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Arena Monstro: Caçadores 

por Rafael Beltrame


Introdução
“Arena Monstro: Caçadores” é um cenário desenvolvido com a seguinte premissa: existe
uma grande arena em uma poderosa cidade, e sua principal atração são as batalhas entre
gladiadores e monstros.
Os personagens são caçadores de recompensas, aventureiros especializados em caçar e
capturar monstros para a diversão do povo. Existem problemas que vão além da batalha
contra as criaturas, como as questões morais envolvidas, caçadores concorrentes e grupos
rebeldes que buscam o fim da Arena.

O cenário em si pode se encaixar em qualquer campanha que comporte o tema, mas


vamos criar um esqueleto simples para a cidade que comporta a Arena (veja mais adiante).
De maneira geral, basta que seja um local bem grande, com muito movimento e
economicamente favorecido.

Os ricos desejam se divertir, e depois que o “MMA Zumbi” perdeu a graça,surgiu a


possibilidade de catalogar monstros e colocá-los em combate contra os grandes nomes do
mundo gladitorial. Assim, um grande investimento em guildas de caçadores começou a
surgir, e esta classe trabalhista proliferou vorazmente.

O grupo dos personagens é um destes, tentando ganhar ouro e fama enfrentando e


capturando monstros terríveis para o divertimento dos mais abastados. É um mundo cruel,
mas pelo menos é tudo ficção...certo?
Recompensas
Alguns monstros certamente são mais perigosos que outros. Capturar um lobo é
(teoricamente) mais fácil do que capturar uma mantícora. Assim, os caçadores devem
observar alguns critérios na hora de saírem para o trabalho:

-O Conselho da Arena decidiu que criaturas goblinoides e semelhantes não seriam trazidas
ao combate na arena. Goblins, ogros, gnolls e afins estão descartados, visto que poderiam
muito bem se organizar em exércitos e atacar a cidade. Assim, criaturas solitárias ou sem
muitos vínculos de grupos acabaram sendo selecionadas, como nagas, shoggoths,
dinossauros, mortos vivos, demônios menores, etc.

-Monstros mais perigosos garantem mais Pontos de Captura, o que eventualmente elevará
o status que o grupo terá diante do público. Grupos com maiores status receberão pedidos
de monstros mais perigosos, e consequentemente, terão melhores recompensas.

-Os monstros não devem ser mortos (obviamente), e tão pouco incapacitados. Entende-se
que deve haver algum tipo de duelo, mas cortar a cabeça de uma quimera com certeza
prejudicará a apresentação da criatura nas arenas. Caso o Mestre deseje, poderá dar algum
tipo de prêmio reduzido ao grupo por ao menos trazerem a criatura, mas certamente não
receberão Pontos de Captura.

-Na Arena Monstro existe um placar com a pontuação de todos os caçadores. Ele é
atualizado assim que os monstros são entregues aos “Seletores”, um grupo privado que
acomoda e mantém as criaturas em torpor, esperando o dia da luta por suas vidas.

A Pontuação
O Ranking é verificado através do status, adquirido Pontos de Captura da seguinte forma:
cada dado de vida equivale a 1 Ponto de Captura. Assim, um Besouro de Fogo Gigante vale
1 PdC (1+2 DV, despreza-se o “+2” e usamos apenas o Dado de Vida), uma hidra de 10
cabeças vale 9 PdC, etc.

Quando o grupo atingir 10 PdC X o nível


que quer atingir, ele alcança este novo
status. Assim, atingir status 1 requer 10
dados de vida somados, mas para o status
2, deve-se somar 20, e não “mais 10 para
totalizar 20”. Ou seja, cada vez que se
atinge um status, deve-se começar o
somatório do zero*.

]
*Na verdade não é bem do zero, pois os PdCs excedentes não são perdidos. Se o grupo
conseguiu 12 dados de vida (ou seja, 12 PdC), ele atinge o status 1, e agora com esses 2
pontos sobrando, precisa de mais 18 para atingir status 2.
Aureum, A Cidade Dourada

Uma das mais antigas cidades do continente é Aureum, uma megalópole dividida em vários
bairros, tão grandes quanto pequenos vilarejos.

Governada pelo “Imperador do Mundo” (assim intitulado


por seus asseclas), Aureum conta com vários ministros,
um para cada bairro, que agem aparentemente com
limitada independência de gerenciamento, respondendo
apenas ao Imperador.

Assim, os bairros diferem muito no que diz respeito a


conteúdo, prosperidade, segurança e até mesmo leis. Por
isso, os cidadãos evitam sair de sua região, temendo
infringir alguma regra ao entrar em um bairro diferente.

A Arena Máxima foi a maior arena de toda Aureum,


destruída a menos de um século por uma rebelião de
escravos. Desde então os investidores desacreditaram em
sua estabilidade, e novas arenas foram surgindo por toda cidade. Dentre elas a mais
próspera é a Arena Monstro, criada no bairro dos Mercadores em parceria com seu vizinho,
o distrito dos Taverneiros. Alianças com a Torre dos Magos e a Guilda dos Alquimistas
fortaleceram o grande esquema da Arena, que gera muito dinheiro a todos os envolvidos,
até mesmo os gladiadores.

Estes combatentes, por sua vez, são mercenários, ex-comandantes, aventureiros...toda


sorte de lutadores que optaram por arriscar suas vidas para a diversão dos outros, em troca
de muita fama e ouro.

Agremiações e clubes de caçadores e mercenários se formaram, pois a procura por novos


monstros era crescente. Assim, competições internas surgiram para provar aos
empregadores quais seriam as guildas mais competentes na área da caça de monstros, e
logo, essa competição interna se tornou parte da diversão da Arena.
Os espectadores agora tinham não apenas seu gladiador favoritos, mas sua equipe de caça
favorita, acompanhando-a através dos placares. Apostas oficiais e clandestinas, tanto nos
gladiadores quanto nos caçadores, proliferaram como nunca, enchendo os bolsos dos
Mercadores responsáveis pela Arena.

Enquanto caçadores, gladiadores e o público se deleitam com lutas, glória e moedas, os


bairros e guildas envolvidos são os verdadeiros titereiros de Aureum, elevados ao topo em
uma pirâmide de crânios ensanguentados.

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