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A R A R U A M A

5º Período de Administração
Apostila : FINANÇAS CORPORATIVAS - 5º Per.ADM - Versão 3.10 Prof.: CÉSAR VENTURA

Sumário

1 - INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ...................................................................... 3


1.1 – A Contabilidade e a Administração: ................................................................................. 4
1.2 - Funções da administração financeira: .............................................................................. 5
1.2.1 - Planejamento Financeiro: .......................................................................................... 5
1.2.2 - Controle Financeiro (Análise dos Índices Financeiros): ............................................. 6
1.2.3 - Decisões de Investimento (aplicação dos recursos): ................................................. 8
1.2.4 - Decisões de Financiamento (capitação dos recursos): .............................................. 8
1.3 - Terminologias, Fórmulas e Conceitos: ............................................................................ 10
2 - CUSTO DO CAPITAL ................................................................................................................ 11
2.1 – Custo do Capital Próprio: ............................................................................................... 12
2.2 – Custo do Capital de Terceiros:........................................................................................ 12
2.3 – Fundamentos: Risco e Retorno ...................................................................................... 12
2.3.1 – O que é Risco?: ........................................................................................................ 12
2.3.2 – O que é Retorno?: ................................................................................................... 12
2.4 – Formas de Captação de Recursos: ................................................................................. 13
2.4.1 – Financiamento Bancário:......................................................................................... 13
2.4.2 – Subvenção Econômica: ............................................................................................ 13
2.4.3 – Capital Semente: ..................................................................................................... 14
2.4.4 – Venture Capital:....................................................................................................... 14
2.4.5 – Private Equity: ......................................................................................................... 14
2.4.6 – Crowdfunding: ......................................................................................................... 14
3 - CAPITAL DE GIRO .................................................................................................................... 14
4 - Balanço Patrimonial ............................................................................................................... 15
4.1 – Conceito e Composição: ................................................................................................. 15
4.2 – Análise Contábil: ............................................................................................................. 16
4.3 - Métodos de Análise Contábil: ......................................................................................... 16
4.4 - Aspectos das Demonstrações Passíveis de Análise:........................................................ 17
4.4.1 - Aspecto da estrutura:............................................................................................... 17
4.4.2 - Aspecto financeiro: .................................................................................................. 18
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5º Período de Administração
Apostila : FINANÇAS CORPORATIVAS - 5º Per.ADM - Versão 3.10 Prof.: CÉSAR VENTURA
4.4.3 - Aspecto econômico: ................................................................................................. 18
5 – Fluxo de Caixa Financeiro ...................................................................................................... 22
5.1 – Como montar um fluxo de caixa financeiro: .................................................................. 23
6 – Composição do Preço de Venda ............................................................................................ 24
7 - Demonstração do Fluxo de Caixa ........................................................................................... 24
7.1 – Conceito: ........................................................................................................................ 24
7.2 - COMPOSIÇÃO .................................................................................................................. 24
7.3 – Métodos de apresentação: ............................................................................................ 25
7.4 - FLUXO DE CAIXA – Método Indireto ............................................................................... 26
7.5 - FLUXO DE CAIXA – Método Direto .................................................................................. 27
8 - CADERNO DE EXERCÍCIOS ...................................................................................................... 28
REFERÊNCIAS: .............................................................................................................................. 35
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Apostila : FINANÇAS CORPORATIVAS - 5º Per.ADM - Versão 3.10 Prof.: CÉSAR VENTURA

1 - INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA


FINANÇAS é a ciência que tem por objetivo administrar fundos financeiros, ou seja,
aplicar nas tomadas de decisões da administração, conceitos do valor do dinheiro ao
longo do tempo (gestão do dinheiro), além de princípios econômicos e contábeis.

A Administração Financeira envolve a gestão de recursos financeiros. As Finanças


Corporativas estudam os processos e métodos aplicados nas tomadas de decisão nas
empresas (Criação de valor para empresa), mas entender essa área também é
essencial para os indivíduos em suas vidas particulares.

A Administração precisa de uma visão global da empresa (interno) e do ambiente que


a cerca (externo), principalmente do mercado em que está inserida, com o objetivo de
detectar as possíveis ameaças (pontos negativos) e reconhecer as oportunidades
(pontos positivos) que surgirem. Os gestores tem a atribuição de planejar, organizar,
controlar e decidir os caminhos seguidos pelas organizações rumo aos seus objetivos.

Segundo Chiavenato (2000, p.5), a “Administração é o ato de trabalhar com e através


de pessoas para realizar, tanto os objetivos da organização, quanto de seus
membros”.

“Administração financeira é a arte e a ciência de administrar recursos


financeiros para maximizar a riqueza dos acionistas. Finanças
corporativas são aplicações estratégicas da administração às
empresas.” (LEMES JÚNIOR, 2005).

Segundo Assaf Neto (2005), “A Administração Financeira é um campo de estudo


teórico e prático que objetiva, essencialmente, assegurar um melhor e mais eficiente
processo empresarial de captação e alocação de recursos de capital”.

Divisões de atuação do Administrador Financeiro:

Administração
Financeira

Finanças Mercado Finanças


Pessoais Financeiro Corporativas

Quais são os grupos dos agentes econômicos ativos que participam da economia de
um país? Dê exemplos de cada grupo.
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1.1 – A Contabilidade e a Administração:

Como é possível perceber administrar envolve "decisão". O administrador é o


responsável pelas decisões que influenciarão a continuidade da organização.

A Contabilidade, de forma simplificada, podemos afirmar que é a ciência que


estuda e controla o patrimônio, sendo ferramenta essencial para fornecer
aos gestores dados e informações úteis para nortear suas decisões no
processo de administrar seus empreendimentos. Sendo a informação contábil,
principalmente no que se refere aos planos orçamentários, base fundamental
para o planejamento empresarial.

Para GITMAN (2005, p.10) “A função primordial do contador é produzir e


divulgar dados para a mensuração do desempenho da empresa, avaliando sua
posição financeira”.

A contabilidade reconhece as receitas e despesas no momento da realização


da operação, independente de se ter recebido ou efetuado o pagamento. Está
prática é denominada Regime de Competência.

Já na Administração Financeira a prática utilizada e o Regime de Caixa,


onde se dá maior destaque aos fluxos de caixa (entrada e saída de numerário),
para manter o planejamento e garantir as aquisições de ativos, bem como o
cumprimento das obrigações (dívidas) assumidas.

De acordo com ROSS (2000) ao iniciar uma empresa, seja de qual área de
atuação for, três perguntas precisariam de resposta:

1) Quais os investimentos am ativos precisam ser feitos?

2) Como obter os recursos necessários para esses investimentos?

3) Como seria administrado o fluxo de caixa do negócio?

Para responder a 1ª pergunta é necessário a elaboração do ORÇAMENTO DE


CAPITAL, que nada mais é que o plano de investimentos de longo prazo da
empresa, onde se identificará o retorno financeiro do capital empregado e o
prazo para que o investimento passe a gerar fluxos de caixa positivos
(planejamento financeiro de longo prazo).

A 2ª pergunta refere-se à composição da ESTRUTURA DE CAPITAL utilizada


para os investimentos necessários. Essa composição é formada por Capital
Próprio e Capital de Terceiros, utilizando-se da melhor estrutura disponível.

Já a 3ª pergunta está ligada a forma de gestão do CAPITAL DE GIRO do


negócio (planejamento financeiro de curto prazo). Como o administrador
estruturará os ativos e passivos de curto prazo, como: estoques, contas a

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receber, saldo de caixa e bancos (ativos), além de fornecedores e contas a
pagar (passivo).

1.2 - Funções da administração financeira:

É comum simplificarmos as funções básicas do administrador financeiro em:


a) Alocação eficiente dos recursos da empresa - determinando os ativos e sua
composição, além do perfil de risco do negócio;
b) Obtenção de recursos - obter recursos nas condições mais favoráveis
possíveis.
Tais funções podem ser agrupadas em: Planejamento financeiro, Controle
financeiro, Decisões de investimento e Decisões de financiamento.

1.2.1 - Planejamento Financeiro:


O planejamento financeiro para um determinado período estabelece as
diretrizes e metas almejadas pela organização, fornecendo informações
técnicas que possibilitam aos responsáveis pelas decisões, uma análise do
investimento e financiamento necessários para o desenvolvimento do
negócio, além de visualizar situações adversas que permitirão a adoção de
medidas corretivas quando necessárias.
É um instrumento indispensável à estratégia empresarial. É através do
planejamento financeiro que as metas traçadas pela administração, atingem os
resultados esperados.

Assim podemos afirmar que o planejamento financeiro e a administração


financeira são responsáveis por dar à sustentação necessária a atividade da
organização, contribuindo para a sua continuidade.

Segundo Caravantes (2005):

"Planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas sim ao futuro


impacto das decisões que são tomadas hoje. O planejamento implica
avaliar o futuro e preparar-se para ele, ou mesmo criá-lo, pois, é o
ponto de partida para qualquer ação de parte da gerencia voltada
para resultados."

Plano Financeiro de Longo Prazo (Estratégicos):

São as ações planejadas para o futuro (mais de um ano), incluindo seus


reflexos financeiros. Planos financeiros de longo prazo são parte de um plano
estratégico integrado que, focalizam os dispêndios de capital, atividades de
pesquisa e desenvolvimento, ações de marketing e de desenvolvimento de
produtos, estrutura de capital e importantes fontes de financiamento.

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Plano Financeiro de Curto Prazo (Operacionais):

Os planos financeiros de curto prazo são ações planejadas para um período de


até dois anos, incluindo a previsão de seus reflexos financeiros. Incluem a
necessidade de matérias primas, a previsão de vendas e a previsão de gastos
necessários ao desenvolvimento das atividades da empresa. Os planos
financeiros de curto prazo mais comuns são os orçamentos operacionais, o
orçamento de caixa e demonstrações financeiras projetadas.

1.2.2 - Controle Financeiro (Análise dos Índices Financeiros):

Faz o acompanhamento e avaliação do desempenho financeiro das empresas.


Comparando os resultados previstos com os realizados e identificando as
causas dos desvios para propor medidas corretivas.

Segundo ASSAF (2014, p.11), Controle Financeiro:

"Se dedica a acompanhar e avaliar todo o desempenho financeiro da


empresa. Análises de desvios que venham a ocorrer entre os
resultados previstos e realizados, assim como propostas de medidas
corretivas necessárias, são algumas das funções básicas da
controladoria financeira."

Uma dos métodos utilizados pelo Controle Financeiro é a análise dos índices
das demonstrações financeiras da empresa, que são de fundamental
importância para os investidores, financiadores, bem como para a própria
administração da empresa.

Os Investidores são os acionistas atuais e os em potenciais que estão


interessados nos níveis atuais e futuros de risco e retorno da empresa.

Os Financiadores são os credores interessados na liquidez à curto prazo e na


capacidade da empresa em efetuar os pagamentos de juros e do principal, bem
como na lucratividade, pois querem assegurar-se da continuidade dos
negócios.

A Administração, está preocupada com todos os aspectos da situação


financeira da empresa. Trabalhando para obter índices financeiros favoráveis
tanto para os acionistas quanto para os credores. Assim a análise dos índices
financeiros serve para monitorar o desempenho da empresa identificando e
corrigindo possíveis desvios do planejamento. O objetivo dos
administradores é maximizar a riqueza dos investidores, assim é preciso
considerar além da maximização do lucro, os riscos envolvidos no negócio.

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Responsabilidade Social e Ambiental : Mesmo tendo como seu principal
indicador de eficiência o aumento da riqueza de seus investidores
(acionistas/proprietários), a administração não deve se esquecer de suas
responsabilidades sociais para com os clientes (proteção do consumidor), para
com seus funcionários (segurança do trabalho) e para com a comunidade,
participando ativamente, inclusive com apoio a educação e o meio ambiente.

Governança Corporativa : Diante dos diversos escândalos financeiros


ocorridos no mundo, o mercado anda dando mais atenção a forma como os
negócios estão sendo conduzidos. Nesse cenário surgiram diversas questões
que envolvem a ética empresarial, transparência e a forma de trato que envolve
as empresas e seus stakeholders.

Para ASSAF (2014, p. 7) Stakeholders são todos os agentes que atuam em


uma organização e apresentam alguma capacidade de participar de seus
esforços no sentido de atingir os objetivos traçados. De forma resumida,
stakeholders é todo individuo ou grupo que pode influenciar os objetivos de
uma empresa, e também ser influenciado por suas decisões.

Exemplos: acionistas, empregados, fornecedores, clientes, governo, etc.

ATENÇÃO: Princípios econômicos que devem ser sempre observados:

1) Recursos são sempre escassos, portanto é necessário fazer escolhas;


2) O custo real de uma operação é o que se deve dispor para concretizá-la
(custo de oportunidade);

Os indicadores econômico-financeiros mais comuns podem ser divididos em


quatro grupos:

a) Índices de liquidez, que são: Liquidez Corrente; Liquidez Seca; Liquidez


Imediata e Liquidez Geral;

b) Índices de atividade, que são: Prazo Médio de Estocagem; Giro do


Estoque; Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores; Prazo Médio de
Cobrança;

c) Índices de endividamento, que são: Índice de Endividamento Geral;


Composição do Endividamento; Relação do Exigível de Longo Prazo e o
Patrimônio Líquido; Imobilização do Patrimônio Líquido;

d) Índices de lucratividade, que são: Margem Bruta; Margem Líquida;


Margem Operacional; e

e) Índices de Rentabilidade, que são: Retorno sobre o Ativo (ROA);


Retorno sobre o Investimento (ROI); Retorno sobre o Patrimônio Líquido
(ROE); Giro dos Ativos.

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Segundo Hoji (2004):

"O sistema orçamentário é um instrumento de planejamento e


controle de resultados econômicos e financeiros. É um modelo de
mensuração que avalia e demonstra por meio de projeções, os
desempenhos econômicos e financeiros da empresa, bem como as
unidades que o compõem."

1.2.3 - Decisões de Investimento (aplicação dos recursos):

Refletem as aplicações de recursos temporários ou permanentes, por meio da


seleção dos ativos mais rentáveis e condizentes com os negócios da empresa.
Determinando a composição e os tipos de ativos da empresa, além de
considerar os riscos financeiros.

Segundo Assaf Neto (2005), “a decisão de investimentos envolve todo o


processo de identificação, avaliação e seleção das alternativas de aplicações
de recursos na expectativa de se auferirem benefícios econômicos futuros.”

A administração de ativos deve procurar a melhor estrutura dos investimentos,


em termos de risco e retorno, realizando um gerenciamento eficiente e eficaz
de seus valores.

1.2.4 - Decisões de Financiamento (capitação dos recursos):

Refletem as decisões tomadas para definir o tipo, forma e prazo dos financiamentos
captados. Volta-se para a aquisição de fundos para o gerenciamento de sua
composição, procurando definir a estrutura mais adequada em termos de liquidez,
redução de seus custos financeiros e risco financeiro. Cabe a administração
financeira obtenção de recursos nas condições mais vantajosas. Determinando a
composição e os tipos de recursos financeiros a serem utilizados pela empresa

Balanço Patrimonial

Decisões de Ativo Circulante Passivo Circulante Decisões


Investimento Financiamento
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante

Segundo Assaf Neto (2005):

“as decisões de financiamento, por outro lado, preocupam-se


principalmente com a escolha das melhores ofertas de recursos e a

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melhor proporção a ser mantida entre capital de terceiros e capital
próprio.”

Observação: Notem que os fluxos de caixa (resultados) e as análises de risco são


fundamentais para as decisões dos dos administradores, uma vez que essas duas
variáveis são importantes para a maximização das riquezas dos investidores.

Fonte: Silva (2013)

Algumas das funções do Administrador Financeiro consistem em:


(Atividades de análise e planejamento financeiro)

a) Análise dos registros das informações contábeis;


b) Projeção do Fluxo de Caixa;
c) Análise das perspectivas financeiras futuras;
d) Elaboração dos Planos de Investimento e Financiamento.

Posições destaque na Administração Financeira


Fina
Carreira Função
Responsável pelos planos financeiros e
Analista Financeiro
orçamentários das empresas.
Gerente de Investimentos Avalia e recomenda compra de ativos.
Obtém financiamentos para os
Gerente de Financiamentos investimentos aprovados pela direção da
empresa.
Controla os saldo de caixa da empresa.
Podendo gerir as atividades de
Gerente de Caixa
recebimento e pagamento, além das
aplicações financeiras de curto prazo.
Gere a política de crédito, avaliando as
Gerente de Crédito
solicitações
ões de crédito dos clientes.
Fonte: Adaptado de Gitman, 2005.

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1.3 - Terminologias, Fórmulas e Conceitos:

CICLO ECONÔMICO – É o período em que o produto ou mercadoria (bem de


venda), fica estocado até a venda. Compreende o período entre a data da
compra até a data da venda do produto (Prazo médio de estoque);
Ciclo Econômico = PME (Prazo Médio de Estoque)

PME = Giro do Estoque x 360

Giro do Estoque = (Estoque Médio / CMV)

Estoque Médio = (Estoque Inicial + Estoque Final) / 2

Siglas: PME (Prazo Médio de Estoque) # CMV (Custo da Mercadoria Vendida)

CICLO OPERACIONAL - Compreende o período entre a data da compra até a


data do efetivo recebimento pela venda do produto;
Ciclo Operacional = Ciclo Econômico + PMR (Prazo Médio de Recebimento
das Vendas).

PMR = 360 / Giro do Contas a Receber

Giro do Contas a Receber = (Vendas Brutas / Saldo de Dup.a Receber)

CICLO FINANCEIRO ou CICLO DE CAIXA - Compreende o período entre a


data do pagamento efetivo da compra até a data do recebimento efetivo da
venda do produto;

Ciclo Financeiro = CO – PMP (Prazo Médio de Pagamento)

GIRO DE CAIXA – É calculado dividindo o Ciclo de Financeiro por 360 dias


(ano comercial).

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Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm

2 - CUSTO DO CAPITAL
Uma das questões fundamentais da administração financeira é o custo do capital total
(capital próprio + capital de terceiros). Qual a melhor estrutura de capital a ser mantida
ao longo do tempo, é uma constante preocupação dos gestores.

Segundo Ross (2000), “O Capital não é gratuito e para tomar decisões financeiras às
empresas precisam conhecer os custos associados ao capital requerido”

Para se estabelecer a melhor estrutura de capital possível é necessário conhecer,


principalmente, o quanto a empresa está gastando e o custo de oportunidade do curto
e longo prazo.

CUSTO DE OPORTUNIDADE: Em termos simples consiste em saber do que


abriremos mão (deixaremos de ter ou fazer) para executar outras tarefas ou adquirir
outro bem que possam nos trazer benefícios.

Exemplo: Você está no último semestre da faculdade e seus recursos financeiros só


lhe permite fazer apenas uma matéria eletiva, mas existem duas matérias que você
gostaria de fazer: Libras e Relações Internacionais. Sendo assim você opta por
Relações Internacionais. Qual o custo dessa decisão?

Para GITMAN (2005, p.164):

“O valor do dinheiro no tempo é uma ferramenta importante que os


administradores financeiros e outros participantes do mercando
utilizam para avaliar o impacto de alternativas de ação propostas.
Como as empresas possuem longa duração e suas principais
decisões afetam os fluxos de caixa no longo prazo, a avaliação eficaz
das técnicas de cálculo do valor do dinheiro no tempo é de extrema
importância.” (os grifos são meus)

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2.1 – Custo do Capital Próprio:

É definido pelo retorno que os sócios ou acionistas desejam ter sobre o capital
investido na empresa.

Em termos simples é a remuneração mínimo exigida pelos sócios ou acionistas.

2.2 – Custo do Capital de Terceiros:

É definido pelo custo dos financiamentos de curto e longo prazo, incluindo, além dos
juros, os impostos sobre as operações financeiras.
É preciso conhecer os custos reais da empresa pra obter esses financiamentos que
podem vir de instituições financeiras particulares ou até mesmo recursos oficiais (do
governo) que em geral são subsidiados.

Financiamentos de Curto Prazo: Descontos de títulos nos bancos e financeiras;


Cheque especial; Crédito rotativo; Antecipação de Cartões de Crédito, etc.

Financiamentos de Longo Prazo: Empréstimos com prazos de 24 meses ou mais;


Financiamentos do BNDES; Captação de recursos no exterior (bancos estrangeiros);
Arrendamento Mercantil (Leasing);

2.3 – Fundamentos: Risco e Retorno

Pelo apresentado até aqui, fica claro que é responsabilidade do


administrador financeiro avaliar os riscos e retornos que as decisões
imporão aos investidores.

2.3.1 – O que é Risco?:

Para simplificar o entendimento podemos definir risco como a possibilidade de


perda financeira. Quanto maior forem os riscos (incerteza) envolvidos em uma
operação, maior é a possibilidade de perda financeira.

2.3.2 – O que é Retorno?:

O retorno é o resultado do investimento em um determinado período, podendo


ser representar um ganho ou uma perda.

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Fórmula comumente utilizada:

Kt = Ct + (Pt – Pt-1)
Pt-1

Onde:

Kt = taxa de retorno durante o período de tempo analisado (t).


Ct = fluxo de caixa recebido entre a data final (t) e a data inicial (t – 1) do
período analisado.
Pt = valor do investimento na data final (t).
Pt-1 = valor do investimento na data inicial (t-1).

Exemplo:

Você comprou uma máquina de fabricar fraldas descartáveis, há um ano atrás,


por R$ 22.000,00. O valor dessa máquina no mercado hoje é de R$ 23.500,00.
Durante esse período de um ano sua receita líquida com essa máquina foi de
R$ 900,00. Qual a taxa de retorno gerado por este investimento?

K1 = 900 + (23.500 – 22.000) = 2.400 = 0,109 (10,9%)


22.000 22.000

2.4 – Formas de Captação de Recursos:

2.4.1 – Financiamento Bancário:

Trata-se de captação de recursos nas instituições financeiras atuantes no


mercado, sejam públicas ou privadas. Tendo como principal característica a
devolução do capital inicial captado, acrescido de juros.

2.4.2 – Subvenção Econômica:

Apoio financeiro dado pelo poder público diretamente às empresas, seja


através de aporte monetário direto ou através de renuncia fiscal/tributária,
independente da forma os recursos não são reembolsáveis, ou seja, não
precisam ser restituídos pelas empresas.

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2.4.3 – Capital Semente:

Investidores bancam o início da empresa que, muitas vezes, ainda são só


ideias ou projetos (empreendedores).

2.4.4 – Venture Capital:

Investidores bancam o crescimento de empresas de pequeno ou médio porte


que já atuam no mercado, mas que apresentam bom potencial de expansão.

2.4.5 – Private Equity:

Para impulsionar os negócios e até para que se preparem para a abertura de


capital na bolsa, os empresários vendem ações de suas empresas
(participação acionária), que já estão consolidadas no mercado, em busca de
apoio a gestão estratégica do empreendimento, além do capital é claro.

2.4.6 – Crowdfunding:

Também chamado de financiamento coletivo, o investimento é realizado a


partir de contribuições de doadores (realizadas pela internet, na maioria das
vezes), que com o intuído de ajudar o empreendedor a atingir seus objetivos,
realizam aporte de capital sem terem assegurados direitos legais sobre o
objeto financiando.

3 - CAPITAL DE GIRO

É o capital necessário para a composição dos ativos correntes ou circulantes,


chamado Capital de Giro ou Capital Circulante. É o capital que gira
constantemente dentro do ciclo operacional da empresa.

ATIVOS CIRCULANTES : São os bens e direitos cujos valores são realizáveis


até o final do exercício seguinte, em geral compreendem os saldos das contas
do Disponível, Investimentos de Curto Prazo, Contas a Receber e Estoques.
Após esse prazo (após o final do exercício seguinte) são classificados no
ATIVO NÃO CIRCULANTE (Longo Prazo).

PASSIVOS CIRCULANTES : São as obrigações que devem ser quitadas até o


final do exercício seguinte, em geral compreendem os saldos das contas de
Fornecedores, Empréstimos de Curto Prazo, Impostos a Pagar e demais
contas a pagar de Curto Prazo. Após esse prazo (após o final do exercício
seguinte) são classificadas no PASSIVO NÃO CIRCULANTE (Longo Prazo).

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De forma geral o Capital de Giro representa o montante total dos recursos
necessário para a empresa financiar seu ciclo operacional.

CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO: É a diferença entre o ativo circulante e o


passivo circulante.

Para Vieira (2008), capital de giro líquido é:

“A expressão capital de giro é comumente definida como montante


total investido no ativo circulante (caixa, bancos, aplicações
financeiras, estoques e contas a receber de clientes), enquanto a
expressão capital de giro líquido é definido como sendo a diferença
entre ativo circulante e o passivo circulante, ou seja: Capital de giro =
Ativo circulante; Capital de giro líquido = Ativo circulante - Passivo
circulante. Dessa forma, a expressão capital de giro se refere ao total
de investimentos de curto prazo realizado pela empresa, enquanto a
expressão capital de giro líquido se refere ao saldo líquido de
aplicações e fontes efetuados neste horizonte de tempo.”

Otimização do Capital de Giro:

1) Conhecer o giro de cada produto para adequar os saldos de estoque em


relação as vendas;
2) Realizar programação de compras;
3) Aumentar as vendas de produtos de giro rápido;
4) Organização do contas a receber;
5) Reduzir o custo do capital de giro;

4 - Balanço Patrimonial
4.1 – Conceito e Composição:
O balanço patrimonial é a demonstração que tem por finalidade apresentar a
posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data,
representando, portanto uma posição estática (foto).
COMPOSIÇÃO

O balanço patrimonial é composto de três grupos básicos (Fig.1):

ATIVO - Compreende os recursos controlados por uma entidade e dos quais se


esperam benefícios econômicos futuros (BENS e DIREITOS)

PASSIVO - Compreende as exigibilidades (OBRIGAÇÕES)

PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Representa a diferença entre o Ativo e o Passivo, ou


seja, o valor líquido da empresa.

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As contas do Ativo Não Circulante são dispostas nos grupos: Ativo Realizável a
Longo Prazo; Investimentos; Imobilizado e Intangível.

ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Disponível
Contas a Receber Passivo Não Circulante
Estoques
Ativo Não Circulante
Realizável a Longo Prazo Patrimônio Líquido
Investimentos
Imobilizado
Intangível
(Fig.1)

4.2 – Análise Contábil:

A análise de balanço permite avaliar de forma geral a situação econômica e


financeira de uma entidade, determinando, entre outras coisas, sua capacidade
de gerar riquezas, avaliando o tempo de retorno do investimento.

Pode ser classificada em:

Análise temporal: É desenvolvida com o objetivo de acompanhar a evolução


patrimonial ou de resultado da empresa em determinados períodos de tempo
(analise de dois ou mais exercícios sociais).

Análise comparativa: É desenvolvida com o objetivo de comparar índices,


contas específicas, orçamentos e outros elementos da mesma natureza.

4.3 - Métodos de Análise Contábil:

Os tipos de análise mais comuns, são:

Análise vertical: é a análise da estrutura que compõe um grupo ou subgrupo


de determinados elementos patrimoniais ou de resultado em um determinado
período. Servindo para identificar o quanto representa cada item em relação a
um totalizador.

Análise vertical no balanço: Análise vertical na DRE:

Conta x 100 Conta x 100


Ativo Total Receita Bruta

Exemplo: relação percentual do imobilizado em relação ao ativo total.

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Análise horizontal: é a análise da variação (crescimento ou redução) de um
elemento, ou mesmo um grupo de elementos, em determinados períodos,
visando encontrar tendências de crescimento ou queda.

Análise horizontal no balanço: Análise horizontal na DRE:

( Saldo Atual -1 ) x 100 ( Valor do Ano Atual -1 ) x 100


Saldo Anterior Valor do Ano Anterior

Exemplo: Comparação da vendas de um exercício, com as vendas do exercício


anterior;

Análise horizontal nominal: não leva em conta a inflação do período analisado;

Análise horizontal real: desconta a inflação geral do país, gerando uma


variação real dos itens.

Análise por quociente: é a análise da relação numérica entre dois elementos


patrimoniais ou de resultado.

Exemplo: O valor do ativo circulante representa 1,20 em relação ao valor do


passivo circulante, no mesmo exercício.

Exercício: Com base nos dados do quadro abaixo, calcular a análise horizontal
nominal e a análise horizontal real das vendas realizadas nos últimos 5 anos,
sendo o ano 1 (ano atual) a base da análise.

Índice de
Inflação AH -
Período Vendas Inflação Acumulado Nominal AH - Real
Ano 1 R$ 20.000,00 0 1,00 1,000 1,000
Ano 2 R$ 25.000,00 20% 1,20 1,250 1,042
Ano 3 R$ 28.000,00 25% 1,50 1,400 0,933
Ano 4 R$ 40.000,00 40% 2,10 2,000 0,952
Ano 5 R$ 68.000,00 50% 3,15 3,400 1,079

4.4 - Aspectos das Demonstrações Passíveis de Análise:

4.4.1 - Aspecto da estrutura:

ESTRUTURA DE CAPITAIS: Representa as origens dos recursos colocados à


disposição da administração, se próprios ou de terceiros, bem como as
aplicações dos recursos, suas classificações na estrutura patrimonial, as
participações dos valores circulantes e não circulantes no patrimônio;

ENDIVIDAMENTO: Análise do endividamento da empresa para com terceiros,


com a posição de curto e longo prazo.

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4.4.2 - Aspecto financeiro:

LIQUIDEZ: Os indicadores que demonstram a capacidade da empresa de


honrar seus compromissos para com terceiros, especialmente os de curto
prazo; Esses índices quando demonstram baixa liquidez, são indicativos de
dificuldades financeiras e possíveis problemas de fluxo de caixa.

SOLVÊNCIA: Análise dos índices que permitem avaliar a capacidade de


solvência da empresa a médio e longo prazos;

4.4.3 - Aspecto econômico:

Envolvem giro (quanto a empresa consegue vender com os ativos que possui)
e margem (quanto a empresa "ganha" em cada unidade comercializada).
PADOVEZE (2010) afirma que quanto maior o giro menor a margem
necessária para recuperar o investimento. Assim os gestores devem procurar a
maior margem e o maior giro para obter a maior rentabilidade possível.

RENTABILIDADE: Análise da capacidade do negócio remunerar o capital


investido (geração de lucros);

PRODUTIVIDADE: Análise do potencial dos elementos ativos da empresa em


gerar receita;

ROTATIVIDADE: Análise de índices que medem a capacidade de giro dos


elementos patrimoniais;

Para GITMAN (2005, p.63):

“Os administradores financeiros reveem e analisam periodicamente


as demonstrações financeiras da empresa, tanto para identificar
possíveis problemas como para avaliar o progresso em direção às
metas estabelecidas. Esses procedimentos visam à preservação e à
criação de valor para os proprietários da empresa.”

Cuidados na análise dos índices:

1) Os índices que apresentam discrepâncias em relação aos níveis


considerados ideais são apenas sintomas de algum problema, ou seja,
os índices devem ser utilizados como orientadores para possíveis
situações adversas. É necessário que se verifique as causas do
problema.

2) Análises de índices de forma isolada, não costuma fornecer dados


suficientes para um julgamento mais amplo da situação da empresa. É
necessário que se analise os índices em conjunto de no mínimo três
índices e até grupos de índices diverso.

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3) Ao comparar índices de demonstrações financeiras de diversos
períodos, atentar para os possíveis efeitos da sazonalidade, que é
comum em diversos setores e regiões, que poderão levar a conclusões
equivocadas.

4) Atenção para os efeitos inflacionários sobre as demonstrações


financeiras, que também podem distorcer as comparações.

Os indicadores econômico-financeiros:

Segundo GITMAN (2005, p.63):


“Os índices financeiros permitem aos administradores financeiros
monitorar o pulso da empresa e o caminho percorrido em direção a
suas metas estratégicas... Eles podem dar uma noção útil de
aspectos importantes de risco e retorno (fluxo de caixa). ”

1) ÍNDICES DE LIQUIDEZ:

Com os índices de liquidez procura-se verificar a capacidade da empresa de


saldar seus compromissos (pagar suas dívidas).

Resultado da análise:

Menor que 1: O resultado expressa a falta de disponibilidade, ou seja não


existe direitos suficientes para quitar as obrigações a curto prazo no atual
momento.

Igual a 1: O resultado expressa equivalência entre dos direitos e as obrigações;

Maior que 1: O resultado expressa disponibilidade para liquidação das


obrigações;

OBS: É preciso considerar o setor no qual a empresa analisada está inserida.


Já que quanto mais previsíveis forem os fluxos de caixa, mais baixo será o
índice aceitável pelas normas.

Resultado: Quanto maior melhor.

a) Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante

Representa o quanto a empresa tem de recursos no curto prazo para


saldar compromissos de curto prazo.

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b) Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante

Representa o quanto a empresa tem de recursos no curto prazo,


eliminando a incerteza da venda dos estoques, para saldar
compromissos de curto prazo.

c) Liquidez Imediata = Ativo Disponível / Passivo Circulante

Representa o quanto a empresa tem de dinheiro em "caixa" e


"equivalentes de caixa" para saldar os compromissos de curto prazo.

d) Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) /


(Passivo Circulante + Passivo Não Circulante)

Representa a situação financeira da empresa no longo prazo. É preciso


analisar com cautela já que os prazo podem ser diferentes para o Ativo e
o Passivo e isso distorce a análise.

2) ÍNDICES DE ATIVIDADE:

Os índices de atividade buscam mensurar (medir) os prazos médios das principais


atividades operacionais da entidade (como: comprar e vender).

a) Prazo Médio de Estocagem = (Estoque Médio / CPV) x 360


b) Giro do Estoque = (CPV / Estoque)
c) Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores =
(Fornecedores / Compras) x 360
d) Prazo Médio de Cobrança = (Contas a Receber / Vendas) x 360

3) ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO:

Com os índices de endividamento procura-se avaliar a estrutura de capital, a


maior ou menor participação de capital de terceiros nas fontes de recursos.

a) Índice de Endividamento Geral ou Solvência Geral =

(Ativo Total / (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo))

(Capital de Terceiros / Ativo Total) x 100

b) Composição do Endividamento de Curto Prazo=

(Passivo Circulante / (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo)) x


100
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c) Relação do Exigível de Longo Prazo e o Patrimônio Líquido (Grau de


Endividamento) = (Exigível a Longo Prazo / Patrimônio Líquido) x
100

d) Imobilização o Patrimônio Líquido = Ativo Imobilizado / Patrimônio


Líquido

4) ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE:

a) Margem Bruta = (Resultado Bruto / Vendas) x 100

b) Margem Líquida = (Resultado Líquido / Vendas) x 100

c) Margem Operacional = (Resultado Operacional / Vendas) x 100

5) ÍNDICES DE RENTABILIDADE (retorno sobre o investimento):

Estes índices são mais representativos quando utilizamos somente os valores do Ativo
Operacional

a) Retorno sobre o Ativo (ROA) = (Resultado Líquido / Ativo Total)

Representa a lucratividade da empresa como um todo, sem se


preocupar de onde vieram os recursos.

b) Retorno sobre o Investimento (ROI) = (Resultado Operacional / Ativo Total)

c) Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) =


(Resultado Operacional / Patrimônio Líquido)

d) Giro dos Ativos = (Vendas / Ativo Total)

e) Margem Operacional = (Resultado Operacional / Vendas)

f) Quociente de Retorno sobre o Investimento Operacional =

Margem Operacional x Giro dos Ativos Operacionais

Essa combinação de Índices retrata melhor a situação operacional da


empresa, no que diz respeito ao retorno dos investimentos.

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Exemplo de Análise de Retorno sobre o Investimento:

BALANÇO PATRIMONIAL
2014 2013 2014 2013
ATIVO PASSIVO
Disponibilidades 140,00 80,00 Fornecedores 120,00 100,00
Estoques 220,00 150,00 Empréstimos 250,00 200,00
Créditos a Receber 280,00 240,00
Imobilizado 494,00 411,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(-) Depreciação -2,00 -1,00 Capital Social 300,00 300,00
Intangível 1,00 1,00 Reservas de Lucros 463,00 281,00
1.133,00 881,00 1.133,00 881,00

DRE - Demonstração do Resultado do Exercício


VENDAS 1.500,00 Retorno sobre o Investimento = 0,1807349
(-) Impostos s/Vendas -100,00 Resultado Operacional = 182,00
-
(-) CMV 1.000,00 Ativo Total (Médio) ( 1.133,00 + 881,00 )/2
= Resultado Líq.Vendas 400,00
Retorno sobre o PL = 0,2708333
DESPESAS GERAIS Resultado Operacional = 182,00
Patrimônio Líq.
(-) Administrativas -184,00 (Médio) ( 763,00 + 581,00 )/2
(-) Financeiras -34,00

Total Despesas -218,00

= Lucro Líquido 182,00

Fonte: Adaptado de IUDÍCIBUS (2013, p.94)

5 – Fluxo de Caixa Financeiro

O Fluxo de Caixa Financeiro demonstra uma projeção da evolução e do


comportamento, em um determinado período, dos saldos monetários (entradas e
saídas) da empresa. É uma das ferramentas mais utilizadas no dia-a-dia das
organizações de todos os portes.

É um instrumento de gestão, muito utilizado para as tomadas de decisões, e, até certo


ponto, de fácil elaboração. O objetivo é projetar a saúde financeira da empresa e
analisar os possíveis caminhos a serem seguidos para obter os resultados esperados
(planejamento).

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Independente da empresa o fluxo de caixa tem a mesma dinâmica, representa a
entrada e a saída de dinheiro no decorrer do tempo, e é justamente o tempo que
diferencia o fluxo de caixa de uma empresa de outro, uma vez que a movimentação
financeira, de uma organização para outra, ocorre em prazos distintos. Empresas
distintas possuem prazos de recebimento e pagamentos diferentes entre si.

As empresas que possuem controles financeiros bem estruturados e em ordem,


encontrarão certa facilidade para montar um fluxo de caixa que demonstre a realidade
da instituição, evitando projeções subestimadas ou superestimadas, ou ainda não
prever alguns recursos necessário para o desenvolvimento dos objetivos da empresa.

Um fluxo de caixa realista, baseado nas expectativas da empresa e em seus objetivos,


responde as questões:

1) Tenho dinheiro suficiente para o desenvolvimento das atividades que


foram planejadas?
2) Estou trabalhando com prazos de recebimentos corretos?
3) Necessito obter prazos de pagamentos mais alongados?
4) Preciso obter empréstimos?
5) Os gastos que estou realizando estão em consonância com o meu
planejamento?

Segundo GITMAN (2005, p.108):

“O fluxo de caixa, ou seja, o sangue da empresa, é fator


determinante básico do valor dela. O administrador financeiro deve
planejar e gerir – criar, alocar, conservar e monitorar – esse fluxo de
caixa. A meta é assegurar a solvência da organização cumprindo as
obrigações financeiras nas datas previstas e gerando fluxo de caixa
positivo para seus proprietários. Tanto a magnitude quanto o risco
dos fluxos de caixa gerados para os donos determinam o valor da
empresa.” (os grifos são meus).

5.1 – Como montar um fluxo de caixa financeiro:


Passos para elaboração de um fluxo de caixa financeiro:

1) Estimar as vendas do período e os prazos para recebimento;


2) Determinar os impostos incidentes sobre as vendas;
3) Estimar as compras (fornecedores) do período e os prazos para
pagamento;
4) Estimar as despesas diretas sobre as vendas e os prazos para
pagamento;
5) Projetar os valores a receber dos clientes das vendas já realizadas;
6) Levantar os valores das dívidas existentes e seus prazos de vencimento;
7) Projetar as despesas gerais e seus prazos de pagamento;
8) Levantar os numerários disponíveis;

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6 – Composição do Preço de Venda
Independente do seu ramo de atividade ou a que tipo de mercado pertença
uma empresa, seja ela pequena, média ou grande, precisa determinar com a
maior precisão possível seus preços de venda.
Os principais riscos que envolvem a precificação de produtos ou serviços sem
os devidos critérios são:
a) perda de mercado, devido a preços em desalinho (acima) com a
concorrência;
b) prejuízos financeiros, devido a vendas realizadas abaixo do preço de
custo ou reposição;

A forma mais simplificada para determinação do Preço de Venda é:

Preço de Venda = Custos + Despesas + Lucro

A contabilidade tem papel fundamental na tarefa de determinação do preço de


venda, já que ela é a principal fonte de dados para o cálculo da equação acima.

7 - Demonstração do Fluxo de Caixa


7.1 – Conceito:
A Demonstração do Fluxo de Caixa objetiva informar como ocorreram as
movimentações das entradas e saídas de caixa da empresa em um
determinado período.
A análise dessa demonstração permite aos gestores verificar, principalmente:

1) Capacidade da empresa de gerar caixa e equivalentes de caixa;


2) Se os fluxos de caixa gerados são positivos ou negativos;
3) Necessidade de financiamento para suas operações;
4) A origem e o destino do dinheiro investido;

7.2 - COMPOSIÇÃO

A DFC - Demonstração do Fluxo de Caixa é dividida em três grupos:


1) Fluxos derivados das atividades operacionais;
2) Fluxos derivados das atividades de investimento;
3) Fluxos derivados das atividades de financiamento;

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7.3 – Métodos de apresentação:

A Demonstração do Fluxo de Caixa pode ser elaborado por dois métodos:

1) Método Direto: Este método objetiva discriminar todas as variações de


entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa;

2) Método Indireto: Este método parte do lucro líquido do exercício, sendo


ajustado em determinados valores para justificar a variação ocorrida na conta
caixa e nos equivalentes de caixa.

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7.4 - FLUXO DE CAIXA – Método Indireto
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

Exercício Findo em 31/12/X1

Fluxo de Caixa Proveniente

Lucro Líquido

(-) Aumento de Estoques


(+) Depreciação
(-) Aumento de Clientes
(+) Pagamento a Funcionários
(+) Contas a Pagar
(+) Pagamentos de Impostos e Tributos
(+) Aumentos de Fornecedores
(=) Fluxo de Caixa Operacional Líquido

Das Atividades de Investimentos

(+) Recebimento de venda de Imobilizado


(-) Aquisição de Ativo Permanente
(+) Recebimento de Dividendos
(=) Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) atividades de investimentos

Das Atividades de Financiamentos

(+) Novos Empréstimos


(-) Amortização de Empréstimos
(+) Emissão de Debêntures
(+) Integralização de Capital
( -) Pagamento de Dividendos
(=)Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) atividades de Financiamento

AUMENTO/DIMINUIÇÃO NAS DISPONIBILIDADES


DISPONIBILIDADES- no início do período
DISPONIBILIDADES- no final do período

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7.5 - FLUXO DE CAIXA – Método Direto
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

Exercício Findo em 31/12/X1

Fluxo de Caixa Proveniente

Das Atividades Operacionais

(+) Recebimento de Clientes e outros


(-) Pagamentos a Fornecedores
(-) Pagamento a Funcionários
(-) Recolhimentos ao governo
(-) pagamentos a credores diversos
(=) Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) atividades operacionais

Das Atividades de Investimentos

(+) Recebimento de venda de Imobilizado


(-) Aquisição de Ativo Permanente
(+) Recebimento de Dividendos
(=) Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) atividades de investimentos

Das Atividades de Financiamentos

(+) Novos Empréstimos


(-) Amortização de Empréstimos
(+) Emissão de Debêntures
(+) Integralização de Capital
( -) Pagamento de Dividendos
(=) Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) atividades de Financiamento

AUMENTO/DIMINUIÇÃO NAS DISPONIBILIDADES


DISPONIBILIDADES- no início do período
DISPONIBILIDADES- no final do período

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8 - CADERNO DE EXERCÍCIOS

1) A empresa ALFA Móveis está necessitando de uma melhor gestão de seu


caixa, para tanto ela contrata seus serviços. Com base nos dados disponíveis
você deverá fornecer as informações para a administração:

DADOS:

a) O prazo médio do giro de estoque está em 100 dias;


b) O prazo médio de recebimento das contas a receber está em 30 dias;
c) O prazo médio do pagamento das contas a pagar está em 70 dias;
d) A empresa investe em seu ciclo operacional anualmente a importância
de R$ 45.000.000,00, a uma taxa constante;
e) Considere, para efeito de cálculo, o ano comercial;

Forneça a administração as seguintes informações:

1) O que representa para a empresa o prazo médio de estoque e qual o


seu ciclo em dias?
2) O que representa para a empresa o prazo médio das contas a receber e
qual o seu ciclo em dias?
3) O que representa para a empresa o prazo médio de pagamento dos
fornecedores e qual o seu ciclo em dias?
4) Qual o tempo médio do Ciclo Econômico da empresa?
5) Qual o tempo médio do Ciclo Operacional da empresa?
6) Qual o tempo médio do Ciclo Financeiro da empresa?
7) Qual o montante de recurso financeiro necessário para sustentar o ciclo
de caixa da empresa?
8) Quantos Ciclos de Caixa completos a empresa tem por ano?
9) Sugira as medidas podem ser tomadas pela administração para reduzir
o ciclo de conversão de caixa da empresa.

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2) PRÁTICA DE FLUXO DE CAIXA SIMPLES – EXERCÍCIO

A Cia. XYZ, deseja realizar uma melhor administração financeira de seus recursos, o
seu Diretor Administrativo solicitou ao departamento de contabilidade a elaboração do
fluxo de caixa projetado para os próximos seis meses.

A Cia. XYZ apresenta as seguintes previsões de dados financeiros:

1 – Previsão de vendas: R$ 20.000,00 no 1º mês, com um incremento de 15% para cada


um dos meses subsequentes.

2 - Das vendas mensais, 50% são à vista, 30% têm recebimento em 30 dias e os 20%
restantes com 60 dias;

3 - Os impostos sobre vendas giram em torno de 9%, as comissões dos vendedores são
de 3% e os gastos com propaganda e publicidade são de 4% sobre as vendas.

4 – As duplicatas a receber, referentes às vendas já efetuadas no passado, totalizam R$


3.500,00 no 1º mês e R$ 4.200,00 no 2º mês.

5 – De acordo com o setor de compras, a previsão de pagamentos a fornecedores é de


R$ 5.000,00 para o 1º mês, com um incremento de R$ 500,00 para cada um dos meses
subsequentes.

6 – O setor pessoal informa a seguinte previsão de gastos com salários e encargos


sociais: média mensal de R$ 1.600,00. No 1º mês haverá um acréscimo de R$ 700,00,
referente a uma indenização trabalhista. No 6º mês haverá um acréscimo de 50%
referente à segunda parcela da gratificação natalina.

7 - O valor mensal do aluguel do prédio é de R$ 1.000,00, com aumento de 10% a partir


do 4º mês;

8 - As demais despesas administrativas (água, luz, telefone, correio, material de


escritório e limpeza) estão orçadas em 1.300,00 para o 1º mês com um incremento de
R$ 100,00 para cada um dos meses subsequentes.

9 – De acordo com o setor financeiro, o saldo de caixa inicial é R$ 2.100,00. A partir do


2º mês, a empresa deverá pagar as parcelas de um empréstimo bancário, no valor de R$
3.000,00 cada parcela.

Com base nestas informações, elaborar o fluxo de caixa da Cia. XYZ.

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3) Com base no Balanço Patrimonial e DRE - Demonstração do Resultado do


Exercício abaixo, calcule todos os índices estudados:

BALANÇO PATRIMONIAL
Ano X2 Ano X1 Ano X2 Ano X1
ATIVO 3.202.700,00 2.621.000,00 PASSIVO 3.202.700,00 2.621.000,00
ATIVO CIRCULANTE 2.512.700,00 2.296.000,00 PASSIVO CIRCULANTE 1.153.911,00 1.231.535,00
DISPONÍVEL 227.700,00 336.000,00 FORNECEDORES 745.658,00 834.915,00
Ca i xa 12.500,00 30.000,00 Ti tul os a Pa ga r 745.658,00 834.915,00
Ba ncos c/movi mento 215.200,00 306.000,00
CONTAS A PAGAR 317.368,00 219.013,00
CRÉDITOS 611.500,00 394.000,00 Sa l á rios a Pa ga r 42.000,00 0,00
Dupl i ca ta s a Receber 620.000,00 400.000,00 Dupl i ca ta s a Pa ga r 275.368,00 219.013,00
(-) Prov.p/Cred.Liq.Duvidosa -8.500,00 -6.000,00
IMPOSTOS A PAGAR 25.600,00 41.600,00
ESTOQUES 1.673.500,00 1.544.500,00 Contr.Prev.a Recolher 12.500,00 18.200,00
Estoques de Mercadorias 1.663.500,00 1.534.500,00 Cofins a Recol her 3.000,00 6.000,00
Estoques de Mat.Exped. 10.000,00 10.000,00 PIS a Re col her 1.500,00 3.000,00
ICMS a Recol her 5.000,00 10.000,00
ADIANTAMENTOS DIVERSOS 0,00 21.500,00 FGTS a Recol her 3.600,00 4.400,00
Adi a nt.a Fornecedores 0,00 21.500,00
PROVISÕES a PAGAR 65.285,00 136.007,00
ATIVO NÃO CIRCULANTE 690.000,00 325.000,00 Provi s ã o pa ra IRPJ 45.200,00 94.159,00
REALIZÁVEL A L. PRAZO 120.000,00 0,00 Provi s ã o pa ra CSLL 20.085,00 41.848,00
Títul os a Receber 120.000,00 0,00
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 425.700,00 0,00
INVESTIMENTOS 110.000,00 0,00 EXIGÍVEL A L. PRAZO 425.700,00 0,00
Participações Societárias 110.000,00 0,00 Empréstimos e Financ. 425.700,00 0,00

ATIVO IMOBILIZADO 375.000,00 235.000,00 PATRIMONIO LÍQUIDO 1.623.089,00 1.389.465,00


Imóvei s 180.000,00 0,00 CAPITAL SOCIAL 1.200.000,00 1.200.000,00
Veícul os 200.000,00 200.000,00 CAPITAL INTEGRALIZADO 1.200.000,00 1.200.000,00
Móvei s e Ute ns íl i os 55.000,00 50.000,00 Ca pi ta l Subs cri to 1.200.000,00 1.200.000,00
(-) Depreciação Acumulada -60.000,00 -15.000,00 (-) Capital a Integralizar 0,00 0,00

DIFERIDO 85.000,00 90.000,00 RESERVAS DE LUCROS 221.250,00 189.465,00


Despesas de Organização 85.000,00 90.000,00 Res erva Le ga l 96.250,00 82.123,00
Res.p/Contingências 125.000,00 107.342,00

RESERVAS DE CAPITAL 201.839,00 0,00


Res.Incentivos Fiscais 201.839,00 0,00

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DRE - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Ano X2 Ano X1
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 8.200.000,00 5.500.000,00
Vendas de Mercadorias 8.200.000,00 5.500.000,00

(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA -654.245,00 -446.250,00


Devoluções de Vendas -32.000,00 -25.000,00
Abatimentos -3.145,00 -6.250,00
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas -619.100,00 -415.000,00

= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 7.545.755,00 5.053.750,00

(-) CUSTOS DAS VENDAS


Custo das Mercadorias Vendidas -5.915.000,00 -3.650.000,00

= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 1.630.755,00 1.403.750,00

(-) DESPESAS OPERACIONAIS -426.000,00 -207.000,00


Despesas Com Vendas -290.000,00 -125.000,00
Despesas Administrativas -136.000,00 -82.000,00

(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS 55.000,00 85.000,00


Despesas Financeiras -65.000,00 -95.000,00
(-) Receitas Financeiras 120.000,00 180.000,00

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS


Outras Receitas/Despesas 15.000,00 18.000,00

1.274.755,00
= RESULTADO OPERACIONAL antes do IR e da CSLL 1.299.750,00

(-) Provisão para IR e CSLL -305.941,20 -311.940,00


Provisão para IR -191.213,25 -194.962,50
Provisão para CSLL -114.727,95 -116.977,50

(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 968.813,80 987.810,00

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Trabalho Final - Prazo para entrega 08/06.

Com base no Balanço Patrimonial e DRE - Demonstração do Resultado do


Exercício abaixo faça as análises Horizontal e Vertical, além de calcular os
índices (indicadores econômico-financeiros) solicitados e elabore a
Demonstração do Fluxo de Caixa, referente ao exercício de 2014, pelo método
indireto:

Balanço Patrimonial
2014 2013 2014 2013
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
Disponibilidades Credores 32.000 28.000
Caixa 6.000 2.000 Fornecedores 31.000 29.000
Bancos c/Movimento 19.100 7.930
Tributos a
Apl.Financ.Liq Imediata 6.500 4.500 Pagar 15.120 9.500
Impostos a Pagar 16.120 18.500
Créditos 31.312 15.500
Adiantamentos 2.000 3.000 Obrigações Trabalhistas 10.000 8.000
Dupl.a Receber 24.612 10.000 Salários a Pagar 10.000 8.000
(-) Prov.Dev.Duvidosos -2.800 -2.000
Despesas Antecipadas 7.500 4.500 Empréstimos a Pagar 39.000 29.000
Financiamentos 30.000 21.000
Estoques 21.000 32.000 Duplicatas Descontadas 19.000 8.000
Estoques de Mercadorias 21.000 32.000
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
ATIVO NÃO CIRCULANTE Exigível a Longo Prazo 10.000 14.000
Realizável a Longo Prazo 9.000 6.000 Empréstimos a Pagar 10.000 14.000
Aplicações Financeiras 9.000 16.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Investimentos 5.000 5.000 Capital Social 19.410 19.410
Investimentos 15.000 5.000 Capital Integralizado 19.410 19.410

Imobilizado 31.500 36.000 Reservas 3.882 1.020


Veículos 45.000 45.000 Reservas de Lucro 3.882 1.020
(-) Depreciação Acumul. -13.500 -9.000

TOTAL do
TOTAL do ATIVO 139.412 118.930 PASSIVO 139.412 118.930

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Trabalho de Finanças Corporativas


DRE - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Ano 2014 Ano 2013
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 321.500,00 280.000,00
Vendas de Mercadorias 321.500,00 280.000,00

(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA -39.830,00 -35.275,00


Devoluções de Vendas -15.000,00 -12.000,00
Abatimentos -2.500,00 -2.135,00
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas -22.330,00 -21.140,00

= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 281.670,00 244.725,00

(-) CUSTOS DAS VENDAS


Custo das Mercadorias Vendidas -228.586,50 -199.080,00

= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 53.083,50 45.645,00

(-) DESPESAS OPERACIONAIS -16.303,80 -13.524,00


Despesas Com Vendas -10.231,80 -10.044,00
Despesas Administrativas -6.072,00 -3.480,00

(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS 37.550,00 26.500,00


Despesas Financeiras -11.000,00 -16.000,00
(-) Receitas Financeiras 48.550,00 42.500,00

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS


Outras Receitas/Despesas 5.500,00 3.000,00

= RESULTADO OPERACIONAL antes do IR e da


CSLL 79.829,70 61.621,00

(-) Provisão para IR e CSLL -19.179,70 -14.789,04


Provisão para IR -11.988,92 -9.243,15
Provisão para CSLL -7.190,78 -5.545,89

(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 60.650,00 46.831,96

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1) ÍNDICES DE LIQUIDEZ: Corrente; Seca; Imediata e Geral;
2) ÍNDICES DE ATIVIDADE: Prazo Médio de Estocagem; Giro do Estoque;
Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores; Prazo Médio de Cobrança.
Dados adicionais:
Valor do Estoque Médio = R$ 26.500,00
Fórmulas:

a) Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores = (Fornecedores / Compras) x 360


b) Prazo Médio de Cobrança = (Contas a Receber / Vendas) x 360

3) ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO: Endividamento Geral; Endividamento de


Curto Prazo; Relação do Exigível de Longo Prazo e o Patrimônio Líquido;
Imobilização do Patrimônio Líquido;

4) ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE: Margem Bruta; Margem Líquida; Margem


Operacional;

5) ÍNDICES DE RENTABILIDADE: Retorno do Ativo; Retorno sobre o


Investimento; Retorno sobre o Patrimônio Líquido; Giro dos Ativos;

Responda as seguintes perguntas:

1) Qual a finalidade da Demonstração do Fluxo de Caixa;

2) Qual a composição da Demonstração do Fluxo de Caixa;

3) Com base no Balanço Patrimonial, na DRE e na DFC elaborada neste trabalho, qual a
sua avaliação da situação financeira da empresa em questão.

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REFERÊNCIAS:

BÁSICA:

BRIGMAN, Eugene F., HOUSTON, Joel F.. Fundamentos da Moderna Administração


Financeira, tradução de Maria Imilda da Costa e Silva – Rio de Janeiro: Campus 1999
GITMAN, Lawrence Jeffrey. Princípios de Administração Financeira; tradução técnica
Antonio Zoratto Sanvicente. – São Paulo: Addison Wesley, 2004.
ROSS, Stephen A., RANDOLPH W. Westerfield, BRADFORD D. Jordan. Princípios de
Administração Financeira; revisão técnica Antonio Zoratto Sanvicente – São Paulo:
Atlas 2000.
TREHERZ, Rolf M. Análise Financeira por Objetivos. São Paulo: Pioneira 1999
WESTON, J. Fred. Fundamentos da Administração Financeira. São Paulo: Makron
Books, 2000.

OUTRAS REFERÊNCIAS:

ASSAF NETO, Alexandre - Estrutura e Análise de Balanços: um enfoque econômico e financeiro.


Atlas, São Paulo, 2002.

__________., Alexandre. Finanças corporativas e valor. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

CARAVANTES, Geraldo R; PANNO, Cláudia C; KLOECKNER, Mônica C. Administração: teorias


e processos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.

CASAROTTO FILHO, Nelson - Análise de Investimentos. Atlas, São Paulo, 1996.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6. ed. Rio de Janeiro,


Elsevier, 2000.

FIPECAFI - Manual de Contabilidade Societária, Ano 2010

FREZZAT, Fábio - Orçamento Empresarial: planejamento e controle qerencial. Atlas, São Paulo,
2002.

GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 10. ed. São Paulo: Pearson, 2005

HOJI, Masakazu. Administração financeira: uma abordagem prática: matemática financeira


aplicada, estratégias financeiras, análise, planejamento e controle financeiro: livro de
exercícios. São Paulo: Atlas, 2004.

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IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2013.

KRUGMAN, Paul R.; WELLS Robin; OLNEY Martha L. Princípios de Economia. Rio de janeiro:
Elsevier, 2010.

LEMES JÚNIOR, Antônio Barbosa; RIGO, Cláudio Miessa; CHEROBIM, Ana Paula Mussi.
Administração financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2005.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial - um enfoque em sistema de informação


contábil. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

SILVA, Bráulio Wilker. Artigo: Objetivos da Administração Financeira, 2013. Disponível em: <
http://www.bwsconsultoria.com/2013/02/objetivos-da-administracao-financeira.html>.
Acessado: 22/12/2014;

VIEIRA, Marcos Villela, Administração Estratégica do Capital de Giro. 2 ed. - São Paulo: Atlas,
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ZANLUCA, Jonatan de Sousa. Ciclos Econômico, Operacional e Financeiro. Disponível em:


<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm>. Acessado: 18/07/2014;

http://www.ief.com.br/planfin.htm

http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/fluxo-de-caixa-
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http://gestaoportal.sebrae.com.br/customizado/uasf/gestao-financeira/ferramentas-de-
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http://www.portaldecontabilidade.com.br/

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