;


ü Em alguns casos a empresa tem condições de se recuperar sob nova
administração;
ü Nem todas as empresas decadentes enfrentam dificuldades financeiras;
ü A maioria das empresas em declínio e em dificuldades financeiras não recupera sua
saúde;
ü Se for investir nessas empresas concentre-se em empresas superalavancadas devido
ao endividamento excessivo, mas que tenham ativos valiosos e que seja saudável sob
outros aspectos;
ü Procure empresas que estejam tomando iniciativas para reestruturar suas dívidas, com
alta probabilidade de êxito;
ü Concentre-se em empresas que tenham mais acesso a capital, próprio e de
terceiros, suas chances de sucesso aumentarão.

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Método 1%

AVALIAÇÃO DE EMPRESAS

O QUE APRENDEMOS COM A HISTÓRIA É QUE AS PESSOAS NÃO APRENDEM NADA


COM A HISTÓRIA.
Warren Buffett

QUANTO MAIS AS COISAS MUDAM, MAIS CONTINUAM AS MESMAS.


Aswath Damodaran

ü O valor depende de ingredientes duradouros:

ü Geração de Caixa;
ü Crescimento;
ü Risco.

BONS INVESTIMENTOS!!!!

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Quando Comprar ou Vender uma Ação

ANOTAÇÕES

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Método 1%

ANOTAÇÕES

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