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Ansiedade Panico PDF
Ansiedade Panico PDF
Marcela Carvalho
Patrícia Cristiane Oliveira
Taís Robles
Conceito de ansiedade
pode, muitas vezes, ser fornecida através de metáforas, dificultando definições precisas a
que produz desconforto e muitas queixas. Quando sentida em alta frequência e intensidade
deixa de ser um fator de proteção e passa a prejudicar o indivíduo e sua qualidade de vida.
Portanto, é importante também que se busque uma definição fisiológica para o fenômeno.
As pupilas da pessoa em estado de ansiedade dilatam para que seu poder de visão
detalhes que a cercam. Essa característica foi selecionada pela evolução já que através desse
recurso era possível ao homem identificar, no escuro das cavernas, um predador e as possíveis
rotas de fuga (Roman & Savoia, 2003). A taquicardia ocorre para que haja maior irrigação
sanguínea. Dessa forma, é possível ao cérebro e aos músculos trabalharem mais intensamente,
deixando a pessoa alerta e ágil. A distribuição do sangue fica concentrada nos órgãos
necessários para uma possível ação, como grandes músculos, enquanto tem pouca circulação
nas extremidades como mãos e pés, tornando-os gelados e pálidos. A respiração se torna mais
curta e ofegante em consequência do bater acelerado do coração, que exige maior oxigenação
ar, se engasgar, sufocar e ter dores no peito. Com pouco sangue na cabeça, a ansiedade pode
causar tonturas, visão borrada, confusão, fuga da realidade e sensações de frio e calor
peso no estômago, constipação ou diarréia) e sintomas de tensão, que podem acarretar dores
o alerta para qualquer ameaça em potencial no ambiente. Dessa forma, pessoas ansiosas têm
dificuldade para se focar em uma única tarefa, qualquer alteração no ambiente tira sua
problemas de memória. Além da distração, essas pessoas também têm a precisão de seus
alerta do sistema de luta-e-fuga, fazendo com que decresça ou iniba os impulsos precisos que
nervoso parassimpático. O corpo do organismo pode ser sobrecarregado pela reação de luta-e-
fuga e, para evitar danos, ele próprio tem a capacidade de ativar o sistema nervoso
parassimpático para voltar a um estado de relaxamento. Porém, o efeito da noradrenalina e da
adrenalina não passa repentinamente. Tais substâncias são destruídas de forma gradual e o
sociedade atual devido ao aumento de sua incidência. De acordo com Margis, Picon, Cosner e
problemas de comportamento.
Graeff (2011), a ansiedade pode ser definida como uma emoção relacionada ao
em potencial, podendo ser uma situação desconhecida para o indivíduo ou um estímulo que
sinalize perigo (como, por exemplo, um predador). As sensações muitas vezes são geradas
pela imprevisibilidade, muitas vezes até por motivos inexistentes. Quando uma situação de
manifesta corporal e instintivamente perante a uma ameaça não visível, devido a sua relação
passada em contextos de ameaça e suas consequências (Lory; Carvalho & Baptista, 2005).
É importante pontuar que o conceito de ansiedade pode variar entre uma cultura e
outra. Entre os leigos, ansiedade é considerada como uma espera de algo que está por vir, uma
por sensações corporais. O indivíduo pode queixar-se de sensações corporais como: frio na
barriga, nó na garganta, coração apertado, etc. Isso é considerado normal para eles, visto que
grande parte das pessoas experiencia isto da mesma forma, embora, não entendam a função
pertence o indivíduo que se comporta. De acordo com Margis; Picon; Cosner e Silveira (2003,
p. 3), “a ansiedade e o medo, assim como o estresse, têm suas raízes nas reações de defesa
dos animais, que ocorrem em resposta aos perigos encontrados no em seu meio ambiente”.
ansiedade se faz presente em algumas situações que sinalizam perigo, podendo variar de
individuo para individuo de acordo com sua história de vida. Embora que, nos dias de hoje, as
ameaças são diferentes das enfrentadas pelos nossos ancestrais. As sensações orgânicas da
ansiedade se manifestam nos indivíduos que esperam sua vez em uma entrevista de emprego,
Além da história de vida, a história da cultura e suas práticas também fazem com que alguns
eventos ambientais sinalizam ou não perigo. Esse é o terceiro nível de seleção, o cultural: em
mantêm. A consequência das práticas mantidas por esse nível é a própria perpetuação da
cultura e das práticas que a compõem. Dessa forma, todo comportamento é entendido como
um sinal de que algum evento aversivo irá ocorrer, sendo que este sinal pode ser real ou não,
complexidade. Ela pode acarretar em problemas diversos, como descreve Gentil (1998)
desagradáveis”.
Skinner:
ele são modificadas, ou seja, por comportamentos operantes. Respostas emocionais também
do indivíduo, o estímulo verbal foi emparelhado diversas vezes com alguma situação
ameaçadora ou incômoda.
Transtorno de Ansiedade, são eles: 1- Preocupação excessiva ocorrendo na maioria dos dias
Perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância psicoativa, e não
ansiedade
voltado para compreender a função do responder do cliente e assim tornar possível uma
análise.
prevenção de respostas (EPR) propõe a exposição do cliente às situações nas quais ocorram
eventos eliciadores de ansiedade, e nessas situações o cliente também seja exposto ao contato
ambientais aversivas, orienta-se para que este se abstenha de realizar qualquer ritualização. A
exposição preferencialmente é feita de forma gradual, partindo sempre dos estímulos que
provocam menos sofrimento para os que provocam sofrimento com maior intensidade. A
necessário que os contextos sócio-verbais sejam modificados. Entenda-se por contexto “[...]
reduzem as tentativas de controle dos eventos privados por parte dos clientes.” (BRANDÃO,
1999, p. 148).
podem ser descritas pelas seguintes metas: desamparo criativo, tentativa de controle de
eventos privados como problema, eu como contexto e não como conteúdo, escolher e
Síndrome do pânico
consistindo em uma sensação de medo ou intenso mal estar, além de estar acompanhado por
acentuada desta reação. Algumas situações podem ser desencadeadoras de crises de pânico
respiratórios. A resposta biológica que decorre dessas alterações está vinculada a ameaças
De acordo com Caballo (2003), o conceito inicial de ataque de pânico foi proposto
por Barlow (1988) como um erro no sistema do medo, diante de situações estressantes da
interpretação das sensações fisiológicas normais como sinais de uma doença grave ou até
pânico..
(Carvalho et al, 2008). Ao término de uma crise de pânico, o indivíduo relata uma sensação
envergonhadas diante do episódio, dormem ou ficam prostrados durante horas (Júnior &
Cordás).
REFERÊNCIA
LORY, F., CARVALHO. M., & BAPTISTA, A. (2005). O medo, a ansiedade e suas
perturbações. Psicologia. 19(1-2). Disponível
em:http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?pid=S0874-
20492005000100013&script=sci_arttext Acesso em: 28 maio. 2012.
MARGIS, R., PICON, P., COSNER, A. F. & SILVEIRA, R. O. S. (2003) Relação entre
estressores, estresse e ansiedade. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 25(1), 65-74.
Disponível em: <de http://www.scielo.br/pdf/rprs/v25s1/a08v25s1.pdf> Acesso em: 28 maio.
2012.
ROMAN, S., & SAVOIA, M. G. (2003). Automatics thoughts and anxiety in soccer team.
Psicol. teor. Prat., 5(2), 13-22. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
36872003000200002&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1516-3687. Acesso em: 28 maio. 2012.