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Universidade Lusíada

Mestrado Integrado em Arquitetura


UC: Sistemas Estruturais
Deformação

Deformação

Sistemas Estruturais
2019/2020

Sistemas Estruturais – Mestrado Integrado em Arquitectura


1

Sumário

> Materiais homogéneos


(deformação sob carregamento axial;
estaticamente indeterminado; variação de
temperatura)

> Materiais heterogéneos


(carregamento axial; variação de temperatura)

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Deformação

Materiais homogéneos
(deformação sob carregamento axial)

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3

Deformação sob carregamento axial

> Numa barra homogénea BC de


comprimento L e secção transversal
uniforme de área A submetida a uma
força axial centrada P, se a tensão axial
resultante (σ = P/A ) não ultrapassar o
limite de proporcionalidade do
material, podemos aplicar a lei de
Hooke e escrever
= ·

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António Vilhena – 2019/2020 2/31


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Deformação sob carregamento axial

= · ∧ =

= ⟹ =
·

= ⟹ = ·

· ·
= ⟹ =
· ·

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Deformação sob carregamento axial (exemplo)

Barra de aço (E = 200 GPa)


1. Dividimos a barra nas três componentes
mostradas e escrevemos
L1 = L2 = 300 mm; L3 = 400 mm
A1 = A2 = 580 mm2; A3 = 200 mm2
2. Para encontrarmos as forças internas P1, P2 e
P3, devemos cortar cada uma das partes
componentes, desenhando o diagrama de corpo
livre da parte da barra localizada a direita da
secção D
P1 = 300 kN = 300×103 N
P2 = -50 kN = -50×103 N
P3 = 150 kN = 150×103 N
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Deformação sob carregamento axial (exemplo)

· 1 · · ·
= ⟹ ·
·

1 300 300 50 300 150 400


= ·
200 580 580 200

429,31
= = 2,15 ##
200

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7

Deformações dependentes do tempo

> Retração (do betão)


Processo de redução de volume que
ocorre no betão devido a saída de água
por exsudação e por evaporação, ou
química (redução de volume por
hidratação do cimento)

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Deformações dependentes do tempo

> Expansão (do betão)


Processo de aumento de volume que
ocorre no betão pela absorção de água
quando imerso ou em ambientes de
elevada humidade relativa que favorece
as reações álcalis-agregado

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Deformações dependentes do tempo

> Relaxação (do aço)


Diminuição gradual de tensão com o
tempo sob deformação constante

> Fluência (do betão)


Aumento gradual da deformação com o
tempo sob tensão constante

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Materiais homogéneos
(estaticamente indeterminados)

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Situações estaticamente indeterminadas

> Uma barra AB de comprimento L e


secção transversal uniforme esta
ligada a suportes rígidos em A e B
antes de ser aplicada uma força

> Quais são as tensões nas partes AC


e BC devido à aplicação de uma
força P no ponto C?

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Situações estaticamente indeterminadas

> Desenhe-se o diagrama de corpo


livre
$% $& =

> Compatibilidade de deslocamentos


= =0

· ·
= =0
· ·

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Situações estaticamente indeterminadas

$% $& =

= $% ∧ = $&

· ·
= 0 ⇔ $% · $& · =0
· ·

· ·
$% = ∧ $& =

· ·
= ∧ =
· ·
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Situações estaticamente indeterminadas


(exemplo)

> Seja a barra de aço, presa em ambas as


extremidades por apoios fixos,
submetida ao carregamento indicado

> Determine o valor das reações nesses


apoios (A e B)

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15

Situações estaticamente indeterminadas


(exemplo)

> Consideremos a reação em B como


redundante e liberte-se a barra
daquele apoio

> A reação RB é agora considerada


uma força desconhecida

> RB será determinada por meio da


condição de que a deformação δ da
barra deve ser igual a zero

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Situações estaticamente indeterminadas


(exemplo)

> A solução é obtida considerando-se


separadamente a deformação L
causada pelas forças dadas
e
a deformação R em consequência
da reação RB redundante

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Situações estaticamente indeterminadas


(exemplo)

> Dividindo a peca em quatro partes distintas


(1, 2, 3, e 4)

> Resulta:

Parte 1 2 3 4
P [kN] 0 600 600 900
A [mm2] 400 400 250 250
L [mm] 150 150 150 150
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Situações estaticamente indeterminadas


(exemplo)

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Situações estaticamente indeterminadas


(exemplo)

·
( =
·

150 600 10 600 10 900 10


( = · 0
400 250 250

1,125 10
( =

Parte 1 2 3 4
P [kN] 0 600 600 900
A [mm2] 400 400 250 250
L [mm] 150 150 150 150
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Situações estaticamente indeterminadas


(exemplo)

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Situações estaticamente indeterminadas


(exemplo)

= = $&
= 400 ## ⋀ = 250 ##
= = 300 ##

· ·
+ =
· ·

$& · 300 1 1
+ = ·
400 250
1,95 · $&
+ =

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Situações estaticamente indeterminadas


(exemplo)

= ( + =0

1,125 10 1,95 · $&


= =0

$& = 576,9 -.

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23

Situações estaticamente indeterminadas


(exemplo)

/0 = 0

$% 300 600 576,9 = 0

$% = 323,1 -.

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Materiais homogéneos
(variação de temperatura)

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Variação de temperatura ΔT

> Considere-se uma barra homogénea AB


de secção transversal uniforme, que se
apoia livremente em uma superfície
horizontal lisa

> Se a temperatura da barra for


aumentada de ΔT, observamos que a
barra se alonga de δT, que é
proporcional à variação de temperatura
ΔT e ao comprimento L da barra
4 = 5 · ∆7 ·
4 = 5 · 879 7 : ·

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Variação de temperatura ΔT

> α é uma constante característica do


material, chamada de
coeficiente de dilatação térmica linear,
expressa em [/ ºC]

> Com a deformação δT deve ser


associada uma deformação específica
=T = δT / L

> =T é a deformação específica termica,


pois ela é provocada pela variação de

4 = 5 · ∆7 ·
temperatura da barra
4 = 5 · 879 7 : ·

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Variação de temperatura ΔT

Neste caso não há tensão associada


à deformação específica =T

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Variação de temperatura ΔT

> A mesma barra AB, de comprimento L,


é colocada entre dois apoios fixos a
uma distância L um do outro

> Se a temperatura aumentar em ΔT, a


barra não se poderá alongar

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Variação de temperatura ΔT

> A deformação δT da barra será zero

> A extensão especifica =T em qualquer


ponto será: =T = δT / L = 0

> Os apoios exercem forças iguais e


opostas P e P’ na barra, após a elevação
da temperatura, para impedir a sua
deformação

> É criado um estado de tensão (sem a


deformação específica correspondente)
na barra

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Variação de temperatura ΔT

1. Calcular a intensidade P das reações


nos apoios por meio da condição de
que a deformação da barra é zero

2. Separar a barra do seu apoio B e


calcular o alongamento livre com a
variação de temperatura
4 = 5 · ∆7 ·

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31

Variação de temperatura ΔT

3. Aplicando-se agora à extremidade B a


força P, que representa a reação
redundante com a deformação
equivalente
·
> =
·

4. Calcular a deformação total


·
= 4 > = 5 · ∆7 · =0
·
= · · 5 · ∆7

= ⇒ · 85 · ∆7:

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Variação de temperatura ΔT (exemplo)

> Determine os valores da tensão nas partes AC e CB da barra de aço quando a


temperatura da barra for de -45 ºC, sabendo que ambos os apoios rígidos estão
ajustados quando a temperatura estiver a +20 ºC.
> E = 200 GPa ∧ α = 12×10-6 / ºC

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33

Variação de temperatura ΔT (exemplo)

> 7@ = 20 A
>7 = 45 A
> ∆7 = 7 7@ = 45 20 = 65 A

> 4 =?
> 4 = 5 · ∆7 ·
> 4 = 12 10CD 8 65: 600
> 4 = 0,468 ##

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Variação de temperatura ΔT (exemplo)

> + =?
· ·
+ =
· ·
> = = 300 ##
> = 390 ## ⋀ = 780 ##
> = = $&
> = 200 E F

$& 300 ## 300 ##


+ = ·
200 -./## 390 ## 780 ##

> + = 5,769 10C ##/-. · $&

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35

Variação de temperatura ΔT (exemplo)

= 4 + =0

10C ##
= 0,468 ## 5,769 · $& = 0
-.
$& = 81,12 -.

= = $& = 81,12 -.
81,12 10
= = = 208 G F
390
81,12 10
= = = 104 G F
780

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Variação de temperatura ΔT (exemplo)

%H =? ∧ H& =?

BARRA AC
%H = %HI %HJ

%HI = 5 · 7 = 12 10CD 8 65:


%HI = 780 10CD

208
%HJ = =
200 10
%HJ = 1040 10CD

%H = 780 10CD 1040 10CD


%H = 260 10CD
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37

Variação de temperatura ΔT (exemplo)

%H =? ∧ H& =?

BARRA CB
H& = H&I H&J

H&I = 5 · 7 = 12 10CD 8 65:


H&I = 780 10CD

104
H&J = =
200 10
H&J = 520 10CD

H& = 780 10CD 520 10CD


H& = 260 10CD
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Variação de temperatura ΔT (exemplo)

= ·

BARRA AC
%H = 260 10CD 300
%H = 78 10CD ##

BARRA CB
H& = 260 10CD 300
H& = 78 10CD ##

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Materiais heterogéneos
(carregamento axial)

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Materiais heterogéneos

> Há muitos problemas nos quais as


forças internas não podem ser
determinadas apenas por meio da
estática

> Na maioria desses problemas as


próprias reações, que são forcas
externas, não podem ser determinadas
simplesmente desenhando-se o
diagrama de corpo livre do
componente e escrevendo as equações
de equilíbrio correspondentes

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41

Materiais heterogéneos

> As equações de equilíbrio devem ser


complementadas por relações que
envolvem deformações obtidas
considerando-se a geometria do
problema

> Problemas desse tipo são


estaticamente indeterminados

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Materiais heterogéneos

> Considere-se:
– barra prismática com secção transversal
constituída por dois materiais
– os materiais constituintes apresentam
comportamento elastico linear
(válida a Lei de Hooke)

– existe aderência perfeita entre os dois


materiais
– após as deformações as secções
mantêm-se planas e perpendiculares ao
eixo deformado
(Hipótese de Bernoulli ou das pequenas deformações)

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43

Materiais heterogéneos

> Equação da estática


P=
(problema estaticamente indeterminado)

> Equação de compatibilidade entre as


deformações
δ=δ =δ
· ·
δ = ∧δ =
· ·

=
· ·
· · · ·
= ∧ =
· · · ·

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Deformação

Materiais heterogéneos

· · · ·
· ·
· · · ·
δ = ∧ δ =
· ·

> Deformação
·
δ =δ =
· ·

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45

Materiais heterogéneos

> Esforço normal

· ·
= · ∧ = ·
· · · ·

> Tensões normais

= · ∧ = ·
· · · ·

> Deformação
·
δ =δ =
· ·

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António Vilhena – 2019/2020 23/31


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Materiais heterogéneos

> As expressões anteriores podem ser deduzidas para o caso de ≪n≫ materiais,
colocados em paralelo e com aderência perfeita
> Esforço normal
·
M = ·
∑POQ O · O

> Tensões normais

M = ·
∑POQ O · O

> Deformação
·
δ=
∑POQ O · O

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Materiais heterogéneos
(variação de temperatura)

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Variação de temperatura ΔT

> Considere-se:
– barra prismática com secção transversal
constituída por dois materiais
– os materiais constituintes apresentam
comportamento elastico linear (válida a Lei de
Hooke)

– existe aderência perfeita entre os dois


materiais Material 1 - A 1 ; E 1 ; N 1 ; σ 1 ; δ 1
– após as deformações as secções mantêm-
Material 2 - A 2 ; E 2 ; N 2 ; σ 2 ; δ 2
se planas e perpendiculares ao eixo
deformado (Hipótese de Bernoulli ou das pequenas
deformações)

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49

Variação de temperatura ΔT

> Equação da estática


P=
(problema estaticamente indeterminado)

> Equação de compatibilidade entre as Material 1 - A 1 ; E 1 ; N 1 ; σ 1 ; δ 1


deformações
δ=δ =δ Material 2 - A 2 ; E 2 ; N 2 ; σ 2 ; δ 2

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Variação de temperatura ΔT

> Considere-se
– ∆S T 0
– 5 T5

> Os materiais constituintes da peça


heterogénea, comportam-se de forma
diferente devido aos diferentes
coeficientes de variação térmica e
módulos de elasticidade

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51

Variação de temperatura ΔT

> Considere-se
– ∆S T 0
– 5 T5

> Devido à aderência perfeita entre os dois


materiais, surgem esforços normais em
cada um dos materiais que são iguais e
de sinais contrários
= =U
= U ∧ = U

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Variação de temperatura ΔT

> Equação de compatibilidade entre as


deformações
δ=δ =δ

> = ∧ 4 = 5 · ∆7 ·

U⋅
= 5 · ∆7 ·

=
U⋅
= 5 · ∆7 ·

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53

Variação de temperatura ΔT

> Equação de compatibilidade entre


as deformações
U⋅ U⋅
= 5 · ∆7 · 5 · ∆7 ·
⋅ ⋅

⋅ ⋅
U⋅ ⋅ = 5 5 · ∆7 ·
⋅ ⋅ ⋅

⋅ ⋅ ⋅
U= 5 5 · ∆7 · ⋅
⋅ ⋅

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54

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Variação de temperatura ΔT

> Esforço normal


⋅ ⋅ ⋅
= 5 5 · ∆7 · ⋅
⋅ ⋅
⋅ ⋅ ⋅
= 5 5 · ∆7 · ⋅
⋅ ⋅
> Tensões normais
⋅ ⋅
= 5 5 · ∆7 · ⋅
⋅ ⋅
⋅ ⋅
= 5 5 · ∆7 · ⋅
⋅ ⋅
> Deformação
5 · ⋅ 5 · ⋅
δ =δ = ⋅ ∆7 ·
· ·
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55

Variação de temperatura ΔT (exemplo)

A figura representa a secção transversal de uma coluna mista


(aço / betão).
Admitindo para tensão de rotura do betão à tração σrot = 2 MPa e que o efeito da
retração do betão é equivalente a uma diminuição de temperatura de 15 ºC, verifique
se o betão fendilha.
NOTA: Admita a aderência perfeita e comportamento elástico dos materiais

A E α
(m2) (kN/m2) (ºC-1)

Aço 15 × 10-4 210 × 106 1,2 × 10-5

Betão 140 × 10-4 30 × 106 10-5

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Variação de temperatura ΔT (exemplo)

O betão retrai ⇒ diminui de dimensão


⇒ esforço axial de compressão no aço ⇒ Paço < 0
⇒ esforço axial de tração no betão ⇒ Pbetão T 0

Condição de equilíbrio
abcãd = eçd =U
abcãd = U ∧ eçd = U

Compatibilidade entre deslocamentos


δ = δfghãi = δjçi
δjçi klml nl à klpqr#Fçãq s#tqnSF tluq vlSãq
δfghãi klml nl à Fçãq lwxsmFulySl kl ∆7 l à rlnSrsçãq
s#tqnSF tluq Fçq
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57

Variação de temperatura ΔT (exemplo)

A E α
δ = δfghãi = δjçi 8m2: 8kN/m2: 8ºC-1:
U⋅ Aço 15 10-4 210 106 1,2 10-5
eçd =
eçd ⋅ eçd Betão 140 10-4 30 106 10-5
U⋅
abcãd = 5abcãd · ∆7 ·
abcãd ⋅ abcãd
U⋅ U⋅
= 5abcãd · ∆7 ·
eçd ⋅ eçd abcãd ⋅ abcãd
U U
= 10C{ 8 15:
15 10Cz 210 10D 140 10Cz 30 10D
10C{ 8 15: 815 10Cz 210 10D : 8140 10Cz 30 10D :
U=
15 10Cz 210 10D 8140 10Cz 30 10D :
U = 27 -.

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Variação de temperatura ΔT (exemplo)

U = 27 -. A E α
8m2: 8kN/m2: 8ºC-1:
abcãd = 27 -. ∧ eçd = 27 -. Aço 15 10-4 210 106 1,2 10-5

Betão 140 10-4 30 106 10-5

abcãd 27 10
abcãd = =
abcãd 140 10Cz

abcãd = 1928571 ./# ⟹ abcãd = 1,9 G F

abcãd = 1,9 G F < 2,0 G F = „dc

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Bibliografia

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Bibliografia

> Bibliografia geral e elementos utilizados:


– Beer, F.; Johnston, E. R.; DeWolf, J. T. , Mazurek, D. F. – Mecânica dos materiais.
Mc-Graw Hill, AMGH Editora Ltda., 2011. 5.a edição.
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– Beer, F.; Johnston, E. R.; DeWolf, J. T. , Mazurek, D. F. – Mechanic of materials.
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– Costa, Alexandra – Resistência de materiais. ISEL, 2016.

Sistemas Estruturais – Mestrado Integrado em Arquitectura


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António Vilhena – 2019/2020 31/31

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