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Ambiente

Diplomas Nacionais

Ambie nte / Diploma s Na ciona is / Geral / Diplomas Gerais

Lei n.º 11/8 7 de 7 de Abril ○ ○ ●


Le i de Ba se s do Ambie nte .

Lei de Bases ○ ○ ●
Documento Orientador das Políticas de Ambiente. Estabelece as responsabilidades de carácter geral em termos de ambiente, tais
como:
Todos os cidadãos têm o direito a um ambiente ecologicamente equilibrado e o dever de o defender ambiente.
A emissão, transporte e destino final dos resíduos fica condicionada a autorização prévia.
A responsabilidade do destino dos diversos tipos de resíduos e efluentes é de quem os produz.
As fábricas que utilizam águas devem efectuar a sua descarga a j usante da captação, depois de convenientemente tratadas

Lei n.º 50/2006 de 29 de Agosto ○ ○ ●


Aprova a le i qua dro da s contra -orde na çõe s a mbie nta is.

Contra- ordenações Ambientais ○ ○ ●


Constitui contra- ordenação ambiental todo o facto ilícito e censurável que preencha um tipo legal correspondente à violação de
disposições legais e regulamentares relativas ao ambiente que consagrem direitos ou imponham deveres, para o qual se comine
uma coima.
As coimas podem ser aplicadas às pessoas colectivas, independentemente da regularidade da sua constituição, bem como às
sociedades e associações sem personalidade j urídica.
Às autoridades administrativas no exercício das funções inspectoras, de fiscalização ou vigilância é facultada a entrada livre nos
estabelecimentos e locais onde se exerçam as actividades a inspeccionar.

Decreto-Lei n.º 147/2008 de 29 de Julho ● ○ ●


Esta be le ce o re gime jurídico da re sponsa bilida de por da nos a mbie nta is e tra nspõe pa ra a orde m jurídica
inte rna a Dire ctiva n.º 2004/35/CE, do Pa rla me nto Europe u e do Conse lho, de 21 de O utubro, que a provou,
com ba se no princípio do poluidor-pa ga dor, o re gime re la tivo à re sponsa bilida de a mbie nta l a plicá ve l à
pre ve nçã o e re pa ra çã o dos da nos a mbie nta is, com a a lte ra çã o que lhe foi introduzida pe la Dire ctiva n.º
2006/21/CE, do Pa rla me nto Europe u e do Conse lho, re la tiva à ge stã o de re síduos da indústria e xtra ctiva .
Âmbito ( Art. 2.º ) ○ ○ ●
O presente decreto- lei aplica- se aos danos ambientais, bem como às ameaças iminentes desses danos, causados em resultado do
exercício de uma qualquer actividade desenvolvida no âmbito de uma actividade económica, independentemente do seu carácter
público ou privado, lucrativo ou não.

Responsabilidade das pessoas colectivas ( Art. 3.º ) ○ ○ ●


Em caso de pessoas colectivas as responsabilidades incidem solidariamente sobre os respectivos directores, gerentes ou
administradores. ( No caso de se tratar de uma grupo comercial, a responsabilidade poderá estender- se até à casa- mãe) .

Comparticipação ( Art. 4.º ) ○ ○ ●


Se a responsabilidade recair sobre várias pessoas, todas respondem solidariamente pelos danos, mesmo que haj a culpa de alguma
ou algumas, sem prej uízo do correlativo direito de regresso que possam exercer reciprocamente.
Quando não sej a possível individualizar o grau de participação de cada um dos responsáveis, presume- se a sua responsabilidade
em partes iguais.

Responsabilidade Obj ectiva ( Art. 7.º ) ○ ○ ●


Em virtude do exercício de uma actividade económica enumerada no anexo I I I ( consultar diploma) , quem ofender direitos ou
interesses alheios por via da lesão de um qualquer componente ambiental, é obrigado a reparar os danos resultantes dessa ofensa,
independentemente da existência de culpa ou dolo. ( ou sej a, repor a situação original) .

Responsabilidade Subj ectiva ( Art. 8.º ) ○ ○ ●


Quem, com dolo ou mera culpa, ofender direitos ou interesses alheios por via da lesão de um componente ambiental fica obrigado
a reparar os danos resultantes dessa ofensa.

Medidas de Reparação ( Art. 15.º /16.º ) ○ ○ ●


No caso de ocorrência de danos ambientais, a autoridade competente ( APA) deve ser notificada no prazo de 24h;
Devem ser implementadas medidas de reparação, as quais devem ser apresentadas para aprovação à autoridade competente no
prazo de 10 dias a contar da data da ocorrência do dano, nos termos do anexo I I , com excepção dos casos em que: a autoridade
competente comunica as medidas de reparação a implementar; existam diversos danos simultâneos, devendo a autoridade
competente comunicar a prioridade de implementação das medidas de correcção.

Pedido de I ntervenção ( Art. 18.º ) ○ ○ ●


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Todos os interessados podem apresentar à autoridade competente observações relativas a situações de danos ambientais, ou de
ameaça iminente desses danos, de que tenham tido conhecimento e têm o direito de pedir a sua intervenção, apresentando com
esse pedido os dados e informações relevantes de que disponham.
Considera- se interessado qualquer pessoa singular ou colectiva que:
a) Sej a afectada ou possa vir a ser afectada por danos ambientais; ou
b) Tenha um interesse suficiente no processo de decisão ambiental relativo ao dano ambiental ou ameaça iminente do dano em
causa; ou
c) I nvoque a violação de um direito ou de um interesse legítimo protegido nos termos da lei.

Custo das medidas de prevenção e reparação ( Art. 19.º ) ○ ○ ●


Todas estas medidas são custeadas a título individual pela organização;
No caso da autoridade competente ( APA) custear alguma destas medidas ( devido a emergência na sua implementação) , essa
despesa será exigida futuramente.

Exclusão da Obrigação do Pagamento ( Art. 20 .º ) ○ ○ ●


O operador não está obrigado ao pagamento dos custos das medidas de prevenção ou de reparação adoptadas nos termos do
presente decreto- lei, quando demonstre que o dano ambiental ou a ameaça iminente desse dano:
a) Tenha sido causado por terceiros e ocorrido apesar de terem sido adoptadas as medidas de segurança adequadas; ou
b) Resulte do cumprimento de uma ordem ou instrução emanadas de uma autoridade pública que não sej a uma ordem ou
instrução resultante de uma emissão ou incidente causado pela actividade do operador.
O operador não está ainda obrigado ao pagamento dos custos das medidas de prevenção ou de reparação adoptadas nos termos do
presente decreto- lei se demonstrar, cumulativamente, que:
a) Não houve dolo ou negligência da sua parte;
b) O dano ambiental foi causado por:
i) Uma emissão ou um facto expressamente permitido ao abrigo de um dos actos autorizadores identificados no anexo I I I ao
presente decreto- lei e que respeitou as condições estabelecidas para o efeito nesse acto autorizador e no regime j urídico aplicável
no momento da emissão ou facto causador do dano ao abrigo do qual o acto administrativo é emitido ou conferido; ou
ii) Uma emissão, actividade ou qualquer forma de utilização de um produto no decurso de uma actividade que não sej am
consideradas susceptíveis de causar danos ambientais de acordo com o estado do conhecimento científico e técnico no momento
em que se produziu a emissão ou se realizou a actividade.

Garantia Financeira ( Art. 22.º ) ● ○ ○


Devem obrigatoriamente ser constituídas uma ou mais garantias financeiras próprias e autónomas, alternativas ou
complementares entre si, que permitam assumir a responsabilidade ambiental inerente à actividade desenvolvida, as quais podem
tomar a forma de apólices de seguro, garantias bancárias, participação em fundos ambientais ou constituição de fundos próprios
reservados para o efeito.
Estas garantias devem ter este fim exclusivo, não se destinando a qualquer outro fim.
Esta garantia é obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 20 10 .
Podem ser fixados limites mínimos para efeito da constituição das garantias financeiras obrigatórias mediante portaria a
aprovar pelos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças, do ambiente e da economia, nomeadamente
relativos:
a) Ao âmbito de actividades cobertas;
b) Ao tipo de risco que deve ser coberto;
c) Ao período de vigência da garantia;
d) Ao âmbito temporal de aplicação da garantia;
e) Ao valor mínimo que deve ser garantido.

Anexo I I I ○ ○ ●
1 - A exploração de instalações suj eitas a licença, nos termos do Decreto- Lei n.º 194/20 0 0 , ou sej a, todas as actividades
enumeradas no anexo I , com excepção das instalações ou partes de instalações utilizadas para a investigação, desenvolvimento ou
experimentação de novos produtos ou processos.
2 - Operações de gestão de resíduos, incluindo a recolha, o transporte, a recuperação e a eliminação de resíduos e resíduos
perigosos, incluindo a supervisão dessas operações e o tratamento posterior dos locais de eliminação, suj eitas a licença ou registo,
nos termos do Decreto- Lei n.º 178/20 0 6.
Estas operações não incluem o espalhamento de lamas de águas residuais provenientes de instalações de tratamento de resíduos
urbanos, tratadas segundo normas aprovadas, para fins agrícolas.
3 - Todas as descargas para as águas interiores de superfície que requeiram autorização prévia, nos termos do Decreto- Lei n.º
236/98, de 1 de Agosto.
4 - Todas as descargas de substâncias para as águas subterrâneas que requeiram autorização prévia nos termos do Decreto- Lei n.º
236/98, de 1 de Agosto.
5 - As descargas ou inj ecções de poluentes nas águas de superfície ou nas águas subterrâneas que requeiram licença, autorização
ou registo nos termos da Lei n.º 58/20 0 5.
6 - Captação e represamento de água suj eitos a autorização prévia, nos termos da Lei n.º 58/20 0 5.
7 - Fabrico, utilização, armazenamento, processamento, enchimento, libertação para o ambiente e transporte no local de:
a) Substâncias perigosas;
b) Preparações perigosas;
c) Produtos fitofarmacêuticos;
d) Produtos biocidas;
8 - Transporte rodoviário, ferroviário, marítimo, aéreo ou por vias navegáveis interiores de mercadorias perigosas ou poluentes;
9 - Exploração de instalações suj eitas a autorização, nos termos do Decreto- Lei n.º 78/20 0 4;
10 - Quaisquer utilizações confinadas, incluindo transporte, que envolvam microrganismos geneticamente modificados;
11 - Qualquer libertação deliberada para o ambiente, incluindo a colocação no mercado ou o transporte de organismos
geneticamente modificados;
12 - Transferências transfronteiriças de resíduos, no interior, à entrada e à saída da União Europeia, que exij am uma autorização
ou sej am proibidas na acepção do Regulamento n.º 10 13/20 0 6;
13 - A gestão de resíduos de extracção.

Lei n.º 8 9/2009 de 31 de Agosto ○ ○ ●


Proce de à prime ira a lte ra çã o à Le i n.º 50/2006, de 29 de Agosto, que e sta be le ce o re gime a plicá ve l à s
contra -orde na çõe s a mbie nta is.
Alterações ( Art. 1.º ) ○ ○ ●
Procede a alterações da Lei n.º 50 /20 0 6, relativa às contra- ordenações ambientais, nomeadamente ao nível das
responsabilidades e sanções impostas a actos ilegais.

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Lei n.º 56/2011 de 15 de Novembro ○ ○ ●
Alte ra o crime de incê ndio flore sta l e os crime s de da no contra a na ture za e de poluiçã o, tipifica um novo crime
de a ctivida de s pe rigosa s pa ra o a mbie nte , proce de à 28.ª a lte ra çã o do Código Pe na l e tra nspõe a Dire ctiva
n.º 2008/99/CE, do Pa rla me nto Europe u e do Conse lho, de 19 de Nove mbro, e a Dire ctiva n.º 2009/123/CE,
do Pa rla me nto Europe u e do Conse lho, de 21 de O utubro.
Alteração ao código penal ( Art. 1.º ) ○ ○ ●
Quem, mediante conduta descrita nos n.os 1 e 2 do artigo 279.º , criar perigo para a vida ou para a integridade física de outrem,
para bens patrimoniais alheios de valor elevado ou para monumentos culturais ou históricos, é punido com pena de prisão.

Alteração ao código penal ( Art. 2.º ) ○ ○ ●


1 - Quem proceder à transferência de resíduos, quando essa actividade estej a abrangida pelo âmbito de aplicação do n.º 35 do
artigo 2.º do Regulamento ( CE) n.º 10 13/20 0 6, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de Junho, relativo à transferência
de resíduos, e sej a realizada em quantidades não negligenciáveis, quer consista numa transferência única quer em várias
transferências aparentemente ligadas, é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa até 60 0 dias.
2 - Quem, não observando disposições legais, regulamentares ou obrigações impostas pela autoridade competente em
conformidade com aquelas disposições, produzir, importar, exportar, colocar no mercado ou utilizar substâncias que empobreçam a
camada de ozono é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 240 dias.

Ambie nte / Diploma s Na ciona is / Geral / Diversos

Decreto-Lei n.º 18 /2008 de 29 de Janeiro ○ ○ ●


Aprova o Código dos Contra tos Públicos, que e sta be le ce a disciplina a plicá ve l à contra ta çã o pública e o re gime
substa ntivo dos contra tos públicos que re vista m a na ture za de contra to a dministra tivo.
Âmbito ( Art. 1.º ) ○ ○ ●
1 - O presente Código estabelece a disciplina aplicável à contratação pública e o regime substantivo dos contratos públicos que
revistam a natureza de contrato administrativo.
2 - Reveste a natureza de contrato administrativo o acordo de vontades, independentemente da sua forma ou designação,
celebrado entre contraentes públicos e co- contratantes ou somente entre contraentes públicos, que se integre em qualquer uma
das seguintes categorias:
a) Contratos que, por força do presente Código, da lei ou da vontade das partes, sej am qualificados como contratos administrativos
ou submetidos a um regime substantivo de direito público;
b) Contratos com obj ecto passível de acto administrativo e demais contratos sobre o exercício de poderes públicos;
c) Contratos que confiram ao co - contratante direitos especiais sobre coisas públicas ou o exercício de funções dos órgãos do
contraente público;
d) Contratos que a lei submeta, ou que admita que sej am submetidos, a um procedimento de formação regulado por normas de
direito público e em que a prestação do co- contratante possa condicionar ou substituir, de forma relevante, a realização das
atribuições do contraente público.

Entidades Adj udicantes ( Art. 2.º ) ○ ○ ●


1 - São entidades adj udicantes:
a) O Estado;
b) As Regiões Autónomas;
c) As autarquias locais;
d) Os institutos públicos;
e) As fundações públicas, com excepção das previstas na Lei n.º 62/20 0 7, de 10 de Setembro;
f) As associações públicas;
g) As associações de que façam parte uma ou várias das pessoas colectivas referidas nas alíneas anteriores, desde que sej am
maioritariamente financiadas por estas, estej am suj eitas ao seu controlo de gestão ou tenham um órgão de administração, de
direcção ou de fiscalização cuj a maioria dos titulares sej a, directa ou indirectamente, designada pelas mesmas.
2 - São também entidades adj udicantes:
a) Quaisquer pessoas colectivas, com excepção das fundações públicas previstas na Lei n.º 62/20 0 7, de 10 de Setembro, que
independentemente da sua natureza pública ou privada:
i) Tenham sido criadas especificamente para satisfazer necessidades de interesse geral, sem carácter industrial ou comercial; e
ii) Sej am maioritariamente financiadas pelas entidades referidas no número anterior, estej am suj eitas ao seu controlo de gestão
ou tenham um órgão de administração, de direcção ou de fiscalização cuj a maioria dos titulares sej a, directa ou indirectamente,
designada por aquelas entidades;
b) Quaisquer pessoas colectivas que se encontrem na situação referida na alínea anterior relativamente a uma entidade que sej a,
ela própria, uma entidade adj udicante nos termos do disposto na mesma alínea;
c) As associações de que façam parte uma ou várias das pessoas colectivas referidas nas alíneas anteriores, desde que sej am
maioritariamente financiadas por estas, estej am suj eitas ao seu controlo de gestão ou tenham um órgão de administração, de
direcção ou de fiscalização cuj a maioria dos titulares sej a, directa ou indirectamente, designada pelas mesmas.
3 - Para os efeitos do disposto na subalínea i) da alínea a) do número anterior, são consideradas pessoas colectivas criadas
especificamente para satisfazer necessidades de interesse geral, sem carácter industrial ou comercial, aquelas cuj a actividade
económica se não submeta à lógica do mercado e da livre concorrência.

Contratos Excluídos ( Art. 4.º ) ○ ○ ●

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1 - O presente Código não é aplicável aos contratos a celebrar:
a) Ao abrigo de uma convenção internacional previamente comunicada à Comissão Europeia, e concluída nos termos do Tratado
que institui a Comunidade Europeia, entre o Estado Português e um ou mais Estados terceiros, que tenham por obj ecto a
realização de trabalhos destinados à execução ou à exploração em comum de uma obra pública pelos Estados signatários ou a
aquisição de bens móveis ou de serviços destinados à realização ou à exploração em comum de um proj ecto pelos Estados
signatários;
b) Com entidades nacionais de outro Estado membro ou de um Estado terceiro, nos termos de uma convenção internacional
relativa ao estacionamento de tropas;
c) De acordo com o procedimento específico de uma organização internacional de que o Estado Português sej a parte.
2 - O presente Código não é igualmente aplicável aos seguintes contratos:
a) Contratos de trabalho em funções públicas e contratos individuais de trabalho;
b) Contratos de doação de bens móveis a favor de qualquer entidade adj udicante;
c) Contratos de compra e venda, de doação, de permuta e de arrendamento de bens imóveis ou contratos similares;
d) Contratos relativos à aquisição, ao desenvolvimento, à produção ou à co- produção de programas destinados a emissão por parte
de entidades de radiodifusão ou relativos a tempos de emissão, sem prej uízo do disposto no n.º 2 do artigo 11.º

Restrição do âmbito de aplicação ( Art. 6.º ) ○ ○ ●


1 - À formação de contratos a celebrar entre quaisquer entidades adj udicantes referidas no n.º 1 do artigo 2.º , a parte I I do
presente Código só é aplicável quando o obj ecto de tais contratos abranj a prestações típicas dos seguintes contratos:
a) Empreitada de obras públicas;
b) Concessão de obras públicas;
c) Concessão de serviços públicos;
d) Locação ou aquisição de bens móveis;
e) Aquisição de serviços.

Entidades Adj udicantes nos sectores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais ( Art. 7.º ) ○ ○ ●
São ainda entidades adj udicantes:
a) Quaisquer pessoas colectivas não abrangidas pelo artigo 2.º , ainda que criadas especificamente para satisfazer necessidades de
interesse geral, com carácter industrial ou comercial, que exerçam uma ou várias actividades nos sectores da água, da energia,
dos transportes e dos serviços postais e em relação às quais qualquer das entidades adj udicantes referidas no artigo 2.º possa
exercer, directa ou indirectamente, uma influência dominante;
b) Quaisquer pessoas colectivas não abrangidas pelo artigo 2.º que gozem de direitos especiais ou exclusivos não atribuídos no
âmbito de um procedimento de formação de contrato com publicidade internacional e que tenham por efeito:
i) Reservar - lhes, isolada ou conj untamente com outras entidades, o exercício de uma ou várias actividades nos sectores da água,
da energia, dos transportes e dos serviços postais; e
ii) Afectar substancialmente a capacidade de quaisquer outras entidades exercerem uma ou várias dessas actividades;
c) Quaisquer pessoas colectivas constituídas exclusivamente por entidades adj udicantes referidas nas alíneas anteriores ou que
sej am por elas maioritariamente financiadas, estej am suj eitas ao seu controlo de gestão ou tenham um órgão de administração,
de direcção ou de fiscalização cuj a maioria dos titulares sej a, directa ou indirectamente, designada por aquelas entidades, desde
que se destinem ao exercício em comum de actividade nos sectores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais.

Âmbito da contratação nos sectores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais ( Art. 11.º ) ○ ○ ●
1 - A parte I I do presente Código só é aplicável à formação dos contratos a celebrar pelas entidades adj udicantes referidas no n.º 1
do artigo 7.º desde que:
a) Esses contratos digam directa e principalmente respeito a uma ou a várias das actividades por elas exercidas nos sectores da
água, da energia, dos transportes e dos serviços postais; e
b) O obj ecto desses contratos abranj a prestações típicas dos seguintes contratos:
i) Empreitada de obras públicas cuj o valor sej a igual ou superior ao referido na alínea b) do artigo 16.º da Directiva n.º
20 0 4/17/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março;
ii) Concessão de obras públicas;
iii) Concessão de serviços públicos;
iv) Locação ou aquisição de bens móveis cuj o valor sej a igual ou superior ao referido na alínea a) do artigo 16.º da Directiva n.º
20 0 4/17/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março;
v) Aquisição de serviços cuj o valor sej a igual ou superior ao referido na alínea a) do artigo 16.º da Directiva n.º 20 0 4/17/CE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março.
2 - A parte I I do presente Código é sempre aplicável à formação de contratos, a celebrar por quaisquer entidades adj udicantes,
quando estes digam directa e principalmente respeito a uma ou a várias das actividades por elas exercidas nos sectores da água, da
energia, dos transportes e dos serviços postais, nos seguintes casos:
a) Contratos de aquisição de serviços de carácter financeiro prestados pelo Banco de Portugal;
b) Contratos relativos à aquisição, ao desenvolvimento, à produção ou à co - produção de programas destinados a emissão por parte
de entidades de radiodifusão ou relativos a tempos de emissão.
3 - A parte I I do presente Código é sempre aplicável à formação dos seguintes contratos, a celebrar pelas entidades adj udicantes
referidas no n.º 1 do artigo 7.º , quando estas exerçam uma ou várias actividades no sector da água:
a) Contratos relacionados com proj ectos de engenharia hidráulica, de irrigação ou de drenagem, desde que o volume de água
destinada ao abastecimento de água potável represente mais de 20 % do volume total de água fornecida de acordo com aqueles
proj ectos ou por instalações de irrigação ou de drenagem;
b) Contratos relacionados com a rej eição ou o tratamento de águas residuais.

Candidatos ( Art. 52.º ) ○ ○ ●


É candidato a entidade, pessoa singular ou colectiva, que participa na fase de qualificação de um concurso limitado por prévia
qualificação, de um procedimento de negociação ou de um diálogo concorrencial, mediante a apresentação de uma candidatura.

Noção de proposta ( Art. 56.º ) ○ ○ ●


1 - A proposta é a declaração pela qual o concorrente manifesta à entidade adj udicante a sua vontade de contratar e o modo pelo
qual se dispõe a fazê- lo.
2 - Para efeitos do presente Código, entende- se por atributo da proposta qualquer elemento ou característica da mesma que diga
respeito a um aspecto da execução do contrato submetido à concorrência pelo caderno de encargos.

Documentos da Proposta ( Art. 57.º ) ○ ○ ●

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1 - A proposta é constituída pelos seguintes documentos:
a) Declaração do concorrente de aceitação do conteúdo do caderno de encargos, elaborada em conformidade com o modelo
constante do anexo I ao presente Código, do qual faz parte integrante;
b) Documentos que, em função do obj ecto do contrato a celebrar e dos aspectos da sua execução submetidos à concorrência pelo
caderno de encargos, contenham os atributos da proposta, de acordo com os quais o concorrente se dispõe a contratar;
c) Documentos exigidos pelo programa do procedimento que contenham os termos ou condições, relativos a aspectos da execução
do contrato não submetidos à concorrência pelo caderno de encargos, aos quais a entidade adj udicante pretende que o concorrente
se vincule;
d) Documentos que contenham os esclarecimentos j ustificativos da apresentação de um preço anormalmente baixo, quando esse
preço resulte, directa ou indirectamente, das peças do procedimento.

I dioma dos documentos da proposta ( Art. 58.º ) ○ ○ ●


1 - Os documentos que constituem a proposta são obrigatoriamente redigidos em língua portuguesa.
2 - Em função da especificidade técnica das prestações obj ecto do contrato a celebrar, o programa do procedimento, podem admitir
que alguns dos documentos sej am redigidos em língua estrangeira, indicando os idiomas admitidos.

I ndicação do preço ( Art. 60 .º ) ○ ○ ●


1 - Os preços constantes da proposta são indicados em algarismos e não incluem o I VA.
2 - Quando os preços constantes da proposta forem também indicados por extenso, em caso de divergência, estes prevalecem, para
todos os efeitos, sobre os indicados em algarismos.

Noção de adj udicação ( Art. 74.º ) ○ ○ ●


1 - A adj udicação é feita segundo um dos seguintes critérios:
a) O da proposta economicamente mais vantaj osa para a entidade adj udicante;
b) O do mais baixo preço.
2 - Só pode ser adoptado o critério de adj udicação do mais baixo preço quando o caderno de encargos defina todos os restantes
aspectos da execução do contrato a celebrar, submetendo apenas à concorrência o preço a pagar pela entidade adj udicante pela
execução de todas as prestações que constituem o obj ecto daquele.

Notificação da adj udicação ( Art. 77.º ) ○ ○ ●


1 - A decisão de adj udicação é notificada, sem simultâneo, a todos os concorrentes.
2 - As notificações deve ser acompanhadas do reltório final de análise das propostas.

Causas de não adj udicação ( Art. 79.º ) ○ ○ ●


1 - Não há lugar a adj udicação quando:
a) Nenhum candidato se haj a apresentado ou nenhum concorrente haj a apresentado proposta;
b) Todas as candidaturas ou todas as propostas tenham sido excluídas;
c) Por circunstâncias imprevistas, sej a necessário alterar aspectos fundamentais das peças do procedimento após o termo do prazo
fixado para a apresentação das propostas;
d) Circunstâncias supervenientes ao termo do prazo fixado para a apresentação das propostas, relativas aos pressupostos da decisão
de contratar, o j ustifiquem;
e) No procedimento de aj uste directo em que só tenha sido convidada uma entidade e não tenha sido fixado preço base no caderno
de encargos, o preço contratual seria manifestamente desproporcionado;
f) No procedimento de diálogo concorrencial, nenhuma das soluções apresentadas satisfaça as necessidades e as exigências da
entidade adj udicante.

Documentos de habilitação ( Art. 81.º ) ○ ○ ●


1 - Nos procedimentos de formação de quaisquer contratos, o adj udicatário deve apresentar os seguintes documentos de
habilitação:
a) Declaração emitida conforme o modelo constante do anexo I I ao presente código;
b) Documentos comprovativos que não se encontra nas situações previstas no artigo 55.º

Modo de apresentação dos documentos de habilitação ( Art. 83.º ) ○ ○ ●


O adj udicatário deve apresentar reprodução dos documentos de habilitação através da plataforma electrónica utilizada pela
entidade adj udicante ou, no caso de a mesma se encontrar indisponível, através de correio electrónico ou de outro meio de
transmissão escrita e electrónica de dados.

Não apresentação dos documentos e habilitação ( Art. 86.º ) ○ ○ ●


1 - A adj udicação caduca se, por facto que lhe sej a imputável, o adj udicatário não apresentar os documentos de habilitação nos
prazos fixados.

Parte I I , Título I I I , Capítulo I I - Concurso Público ( Art. 130 .º a Art.161.º ) ○ ○ ●


1 - O concurso público é publicitado no Diário da República através de um anúncio conforme modelo aprovado por portaria,
podendo posteriormente ser publicado na plataforma electrónica da entidade adj udicante.
2 - Quando o anúncio do concurso não sej a publicado no JOUE, não pode ser fixado uma proazo para a apresentação das propostas
inferior a 9 dias ou, no caso de se tratar de um procedimento de formação de um contrato de empreitada de obras públicas, a 20
dias, a contar da data do envio, para publicação do anúncio.
3 - Quando o anúncio do concurso público sej a publicado no JOUE, não pode ser fixado um prazo para a apresentação da proposta
inferior a 47 dias a contar da data de envio desse anúncio.
4 - Até ao termo do prazo fixado para a apresentação das propostas, os interessados que j á as tenham apresentado podem retirá-
las, bastando comunicarem tal facto à entidade adj udicante.
5 - O concurso público urgente é publicado no DR através de anúncio conforme modelo aprovado por portaria, sendo que o prazo
mínimo para a apresentação de propostas é de 24 horas, desde que estas decorrarm integralmente em dias úteis.

Fiscalização do modo de execução do contrato ( Art. 30 5.º ) ○ ○ ●

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1 - Sem prej uízo do disposto em matéria de segredo profissional ou comercial e do regime aplicável a outra informação protegida
por lei, a fiscalização deve limitar- se a aspectos que se prendam imediatamente com o modo de execução do contrato, podendo
realizar- se, designadamente, através de inspecção de locais, equipamentos, documentação, registos informáticos e contabilidade
ou mediante pedidos de informação,
2 - O exercício do poder de fiscalização deve ficar documentado em autos, relatórios ou livros próprios.
3 - As tarefas de fiscalização podem ser parcial ou totalmente delegadas em comissões paritárias de acompanhamento ou
entidades públicas ou privadas especializadas.

Fiscalização do modo de execução dos proj ectos de investigação e desenvolvimento ( Art. 30 6.º ) ○ ○ ●
O regime da fiscalização da execução dos proj ectos de investigação e desenvolvimento é obj ecto de regulamentação própria,
aprovada por portaria dos ministros responsáveis pelas áreas das obras públicas e da ciência.

Dever de consignar ( Art. 356.º ) ○ ○ ●


O dono da obra deve facultar ao empreiteiro o acesso aos prédios, ou parte dos mesmos, onde os trabalhos devam ser executados e
fornecer - lhe os elementos que, nos termos contratuais, sej am necessários para o início dos trabalhos.

Plano de Trabalhos ( Art. 361.º ) ○ ○ ●


1 - O plano de trabalhos destina- se, com respeito pelo prazo de execução da obra, à fixação da sequência e dos prazos parciais de
execução de cada uma das espécies de trabalhos previstas e à especificação dos meios com que o empreiteiro se propõe executá-
los, bem como à definição do correspondente plano de pagamentos.
2 - No caso em que o empreiteiro tenha a obrigação contratual de elaborar o programa ou o proj ecto de execução, o plano de
trabalhos compreende as prestações de concepção sob responsabilidade do empreiteiro.
3 - O plano de trabalhos constante do contrato pode ser aj ustado pelo empreiteiro ao plano final de consignação apresentado pelo
dono da obra nos termos do disposto no artigo 357.º , bem como em caso de prorrogação do prazo de execução, de detecção de
erros e omissões reclamados na fase de execução ou quando haj a lugar a trabalhos a mais.
4 - Os aj ustamentos referidos no número anterior não podem implicar a alteração do preço contratual, nem a alteração do prazo
de execução da obra, nem ainda alterações aos prazos parciais definidos no plano de trabalhos constante do contrato, para além do
que sej a estritamente necessário à adaptação do plano de trabalhos ao plano final de consignação.
5 - O plano de trabalhos aj ustado carece de aprovação pelo dono da obra, no prazo de cinco dias após a notificação do mesmo pelo
empreiteiro, equivalendo o silêncio a aceitação.
6 - O procedimento de aj ustamento do plano de trabalhos deve ser concluído antes da data da conclusão da consignação total ou da
primeira consignação parcial.
7 - O dono da obra não pode proceder à aceitação parcial do plano de trabalhos.

Prazo de execução da obra ( Art. 362.º ) ○ ○ ●


1 - O prazo de execução da obra começa a contar- se da data da conclusão da consignação total ou da primeira consignação parcial
ou ainda da data em que o dono da obra comunique ao empreiteiro a aprovação do plano de segurança e saúde, nos termos
previstos na lei, caso esta última data sej a posterior.
2 - Nos casos em que o empreiteiro tenha a obrigação de elaborar o proj ecto de execução, o contrato pode estabelecer prazos de
elaboração e entrega dos elementos de proj ecto relevantes com termo final anterior à data da consignação.

Trabalhos a mais ( Art. 370 .º ) ○ ○ ●


1 - São trabalhos a mais aqueles cuj a espécie ou quantidade não estej a prevista no contrato e que:
a) Se tenham tornado necessários à execução da mesma obra na sequência de uma circunstância imprevista; e
b) Não possam ser técnica ou economicamente separáveis do obj ecto do contrato sem inconvenientes graves para o dono da obra
ou, embora separáveis, sej am estritamente necessários à conclusão da obra.

Obrigação de execução de trabalhos a mais ( Art. 371.º ) ○ ○ ●


1 - O empreiteiro tem a obrigação de executar os trabalhos a mais, desde que tal lhe sej a ordenado por escrito pelo dono da obra e
lhe sej am entregues as alterações aos elementos da solução da obra necessárias à sua execução, quando os mesmos tenham
integrado o caderno de encargos relativo ao procedimento de formação do contrato.
2 - O empreiteiro não está suj eito à obrigação prevista no número anterior quando opte por exercer o direito de resolução do
contrato ou quando, sendo os trabalhos a mais de espécie diferente dos previstos no contrato ou da mesma espécie de outros nele
previstos, mas a executar em condições diferentes, o empreiteiro não disponha dos meios humanos ou técnicos indispensáveis
para a sua execução.

Prorrogação do prazo de execução da obra ( Art. 374.º ) ○ ○ ●


Quando haj a lugar à execução de trabalhos a mais, o prazo de execução da obra é proporcionalmente prorrogado.

Obrigação de execução de trabalhos de suprimento de erros e omissões ( Art. 376.º ) ○ ○ ●


1 - O empreiteiro tem a obrigação de executar todos os trabalhos de suprimento de erros e omissões que lhe sej am ordenados pelo
dono da obra, o qual deve entregar ao empreiteiro todos os elementos necessários para esse efeito, salvo quando o empreiteiro
tenha a obrigação pré- contratual ou contratual de elaborar o programa ou o proj ecto de execução.
2 - Salvo quando o empreiteiro tenha a obrigação de elaborar o proj ecto de execução, o dono da obra deve entregar ao
empreiteiro todos os elementos necessários à realização dos trabalhos referidos no número anterior.

Garantia da obra ( Art. 397.º ) ○ ○ ●


O prazo de garantia varia de acordo com o defeito da obra, nos seguintes termos:
a) 10 anos, no caso de defeitos relativos a elementos construtivos estruturais;
b) 5 anos, no caso de defeitos relativos a elementos construtivos não estruturais ou a instalações técnicas;
c) 2 anos, no caso de defeitos relativos a equipamentos afectos à obra, mas dela autonomizáveis.

Relatório final da obra ( Art. 40 2.º ) ○ ○ ●


1 - No prazo de 10 dias a contar da data da assinatura da conta final ou da data em que a conta final se considera aceite pelo
empreiteiro, o dono da obra deve enviar ao I NCI , o relatório final da obra.
2 - O disposto no número anterior é aplicável a empreitadas de obras públicas integradas em concessões, incumbindo ao
concessionário a elaboração e o envio do referido relatório.

Atraso na execução da obra ( Art. 40 3.º ) ○ ○ ●


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1 - Em caso de atraso no início ou na conclusão da execução da obra por facto imputável ao empreiteiro, o dono da obra pode
aplicar uma sanção contratual, por cada dia de atraso, em valor correspondente a 1 ( por mil) do preço contratual, sem prej uízo de
o contrato poder prever valor mais elevado, até ao dobro daquele valor.
2 - Em caso de incumprimento de prazos parciais de execução da obra por facto imputável ao empreiteiro, é aplicável o disposto
no número anterior, sendo o montante da sanção contratual aí prevista reduzido a metade.
3 - O empreiteiro tem direito ao reembolso das quantias pagas a título de sanção contratual por incumprimento de prazos parciais
de execução da obra quando recupere o atraso na execução dos trabalhos e a obra sej a concluída dentro do prazo de execução do
contrato.

Desvio do plano de trabalhos ( Art. 40 4.º ) ○ ○ ●


1 - Em caso de desvio do plano de trabalhos que, inj ustificadamente, ponha em risco o cumprimento do prazo de execução da obra
ou dos respectivos prazos parcelares, o dono da obra pode notificar o empreiteiro para apresentar, no prazo de 10 dias, um plano
de trabalhos modificado, adoptando as medidas de correcção que sej am necessárias à recuperação do atraso verificado.
2 - Realizada a notificação prevista no número anterior, se o empreiteiro não apresentar um plano de trabalhos modificado em
moldes considerados adequados pelo dono da obra, este pode elaborar novo plano de trabalhos, acompanhado de uma memória
j ustificativa da sua viabilidade, devendo notificá- lo ao empreiteiro.
3 - Caso se verifiquem novos desvios, sej a relativamente ao plano de trabalhos modificado pelo empreiteiro ou ao plano de
trabalhos notificado pelo dono da obra, este pode tomar a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à
mesma afectos, e executar a obra, directamente ou por intermédio de terceiro, procedendo aos inventários, medições e avaliações
necessários.
4 - O empreiteiro é responsável perante o dono da obra ou perante terceiros pelos danos decorrentes do desvio inj ustificado do
plano de trabalhos, quer no que respeita ao conteúdo da respectiva prestação quer no que respeita ao prazo de execução da obra.

Resolução pelo empreiteiro ( Art. 40 6.º ) ○ ○ ●


Sem prej uízo dos fundamentos gerais de resolução do contrato e de outros neste previstos e do direito de indemnização nos
termos gerais, o empreiteiro tem o direito de resolver o contrato nos seguintes casos:
a) Se não for feita consignação da obra no prazo de seis meses contados da data da celebração do contrato por facto não imputável
ao empreiteiro;
b) Se, havendo sido feitas uma ou mais consignações parciais, o retardamento da consignação ou consignações subsequentes
acarretar a interrupção dos trabalhos por mais de 120 dias, seguidos ou interpolados;
c) Se, avaliados os trabalhos a mais, os trabalhos de suprimento de erros e omissões e os trabalhos a menos, relativos ao contrato
e resultantes de actos ou factos não imputáveis ao empreiteiro, ocorrer uma redução superior a 20 % do preço contratual;
d) Se a suspensão da empreitada se mantiver:
i) Por período superior a um quinto do prazo de execução da obra, quando resulte de caso de força maior;
ii) Por período superior a um décimo do mesmo prazo, quando resulte de facto imputável ao dono da obra;
e) Se, verificando - se os pressupostos do artigo 354.º , os danos do empreiteiro excederem 20 % do preço contratual.

Concessões de obras públicas e de serviços públicos ( Art. 40 7.º ) ○ ○ ●


1 - Entende- se por concessão de obras públicas o contrato pelo qual o co- contratante se obriga à execução ou à concepção e
execução de obras públicas, adquirindo em contrapartida o direito de proceder, durante um determinado período, à respectiva
exploração, e, se assim estipulado, o direito ao pagamento de um preço.
2 - Entende- se por concessão de serviços públicos o contrato pelo qual o co- contratante se obriga a gerir, em nome próprio e sob
sua responsabilidade, uma actividade de serviço público, durante um determinado período, sendo remunerado pelos resultados
financeiros dessa gestão ou, directamente, pelo contraente público.
3 - São partes nos contratos referidos nos números anteriores o concedente e o concessionário.

Exercício de poderes e prerrogativas de autoridade ( Art. 40 9.º ) ○ ○ ●


1 - As entidades adj udicantes podem conceder a execução ou a concepção e execução de obras públicas ou a gestão de serviços
públicos.
2 - Mediante estipulação contratual, o concessionário pode exercer os seguintes poderes e prerrogativas de autoridade:
a) Expropriação por utilidade pública;
b) Utilização, protecção e gestão das infra- estruturas afectas ao serviço público;
c) Licenciamento e concessão, nos termos da legislação aplicável à utilização do domínio público, da ocupação ou do exercício de
qualquer actividade nos terrenos, edificações e outras infra- estruturas que lhe estej am afectas.

Direitos do concessionário ( Art. 415.º ) ○ ○ ●


Constituem direitos do concessionário:
a) Explorar, em regime de exclusivo, a obra pública ou o serviço público concedidos;
b) Receber a retribuição prevista no contrato;
c) Utilizar, nos termos da lei e do contrato, os bens do domínio público necessários ao desenvolvimento das actividades concedidas;
d) Quaisquer outros previstos na lei ou no contrato.

I ndicadores de acompanhamento e avaliação do desempenho do concessionário ( Art. 418:ª ) ○ ○ ●


1 - Salvo quando incompatível ou desnecessário em face da natureza da obra pública ou do serviço público concedidos, o contrato
deve estabelecer indicadores de acompanhamento e de avaliação do desempenho do concessionário, da perspectiva do utilizador e
do interesse público, bem como procedimentos de cálculo para a sua aferição periódica, designadamente no que respeita ao
número de utilizadores e seus níveis de satisfação.
2 - O concedente pode, nos termos do contrato e em função dos resultados da aplicação dos indicadores referidos no número
anterior, atribuir vantagens económicas ou aplicar penalizações económicas ao concessionário.

Ambie nte / Diploma s Na ciona is / Água / Diplomas Gerais

Lei n.º 58 /2005 de 29 de Dezembro ● ○ ●


Aprova a Le i da Água , tra nspondo pa ra a orde m jurídica na ciona l a Dire ctiva n.º 2000/60/CE, do Pa rla me nto
Europe u e do Conse lho, de 23 de O utubro, e e sta be le ce ndo a s ba se s e o qua dro instituciona l pa ra a ge stã o
suste ntá ve l da s á gua s.

Deveres básicos dos utilizadores ( Art. 57.º ) ● ○ ○

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Evitar qualquer perturbação do estado da água, e, em especial, qualquer contaminação ou alteração adversa das suas capacidades
funcionais;
Obter um uso económico da água sustentável e compatível com a manutenção da integridade dos recursos hídricos.
Quem construa, explore ou opere uma instalação capaz de causar poluição hídrica deve, em caso de acidente, tomar as precauções
adequadas, necessárias e proporcionais para, tendo em conta a natureza e extensão do perigo, prevenir acidentes e minimizar os
seus impactes.

Utilização privativa dos recursos hídricos do domínio público ( Art. 59.º ) ○ ○ ●


Aquela em que alguém obtiver para si a reserva de um maior aproveitamento desses recursos do que a generalidade dos utentes
ou aquela que implicar alteração no estado dos mesmos recursos ou colocar esse estado em perigo.
O direito de utilização privativa de domínio público só pode ser atribuído por licença ou por concessão qualquer que sej a a
natureza e a forma j urídica do seu titular, não podendo ser adquirido por usucapião ou por qualquer outro título.

Ambie nte / Diploma s Na ciona is / Ar e Alterações Climáticas / Alterações Climáticas

Decreto-Lei n.º 60/2012 de 14 de março ○ ○ ●


Tra nspõe a Dire tiva n.º 2009/31/CE, do Pa rla me nto Europe u e do Conse lho, de 23 de a bril, e e sta be le ce o
re gime jurídico da a tivida de de a rma ze na me nto ge ológico de dióxido de ca rbono (CO (índice 2)).

Alteração ao Decreto- Lei n.º 147/20 0 8, de 29 de j ulho ( Art. 49.º ) ○ ○ ●


Procede à atualização do Anexo I I I do Decreto- Lei n.º 147/20 0 8 sobre atividades suj eitas à constituição de uma garantia
financeira ambiental.

Ambie nte / Diploma s Na ciona is / Ar e Alterações Climáticas / Compostos Orgânicos Voláteis

Decreto-Lei n.º 18 1/2006 de 6 de Setembro ○ ● ●


Esta be le ce o re gime de limita çã o da s e missõe s de compostos orgâ nicos volá te is (CO V) re sulta nte s da utiliza çã o
de solve nte s orgâ nicos e m de te rmina da s tinta s e ve rnize s e e m produtos de re toque de ve ículos, tra nspondo
pa ra a orde m jurídica inte rna a Dire ctiva n.º 2004/42/CE, do Pa rla me nto Europe u e do Conse lho, de 21 de
Abril.

Âmbito ( Art. 1.º ) ○ ○ ●


Estabelece o teor total de compostos orgânicos voláteis ( COV) em tintas, vernizes e produtos de retoque de veículos automóveis
( listados no Anexo I ) .

Requisitos de colocação no mercado ( Art. 3.º ) ○ ● ○


Apenas podem ser colocados no mercado tintas, vernizes e produtos de retoque de veículos automóveis que respeitem os teores de
COV listados no Anexo I I

Rotulagem ( Art. 4.º ) ○ ● ○


Os produtos enumerados no anexo I , antes de serem colocados no mercado, são obrigatoriamente rotulados com as seguintes
indicações:
a) A subcategoria do produto e os valores limite pertinentes de COV em g/l, referidos no anexo I I ;
b) O teor máximo de COV em g/l do produto pronto a utilizar.

Ambie nte / Diploma s Na ciona is / Ar e Alterações Climáticas / Qualidade do Ar e Chaminés

Lei n.º 37/2007 de 14 de Agosto ● ○ ●


Aprova norma s pa ra a prote cçã o dos cida dã os da e xposiçã o involuntá ria a o fumo do ta ba co e me dida s de
re duçã o da procura re la ciona da s com a de pe ndê ncia e a ce ssa çã o do se u consumo.

Proibição de Fumar ( Art. 2.º ) ● ○ ○


É proibido fumar:
a) Nos locais onde estej am instalados órgãos de soberania, serviços e organismos da Administração Pública e pessoas colectivas
públicas;
b) Nos locais de trabalho;
c) Nos locais de atendimento directo ao público;
d) Outro definidos pela Gerência

Excepções ( Art. 5.º ) ○ ○ ●


A proibição pode ser abolida em determinadas áreas, desde que:
a) Estej am devidamente sinalizadas, de acordo com o artigo 6.º ;
b) Exista uma separação física das restantes áreas, dotada de uma ventilação adequada;
c) Exista ventilação directa para o exterior através de sistema de extracção de ar que protej a dos efeitos do fumo os trabalhadores
não fumadores.

Sinalização ( Art. 6.º ) ● ○ ○


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1 - A interdição ou condicionamento de fumar deve estar devidamente assinalado, através da afixação de dísticos com fundo
vermelho, conformes ao modelo A constante do anexo I do presente diploma. [deverá conter igualmente o valor da coima pelo
desrespeito do mesmo ( consultar art. 25.º €50 - €750 ) ]
2- As áreas onde é permitido fumar são identificadas mediante afixação de dísticos com fundo azul e com as restantes
características indicadas no número anterior, conformes ao modelo B constante do anexo I .

Responsabilidade ( Art. 7.º ) ○ ○ ●


A responsabilidade do cumprimento do presente diploma é da direcção/administração da instalação ( o incumprimento do presente
diploma esta suj eito a coima de € 50 a € 10 0 0 ) .

Proibição de venda de produtos do tabaco ( Art. 15.º ) ● ○ ○


É proíbida a venda de tabaco nestes locais.

Ambie nte / Diploma s Na ciona is / Energia / Alterações Climáticas

Decreto-Lei n.º 60/2012 de 14 de março ○ ○ ●


Tra nspõe a Dire tiva n.º 2009/31/CE, do Pa rla me nto Europe u e do Conse lho, de 23 de a bril, e e sta be le ce o
re gime jurídico da a tivida de de a rma ze na me nto ge ológico de dióxido de ca rbono (CO (índice 2)).

Alteração ao Decreto- Lei n.º 147/20 0 8, de 29 de j ulho ( Art. 49.º ) ○ ○ ●


Procede à atualização do Anexo I I I do Decreto- Lei n.º 147/20 0 8 sobre atividades suj eitas à constituição de uma garantia
financeira ambiental.

Ambie nte / Diploma s Na ciona is / Energia / Consumidores Intensivos de Energia

Despacho n.º 17313/2008 de 26 de Junho ○ ○ ●


S iste ma de Ge stã o dos Consumos Inte nsivos de Ene rgia . Fa ctore s de Conve rsã o.

Factores de Conversão ○ ○ ●
Publica os factores de conversão para tonelada equivalente petróleo ( tep) de teores em energia de combustíveis seleccionados para
utilização final, bem
como dos respectivos factores para cálculo da I ntensidade Carbónica pela emissão de gases com efeito de estufa, referidos a
quilograma de CO2 equivalente ( kgCO2e) .

Ambie nte / Diploma s Na ciona is / Energia / Energia nos Transportes

Portaria n.º 228 /90 de 27 de Março ○ ○ ●


Aprova o Re gula me nto da Ge stã o do Consumo de Ene rgia pa ra o S e ctor dos Tra nsporte s.

Aplicabilidade ( Art. 1.º ) ○ ○ ●


Aplicável às empresas de transportes e às empresas com frotas próprias consumidoras intensivas de energia cuj o consumo
energético durante o ano anterior tenha sido superior a 50 0 t de equivalente petróleo.
Caso o consumo energético da frota automóvel seja superior a 500 tep/ano, este diploma é aplicável.

Ambie nte / Diploma s Na ciona is / Energia / Diversos

Portaria n.º 48 /2012 de 27 de fevereiro ○ ● ●


Espe cifica a s profissõe s re gula me nta da s a bra ngida s no se tor da e ne rgia e de signa a re spe tiva a utorida de
compe te nte pa ra proce de r a o re conhe cime nto da s qua lifica çõe s profissiona is.

Obj ecto ( Art. 1.º ) ○ ○ ●


A presente portaria especifica as profissões regulamentadas abrangidas no setor da energia e designa a respetiva autoridade
competente para proceder ao reconhecimento das qualificações profissionais.

Âmbito ( Art. 2.º ) ○ ● ○

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1 - As profissões regulamentadas abrangidas no setor da energia são as seguintes:
a) Técnico responsável pela execução de instalações elétricas de serviço particular;
b) Técnico responsável pela exploração de instalações elétricas de serviço particular;
c) Técnico responsável pelo proj eto de instalações elétricas de serviço particular;
d) Técnico responsável pela manutenção de ascensores, monta - cargas, escadas mecânicas e tapetes rolantes;
e) I nstalador de instalações de gás e de redes e ramais de distribuição de gás;
f) I nstalador de aparelhos a gás;
g) Técnico de gás;
h) Soldador de aços, por fusão;
i) Soldador de polietileno;
j ) Operador de brasagem forte ou de soldobrasagem;
k) Operador de prensagem;
l) Proj etista de redes de gás;
m) Auditor energético e autor de planos de racionalização no âmbito do Sistema de Gestão dos Consumos I ntensivos de Energia
( SGCI E) ;
n) Auditor energético e autor de planos de racionalização no âmbito dos transportes;
o) Auditor de cogeração.
2 - As profissões referidas nas alíneas a) a k) têm impacto na segurança do beneficiário do serviço.

Autoridade competente ( Art. 3.º ) ○ ○ ●


A autoridade nacional competente para o reconhecimento das qualificações profissionais no âmbito das profissões regulamentadas
previstas no artigo 2.º é a Direção- Geral de Energia e Geologia.

Ambie nte / Diploma s Na ciona is / Regulamentos de Ambiente e Actividades Económicas / Sectores Específicos

Decreto-Lei n.º 257/2007 de 16 de Julho ○ ● ○


No uso da a utoriza çã o le gisla tiva conce dida pe la Le i n.º 1/2007, de 11 de Ja ne iro, institui o re gime jurídico
a plicá ve l a os tra nsporte s rodoviá rios de me rca doria s, por me io de ve ículos com pe so bruto igua l ou supe rior a
2 500 kg.
Licenciamento da Actividade ( Art. 3.º ) ○ ● ○
1 - O transporte rodoviário de mercadorias realizado por veículos com peso bruto igual ou superior a 2.50 0 kg, carece de
licenciamento pelo I MTT.
2 - A licença consubstancia- se num alvará ou licença comunitária, a qual é intransmissível, sendo emitida por um prazo não
superior a cinco anos, renovável por igual período, mediante comprovação de que se mantêm os requisitos de acesso e de exercício
de actividade.

Decreto-Lei n.º 137/2008 de 21 de Julho ● ○ ●


Proce de à prime ira a lte ra çã o a o De cre to-Le i n.º 257/2007, de 16 de Julho, que e sta be le ce o re gime jurídico
do lice ncia me nto e a ce sso à a ctivida de de tra nsporte rodoviá rio de me rca doria s por conta de outre m.

Alteração do Decreto- Lei n.º 257/20 0 7 ○ ○ ●


Alterações constam do DL 257/20 0 7

Excesso de Carga ( Art. 31.º ) ● ○ ○


No caso de se verificar excesso de carga no decurso de um transporte em regime de carga completa, a infracção pode ser imputável
ao expedidor.

Decreto-Lei n.º 145/2008 de 28 de Julho ● ○ ○


Proce de à prime ira a lte ra çã o a o De cre to-Le i n.º 239/2003, de 4 de O utubro, que e sta be le ce o re gime jurídico
do contra to de tra nsporte rodoviá rio na ciona l de me rca doria s.
Alteração ao regime do contrato de transporte ( Art. 1º .) ● ○ ○
Caso sej a firmado um contrato escrito, este deverá contemplar a referência explícita ao preço de referência e tipo do combustível
utilizado;
Caso não exista contrato escrito, o preço de referência é determinado consultando os preços disponibilizados pela Direcção Geral de
Energia e Geologia nos dias anteriores ao contrato, e à realização de cada transporte ( a guia de transporte deve referir o preço
acordado, e a factura o custo associado ao combustível) ;

Ambie nte / Diploma s Na ciona is / Regulamentos de Ambiente e Actividades Económicas / Diversos

Portaria n.º 90/2012 de 30 de março ○ ○ ●


Espe cifica a s profissõe s re gula me nta da s a bra ngida s na s á re a s da a gricultura , da s flore sta s, do ma r, do
a mbie nte e do orde na me nto do te rritório e de signa a s a utorida de s na ciona is que , pa ra ca da profissã o, sã o
compe te nte s pa ra proce de r a o re conhe cime nto da s qua lifica çõe s profissiona is, nos te rmos da Le i n.º 9/2009,
de 4 de ma rço.
Geral ○ ○ ●

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Vem especificar que determinadas profissões se encontram regulamentadas, nomeadamente Técnico qualificado para a execução
das atividades relativas a equipamentos fixos de refrigeração, ar condicionado e bombas de calor que contenham determinados
gases fluorados com efeito de estufa e Técnico qualificado para intervenções de trasfega, reciclagem, valorização e destruição das
substâncias que empobrecem a camada de ozono e para intervenções de recuperação para reciclagem, valorização e destruição
dessas substâncias, contidas em equipamentos de refrigeração, ar condicionado, bombas de calor, extintores e sistemas de proteção
contra incêndios, bem como para as intervenções de manutenção e assistência desses mesmos equipamentos, incluindo a deteção
de eventuais fugas das referidas substâncias.

Portaria n.º 96/2012 de 5 de abril ○ ○ ●


Espe cifica a s profissõe s re gula me nta da s a bra ngida s nos se tore s da s obra s pública s, tra nsporte s e
comunica çõe s e de signa a s re spe tiva s a utorida de s compe te nte s pa ra proce de r a o re conhe cime nto da s
qua lifica çõe s profissiona is, nos te rmos da Le i n.º 9/2009, de 4 de ma rço.

Geral ○ ○ ●
Vem estabelecer as profissões regulamentadas abrangidas nos setores das obras públicas, transportes e comunicações, bem como
no âmbito das competências e atribuições da Ordem dos Engenheiros e da Ordem dos Engenheiros Técnicos.

Ambie nte / Diploma s Na ciona is / Resíduos / Diplomas Gerais

Portaria n.º 209/2004 de 3 de Março ○ ○ ●


Aprova a Lista Europe ia de Re síduos.

LER - Lista Europeia de Resíduos ○ ○ ●


Publica no direito nacional a Lista Europeia de Resíduos ( LER) ;
I dentifica as características de perigo atribuíveis aos resíduos;
Classifica as operações de valorização e eliminação de resíduos.
Os resíduos mencionados na Lista indicados com asterisco ( * ) são considerados resíduos perigosos.
Nota: Sempre que for necessário utilizar códigos para os resíduos ( ex: guias de acompanhamento, mapas de registo) deve- se
utilizar esta lista.

Portaria n.º 1408 /2006 de 18 de Dezembro ● ○ ●


Aprova o Re gula me nto de Funciona me nto do S iste ma Inte gra do de Re gisto Ele ctrónico de Re síduos.

I nscrição ( Art. 1º . e 2.º ) ● ○ ○


O acesso ao SI RER carece de prévia inscrição j unto do respectivo portal electrónico da Autoridade Nacional dos Resíduos ( ANR) .
A inscrição confere às entidades a qualidade de utilizador do SI RER, através da disponibilização de uma chave de acesso
individual, secreta e intransmissível, constituída por um número de utilizador e uma senha, habilitando- o a aceder ao Sistema
com vista ao preenchimento dos respectivos mapas de registo.
A inscrição no SI RER deve ser efectuada no prazo de 30 dias úteis a contar da data de início da respectiva actividade. O pedido de
inscrição é apresentado através do preenchimento, por via electrónica, de formulário disponível na I nternet no endereço da ANR.

Mapas de registo ( Art. 4.º ) ○ ○ ●


O registo efectua- se através do preenchimento de mapas de registo que permitem o processamento de informação sobre resíduos,
cuj os modelos operativos são disponibilizados pelo SI RER por via electrónica.
O preenchimento dos mapas de registo é da responsabilidade do utilizador.
A ANR disponibiliza no SI RER um manual de utilizador contendo as instruções para o correcto preenchimento dos mapas de
registo.

Preenchimento dos Mapas de Registo ( Art. 6.º ) ● ○ ○


O mapa de registo do estabelecimento preenche- se uma única vez, sem prej uízo da possibilidade de introdução, a todo o
momento, de alterações. Os restantes mapas são preenchidos anualmente, devendo a introdução de dados e alterações ser feita até
à data de fecho do registo, que ocorre no termo do mês de Março seguinte a cada ano, salvo autorização concedida pela ANR que
não prej udique os prazos para pagamento da taxa de gestão.

Cancelamento do registo ( Art. 7.º ) ○ ○ ●


A ANR determina o cancelamento do registo sempre que:
a) O utilizador cesse a sua actividade;
b) O utilizador não efectue o pagamento da taxa prevista;
c) Sej am incumpridos os prazos de preenchimento dos mapas de registo;
d) Haj a incorrecto ou incompleto preenchimento dos mapas de registo.

Entidades responsáveis por sistemas de gestão de resíduos ( Art. 9.º ) ● ○ ○


As entidades responsáveis por sistemas de gestão de resíduos urbanos, na qualidade de utilizadores, devem preencher os mapas de
registo específicos, cuj o conteúdo incide sobre a actividade obj ecto de licença ou autorização

Taxas ( Art. 15.º ) ○ ○ ●


Os utilizadores do SI RER estão obrigados ao pagamento da taxa de registo prevista no artigo 57º do Decreto- Lei nº 178/20 0 6, de
5 de Setembro ( 25 €/ano) , e destinada a custear a sua gestão. A taxa de registo é devida no acto de inscrição no SI RER e, em
cada um dos anos subsequentes, no mês da inscrição.

Pagamento das Taxas ( Art. 15.º ) ● ○ ○


A taxa de registo é liquidada pela ANR, que procede à sua notificação por via electrónica ao suj eito passivo, devendo o pagamento
ser feito até ao termo do mês subsequente ao da liquidação.

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Portaria n.º 50/2007 de 9 de Janeiro ○ ● ○
Aprova o mode lo de a lva rá de lice nça pa ra re a liza çã o de ope ra çõe s de ge stã o de re síduos.

Requisito Único ○ ● ○
Modelo de alvará de licença para a realização de operações de gestão de resíduos que se deve exigir aos operadores de gestão de
resíduos.

Decreto-Lei n.º 73/2011 de 17 de Junho ● ● ●


Proce de à te rce ira a lte ra çã o a o De cre to-Le i n.º 178/2006, de 5 de S e te mbro, tra nspõe a Dire ctiva
n.º2008/98/CE, do Pa rla me nto Europe u e do Conse lho, de 19 de Nove mbro, re la tiva a os re síduos, e proce de
à a lte ra çã o de dive rsos re gime s jurídicos na á re a dos re síduos.

Alteração ao DL 366- A/97 ( Art. 5.º ) ○ ○ ●


A adesão a uma sistema de gestão dos resíduos de embalagem não é aplicável aos responsáveis pela primeira colocação no
mercado de embalagens não reutilizáveis de matérias- primas e de produtos embalados desde que utilizadas exclusivamente para
consumo próprio nas respectivas instalações e obj ecto de um circuito fechado no seu processo de utilização, ficando no entanto
suj eitos ao registo e preenchimento do SI RER.

Alteração ao DL 46/20 0 8 - Gestão de RCD ( Art. 11.º ) ● ○ ○


Altera o DL 46/20 0 8 no que respeita às condições de gestão de RCD em obra e no destino final.

Âmbito de aplicação ( Art. 2.º ) - Republicação RGR ○ ○ ●


1- O presente decreto- lei é aplicável às operações de gestão de resíduos destinadas a prevenir ou reduzir a produção de resíduos, o
seu carácter nocivo e os impactes adversos decorrentes da sua produção e gestão, bem como a diminuição dos impactes associados
à utilização dos recursos, de forma a melhorar a eficiência da sua utilização e a protecção do ambiente e da saúde humana.
Estão excluídos:
a) Os efluentes gasosos lançados na atmosfera, entre outros;
b) A terra (in situ), incluindo os solos contaminados não escavados e os edifícios com ligação permanente ao solo;
c) O solo não contaminado e outros materiais naturais resultantes de escavações no âmbito de actividades de construção
desde que os materiais em causa sejam utilizados para construção no seu estado natural e no local em que foram escavados;
d) Os resíduos radioactivos;
e) Os explosivos abatidos à carga ou em fim de vida;
Entre outros

Princípio da auto - suficiência e da proximidade ( Art. 4.º ) - Republicação RGR ○ ○ ●


2 - A Autoridade Nacional de Resíduos ( ANR) pode interditar as transferências de resíduos de e para o território nacional;
3- A ANR pode ainda para proteger a rede de instalações nacional e, em derrogação do disposto no Regulamento ( CE) n.º
10 13/20 0 6, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de Junho, limitar as entradas de resíduos destinados a incineradoras,
que sej am classificadas como operações de valorização, caso se verifique que tais entradas implicam a eliminação dos resíduos
nacionais ou o tratamento desses resíduos de modo incompatível com os respectivos planos de gestão de resíduos

Princípio da responsabilidade alargada do produtor ( Art. 10 .º - A) - Republicação RGR ○ ○ ●


1 — A responsabilidade alargada do produtor consiste em atribuir, total ou parcialmente, física e ou financeiramente, ao produtor
do produto a responsabilidade pelos impactes ambientais e pela produção de resíduos decorrentes do processo produtivo e da
posterior utilização dos respectivos produtos, bem como da sua gestão quando atingem o final de vida.
A responsabilidade do produtor do produto pela gestão dos resíduos provenientes dos seus próprios produtos pode ser
assumida a título individual ou transferida para um sistema integrado, nos termos da lei, ou ainda através da celebração de
acordos voluntários entre o produtor do produto e a ANR.

Normas técnicas ( Art. 20 .º ) - Republicação RGR ○ ○ ●


Prevê o estabelecimento de normas técnicas relativas à gestão de resíduos, que podem englobar procedimentos/condições de
isenção para o licenciamento das actividades de gestão de resíduos.
As normas técnicas serão alvo de regulamentação em portarias do Governo.
As operações de tratamento de resíduos são realizadas sob a direcção de um responsável técnico, cuj as obrigações e habilitações
profissionais são definidas por portaria do membro do Governo responsável pela área do ambiente.

Licenciamento de operadores de gestão de resíduos ( Art. 23.º /26.º ) - Republicação RGR ○ ● ○


A actividade de tratamento de resíduos está suj eita a licenciamento por razões de saúde pública e de protecção do ambiente, nos
termos do presente capítulo.
O pedido de licença para a actividade de tratamento de resíduos, bem como os outros documentos exigidos no âmbito do presente
decreto - lei, são apresentados pelo requerente em suporte informático e por meios electrónicos, através do balcão único
electrónico dos serviços, podendo as peças desenhadas ser apresentadas em suporte de papel.

Operações de gestão isentas de licenciamento ( Art.º 23.º ) - Republicação RGR ○ ○ ●

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a) Valorização energética de resíduos vegetais fibrosos provenientes da produção de pasta virgem e de papel, se forem co -
incinerados no local de produção;
b) Valorização energética de resíduos de madeira e cortiça, com excepção daqueles que possam conter compostos orgânicos
halogenados ou metais pesados resultantes de tratamento com conservantes ou revestimento, incluindo em especial, os
provenientes de obras de construção e demolição;
c) Valorização energética da fracção dos biorresíduos provenientes de espaços verdes;
d) Valorização energética da fracção dos biorresíduos de origem vegetal provenientes da indústria de transformação de produtos
alimentares;
e) Valorização não energética de resíduos não perigosos, quando efectuada pelo produtor dos resíduos resultantes da sua própria
actividade, no local de produção ou em local análogo ao local de produção pertencente à mesma entidade;
f) Valorização não energética de resíduos perigosos, quando efectuada pelo produtor dos resíduos, desde que abrangida por normas
técnicas previstas nos n.os 2 e 3 do artigo 20 .º
Estão ainda isentas de licenciamento, desde que enquadradas por normas técnicas aprovadas nos termos do artigo 20.º:
a) As operações de valorização de resíduos não previstas no número anterior ou de eliminação de resíduos não perigosos
quando efectuadas pelo seu produtor e no próprio local de produção;
b) As operações de valorização de resíduos, designadamente de resíduos transaccionados no mercado organizado de
resíduos.

Licenciamento simplificado ( Art. 32.º ) ○ ○ ●


1 - São licenciados em procedimento de regime simplificado:
a) O tratamento de resíduos relativo a situações pontuais, dotadas de carácter não permanente ou em que os resíduos não
resultem da normal actividade produtiva;
b) Armazenagem de resíduos, quando efectuadas no próprio local de produção, no respeito pelas especificações técnicas aplicáveis
e por período superior a um ano;
d) O armazenamento e a triagem de resíduos em centros de recepção que integram sistemas de gestão de fluxos específicos de
resíduos;
f) A valorização de resíduos realizada a título experimental destinada a fins de investigação, desenvolvimento e ensaio de medidas
de aperfeiçoamento dos processos de gestão de resíduos, por um período máximo de 6 meses, prorrogável até 18 meses;
g) A valorização de resíduos não perigosos que não sej a efectuada pelo produtor dos resíduos, com excepção da valorização
energética e da valorização orgânica;
i) Valorização de resíduos inertes, de betão e de betuminosos;
j ) Valorização de resíduos tendo em vista a recuperação de metais preciosos;
m) Co - incineração de resíduos combustíveis não perigosos resultantes do tratamento mecânico de resíduos.
Passam a estar excluídas da obrigatoriedade de licenciamento simplificado:
- Armazenagem de resíduos, quando efectuadas em local análogo ao local de produção, pertencente à mesma entidade, no
respeito pelas especificações técnicas aplicáveis e por período não superior a um ano;
- Armazenagem, triagem e tratamento mecânico de resíduos não perigosos;
- Valorização interna não energética de óleos usados;
- Recuperação de solventes quando efectuada no próprio local de produção.

Sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos ( Art. 44.º ) ○ ○ ●


1 - A gestão de fluxos específicos de resíduos está suj eita a licença ou autorização nos termos da legislação especial, aplicando - se
as disposições do presente decreto- lei a tudo o que não estiver nela previsto.
2 - A licença ou autorização previstas no número anterior estabelecem as condições da gestão de fluxos.

Fim do estatuto de resíduo ( Art. 44.º - B) - Republicação RGR ○ ○ ●


1 - O fim do estatuto de resíduo pode aplicar - se a determinados resíduos quando tenham sido submetidos a uma operação de
valorização, incluindo a reciclagem, e satisfaçam critérios específicos a estabelecer nos termos das seguintes condições:
a) A substância ou obj ecto ser habitualmente utilizado para fins específicos;
b) Existir um mercado ou procura para essa substância ou obj ecto;
c) A substância ou obj ecto satisfazer os requisitos técnicos para os fins específicos e respeitar a legislação e as normas aplicáveis
aos produtos; e
d) A utilização da substância ou obj ecto não acarretar impactes globalmente adversos do ponto de vista ambiental ou da saúde
humana;
e) Os critérios podem incluir valores limite para os poluentes e ter em conta eventuais efeitos ambientais adversos da substância
ou obj ecto.
Na ausência de definição de critérios a nível comunitário, pode ser decidido, relativamente a determinado resíduo, o fim do
estatuto de resíduo, cujos critérios são determinados através de portaria do membro do Governo responsável pela área do
ambiente, sob proposta da ANR e tendo em conta a jurisprudência aplicável.

Obrigatoriedade de inscrição e de registo no SI RER ( Art. 48.º ) - Republicação RGR ● ○ ○


1 - Estão suj eitos a inscrição e a registo de dados no SI RER:
a) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que empreguem mais de 10 trabalhadores e que
produzam resíduos não urbanos;
b) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que produzam resíduos perigosos;
c) As pessoas singulares ou colectivas que procedam ao tratamento de resíduos a título profissional;
d) As pessoas singulares ou colectivas que procedam à recolha ou ao transporte de resíduos a título profissional;
e) As entidades responsáveis pelos sistemas de gestão de resíduos urbanos;
f) As entidades responsáveis pela gestão de sistemas individuais ou integrados de fluxos específicos de resíduos;
g) Os operadores que actuam no mercado de resíduos, designadamente, como corretores ou comerciantes;
h) Os produtores de produtos suj eitos à obrigação de registo nos termos da legislação relativa a fluxos específicos.

2 - Estão ainda suj eitos a inscrição produtores de resíduos que não se enquadrem no número anterior mas que se encontrem
obrigados ao registo electrónico das guias de acompanhamento do transporte rodoviário de resíduos

I nformação obj ecto de registo no SI RER ( Art. 49.º ) - Republicação RGR ● ○ ○


2- Para efeitos de registo na plataforma, os produtores de produtos devem prestar, pelo menos, a seguinte informação:
a) I dentificação do produtor e marcas comercializadas, se aplicável;
b) I dentificação do tipo de produto e quantidades colocadas no mercado anualmente;
c) I ndicação do sistema de gestão de resíduos adoptado.

Manutenção de registos ( Art. 49.º - A) - Republicação RGR ● ○ ○

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1 - As entidades suj eitas a registo no SI RER devem manter um registo cronológico dos dados registados nos termos do artigo
anterior por um período mínimo de três anos.

Ambie nte / Diploma s Na ciona is / Resíduos / Embalagens, EEEs, Pilhas e Acumuladores

Decreto-Lei n.º 6/2009 de 6 de Janeiro ● ● ●


Esta be le ce o re gime de coloca çã o no me rca do de pilha s e a cumula dore s e o re gime de re colha , tra ta me nto,
re cicla ge m e e limina çã o dos re síduos de pilha s e de a cumula dore s, tra nspondo pa ra a orde m jurídica inte rna
a Dire ctiva n.º 2006/66/CE, do Pa rla me nto Europe u e do Conse lho, de 6 de S e te mbro, re la tiva a pilha s e
a cumula dore s e re spe ctivos re síduos e que re voga a Dire ctiva n.º 91/157/CEE, do Conse lho, de 18 de Ma rço,
a lte ra da pe la Dire ctiva n.º 2008/12/CE, do Pa rla me nto Europe u e do Conse lho, de 11 de Ma rço.

Proibição de colocação no mercado ( Art. 7.º ) ○ ● ○


É proibida a colocação no mercado de: Pilhas ou acumuladores, incorporados ou não em aparelhos, que contenham um teor
ponderal de mercúrio superior a 5 ppm; Pilhas ou acumuladores portáteis, incluindo os incorporados em aparelhos, com um teor
ponderal de cádmio superior a 20 ppm.

Recolha de resíduos de pilhas e acumuladores portáteis ( Art. 9.º ) ● ○ ○


Os utilizadores finais estão obrigados a proceder à entrega dos resíduos de pilhas e acumuladores portáteis que detenham, sem
quaisquer encargos, em pontos de recolha selectiva destinados para o efeito.

Obrigações dos Distribuidores ( Art. 9.º ) ○ ● ○


Os distribuidores de pilhas e acumuladores portáteis estão obrigados a aceitar a devolução dos respectivos resíduos,
independentemente da sua composição química e da sua origem, sem encargos para os utilizadores finais e sem que estes tenham
de adquirir novas pilhas ou acumuladores.
Para esse efeito, os distribuidores de pilhas e acumuladores portáteis são obrigados a dispor nas suas instalações de recipientes
específicos para recolha selectiva de resíduos de pilhas e acumuladores portáteis em local bem identificado e acessível.

Recolha de resíduos de baterias e acumuladores industriais ( Art. 10 .º ) ○ ○ ●


1 - Os produtores e os distribuidores de baterias e acumuladores industriais estão obrigados a aceitar a devolução dos respectivos
resíduos pelos utilizadores finais, independentemente da sua composição química e da sua origem.
2 - Os resíduos de baterias e acumuladores recolhidos selectivamente devem ser acondicionados em recipientes estanques, com
uma composição que não reaj a com os componentes dos referidos resíduos, e armazenados com o líquido no seu interior e na
posição vertical, com aberturas fechadas e voltadas para cima.

Rotulagem de pilhas e acumuladores ( art. 12.º ) ● ○ ○


1 - Os produtores estão obrigados a rotular as pilhas, os acumuladores ou as baterias de pilhas colocados no mercado comunitário
com o símbolo cuj o modelo consta do anexo I I ao presente decreto- lei, do qual faz parte integrante, por forma a facilitar a recolha
selectiva dos respectivos resíduos.
2 - Os produtores de pilhas e acumuladores portáteis e de baterias e acumuladores para veículos automóveis estão obrigados, até
26 de Setembro de 20 0 9, a indicar nos mesmos de forma visível, legível e indelével a respectiva capacidade;
3 - As pilhas, os acumuladores e as pilhas- botão que contenham mais de 5 ppm de mercúrio, mais de 20 ppm de cádmio ou mais
de 40 ppm de chumbo são marcados com o símbolo químico correspondente ao metal pesado em causa, o qual é impresso por
baixo do símbolo referido no n.º 1 e deve abranger uma superfície mínima equivalente a um quarto da dimensão deste símbolo.

Eliminação de pilhas, acumuladores e baterias ( Art. 13.º ) ○ ○ ●


1 - É proibida a eliminação por deposição em aterro ou por incineração de resíduos de baterias e acumuladores industriais e para
veículos automóveis.
2 - A eliminação em aterro ou armazenamento subterrâneo de resíduos de pilhas e de acumuladores portáteis que contenham
mercúrio, cádmio ou chumbo só é admissível nos seguintes casos:
a) Quando o encaminhamento para valorização não sej a viável;
b) Quando resulte de um plano de gestão de resíduos que prevej a a eliminação progressiva dos referidos metais pesados e que
demonstre, com base numa avaliação ambiental, económica e social, que a opção de eliminação é preferível à de reciclagem.

Sistemas de Gestão de resíduos de pilhas e acumuladores ( Art. 16.º ) ● ○ ○


Até 26 de Setembro de 20 0 9, todos os produtores de pilhas e acumuladores são obrigados a submeter a gestão dos respectivos
resíduos a um sistema integrado ou a um sistema individual.

Licenciamento da Entidade Gestora ( Art. 20 .º ) ○ ● ○


A actividade da entidade gestora carece de licença, a atribuir por despacho do membro do Governo responsável pela área do
ambiente, e depende da sua capacidade técnica e financeira.

Registo de Produtores ( Art. 23.º ) ● ○ ○


1 - Os produtores e as entidades gestoras dos sistemas integrados de gestão de resíduos de pilhas e acumuladores são obrigados a
constituir uma entidade responsável pela organização do registo de produtores.
2 - Os produtores são obrigados a proceder ao registo j unto desta entidade e a comunicar as seguintes informações:
a) O tipo e a quantidade de pilhas e acumuladores colocados no mercado anualmente;
b) I ndicação do sistema de gestão por que optaram em relação a cada tipo de pilha e acumulador.

Decreto-Lei n.º 132/2010 de 17 de Dezembro ○ ○ ●


Alte ra o re gime jurídico da ge stã o de re síduos de e quipa me ntos e lé ctricos e e le ctrónicos, a prova do pe lo
De cre to-Le i n.º 230/2004, de 10 de De ze mbro, e tra nspõe pa rcia lme nte a Dire ctiva n.º 2008/112/CE, do
Pa rla me nto Europe u e do Conse lho, de 16 de De ze mbro.

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Requisito único ○ ○ ●
As alterações produzidas por este diploma constam dos requisitos do DL 230 /20 0 4.

Ambie nte / Diploma s Na ciona is / Resíduos / Resíduos de Construção e Demolição e Lamas

Decreto-Lei n.º 46/2008 de 12 de Março ○ ○ ●


Aprova o re gime da ge stã o de re síduos de construçã o e de moliçã o.

Responsabilidade pela gestão ( Art. 3.º ) ○ ○ ●


Para os RCD produzidos em obras particulares isentas de licença e não submetidas a comunicação prévia, a sua gestão cabe à
entidade responsável pela gestão de resíduos urbanos.
Em caso de impossibilidade de determinação do produtor do resíduo, a responsabilidade pela respectiva gestão recai sobre o seu
detentor.

Metodologias e práticas a adoptar nas fases de proj ecto e de execução da obra ( Art. 5.º ) ○ ○ ●
Os proj ectos devem privilegiar:
- a minimização da produção e do grau de perigosidade do RCD;
- maximizar a valorização de resíduos, através da utilização de materiais reciclados;
- favorecer os métodos construtivos que facilitem a demolição orientada para a aplicação dos principios de prevenção e redução e
da hierarquia das operações de gestão de resíduos.

Gestão de RCD em obras particulares ( Art. 11.º ) ○ ○ ●


Nas obras suj eitas a licenciamento ou comunicação prévia nos termos do regime j urídico de urbanização e edificação, o produtor
de RCD está, designadamente, obrigado a:
a) Promover a reutilização de materiais e a incorporação de reciclados de RCD na obra;
b) Assegurar a existência na obra de um sistema de acondicionamento adequado que permita a gestão selectiva dos RCD;
c) Assegurar a aplicação em obra de uma metodologia de triagem de RCD ou, quando tal não sej a possível, o seu
encaminhamento para operador de gestão licenciado;
d) Assegurar que os RCD são mantidos em obra o mínimo tempo possível, sendo que, no caso de resíduos perigosos, esse período
não pode ser superior a três
meses;
e) Cumprir as demais normas técnicas respectivamente aplicáveis;
f) Efectuar e manter, conj untamente com o livro de obra, o registo de dados de RCD, de acordo com o modelo constante do anexo
I I ao presente decreto- lei, do qual faz parte integrante.

Guia de Acompanhamento ( Art. 12.º ) ○ ○ ●


O transporte de RCD é acompanhado de uma guia cuj o modelo é definido por portaria do membro do Governo responsável pela
área do ambiente.

Operações de Armazenagem, triagem, tratamento, valorização e eliminação de RCD ( Art. 13.º ) ○ ○ ●


As operações de armazenagem, triagem, tratamento, valorização e eliminação de RCD estão suj eitas a licenciamento, excepto:
a) As operações de armazenagem de RCD na obra durante o prazo de execução da mesma;
b) As operações de triagem e fragmentação de RCD quando efectuadas na obra;
c) As operações de reciclagem que impliquem a reincorporação de RCD no processo produtivo de origem;
d) A realização de ensaios para avaliação prospectica da possibilidade de incorporação de RCD em processo produtivo;
e) A utilização de RCD em obra;
f) A utilização de solos e rochas não contendo substâncias perigosas, resultantes de actividades de construção, na recuperação
ambiental e paisagística de explorações mineiras e de pedreiras ou na cobertura de aterros destinados a resíduos, nos termos
previstos no artigo 6.º .

Fluxos ( Art. 14.º ) ○ ○ ●


Os RCDs deve obrigatoriamente ser encaminhados para os respectivos fluxos existentes.

SI RER ( Art. 15.º ) ○ ○ ●


A produção e a gestão de RCD carece de registo no SI RER

Certificado de recepção ( Art. 16.º ) ○ ○ ●


O operador de gestão de RCD envia ao produtor, no prazo máximo de 30 dias, um certificado de recepção dos RCD recebidos na sua
instalação, nos termos constantes do anexo I I I , devendo ser disponibilizada cópia às autoridades de fiscalização sempre que
solicitado.

Portaria n.º 417/2008 de 11 de Junho ○ ○ ●


Aprova os mode los de guia s de a compa nha me nto de re síduos pa ra o tra nsporte de re síduos de construçã o e
de moliçã o (RCD).

GAR - RCD ( Art. 1.º ) ○ ○ ●


O transporte de resíduos de construção e demolição ( RCD) deve ser acompanhado de guias de acompanhamento de resíduos, cuj os
modelos constam dos anexos I e I I .
O modelo constante do anexo I deve acompanhar o transporte de RCD provenientes de um único produtor ou detentor, podendo
constar de uma mesma guia o registo do transporte de mais do que um movimento de resíduos.
O modelo constante do anexo I I deve acompanhar o transporte de RCD provenientes de mais do que um produtor ou detentor.

Obrigações do Produtor/Detentor ( Art. 2.º ) ○ ○ ●


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O produtor ou detentor devem preencher os campos I I , I I I e I V do modelo constante do anexo I ou os campos I I e I I I do
modelo constante do anexo I I e certificar- se que o destinatário desse transporte detém as licenças necessárias, caso sej a um
operador de gestão de RCD;

Obrigações do Destinatário ( Art. 2.º ) ○ ○ ●


O destinatário deve confirmar a recepção dos RCD mediante assinatura dos campos respectivos.

Obrigações do Transportador ( Art. 2.º ) ○ ○ ●


O transportador deve preencher o campo i do modelo constante do anexo I , certificar- se de que o produtor ou detentor e o
destinatário preencheram de forma clara e legível os respectivos campos e assinaram as guias de acompanhamento;

Arquivo das GAR- RCD ( Art. 3.º e 4.º ) ○ ○ ●


O transportador deve manter durante um período mínimo de três anos os originais das guias de acompanhamento.
O destinatário dos RCD deve manter, durante um período mínimo de três anos as cópias das guias de acompanhamento.

Envio de cópia da GAR- RCD ao produtor/detentor ( Art. 5.º ) ○ ○ ●


Caso o destinatário não sej a operador de gestão de resíduos deve fornecer ao produtor ou ao detentor, no prazo de 30 dias contados
da data da recepção dos resíduos, uma cópia do exemplar da guia de acompanhamento.

GAR ( Art. 6.º ) ○ ○ ●


Os modelos das guias de acompanhamento de resíduos referidos na presente portaria são disponibilizados no sítio da Agência
Portuguesa de Ambiente na I nternet.

Segurança e Saúde no Trabalho


Diplomas Nacionais

S e gura nça e S a úde no Tra ba lho / Diploma s Na ciona is / Geral / Diplomas Gerais

Decreto-Lei n.º 347/93 de 1 de Outubro ○ ○ ●


Tra nspõe pa ra a orde m jurídica inte rna a Dire ctiva n.º 89/654/CEE, do Conse lho, de 30 de Nove mbro, re la tiva
à s pre scriçõe s mínima s de se gura nça e de sa úde nos loca is de tra ba lho.

Regulamentação ( Art. 4.º ) ○ ○ ●


Consta na Portaria n.º 987/93 de 6 de Outubro.

Portaria n.º 98 7/93 de 6 de Outubro ● ○ ○


Esta be le ce a s pre scriçõe s mínima s de se gura nça e sa úde nos loca is de tra ba lho.

Construção de edifícios, áreas e volumes mínimos de trabalho ( Art. 2.º ) ● ○ ○


1 - O pé- direito mínimo dos edifícios onde existam locais de trabalho é de 3 m, salvo se outro estiver estabelecido em legislação
específica.
2 - A área mínima por trabalhador é de 1,80 m2, depois de deduzidos os espaços ocupados por móveis, obj ectos, máquinas e vias
de circulação, bem como os espaços não utilizáveis entre os diversos volumes existentes no local de trabalho.
3 - A cubagem mínima de ar por trabalhador é de 11,50 m3, podendo ser reduzida para 10 ,50 m3 caso se verifique uma boa
renovação.

I nstalações eléctricas ( Art. 3.º ) ● ○ ○


A instalação eléctrica não pode comportar risco de incêndio ou de explosão e deve assegurar que a sua utilização não constitua
factor de risco para os trabalhadores, por contacto directo ou indirecto.
A concepção, a realização e o material da instalação eléctrica devem respeitar as determinações constantes da legislação específica
aplicável, nomeadamente o Regulamento de Segurança e I nstalações de Utilização de Energia Eléctrica.

Vias Normais de emergência ( Art. 4.º ) ● ○ ○


1 - As vias normais e de emergência têm de estar permanentemente desobstruídas e em condições de utilização, devendo o
respectivo traçado conduzir, o mais directamente possível, a áreas ao ar livre ou a zonas de segurança.
2 - Quando as vias normais ou de emergência apresentarem risco de queda em altura, devem existir resguardos laterais com a
altura mínima de 0 ,9 m e, se necessário, rodapés com a altura mínima de 0 ,14 m.
3 - A instalação de cada posto de trabalho deve permitir a evacuação rápida e em máxima segurança dos trabalhadores.
4 - O número, a localização e as dimensões das vias e das saídas de emergência devem atender ao tipo de utilização, às
características do local de trabalho, ao tipo de equipamento e ao número previsível de utilizadores em simultâneo.
5 - As vias e as saídas de emergência devem estar sinalizadas de acordo com a legislação sobre sinalização de segurança em vigor.
6 - As vias e as saídas de emergência que necessitem de iluminação artificial durante os períodos de trabalho devem dispor de
iluminação de segurança alternativa para os casos de avaria da iluminação principal.
7 - As portas de emergência não podem ser de correr, nem rotativas, nem estar fechadas à chave, devendo abrir sempre para o
exterior de forma rápida e facilmente acessível a qualquer pessoa.

Meios de Detecção e combate contra incêndios ( Art. 5.º ) ● ○ ○

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1- As vias normais e de emergência têm de estar permanentemente desobstruídas e em condições de utilização.
2- Os meios de detecção e combate contra incêndios devem ser definidos em função das dimensões e do tipo de utilização dos
edifícios onde estão instalados os postos de trabalho, das características físicas e quí- micas dos materiais e substâncias neles
existentes, bem como do número máximo de pessoas que neles possam encontrar- se.
3- O material de combate contra incêndios deve encontrar- se em perfeito estado de funcionamento, em locais acessíveis e em
número suficiente.
4- O material de combate contra incêndios deve ser obj ecto de sinalização de segurança.

Ventilação das instalações ( Art. 6.º ) ● ○ ○


1- Os locais de trabalho fechados devem dispor de ar puro em quantidade suficiente para as tarefas a executar;
2- A cubagem mí- nima de ar por trabalhador é de 11,50 m3, podendo ser reduzida para 10 ,50 m3 caso se verifique uma boa
renovação;
3- O funcionamento das instalações de ventilação e de ar condicionado não deve expor os trabalhadores a correntes de ar nocivas e
deve assegurar a rápida eliminação da poluição do ar respirável;
4- Os níveis de concentração de substâncias nocivas existentes no ar dos locais de trabalho não podem ultrapassar os definidos em
legislação específica.

Temperatura e humidade ( Art. 7.º ) ● ○ ○


1- A temperatura e a humidade dos locais de trabalho devem ser adequadas ao organismo humano;
2- Sempre que necessário, devem ser colocados resguardos para proteger os trabalhadores contra radiações intensas de calor
provocadas por tubagens, radiadores, sistemas de aquecimento ou quaisquer outras fontes nocivas de calor;
3- As j anelas, as clarabóias e as paredes envidraçadas não devem permitir uma excessiva exposição ao sol, tendo em conta o tipo
de trabalho e a natureza do local de trabalho.

I luminação ( Art. 8.º ) ● ○ ○


1- Os locais de trabalho devem dispor, na medida do possível, de iluminação natural adequada;
2- Nos locais de trabalho que não possam dispor de iluminação natural adequada deve existir iluminação artificial, complementar
ou exclusiva, que garanta idênticas condições de segurança e de saúde aos trabalhadores;
3- As instalações de iluminação não devem constituir um factor de risco para os trabalhadores;
4- Nos locais em que a iluminação artificial produza o efeito estroboscópico, devem observar- se as disposições regulamentares
aplicáveis.

Ambiente térmico ( Art. 9.º ) ● ○ ○


Os postos de trabalho devem estar instalados em locais com isolamento térmico compatível com o tipo de actividade desenvolvida e
o esforço físico exigido aos trabalhadores.

Pavimentos, Paredes, Tectos e Divisórias ( Art. 10 .º ) ● ○ ○


1 - Os pavimentos dos locais de trabalho devem ser fixos, estáveis, antiderrapantes sem inclinações perigosas saliências e
cavidades.
2 - Os pavimentos, paredes e tectos devem ser construídos de forma a permitirem a limpeza, o restauro e a pintura das suas
superfí- cies.
3 - As divisórias, transparentes ou translúcidas, existentes nos locais de trabalho, na vizinhança destes ou nas vias de circulação
devem ser instaladas e assinaladas de forma a evidenciar a sua presença.

Janelas e Clarabóias ( Art. 11.º ) ● ○ ○


1- As j anelas, as clarabóias e os dispositivos de ventilação devem estar instalados e ter as características que permitam o seu
funcionamento em segurança.
2 - A limpeza das j anelas, das clarabóias e dos dispositivos de ventilação deve poder fazer- se sem perigo para os trabalhadores que
executam essa tarefa e para aqueles que se encontrem no mesmo edifício ou nas suas imediações.

Portas e Portões ( Art. 12.º ) ● ○ ○


1 - A posição, o número, a dimensão e os materiais das portas e portões devem atender à natureza e tipo de utilização dos locais
de trabalho.
2 - As portas e os portões de correr devem ter um dispositivo de segurança que os impeça de saltar das calhas ou cair.
3 - As portas e os portões de funcionamento mecânico não devem constituir factor de risco para os trabalhadores, devendo possuir
dispositivos de paragem de emergência facilmente identificáveis e acessíveis.
4 - Em caso de falha de energia, as portas e os portões de funcionamento mecânico devem poder abrir- se automaticamente ou por
comando manual.
5 - As portas e os portões basculantes devem ser transparentes ou possuir painéis transparentes.
6 - As portas e os portões com painéis transparentes que não possuam resistência suficiente devem ser protegidos para não
constituírem perigo em caso de estilhaçamento.
7 - Nas portas ou portões transparentes deve ser colocada uma marca opaca a um nível facilmente identificável pelo olhar.
8 - As portas e os portões situados em vias de emergência devem ter sinalização adequada, ser de abertura fácil pela parte de
dentro e poder manter- se abertos.
9 - Na imediação de portões destinados à circulação de veículos devem existir portas para peões, sinalizadas e permanentemente
desobstruídas, se aqueles não puderem ser utilizados, sem risco, para esse fim.

Vias de Circulação ( Art. 13.º ) ● ○ ○


1 - As vias de circulação, incluindo escadarias e escadas fixas, devem permitir a circulação fácil e segura das pessoas e por forma
que os trabalhadores na sua proximidade não corram qualquer risco.
2 - A largura mínima das vias de circulação é de 1,20 m.
3 - As vias de circulação destinadas a veículos devem estar distanciadas das portas, dos portões, das passagens para peões, dos
corredores e das escadas de modo a não constituírem risco para os seus utilizadores.
4 - Destinando- se as vias de circulação, simultaneamente, ao trânsito de pessoas e veículos, a sua largura deve ser suficiente para
garantir a segurança de uns e de outros.
5 - As vias de circulação destinadas a pessoas devem ter iluminação adequada e piso não escorregadio ou antiderrapante.
6 - Havendo perigo de quedas em altura, as vias de circulação devem ter resguardos laterais com a altura mínima de 0 ,90 m e,
se necessário, rodapés com a altura mínima de 0 ,14 m.
7 - Sempre que o tipo de utilização o exij a, o traçado das vias de circulação deve estar assinalado.
8 - Havendo zonas de perigo, provocado por queda de obj ectos, e quaisquer outros factores de risco, as vias de circulação devem
estar sinalizadas de forma bem visível, sendo o seu acesso apenas permitido a trabalhadores devidamente protegidos contra
aqueles riscos.

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Cais e Rampas de Carga ( Art. 15.º ) ● ○ ○
1 - Os cais e as rampas de carga devem ser adequados à dimensão das cargas neles movimentadas e permitir a circulação fácil e
segura das pessoas.
2 - Os cais de carga devem ter, pelo menos, uma saída; quando o seu comprimento for superior a 25 m e tal sej a tecnicamente
possível, devem ter uma saída em cada extremidade.

Locais de descanso ( Art. 16.º ) ● ○ ○


1 - Sempre que a segurança ou a saúde dos trabalhadores o exij a, deve existir um local de descanso facilmente acessível.
2 - O disposto no número anterior não se aplica quando os postos de trabalho estiverem situados em locais que ofereçam
condições de lazer equivalentes às dos locais de descanso.
3 - Os locais de descanso devem ter mesas e assentos de espaldar em número correspondente ao máximo de trabalhadores que
podem utilizá- los ao mesmo tempo.
4 - As superfícies mínimas dos locais de descanso são as seguintes:
a) 18,5 m2 até 25 trabalhadores;
b) 18,5 m2 + 0 ,65 m2 por pessoa a mais, entre 26 e 74 trabalhadores;
c) 50 m2 + 0 ,55 m2 por pessoa a mais, entre 75 e 149 trabalhadores;
d) 92 m2 + 0 ,50 m2 por pessoa a mais, entre 150 e 499 trabalhadores;
e) 225 m2 + 0 ,40 m2 por pessoa a mais, para 50 0 ou mais trabalhadores.
5 - Os locais de descanso devem ter uma zona destinada a fumadores.

Grávidas e Lactentes( Art. 17.º ) ● ○ ○


Às mulheres grávidas e às mães lactantes deve ser proporcionado um local onde possam estender- se e descansar em condições
apropriadas.

Vestiários ( Art. 18.º ) ● ○ ○


1 - Mostrando- se necessária a existência de vestiários, estes devem estar situados em local de acesso fácil e ser separados ou de
utilização separada por sexos.
2 - Os vestiários devem ser bem iluminados e ventilados, comunicar directamente com a zona de chuveiros e lavatórios, quando
exista, ter armários individuais possí- veis de fechar à chave e assentos em número suficiente para os seus utilizadores.
3 - No caso de haver mais de 25 trabalhadores, a área ocupada pelos vestiários, chuveiros e lavatórios deverá corresponder, no
mínimo, a 1 m2 por utilizador.
4 - No caso de exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, a humidade e a suj idade, os armários devem ser duplos, de
forma a permitir a separação das roupas de uso pessoal e de trabalho.
5 - Não sendo necessários vestiários, cada trabalhador deve dispor de um outro espaço destinado à arrumação da sua roupa e
obj ectos de uso pessoal.

Chuveiros ( Art. 19.º ) ● ○ ○


1 - Quando o exij a o tipo de actividade ou a salubridade, deve haver chuveiros, na proporção de 1 por cada 10 trabalhadores que
possam vir a utilizá- los simultaneamente, com água quente e fria, separados ou de utilização separada por sexos.
2 - Os chuveiros devem estar instalados em local com dimensões suficientes para os trabalhadores poderem cuidar da sua higiene
pessoal em condições aceitáveis e seguras.
3 - Não sendo exigível a existência de chuveiros nos termos do n.º 1, os locais de trabalho devem dispor de um número de
lavatórios de acordo com a proporção e condições estabelecidas no citado preceito.

I nstalações sanitárias ( Art. 20 .º ) ● ○ ○


1 - Os postos de trabalho, os locais de descanso e os vestiários devem ter na sua proximidade instalações sanitárias separadas ou de
utilização separada por sexos em número suficiente.
2 - As retretes devem ser instaladas em compartimentos com as dimensões mínimas de 0 ,80 m de largura por 1,30 m de
profundidade, com tiragem de ar directa para o exterior e com porta independente a abrir para fora, provida de fecho.
3 - As divisórias que não forem inteiras devem ter a altura mínima de 1,80 m e o espaço livre j unto ao pavimento, caso exista,
não pode ser superior a 0 ,20 m.
4 - Nas instalações sanitárias devem existir lavatórios e retretes em número suficiente.

I nstalações de primeiros socorros ( Art. 21.º ) ● ○ ○


1 - O número de instalações de primeiros socorros em cada local de trabalho é determinado em função do número de
trabalhadores, do tipo de actividade e da frequência dos acidentes.
2 - As instalações devem ter os equipamentos e o material indispensáveis ao cumprimento das suas funções, permitir o acesso
fácil a macas e ter sinalização de segurança, de acordo com a legislação aplicável.
3 - Nos locais onde as condições de trabalho o j ustifiquem, deve existir material de primeiros socorros de fácil acesso e
devidamente sinalizado.

Locais de trabalho concebidos para deficientes ( Art. 22.º ) ● ○ ○


Nomeadamente no que respeita aos postos de trabalho, portas, escadas e outras vias de comunicação e instalações sanitárias.

Locais de Trabalho ao Ar Livre ( Art. 23.º ) ● ○ ○


1 - Os locais de trabalho ao ar livre devem, na medida do possível, ser concebidos de forma que os trabalhadores fiquem
protegidos contra níveis sonoros e influências atmosféricas nocivos, poluição do ambiente e, se for caso disso, contra a queda de
materiais e obj ectos.
2 - Os locais de trabalho ao ar livre devem permitir que os trabalhadores possam, em situação de emergência, abandoná- los e ser
rapidamente socorridos.

Portaria n.º 1179/95 de 26 de Setembro ○ ○ ●


Aprova o mode lo da ficha de notifica çã o da moda lida de a dopta da pe la e mpre sa pa ra a orga niza çã o dos
se rviços de se gura nça , higie ne e sa úde no tra ba lho.

Notificação da modalidade adoptada pela empresa nos serviços de SHST ( Art. 3.º ) ○ ○ ●
Ver prazos na Portaria n.º 53/96 de 20 de Fevereiro

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Portaria n.º 53/96 de 20 de Fevereiro ● ○ ○
Alte ra a Porta ria n.º 1179/95, de 26 de S e te mbro (a prova o mode lo da ficha de notifica çã o da moda lida de
a dopta da pe la s e mpre sa s pa ra a orga niza çã o dos se rviços de se gura nça , higie ne e sa úde no tra ba lho).

Notificação da modalidade adoptada pela empresa nos serviços de SHST ( Art. 1.º ) ● ○ ○
Deve ser feita:
a) Até 30 dias após a entrada em vigor da presente portaria, no caso de empresa j á em funcionamento no termo desse prazo;
b) Até 30 dias a contar do início do funcionamento, nos casos em que este se inicie a partir do termo do prazo referido na alí- nea
anterior;
c) Nos 30 dias posteriores à mudança da modalidade adoptada para a organização dos serviços.

Lei n.º 7/2009 de 12 de Fevereiro ● ○ ●


Aprova a re visã o do Código do Tra ba lho.

Protecção da segurança e saúde de trabalhadora grávida, puérpera ou lactante ( Art. 62.º ) ● ○ ○


1 - A trabalhadora grávida, puérpera ou lactante tem direito a especiais condições de segurança e saúde nos locais de trabalho, de
modo a evitar a exposição a riscos para a sua segurança e saúde.
2 - O empregador deve proceder à avaliação da natureza, grau e duração da exposição de trabalhadora grávida, puérpera ou
lactante, de modo a determinar qualquer risco para a sua segurança e saúde e as repercussões sobre a gravidez ou a
amamentação, bem como as medidas a tomar.
3 - O empregador deve tomar a medida necessária para evitar a exposição da trabalhadora a esses riscos, nomeadamente:
a) Proceder à adaptação das condições de trabalho;
b) Se a adaptação referida na alínea anterior for impossível, excessivamente demorada ou demasiado onerosa, atribuir à
trabalhadora outras tarefas compatíveis com o seu estado e categoria profissional;
c) Se as medidas referidas nas alíneas anteriores não forem viáveis, dispensar a trabalhadora de prestar trabalho durante o
período necessário.
4 - A trabalhadora grávida, puérpera ou lactante tem direito a ser informada, por escrito, dos resultados da avaliação referida no
n.º 2 e das medidas de protecção adoptadas.
5 - É vedado o exercício por trabalhadora grávida, puérpera ou lactante de actividades cuj a avaliação tenha revelado riscos de
exposição a agentes ou condições de trabalho que ponham em perigo a sua segurança ou saúde ou o desenvolvimento do
nascituro.
6 - As actividades susceptíveis de apresentarem um risco específico de exposição a agentes, processos ou condições de trabalho
referidos no n.º 2, bem como os agentes e condições de trabalho referidos no número anterior, são determinados em legislação
específica.
7 - A trabalhadora grávida, puérpera ou lactante, ou os seus representantes, têm direito de requerer ao serviço com competência
inspectiva do ministério responsável pela área laboral uma acção de fiscalização, a realizar com prioridade e urgência, se o
empregador não cumprir as obrigações decorrentes deste artigo.

Regulamento interno de empresa ( Art. 99.º ) ● ○ ○


1 - O empregador pode elaborar regulamento interno de empresa sobre organização e disciplina do trabalho.
2 - Na elaboração do regulamento interno de empresa é ouvida a comissão de trabalhadores ou, na sua falta, as comissões
intersindicais, as comissões sindicais ou os delegados sindicais.
3 - O regulamento interno produz efeitos após a publicitação do respetivo conteúdo, designadamente através de afixação na sede
da empresa e nos locais de trabalho, de modo a possibilitar o seu pleno conhecimento, a todo o tempo, pelos trabalhadores.
4 - A elaboração de regulamento interno de empresa sobre determinadas matérias pode ser tornada obrigatória por instrumento
de regulamentação colectiva de trabalho negocial.
5 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto nos n.os 2 e 3.

Deveres do empregador ( Art. 127.º ) ● ○ ○


1 - O empregador deve, nomeadamente:
a) Respeitar e tratar o trabalhador com urbanidade e probidade;
b) Pagar pontualmente a retribuição, que deve ser j usta e adequada ao trabalho;
c) Proporcionar boas condições de trabalho, do ponto de vista físico e moral;
d) Contribuir para a elevação da produtividade e empregabilidade do trabalhador, nomeadamente proporcionando- lhe formação
profissional adequada a desenvolver a sua qualificação;
e) Respeitar a autonomia técnica do trabalhador que exerça actividade cuj a regulamentação ou deontologia profissional a exij a;
f) Possibilitar o exercício de cargos em estruturas representativas dos trabalhadores;
g) Prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em conta a protecção da segurança e saúde do trabalhador, devendo indemnizá- lo
dos prej uízos resultantes de acidentes de trabalho;
h) Adoptar, no que se refere a segurança e saúde no trabalho, as medidas que decorram de lei ou instrumento de regulamentação
colectiva de trabalho;
i) Fornecer ao trabalhador a informação e a formação adequadas à prevenção de riscos de acidente ou doença;
j ) Manter actualizado, em cada estabelecimento, o registo dos trabalhadores com indicação de nome, datas de nascimento e
admissão, modalidade de contrato, categoria, promoções, retribuições, datas de início e termo das férias e faltas que impliquem
perda da retribuição ou diminuição de dias de férias.
2 - O empregador deve proporcionar ao trabalhador condições de trabalho que favoreçam a conciliação da actividade profissional
com a vida familiar e pessoal.
3 - O empregador deve comunicar ao serviço com competência inspectiva do ministério responsável pela área laboral, antes do
início da actividade da empresa, a denominação, sector de actividade ou obj ecto social, endereço da sede e outros locais de
trabalho, indicação da publicação oficial do respectivo pacto social, estatuto ou acto constitutivo, identificação e domicílio dos
respectivos gerentes ou administradores, o número de trabalhadores ao serviço e a apólice de seguro de acidentes de trabalho.
4 - Revogado
5 - O empregador deve, sempre que celebre contratos de trabalho, comunicar, ao serviço com competência
inspetiva do ministério responsável pela área laboral, a adesão a fundo de compensação do trabalho ou a mecanismo equivalente.
6 - A alteração do elemento referido no número anterior deve ser comunicada no prazo de 30 dias.
7 - Constitui contraordenação leve a violação do disposto na alínea j ) do n.º 1 e nos n.os 5 e 6.

Deveres do trabalhador ( Art. 128.º ) ○ ○ ●

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1 - O trabalhador deve:
a) Respeitar e tratar o empregador, os superiores hierárquicos, os companheiros de trabalho e as pessoas que se relacionem com a
empresa, com urbanidade e probidade;
b) Comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade;
c) Realizar o trabalho com zelo e diligência;
d) Participar de modo diligente em acções de formação profissional que lhe sej am proporcionadas pelo empregador;
e) Cumprir as ordens e instruções do empregador respeitantes a execução ou disciplina do trabalho, bem como a segurança e
saúde no trabalho, que não sej am contrárias aos seus direitos ou garantias;
f) Guardar lealdade ao empregador, nomeadamente não negociando por conta própria ou alheia em concorrência com ele, nem
divulgando informações referentes à sua organização, métodos de produção ou negócios;
g) Velar pela conservação e boa utilização de bens relacionados com o trabalho que lhe forem confiados pelo empregador;
h) Promover ou executar os actos tendentes à melhoria da produtividade da empresa;
i) Cooperar para a melhoria da segurança e saúde no trabalho, nomeadamente por intermédio dos representantes dos
trabalhadores eleitos para esse fim;
j ) Cumprir as prescrições sobre segurança e saúde no trabalho que decorram de lei ou instrumento de regulamentação colectiva
de trabalho.
2 - O dever de obediência respeita tanto a ordens ou instruções do empregador como de superior hierárquico do trabalhador,
dentro dos poderes que por aquele lhe forem atribuídos.

Garantias do trabalhador ( Art. 129.º ) ● ○ ○


É proibido ao empregador:
a) Opor- se, por qualquer forma, a que o trabalhador exerça os seus direitos, bem como despedi- lo, aplicar- lhe outra sanção, ou
tratá- lo desfavoravelmente por causa desse exercício;
b) Obstar inj ustificadamente à prestação efectiva de trabalho;
c) Exercer pressão sobre o trabalhador para que actue no sentido de influir desfavoravelmente nas condições de trabalho dele ou
dos companheiros;
d) Diminuir a retribuição, salvo nos casos previstos neste Código ou em instrumento de regulamentação colectiva de trabalho;
e) Mudar o trabalhador para categoria inferior, salvo nos casos previstos neste Código;
f) Transferir o trabalhador para outro local de trabalho, salvo nos casos previstos neste Código ou em instrumento de
regulamentação colectiva de trabalho, ou ainda quando haj a acordo;
g) Ceder trabalhador para utilização de terceiro, salvo nos casos previstos neste Código ou em instrumento de regulamentação
colectiva de trabalho;
h) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou serviços a ele próprio ou a pessoa por ele indicada;
i) Explorar, com fim lucrativo, cantina, refeitório, economato ou outro estabelecimento directamente relacionado com o trabalho,
para fornecimento de bens ou prestação de serviços aos seus trabalhadores;
j ) Fazer cessar o contrato e readmitir o trabalhador, mesmo com o seu acordo, com o propósito de o prej udicar em direito ou
garantia decorrente da antiguidade.

Formação Contínua ( Art. 131.º ) ● ○ ○


O trabalhador tem direito, em cada ano, a um número mínimo de trinta e cinco horas de formação contínua ou,
sendo contratado a termo por período igual ou superior a três meses, um número mínimo de horas proporcional à duração do
contrato nesse ano.

Formação contínua ( Art. 131.º ) ● ○ ○


1 - O empregador deve:
a) Promover o desenvolvimento e a adequação da qualificação do trabalhador, tendo em vista melhorar a sua empregabilidade e
aumentar a produtividade e a competitividade da empresa;
b) Assegurar a cada trabalhador o direito individual à formação, através de um número mínimo anual de horas de formação,
mediante acções desenvolvidas na empresa ou a concessão de tempo para frequência de formação por iniciativa do trabalhador;
c) Organizar a formação na empresa, estruturando planos de formação anuais ou plurianuais e, relativamente a estes, assegurar o
direito a informação e consulta dos trabalhadores e dos seus representantes;
d) Reconhecer e valorizar a qualificação adquirida pelo trabalhador.
2 - O trabalhador tem direito, em cada ano, a um número mínimo de trinta e cinco horas de formação contínua ou, sendo
contratado a termo por período igual ou superior a três meses, um número mínimo de horas proporcional à duração do contrato
nesse ano.
3 - A formação pode ser desenvolvida pelo empregador, por entidade formadora certificada para o efeito ou por estabelecimento de
ensino reconhecido pelo ministério competente e dá lugar à emissão de certificado e a registo na Caderneta I ndividual de
Competências nos termos do regime j urídico do Sistema Nacional de Qualificações.
4 - O empregador deve assegurar, em cada ano, formação contínua a pelo menos 10 % dos trabalhadores da empresa.

Segurança e saúde no trabalho temporário ( Art. 186.º ) ● ○ ○


1 - O trabalhador temporário beneficia do mesmo nível de protecção em matéria de segurança e saúde no trabalho que os
restantes trabalhadores do utilizador.
2 - Antes da cedência do trabalhador temporário, o utilizador deve informar, por escrito, a empresa de trabalho temporário sobre:
a) Os resultados da avaliação dos riscos para a segurança e saúde do trabalhador temporário inerentes ao posto de trabalho a que
vai ser afecto e, em caso de riscos elevados relativos a posto de trabalho particularmente perigoso, a necessidade de qualificação
profissional adequada e de vigilância médica especial;
b) As instruções sobre as medidas a adoptar em caso de perigo grave e iminente;
c) As medidas de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação dos trabalhadores em caso de sinistro, assim como os
trabalhadores ou serviços encarregados de as pôr em prática;
d) O modo de o médico do trabalho ou o técnico de higiene e segurança da empresa de trabalho temporário aceder a posto de
trabalho a ocupar.
3 - A empresa de trabalho temporário deve comunicar ao trabalhador temporário a informação prevista no número anterior, por
escrito e antes da sua cedência ao utilizador.
4 - Os exames de saúde de admissão, periódicos e ocasionais são da responsabilidade da empresa de trabalho temporário,
incumbindo ao respectivo médico do trabalho a conservação das fichas clínicas.
5 - A empresa de trabalho temporário deve informar o utilizador de que o trabalhador está considerado apto em resultado do
exame de saúde, dispõe das qualificações profissionais adequadas e tem a informação referida no n.º 2.
6 - O utilizador deve assegurar ao trabalhador temporário formação suficiente e adequada ao posto de trabalho, tendo em conta a
sua qualificação profissional e experiência.
7 - O trabalhador exposto a riscos elevados relativos a posto de trabalho particularmente perigoso deve ter vigilância médica
especial, a cargo do utilizador, cuj o médico do trabalho deve informar o médico do trabalho da empresa de trabalho temporário
sobre eventual contra- indicação.
8 - O utilizador deve comunicar o início da actividade de trabalhador temporário, nos cinco dias úteis subsequentes, aos serviços
de segurança e saúde no trabalho, aos representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho, aos trabalhadores
com funções específicas neste domínio e à comissão de trabalhadores.

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Formação profissional de trabalhador temporário ( Art. 187.º ) ● ○ ○
1 - A empresa de trabalho temporário deve assegurar a formação profissional de trabalhador temporário contratado a termo
sempre que a duração do contrato, incluindo renovações, ou a soma de contratos de trabalho temporário sucessivos num ano civil
sej a superior a três meses.
2 - A formação profissional prevista no número anterior deve ter a duração mínima de oito horas, ou duração mais elevada de
acordo com o n.º 2 do artigo 131.º
3 - A empresa de trabalho temporário deve afectar à formação profissional dos trabalhadores temporários, pelo menos, 1 % do seu
volume anual de negócios nesta actividade.
4 - A empresa de trabalho temporário não pode exigir ao trabalhador temporário qualquer quantia, sej a a que título for,
nomeadamente por serviços de orientação ou formação profissional.

Enquadramento de trabalhador temporário ( Art. 189.º ) ● ○ ○


1 - O trabalhador temporário é considerado, no que diz respeito à empresa de trabalho temporário e ao utilizador, para efeitos de
aplicação do regime relativo a estruturas de representação colectiva dos trabalhadores, consoante estej am em causa matérias
referentes à empresa de trabalho temporário ou ao utilizador, nomeadamente a constituição das mesmas estruturas.
2 - O trabalhador temporário não é incluído no número de trabalhadores do utilizador para determinação das obrigações em
função do número de trabalhadores, excepto no que respeita à organização de serviços de segurança e saúde no trabalho e à
classificação de acordo com o tipo de empresa.
3 - O utilizador deve incluir a informação relativa a trabalhador temporário no balanço social e no relatório anual da actividade
dos serviços de segurança e saúde no trabalho.
4 - A empresa de trabalho temporário deve incluir a informação relativa a trabalhador temporário no mapa do quadro de pessoal e
nos relatórios anuais da formação profissional e da actividade dos serviços de segurança e saúde no trabalho.

Obrigações gerais do empregador em termos de segurança, higiene e saúde no trabalho ( Art. 281.º ) ○ ○ ●
Assegurar aos trabalhadores condições de segurança, higiene e saúde em todos os aspectos relacionados com o trabalho;
Aplicar medidas de prevenção adequadas, recorrendo para tal aos meios necessários no domínio da prevenção técnica, da formação
e da informação e consulta dos trabalhadores, bem como a serviços adequados de SHST internos, externos ou inter- empresas;
Assegurar a organização e funcionamento dos serviços de SST;
Respeitar os condicionalismos e proibições da execução de certos trabalhos por grupos específicos de trabalhadores.

I nformação, consulta e formação dos Trabalhadores ( Art. 282.º ) ● ○ ○


Os trabalhadores devem ser informados sobre os aspectos relacionados com a sua protecção e saúde, bem como de terceiros;
Os trabalhadores devem ser consultados, directamente ou através dos seus representantes sobre as medidas de prevenção de SST;
Aos trabalhadores deve ser dada formação adequada que permite a prevenção dos riscos associados à sua actividade;
Os trabalhadores podem ser representados por colaboradores eleitos apenas para o efeito, ou pela Comissão de Trabalhadores.

Acidentes de trabalho e doenças profissionais ( Art. 283.º ) ● ○ ○


A responsabilidade pela reparação de danos causados ao trabalhador por acidente ou doença profissional deve obrigatoriamente ser
transferida para um seguro;
O trabalhador que padeça de redução da capacidade profissional por acidente ou doença profissional, deve ser alocado a novas
funções compatíveis com sua condição.

Acidentes de trabalho e doenças profissionais ( Art. 283.º ) ● ○ ○


1 - O trabalhador e os seus familiares têm direito à reparação de danos emergentes de acidente de trabalho ou doença profissional.
2 - As doenças profissionais constam da lista organizada e publicada no Diário da República.
3 - A lesão corporal, perturbação funcional ou a doença não incluídas na lista a que se refere o número anterior são
indemnizáveis desde que se prove serem consequência, necessária e directa, da actividade exercida e não representem normal
desgaste do organismo.
4 - A lei estabelece as situações que excluem o dever de reparação ou que agravam a responsabilidade.
5 - O empregador é obrigado a transferir a responsabilidade pela reparação prevista neste capítulo para entidades legalmente
autorizadas a realizar este seguro.
6 - A garantia do pagamento das prestações que forem devidas por acidentes de trabalho que não possam ser pagas pela entidade
responsável, nomeadamente por motivo de incapacidade económica, é assumida pelo Fundo de Acidentes de Trabalho, nos termos
da lei.
7 - A responsabilidade pela reparação dos danos emergentes de doenças profissionais é assumida pela segurança social, nos
termos da lei.
8 - O empregador deve assegurar a trabalhador afectado de lesão provocada por acidente de trabalho ou doença profissional que
reduza a sua capacidade de trabalho ou de ganho a ocupação em funções compatíveis.

Lei n.º 102/2009 de 10 de Setembro ● ● ●


Re gime jurídico da promoçã o da se gura nça e sa úde no tra ba lho.

I mportação, Venda e Aluguer de máquinas e equipamentos de trabalho ( Art. 13.º ) ○ ● ○


Toda a pessoa singular ou colectiva que importe, venda, alugue, ceda a qualquer título ou coloque em exposição máquinas,
aparelhos, ferramentas ou instalações para utilização profissional deve:
a) Proceder aos ensaios e controlos necessários para se assegurar que a construção e o estado dos equipamentos de trabalho não
apresentam riscos para a segurança e a saúde dos trabalhadores, desde que a utilização de tais equipamentos sej a feita
correctamente e para o fim a que se destinam, salvo quando os referidos equipamentos estej am devidamente certificados;
b) Tomar as medidas necessárias para que às máquinas, aos aparelhos, às ferramentas ou às instalações para utilização
profissional sej am anexadas instruções, em português, quanto à montagem, à utilização, à conservação e à reparação das
mesmas, em que se especifique, em particular, como devem proceder os trabalhadores incumbidos dessas tarefas, de forma a
prevenir riscos para a sua segurança e a sua saúde e de outras pessoas.

Máquinas e Equipamentos de Trabalho ( Art. 13.º ) ○ ● ○


As máquinas, os aparelhos, as ferramentas e as instalações para utilização profissional só podem ser fornecidos ou colocados em
serviço desde que contenham a marcação de segurança, o nome e o endereço do fabricante ou do importador, bem como outras
informações que permitam identificar claramente os mesmos e prevenir os riscos na sua utilização.

Obrigações gerais do empregador ( Art. 15.º ) ● ○ ○

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Cabe ao empregador:
a) I dentificaçar os riscos previsíveis em todas as actividades da empresa, estabelecimento ou serviço, na concepção ou construção
de instalações, de locais e processos de trabalho, assim como na selecção de equipamentos, substâncias e produtos, com vista à
eliminação dos mesmos ou, quando esta sej a inviável, à redução dos seus efeitos;
b) I ntegrar a avaliação dos riscos para a segurança e a saúde do trabalhador no conj unto das actividades da empresa,
estabelecimento ou serviço, devendo adoptar as medidas adequadas de protecção;
c) Combater os riscos na origem, por forma a eliminar ou reduzir a exposição e aumentar os ní- veis de protecção;
d) Assegurar, nos locais de trabalho, que as exposições aos agentes químicos, físicos e biológicos e aos factores de risco
psicossociais não constituem risco para a segurança e saúde do trabalhador;
e) Adaptar o trabalho ao homem, especialmente no que se refere à concepção dos postos de trabalho, à escolha de equipamentos
de trabalho e aos métodos de trabalho e produção, com vista a, nomeadamente, atenuar o trabalho monótono e o trabalho
repetitivo e reduzir os riscos psicossociais;
f) Adaptar o estado de evolução da técnica, bem como a novas formas de organização do trabalho;
g) Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;
h) Priorizar as medidas de protecção colectiva em relação às medidas de protecção individual;
i) Elaborar e divulgar instruções compreensíveis e adequadas à actividade desenvolvida pelo trabalhador.

Actividades simultâneas ou sucessivas no mesmo local de trabalho ( Art. 16.º ) ● ○ ○


1 - Quando várias empresas, estabelecimentos ou serviços desenvolvam, simultaneamente, actividades com os seus trabalhadores
no mesmo local de trabalho, devem os respectivos empregadores, tendo em conta a natureza das actividades que cada um
desenvolve, cooperar no sentido da protecção da segurança e da saúde.
2 - A empresa utilizadora ou adj udicatária da obra ou do serviço deve assegurar que o exercício sucessivo de actividades por
terceiros nas suas instalações ou com os equipamentos utilizados não constituem um risco para a segurança e saúde dos seus
trabalhadores ou dos trabalhadores temporários, cedidos ocasionalmente ou de trabalhadores ao serviço de empresas prestadoras
de serviços.

Obrigações do Trabalhador ( Art. 17.º ) ○ ○ ●


a) Cumprir as prescrições de segurança e de saúde no trabalho estabelecidas nas disposições legais e em instrumentos de
regulamentação colectiva de trabalho, bem como as instruções determinadas com esse fim pelo empregador;
b) Zelar pela sua segurança e pela sua saúde, bem como pela segurança e pela saúde das outras pessoas que possam ser afectadas
pelas suas acções ou omissões no trabalho, sobretudo quando exerça funções de chefia ou coordenação, em relação aos serviços sob
o seu enquadramento hierárquico e técnico;
c) Utilizar correctamente e de acordo com as instruções transmitidas pelo empregador, máquinas, aparelhos, instrumentos,
substâncias perigosas e outros equipamentos e meios postos à sua disposição, designadamente os equipamentos de protecção
colectiva e individual, bem como cumprir os procedimentos de trabalho estabelecidos;
d) Cooperar activamente na empresa, no estabelecimento ou no serviço para a melhoria do sistema de segurança e de saúde no
trabalho, tomando conhecimento da informação prestada pelo empregador e comparecendo às consultas e aos exames
determinados pelo médico do trabalho;
e) Comunicar imediatamente ao superior hierárquico ou, não sendo possível, ao trabalhador designado para o desempenho de
funções específicas nos domínios da segurança e saúde no local de trabalho as avarias e deficiências por si detectadas que se lhe
afigurem susceptíveis de originarem perigo grave e iminente, assim como qualquer defeito verificado nos sistemas de protecção;
f) Em caso de perigo grave e iminente, adoptar as medidas e instruções previamente estabelecidas para tal situação, sem prej uízo
do dever de contactar, logo que possível, com o superior hierárquico ou com os trabalhadores que desempenham funções
específicas nos domínios da segurança e saúde no local de trabalho.

Consulta dos trabalhadores ( Art. 18.º ) ● ○ ○


A consulta deve ser feita por escrito pelo menos duas vezes por ano, previamente ou em tempo útil, relativamente aos riscos e
medidas de segurança tomadas.
As consultas, respectivas respostas e propostas referidas pelos trabalhadores devem constar de registo em livro próprio organizado
na empresa.

I nformação dos trabalhadores ( Art. 19.º ) ● ○ ○


1 - Sobre:
a) Os riscos para a segurança e saúde, protecção e de prevenção;
b) As medidas e as instruções a adoptar em caso de perigo grave e iminente;
c) As medidas de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação dos trabalhadores em caso de sinistro, bem como os
trabalhadores ou serviços encarregues de as pí´r em prática.
2 - Nos seguintes casos:
a) Admissão na empresa;
b) Mudança de posto de trabalho ou de funções;
c) I ntrodução de novos equipamentos de trabalho ou alteração dos existentes;
d) Adopção de uma nova tecnologia;
e) Actividades que envolvam trabalhadores de diversas empresas.

Formação dos trabalhadores ( Art. 20 .º ) ● ○ ○


1 - O trabalhador deve receber uma formação adequada no domínio da segurança e saúde no trabalho, tendo em atenção o posto
de trabalho e o exercício de actividades de risco elevado.
2 - Aos trabalhadores designados para se ocuparem de todas ou algumas das actividades de segurança e de saúde no trabalho deve
ser assegurada, pelo empregador, a formação permanente para o exercí- cio das respectivas funções.
3 - Sem prej uízo do disposto no n.º 1, o empregador deve formar, em número suficiente, tendo em conta a dimensão da empresa
e os riscos existentes, os trabalhadores responsáveis pela aplicação das medidas de primeiros socorros, de combate a incêndios e de
evacuação de trabalhadores, bem como facultar- lhes material adequado.

Representantes dos Trabalhadores ( Art. 21.º a Art.40 .º ) ○ ○ ●


Os representantes dos trabalhadores para a seguraça e saúde no trabalho só podem iniciar o exercício das respectivas actividades
depois da publicação no Boletim do Trabalho e Emprego ( BTE) dos resultados das eleições.

Formação dos representantes dos trabalhadores ( Art. 22.º ) ○ ○ ●


Aos representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho deve ser assegurada formação permanente para o
exercício das respectivas funções, nos termos dos números seguintes.

Apoio aos representantes dos trabalhadores ( Art. 24.º ) ○ ○ ●

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Os órgãos de gestão das empresas devem pí´r à disposição dos representantes dos trabalhadores para a segurança e a saúde no
trabalho as instalações adequadas, bem como os meios materiais e técnicos necessários ao desempenho das suas funções.

Riscos para o património genético ( Art. 41.º ) ○ ○ ●


São susceptíveis de implicar riscos para o património genético os agentes químicos, físicos e biológicos ou outros factores,
designadamente os seguintes:
a) As substâncias ou preparações classificadas como R40 , R45, R46, R49, R60 , R61, R62, R63, R64;
b) As radiações ionizantes e as temperaturas elevadas;
c) As bactérias da brucela, da sífilis, o bacilo da tuberculose e os vírus da rubéola ( rubivírus) , do herpes simplex tipos 1 e 2, da
papeira, da sí- ndrome de imunodeficiência humana ( sida) e o toxoplasma.

Avaliação de riscos susceptíveis de efeitos prej udiciais no património genético ( Art. 42.º ) ○ ○ ●
1 - O empregador deve verificar a existência de agentes ou factores que possam ter efeitos prej udiciais para o património genético
e avaliar os correspondentes riscos.
2 - A avaliação de riscos deve ter em conta todas as informações disponíveis, nomeadamente:
a) A recolha de informação sobre os agentes ou factores;
b) O estudo dos postos de trabalho para determinar as condições reais de exposição, designadamente a natureza do trabalho, as
características dos agentes ou factores, os períodos de exposição e a interacção com outros riscos;
c) As recomendações dos organismos competentes nodomínio da segurança e da saúde no trabalho.
3 - A avaliação de riscos deve ser feita trimestralmente, bem como quando haj a alteração das condições de trabalho susceptível de
afectar a exposição dos trabalhadores, os resultados da vigilância da saúde o j ustifiquem ou se verifique desenvolvimento da
investigação científica nesta matéria.

Deveres de informação específica - Protecção do Património Genético ( Art. 43.º ) ○ ○ ●


1 - O empregador deve disponibilizar informação actualizada aos trabalhadores e aos seus representantes para a segurança e saúde
no trabalho sobre:
a) As substâncias e preparações químicas perigosas, os equipamentos de trabalho e os materiais ou matérias- primas presentes nos
locais de trabalho que possam representar perigo de agressão ao património genético;
b) Os resultados da avaliação dos riscos;
c) A identificação dos trabalhadores expostos.
2 - A informação referida no número anterior deve ser colocada à disposição do médico do trabalho ou da entidade pública
responsável pela vigilância da saúde dos trabalhadores.

Vigilância da Saúde - Protecção do Património Genético ( Art. 44.º ) ○ ○ ●


1 - O empregador deve assegurar a vigilância adequada da saúde dos trabalhadores em relação aos quais o resultado da avaliação
revele a existência de riscos para o património genético, através de exames de saúde, devendo ser realizado um exame antes da
primeira exposição.
2 - A vigilância da saúde deve contemplar os seguintes procedimentos:
a) Registo da história clínica e profissional de cada trabalhador;
b) Entrevista pessoal com o trabalhador;
c) Avaliação individual do seu estado de saúde;
d) Vigilância biológica sempre que necessária;
e) Rastreio de efeitos precoces e reversíveis.
3 - Os exames de saúde são realizados com base no conhecimento de que a exposição aos agentes ou factores de risco do
património genético pode provocar as seguintes afecções:
a) Alterações do comportamento sexual;
b) Redução da fertilidade, designadamente nos diversos aspectos da espermatogénese e da ovogénese;
c) Resultados adversos na actividade hormonal;
d) Modificações de outras funções que dependam da integridade do sistema reprodutor.

Resultado da Vigilância da saúde - Protecção do Património Genético ( Art. 45.º ) ○ ○ ●


1 - Em resultado da vigilância da saúde o médico do trabalho:
a) I nforma o trabalhador do resultado;
b) Dá indicações sobre a eventual necessidade de continuar a vigilância da saúde, mesmo depois de terminada a exposição;
c) Comunica ao empregador o resultado da vigilância da saúde com interesse para a prevenção de riscos, sem prej uízo do sigilo
profissional a que se encontra vinculado.
2 - O empregador, tendo em conta o referido na alínea c) do número anterior:
a) Repete a avaliação dos riscos;
b) Com base no parecer do médico do trabalho, adopta eventuais medidas individuais de protecção ou de prevenção e atribui, se
necessário, ao trabalhador em causa outra tarefa compatível em que não haj a risco de exposição;
c) Promove a vigilância prolongada da saúde do trabalhador;
d) Assegura a qualquer trabalhador que tenha estado exposto a agentes ou factores de risco para o património genético um exame
de saúde incluindo, se necessário, a realização de exames complementares.
3 - O trabalhador tem acesso, a seu pedido, ao registo de saúde que lhe diga respeito, podendo solicitar a revisão desse resultado.

Registo, arquivo e conservação de documentos - Protecção do Património Genético ( Art. 46.º ) ○ ○ ●


1 - O empregador deve organizar e conservar arquivos actualizados, nomeadamente por via electrónica, sobre:
a) Os critérios, procedimentos e resultados da avaliação de riscos;
b) A identificação dos trabalhadores expostos com a indicação da natureza e, se possível, do agente e do grau de exposição a que
cada trabalhador esteve suj eito;
c) Os resultados da vigilância da saúde de cada trabalhador com referência ao respectivo posto de trabalho ou função;
d) Os registos de acidentes ou incidentes;
e) I dentificação do médico responsável pela vigilância da saúde.
2 - Os registos e arquivos são conservados durante, pelo menos, 40 anos após ter terminado a exposição dos trabalhadores a que
digam respeito.
3 - Se a empresa cessar a actividade, os registos e arquivos devem ser transferidos para o organismo competente do ministério
responsável pela área laboral que assegura a sua confidencialidade.

Actividades proibidas ou condicionadas - Protecção do Património Genético ( Art. 48.º ) ○ ○ ●


São proibidas ou condicionadas aos trabalhadores as actividades que envolvam a exposição aos agentes químicos, físicos e
biológicos ou outros factores de natureza psicossocial que possam causar efeitos genéticos hereditários, efeitos prej udiciais não
hereditários na progenitura ou atentar contra as funções e capacidades reprodutoras masculinas ou femininas, susceptíveis de
implicar riscos para o património genético.

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Utilização de agentes proibidos - Protecção do Património Genético ( Art. 49.º ) ○ ○ ●
1 - A utilização dos agentes proibidos só é permitida:
a) Para fins exclusivos de investigação científica;
b) Em actividades destinadas à respectiva eliminação.
2 - A exposição dos trabalhadores aos agentes em causa deve ser evitada, nomeadamente assegurando que a mesma decorra
durante o tempo mínimo possível e que se realize num único sistema fechado, do qual os agentes só possam ser retirados na
medida do necessário ao controlo do processo ou à manutenção do sistema.
3 - O empregador deve comunicar previamente ao organismo competente para a promoção da segurança e saúde no trabalho do
ministério responsável pela área laboral as seguintes informações:
a) Agente e respectiva quantidade utilizada anualmente;
b) Actividades, reacções ou processos implicados;
c) Número de trabalhadores expostos;
d) Medidas técnicas e de organização tomadas para prevenir a exposição dos trabalhadores.
4 - A comunicação deve ser realizada com 15 dias de antecedência.

Actividades Proibidas a trabalhadora grávida e lactante ( Art.51.º a 55.º ) ○ ○ ●


1 - Realização de actividades em que estej a ou possa estar exposta aos seguintes agentes físicos:
a) Radiações ionizantes;
b) Atmosferas com sobrepressão elevada, nomeadamente câmaras hiperbáricas ou de mergulho submarino.
2 - Realização de qualquer actividade em que possa estar em contacto com vectores de transmissão do toxoplasma e com o vírus
da rubéola, salvo se existirem provas de que a trabalhadora grávida possui anticorpos ou imunidade a esses agentes e se encontra
suficientemente protegida.
3 - Realização de qualquer actividade em que possa estar em contacto com:
a) As substâncias químicas perigosas classificadas como R46, R61 e R64;
b) O chumbo e seus compostos na medida em que esses agentes podem ser absorvidos pelo organismo humano.
4 - Prestaçao de trabalho subterrâneo em minas.

Actividades Condicionadas a trabalhadora grávida e lactante ( Art. 57.º a 60 .º ) ○ ○ ●


1 - Actividades que envolvam a exposição a agentes físicos susceptí- veis de provocar lesões fetais ou o desprendimento da
placenta, nomeadamente:
a) Choques, vibrações mecânicas ou movimentos;
b) Movimentação manual de cargas que comportem riscos, nomeadamente dorso- lombares, ou cuj o peso exceda 10 kg;
c) Ruído;
d) Radiações não ionizantes;
e) Temperaturas extremas, de frio ou de calor;
f) Movimentos e posturas, deslocações quer no interior quer no exterior do estabelecimento, fadiga mental e física e outras
sobrecargas físicas ligadas à actividade exercida.
2 - Actividades em que possa existir o risco de exposição a agentes biológicos classificados nos grupos de risco 2, 3 e 4.
3 - Actividades em que exista ou possa existir o risco de exposição a:
a) Substâncias químicas e preparações perigosas classificadas como R40 , R45, R49, R63;
b) Auramina;
c) Mercúrio e seus derivados;
d) Medicamentos antimitóticos;
e) Monóxido de carbono;
f) Agentes químicos perigosos de penetração cutânea formal;
g) Substâncias ou preparações que se libertem nos processos industriais referidos no artigo seguinte.
4 - Actividades em locais de trabalho onde decorram ou possam decorrer os seguintes processos industriais:
a) Fabrico de auramina;
b) Trabalhos susceptíveis de provocarem a exposição a hidrocarbonetos policíclicos aromáticos presentes nomeadamente na
fuligem, no alcatrão, no pez, nos fumos ou nas poeiras de hulha;
c) Trabalhos susceptíveis de provocarem a exposição a poeiras, fumos ou névoas produzidos durante a calcinação e
electrorrefinação de mates de níquel;
d) Processo de ácido forte durante o fabrico de álcool isopropílico;
e) Trabalhos susceptíveis de provocarem a exposição a poeiras de madeiras de folhosas.

Actividades, agentes, processos e condições de trabalho proibidos a menor ( Art. 61.º a Art. 66.º ) ○ ○ ●
1- Actividades de:
a) Fabrico de auramina;
b) Abate industrial de animais.
2 - Actividades em que haj a risco de exposição aos seguintes agentes físicos:
a) Radiações ionizantes;
b) Atmosferas de sobrepressão elevada, nomeadamente em câmaras hiperbáricas e de mergulho submarino;
c) Contacto com energia eléctrica de alta tensão.
3 - Actividades em que haj a risco de exposição a agentes biológicos classificados nos grupos de risco 3 e 4
4 - Actividades em que haj a risco de exposição aos seguintes agentes químicos:
... entre outros

Trabalho condicionado a menores ( Art. 68.º a 72.º ) ○ ○ ●


O menor com idade igual ou superior a 16 anos só pode realizar as seguntes actividades se o empregador avaliar a natureza, o
grau e a duracção da exposição e tomar as medidas necessárias para evitar esse risco.
1 - Actividades em que haj a risco de exposição aos seguintes agentes físicos:
a) Radiações ultravioletas;
b) Ní- veis sonoros superiores a 85 dB ( A) , medidos através do L ( índice EP, d) , nos termos do regime relativo à protecção dos
trabalhadores contra os riscos devidos à exposição ao ruído durante o trabalho;
c) Vibrações;
d) Temperaturas inferiores a 0 º C ou superiores a 42º C;
e) Contacto com energia eléctrica de média tensão.
2 - Actividades em que haj a risco de exposição a agentes biológicos dos grupos de risco 1 e 2.
3 - Actividades em que haj a risco de exposição a determinados agentes agentes químicos;
entre outros

Modalidades dos serviços ( Art.74.º ) ○ ○ ●

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1 - O empregador pode optar por uma das seguintes modalidades:
a) Serviço I nterno;
b) Serviço Comum;
c) Serviço Externo.
2 - O empregador pode optar diferentes modalidades de organização em cada estabelecimento.
3 - As actividades de segurança podem ser organizadas separadamente das de saúde.
4 - A utilização de serviço comum ou de serviço externo não isenta o empregador da responsabilidade específica em matéria de
SST.

Notificação da modalidade adoptada ( Art. 74.º ) ● ○ ○


O empregador notifica o respectivo organismo competente da modalidade adoptada para a organização do serviço de segurança e de
saúde no trabalho, bem como da sua alteração, nos 30 dias seguintes à verificação de qualquer dos factos.

Primeiros socorros, combate a incêndios e evacuação de trabalhadores ( Art. 75.º ) ● ○ ○


A empresa ou o estabelecimento, qualquer que sej a a modalidade do serviço de segurança e saúde no trabalho, deve ter uma
estrutura interna que assegure as actividades de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação das instalações.

Serviço I nterno ( Art. 78.º ) ● ○ ○


1- O serviço interno faz parte da estrutura da empresa e funciona na dependência do empregador.
2 - O empregador deve instituir serviço interno que abranj a:
a) O estabelecimento que tenha pelo menos 40 0 trabalhadores;
b) O conj unto de estabelecimentos distanciados até 50 km daquele que ocupa maior número de trabalhadores e que, com este,
tenham pelo menos 40 0 trabalhadores;
c) O estabelecimento ou conj unto de estabelecimentos que desenvolvam actividades de risco elevado a que estej am expostos pelo
menos 30 trabalhadores.
3 - Considera- se serviço interno o serviço prestado por uma empresa a outras empresas do grupo desde que estas pertençam a
sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo.

Actividades ou trabalhos de risco elevado ( Art. 79.º ) ● ○ ○


São considerados de risco elevado:
a) Trabalhos em obras de construção, escavação, movimentação de terras, de túneis, com riscos de quedas de altura ou de
soterramento, demolições e intervenção em ferrovias e rodovias sem interrupção de tráfego;
b) Actividades de indústrias extractivas;
c) Trabalho hiperbárico;
d) Actividades que envolvam a utilização ou armazenagem de produtos químicos perigosos susceptíveis de provocar acidentes
graves;
e) Fabrico, transporte e utilização de explosivos e pirotecnia;
f) Actividades de indústria siderúrgica e construção naval;
g) Actividades que envolvam contacto com correntes eléctricas de média e alta tensões;
h) Produção e transporte de gases comprimidos, liquefeitos ou dissolvidos ou a utilização significativa dos mesmos;
i) Actividades que impliquem a exposição a radiações ionizantes;
j ) Actividades que impliquem a exposição a agentes cancerígenos, mutagénicos ou tóxicos para a reprodução;
l) Actividades que impliquem a exposição a agentes biológicos do grupo 3 ou 4;
m) Trabalhos que envolvam exposição a sílica.

Obj ectivos dos serviços de SST ( Art. 97.º ) ● ○ ○


A actividade do serviço de segurança e de saúde no trabalho visa:
a) Assegurar as condições de trabalho que salvaguardem a segurança e a saúde física e mental dos trabalhadores;
b) Desenvolver as condições técnicas que assegurem a aplicação das medidas de prevenção definidas no artigo 15.º ;
c) I nformar e formar os trabalhadores no domínio da segurança e saúde no trabalho;
d) I nformar e consultar os representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho ou, na sua falta, os próprios
trabalhadores.

Actividades Principais do serviço de SST ( Art. 98.º ) ● ○ ○


a) Planear a avaliação dos riscos e as respectivas medidas de prevenção;
b) Proceder a avaliação dos riscos, elaborando os respectivos relatórios;
c) Elaborar o plano de prevenção de riscos profissionais, bem como planos detalhados de prevenção e protecção exigidos por
legislação específica;
d) Participar na elaboração do plano de emergência interno, incluindo os planos específicos de combate a incêndios, evacuação de
instalações e primeiros socorros;
e) Colaborar na concepção de locais, métodos e organização do trabalho, bem como na escolha e na manutenção de equipamentos
de trabalho;
f) Supervisionar o aprovisionamento, a validade e a conservação dos equipamentos de protecção individual, bem como a
instalação e a manutenção da sinalização de segurança;
g) Realizar exames de vigilância da saúde, elaborando os relatórios e as fichas, bem como organizar e manter actualizados os
registos clínicos e outros elementos informativos relativos ao trabalhador;
h) Desenvolver actividades de promoção da saúde;
i) Coordenar as medidas a adoptar em caso de perigo grave e iminente;
j ) Vigiar as condições de trabalho de trabalhadores em situações mais vulneráveis;
l) Conceber e desenvolver o programa de informação para a promoção da segurança e saúde no trabalho, promovendo a
integração das medidas de prevenção nos sistemas de informação e comunicação da empresa;
m) Conceber e desenvolver o programa de formação para a promoção da segurança e saúde no trabalho;
n) Apoiar as actividades de informação e consulta dos representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho ou,
na sua falta, dos próprios trabalhadores;
o) Assegurar ou acompanhar a execução das medidas de prevenção, promovendo a sua eficiência e operacionalidade;
p) Organizar os elementos necessários às notificações obrigatórias;

Principais registos do serviço de SST ( Art. 98.º ) ● ○ ○

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a) Resultados das avaliações de riscos profissionais;
b) Lista de acidentes de trabalho que tenham ocasionado ausência por incapacidade para o trabalho, bem como acidentes ou
incidentes que assumam particular gravidade na perspectiva da segurança no trabalho;
c) Relatórios sobre acidentes de trabalho que originem ausência por incapacidade para o trabalho ou que revelem indícios de
particular gravidade na perspectiva da segurança no trabalho;
d) Lista das situações de baixa por doença e do número de dias de ausência ao trabalho, a ser remetida pelo serviço de pessoal e,
no caso de doenças profissionais, a relação das doenças participadas;
e) Lista das medidas, propostas ou recomendações formuladas pelo serviço de segurança e de saúde no trabalho.
O empregador deve manter a documentação relativa à realização de actividades de SST à disposição das entidades inspectoras
durante 5 anos.

Actividades Ténicas ( Art. 10 0 .º ) ● ○ ○


1 - As actividades técnicas de segurança no trabalho são exercidas por técnicos superiores ou técnicos de segurança e higiene no
trabalho, certificados pelo organismo competente, exercendo as respectivas actividades com autonomia técnica.

Garantia Mínima de Funcionamento do serviço de segurança no trabalho ( Art. 10 1.º ) ● ○ ○


A afectação dos técnicos superiores ou técnicos às actividades de segurança no trabalho, por empresa, será:
b) Nos restantes estabelecimentos:
≤ 50 trabalhadores, 1 técnico;
> 50 trabalhadores, 2 técnicos por cada 30 0 0 trabalhadores ou fracção, sendo pelo menos um técnico superior;

I nformação e consulta ao serviço de SST ( Art.10 2.º ) ● ○ ○


1 - O empregador deve fornecer aos serviços de segurança no trabalho os elementos técnicos sobre os equipamentos e a
composição dos produtos utilizados.
2 - Os serviços de segurança no trabalho devem ser informados sobre todas as alterações dos componentes materiais do trabalho e
consultados, previamente, sobre todas as situações com possível repercussão na segurança dos trabalhadores.

Médico do Trabalho ( Art. 10 3.º ) ● ○ ○


1 - Considera- se médico do trabalho o licenciado em Medicina com especialidade de medicina do trabalho reconhecida pela Ordem
dos Médicos.
2 - Considera- se, ainda, médico do trabalho aquele a quem sej a reconhecida idoneidade técnica para o exercício das respectivas
funções.

Enfermeiro do Trabalho ( Art. 10 4.º ) ● ○ ○


Em empresa com mais de 250 trabalhadores, o médico do trabalho deve ser coadj uvado por um enfermeiro com experiência
adequada.

Garantia Mínima de funcionamento do serviço de saúde no trabalho ( Art. 10 5.º ) ● ○ ○


1 - O médico do trabalho deve prestar actividade durante o número de horas necessário à realização dos actos médicos, de rotina
ou de emergência e outros trabalhos que deva coordenar.
a) Em estabelecimento industrial ou estabelecimento de outra natureza com risco elevado, pelo menos uma hora por mês por
cada grupo de 10 trabalhadores ou fracção;
b) Nos restantes estabelecimentos, pelo menos uma hora por mês por cada grupo de 20 trabalhadores ou fracção.
2 - Ao médico do trabalho é proibido assegurar a vigilância da saúde de um número de trabalhadores a que correspondam mais
de 150 horas de actividade por mês.

Acesso à informação ( Art. 10 6.º ) ● ○ ○


O médico do trabalho tem acesso às informações referidas nos n.os 1 e 2 do artigo 10 2.º , as quais se encontram suj eitas a sigilo
profissional.

Vigilância da Saúde ( Art. 10 7.º ) ● ○ ○


A responsabilidade técnica da vigilância da saúde cabe ao médico do trabalho.

Exames e saúde ( Art. 10 8.º ) ● ○ ○


1 - O empregador deve promover a realização de exames de saúde adequados a comprovar e avaliar a aptidão física e psíquica do
trabalhador para o exercício da actividade, bem como a repercussão desta e das condições em que é prestada na saúde do mesmo.
2 - Devem ser realizados os seguintes exames de saúde:
a) Exames de admissão, antes do início da prestação de trabalho ou, se a urgência da admissão o j ustificar, nos 15 dias seguintes;
b) Exames periódicos, anuais para os menores e para os trabalhadores com idade superior a 50 anos, e de 2 em 2 anos para os
restantes trabalhadores;
c) Exames ocasionais, sempre que haj a alterações substanciais nos componentes materiais de trabalho que possam ter
repercussão nociva na saúde do trabalhador, bem como no caso de regresso ao trabalho depois de uma ausência superior a 30 dias
por motivo de doença ou acidente.
3 - O médico do trabalho, face ao estado de saúde do trabalhador e aos resultados da prevenção dos riscos profissionais na
empresa, pode aumentar ou reduzir a periodicidade dos exames previstos no número anterior.

Ficha Clínica ( Art. 10 9.º ) ● ○ ○


1 - As observações clínicas relativas aos exames de saúde são anotadas na ficha clínica do trabalhador.
2 - A ficha clínica está suj eita ao segredo profissional, só podendo ser facultada às autoridades de saúde e aos médicos afectos ao
organismo competente.
3 - A ficha clínica não deve conter dados sobre a raça, a nacionalidade, a origem étnica ou informação sobre hábitos pessoais do
trabalhador, salvo quando estes últimos estej am relacionados com patologias específicas ou com outros dados de saúde.
4 - O médico responsável pela vigilância da saúde deve entregar ao trabalhador que deixar de prestar serviço na empresa cópia da
ficha clínica.
5 - Em caso de cessação da actividade, as fichas clínicas devem ser enviadas para o serviço com competências para o
reconhecimento das doenças profissionais na área da segurança social.

Ficha de Aptidão ( Art. 110 .º ) ● ○ ○

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1 - Face ao resultado do exame de admissão, periódico ou ocasional, o médico do trabalho deve, imediatamente na sequência do
exame realizado, preencher uma ficha de aptidão e remeter uma cópia ao responsável dos recursos humanos da empresa.
2 - Se o resultado do exame de saúde revelar a inaptidão do trabalhador, o médico do trabalho deve indicar, sendo caso disso,
outras funções que aquele possa desempenhar.
3 - A ficha de aptidão não pode conter elementos que envolvam segredo profissional.
4 - A ficha de aptidão deve ser dada a conhecer ao trabalhador, devendo conter a assinatura com a aposição da data de
conhecimento.
5 - O modelo da ficha de aptidão é fixado por portaria conj unta dos membros do Governo responsáveis pelas áreas laboral e da
saúde.

Comunicações ( Art. 111.º ) ● ○ ○


1 - Devem ser comunicados ao ACT os acidentes mortais, bem como os considerados graves, no prazo de 24h;
2 - A comunicação deve conter: a identificação do trabalhador acidentado, descrição dos factos, devendo ser acompanhado de
informação e respectivos registos sobre os tempos de trabalho prestado pelo trabalhador nos 30 dias que antecederam o acidente.

I nformação sobre a actividade anual do serviço de SST ( Art. 112.º ) ● ○ ○


O empregador deve prestar, no quadro da informação relativa à actividade social da empresa, informação sobre a actividade anual
desenvolvida pelo serviço de segurança e de saúde no trabalho em cada estabelecimento.

Notificações e comunicações ( Art. 113.º ) ● ○ ○


As notificações e comunicações da responsabilidade do empregador previstas na lei são efectuadas em modelo electrónico
aprovadas em portaria.

Lei n.º 105/2009 de 14 de Setembro ● ○ ●


Re gula me nta e a lte ra o Código do Tra ba lho, a prova do pe la Le i n.º 7/2009, de 12 de Fe ve re iro, e proce de à
prime ira a lte ra çã o da Le i n.º 4/2008, de 7 de Fe ve re iro.

Plano de formação ( Art. 13.º ) ● ○ ○


Deve ser elaborado um plano de formação ( anual ou plurianual) com base no diagnóstico das necessidades de qualificação dos
trabalhadores, o qual especifique os obj ectivos, as entidades formadoras, as acções de formação, o local e o horário de realização
destas.
Os elementos que o plano de formação não possa especificar devem ser comunicados logo que possível aos trabalhadores
interessados, à comissão de trabalhadores ou, na sua falta, à comissão intersindical, à comissão sindical ou aos delegados sindicais.
O disposto nos números anteriores não se aplica às microempresas.

I nformação e consulta sobre o plano de formação ( Art. 14.º ) ● ○ ○


1 - O empregador deve dar conhecimento do diagnóstico das necessidades de qualificação e do proj ecto de plano de formação a
cada trabalhador, na parte que lhe respeita, bem como à comissão de trabalhadores ou, na sua falta, à comissão intersindical, à
comissão sindical ou aos delegados sindicais.
2 - Os trabalhadores, na parte que a cada um respeita, bem como os representantes dos trabalhadores a que se refere o número
anterior podem emitir parecer sobre o diagnóstico de necessidades de qualificação e o proj ecto de plano de formação, no prazo de
15 dias.

Período de laboração ( Art. 16.º ) ○ ○ ●


1 - O período de laboração é o compreendido entre as 7 e as 20 horas.
2 - Para prolongamento do período de laboração, o empregador deve apresentar ao serviço com competência inspectiva,
requerimento devidamente fundamentado.

Verificação da situação de doença por médico designado pela segurança social ( Art. 17.º ) ○ ○ ●
Para efeitos de verificação de incapacidade temporária para o trabalho por doença do trabalhador, o empregador requer a sua
submissão à comissão de verificação de incapacidade temporária ( CVI T) da segurança social da área da residência habitual do
trabalhador.

Verificação da situação de doença por médico designado pelo empregador ( Art. 18.º ) ○ ○ ●
1 - O empregador pode designar um médico com o qual não tenha tido qualquer vínculo contratual anterior para verificar a
situação de doença do trabalhador:
a) Caso sej a informado da impossibilidade de realização de CVI T, ou se decorridas 48 horas após o requerimento sem que tenha
recebido comunicação dos serviços da segurança social da convocação do trabalhador para apresentação à CVI T;
b) Caso sej a informado de que o exame médico pela CVI T não se realizou no prazo referido no artigo anterior.

Prestação anual de informação sobre a actividade social da empresa ( Art. 32.º ) ● ○ ○


1 - O empregador deve prestar anualmente informação sobre a actividade social da empresa, nomeadamente sobre remunerações,
duração do trabalho, trabalho suplementar, contratação a termo, formação profissional, segurança e saúde no trabalho e quadro de
pessoal.
2 - A informação é apresentada por meio informático, com conteúdo e prazo regulados em portaria dos ministros responsáveis
pelas áreas laboral e da saúde.

I nformação sobre prestadores de serviços ( Art. 33.º ) ● ○ ○


A informação anual sobre a actividade social da empresa deve abranger quem estej a vinculado ao empregador mediante contrato
de prestação de serviço.

Lei n.º 107/2009 de 14 de Setembro ○ ○ ●


Aprova o re gime proce ssua l a plicá ve l à s contra -orde na çõe s la bora is e de se gura nça socia l.

Contra- ordenações Laborais ( Art 2.º ) ○ ○ ●


Estabelece o regime processual aplicável às contra- ordenações laborais, estabelecendo a Autoridade para as Condições de Trabalho
( ACT) como a entidade responsável pelo mesmo.
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Portaria n.º 55/2010 de 21 de Janeiro ● ○ ●
Re gula o conte údo do re la tório a nua l re fe re nte à informa çã o sobre a a ctivida de socia l da e mpre sa e o pra zo
da sua a pre se nta çã o, por pa rte do e mpre ga dor, a o se rviço com compe tê ncia inspe ctiva do ministé rio
re sponsá ve l pe la á re a la bora l.

Conteúdo da informação sobre a actividade social da empresa ( Art. 2.º ) ○ ○ ●


1 - O conteúdo da informação a prestar é especificado no modelo de relatório único a que se refere o anexo da presente portaria.
2 - O conteúdo desenvolvido do relatório único, bem como as instruções e os elementos auxiliares necessários ao preenchimento
do relatório único são disponibilizados no sítio do ACT.

Visto relativo a trabalho suplementar ( Art. 3.º ) ○ ○ ●


O empregador deve, antes de entregar o relatório único, promover o visto da relação nominal do trabalhadores que prestam
trabalho suplementar durante o ano civil anterior.

Forma e prazo de entrega do relatório único ( Art. 4.º ) ● ○ ○


1 - O relatório único é entregue por meio informático, durante o período de 16 de Março a 15 de Abril do ano seguinte àquele a
que respeita.
2 - O anexo C do relatório único, sobre formação contínua, só será entregue a partir de 20 11, com referência ao ano de 20 10 .

I nformação anual sobre a actividade social ( Art. 5.º ) ○ ○ ●


A informação anual sobre a actividade social da empresa que abrange quem estej a vinculado ao empregador, mediante contrato
de prestação de serviço, incluído no anexo F, só deverá começar a ser prestada em 20 11, com referência ao ano de 20 10 .

Portaria n.º 255/2010 de 5 de Maio ○ ○ ●


Aprova o mode lo do re que rime nto de a utoriza çã o de se rviço comum, de se rviço e xte rno e de dispe nsa de
se rviço inte rno de se gura nça e sa úde no tra ba lho, be m como os te rmos e m que o re que rime nto de ve se r
instruído.
Modelo ( Art. 1.º ) ○ ○ ●
É aprovado o Modelo do Requerimento de Autorização de Serviço Comum, de Serviço Externo e de Dispensa de Serviço I nterno
de Segurança e Saúde no Trabalho, em anexo.

Portaria n.º 108 -A/2011 de 14 de Março ○ ○ ●


Prime ira a lte ra çã o à Porta ria n.º 55/2010, de 21 de Ja ne iro, que re gula o conte údo do re la tório a nua l
re fe re nte à informa çã o sobre a a ctivida de socia l da e mpre sa e o pra zo da sua a pre se nta çã o, por pa rte do
e mpre ga dor, a o se rviço com compe tê ncia inspe ctiva do ministé rio re sponsá ve l pe la á re a la bora l.

Alteração do artigo 5.º da Portaria n.º 55/20 10 ○ ○ ●


A informação anual sobre a actividade social da empresa que abrange quem estej a vinculado ao empregador, mediante contrato
de prestação de serviço, incluído no anexo F, só deverá começar a ser prestada em 20 12, com referência ao ano de 20 11.

S e gura nça e S a úde no Tra ba lho / Diploma s Na ciona is / Geral / Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais

Portaria n.º 137/94 de 8 de Março ○ ○ ●


Aprova o mode lo de pa rticipa çã o de a cide nte de tra ba lho e o ma pa de e nce rra me nto de proce sso de a cide nte
de tra ba lho.

Participação de acidentes de trabalho ( Art. 1.º ) ○ ○ ●


Modelo de participação de acidente de trabalho no âmbito do Decreto- Lei n.º 362/93, de 15 de Outubro.

Decreto Regulamentar n.º 6/2001 de 5 de Maio ○ ○ ●


Aprova a lista da s doe nça s profissiona is e o re spe ctivo índice codifica do.

Lista das Doenças Profissionais ○ ○ ●


1- Doenças provocadas por agentes químicos
2- Doenças do aparelho respiratórios
3- Doenças cutâneas
4- Doenças provocadas por agentes físicos
5- Doenças infecciosas e parasitárias
6- Tumores
7- Manifestações alérgicas das mucosas

Portaria n.º 337/2004 de 31 de Março ○ ○ ●


Esta be le ce o novo re gime jurídico de prote cçã o socia l na e ve ntua lida de doe nça , no â mbito do subsiste ma
pre vide ncia l de se gura nça socia l.
Meios de Certificação ( Art. 2.º ) ○ ○ ●
A certificação da incapacidade temporária é efectuada através de atestado médico, em impresso de modelo próprio ( publicado em
anexo da presente portaria) , designado por certificado de incapacidade temporária para o trabalho por estado de doença ( CI T) , o
qual é identificado pela aposição das vinhetas do médico e do estabelecimento de saúde.

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Períodos de certificação da incapacidade temporária ( Art. 3.º ) ○ ○ ●
A certificação da incapacidade temporária está subordinada a limites temporais de 12 e de 30 dias, consoante se trate de período
inicial ou de prorrogação, salvo o disposto em legislação especial.
Os períodos de incapacidade temporária que se encontrem certificados não são interrompidos ainda que, durante esses períodos,
não sej a reconhecido o direito ao subsídio de doença.

Decreto Regulamentar n.º 76/2007 de 17 de Julho ○ ○ ●


Alte ra o De cre to Re gula me nta r n.º 6/2001, de 5 de Ma io, que a prova a lista da s doe nça s profissiona is e o
re spe ctivo índice codifica do.
Alteração ao anexo ao Decreto Regulamentar n.º 6/20 0 1, de 5 de Maio ( Art. 2.º ) ○ ○ ●
Vem substituir os capítulos 3 e 4 do Decreto Regulamentar 6/20 0 1, de 5 de Maio.

Portaria n.º 166/2009 de 16 de Fevereiro ○ ○ ●


Actua liza a s pe nsõe s de a cide nte s de tra ba lho pa ra 2009.

Actualização das pensões de acidentes de trabalho ( Art. 2.º ) ○ ○ ●


As pensões de acidentes de trabalho são actualizadas por aplicação da percentagem de aumento de 2,9 %.

Lei n.º 98 /2009 de 4 de Setembro ● ○ ●


Re gula me nta o re gime de re pa ra çã o de a cide nte s de tra ba lho e de doe nça s profissiona is, incluindo a
re a bilita çã o e re inte gra çã o profissiona is, nos te rmos do a rtigo 284.º do Código do Tra ba lho, a prova do pe la
Le i n.º 7/2009, de 12 de Fe ve re iro.
Beneficiários ( Art. 2.º ) ○ ○ ●
O trabalhador e os seus familiares têm direito à reparação dos danos emergentes dos acidentes de trabalho e doenças profissionais.

Trabalhador abrangido - Acidentes de Trabalho ( Art. 3.º ) ○ ○ ●


1 - O regime previsto na presente lei abrange o trabalhador por conta de outrem de qualquer actividade, sej a ou não explorada
com fins lucrativos.
2 - Para além da situação do praticante, aprendiz e estagiário, considera- se situação de formação profissional a que tem por
finalidade a preparação, promoção e actualização profissional do trabalhador, necessária ao desempenho de funções inerentes à
actividade do empregador.

Trabalhador Estrangeiro - Acidentes de Trabalho ( Art. 5.º ) ○ ○ ●


1 - O trabalhador estrangeiro que exerça actividade em Portugal é, para efeitos da presente lei, equiparado ao trabalhador
português.
2 - Os familiares do trabalhador estrangeiro referido no número anterior beneficiam igualmente da protecção estabelecida
relativamente aos familiares do sinistrado.
3 - O trabalhador estrangeiro sinistrado em acidente de trabalho em Portugal ao serviço de empresa estrangeira, sua agência,
sucursal, representante ou filial pode ficar excluído do âmbito da presente lei desde que exerça uma actividade temporária ou
intermitente e, por acordo entre Estados, se tenha convencionado a aplicação da legislação relativa à protecção do sinistrado em
acidente de trabalho em vigor no Estado de origem.

Trabalhador no Estrangeiro - Acidentes de Trabalho ( Art. 6.º ) ○ ○ ●


O trabalhador português e o trabalhador estrangeiro residente em Portugal sinistrados em acidente de trabalho no estrangeiro ao
serviço de empresa portuguesa têm direito às prestações previstas na presente lei, salvo se a legislação do Estado onde ocorreu o
acidente lhes reconhecer direito à reparação, caso em que o trabalhador pode optar por qualquer dos regimes.

Responsabilidade - Acidentes de Trabalho ( Art. 7.º ) ○ ○ ●


É responsável pela reparação e demais encargos decorrentes de acidente de trabalho, bem como pela manutenção no posto de
trabalho, nos termos previstos na presente lei, a pessoa singular ou colectiva de direito privado ou de direito público não abrangida
por legislação especial, relativamente ao trabalhador ao seu serviço.

Conceito de Acidente de trabalho ( Art. 8.º ) ○ ○ ●


É acidente de trabalho aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza directa ou indirectamente lesão corporal,
perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte.

Extensão do conceito de acidente de trabalho ( Art. 9.º ) ○ ○ ●


1 - Considera- se também acidente de trabalho o ocorrido:
a) No traj ecto de ida para o local de trabalho ou de regresso deste, nos termos referidos no número seguinte;
b) Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito económico para o empregador;
c) No local de trabalho e fora deste, quando no exercício do direito de reunião ou de actividade de representante dos trabalhadores,
nos termos previstos no Código do Trabalho;
d) No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação profissional ou, fora do local de trabalho, quando exista
autorização expressa do empregador para tal frequência;
e) No local de pagamento da retribuição, enquanto o trabalhador aàpermanecer para tal efeito;
f) No local onde o trabalhador deva receber qualquer forma de assistência ou tratamento em virtude de anterior acidente e
enquanto aàpermanecer para esse efeito;
g) Em actividade de procura de emprego durante o crédito de horas para tal concedido por lei aos trabalhadores com processo de
cessação do contrato de trabalho em curso;
h) Fora do local ou tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços determinados pelo empregador ou por ele
consentidos.

Prova da origem da lesão - Acidentes de Trabalho ( Art. 10 .º ) ○ ○ ●

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1 - A lesão constatada no local e no tempo de trabalho ou nas circunstâncias previstas no artigo anterior presume- se consequência
de acidente de trabalho.
2 - Se a lesão não tiver manifestação imediatamente a seguir ao acidente, compete ao sinistrado ou aos beneficiários legais
provar que foi consequência dele.

Descaracterização do Acidente ( Art. 14.º a Art. 16.º ) ○ ○ ●


O empregador não tem de reparar os danos decorrentes do acidente que:
a) For dolosamente provocado pelo sinistrado ou provier de seu acto ou omissão, que importe violação, sem causa j ustificativa, das
condições de segurança estabelecidas pelo empregador ou previstas na lei;
b) Provier exclusivamente de negligência grosseira do sinistrado;
c) Resultar da privação permanente ou acidental do uso da razão do sinistrado, nos termos do Código Civil, salvo se tal privação
derivar da própria prestação do trabalho, for independente da vontade do sinistrado ou se o empregador ou o seu representante,
conhecendo o estado do sinistrado, consentir na prestação;
d) Provier de motivo de força maior;
e) Ocorra na prestação de serviços eventuais ou ocasionais de curta duracção, a pessoas singulares em actividades que não tenham
por obj ecto exploração lucrativa.

Natureza da incapacidade - Acidentes de Trabalho ( Art. 19.º ) ○ ○ ●


1 - O acidente de trabalho pode determinar incapacidade temporária ou permanente para o trabalho.
2 - A incapacidade temporária pode ser parcial ou absoluta.
3 - A incapacidade permanente pode ser parcial, absoluta para o trabalho habitual ou absoluta para todo e qualquer trabalho.

Determinação da incapacidade - Acidentes de Trabalho ( Art. 20 .º ) ○ ○ ●


A determinação da incapacidade é efectuada de acordo com a tabela nacional de incapacidades por acidentes de trabalho e doenças
profissionais, de acordo com o Decreto- Lei n.º 352/20 0 7, de 23 de Outubro.

Reparação - Acidentes de Trabalho ( Art. 23.º ) ○ ○ ●


O direito à reparação compreende as seguintes prestações:
a) Em espécie - prestações de natureza médica, cirúrgica, farmacêutica, hospitalar e quaisquer outras, sej a qual for a sua forma,
desde que necessárias e adequadas ao restabelecimento do estado de saúde e da capacidade de trabalho ou de ganho do sinistrado e
à sua recuperação para a vida activa;
b) Em dinheiro - indemnizações, pensões, prestações e subsídios previstos na presente lei.

Primeiros socorros - Acidentes de Trabalho ( Art. 26.º ) ● ○ ○


O empregador ou quem o represente na direcção ou fiscalização do trabalho deve, logo que tenha conhecimento do acidente,
assegurar os imediatos e indispensáveis socorros médicos e farmacêuticos ao sinistrado, bem como o transporte mais adequado
para tais efeitos.

Sistema e unidade de seguro - Acidentes de Trabalho ( Art. 79.º ) ● ○ ○


1 - O empregador é obrigado a transferir a responsabilidade pela reparação prevista na presente lei para entidades legalmente
autorizadas a realizar este seguro.
2 - A obrigação prevista no número anterior vale igualmente em relação ao empregador que contrate trabalhadores
exclusivamente para prestar trabalho noutras empresas.

Prestações em Dinheiro ( Art.47.º a Art.77.º ) ○ ○ ●


Divisão I - Modalidades das prestações
Divisão I I - Prestações por incapacidade
Divisão I I I - Prestação por morte
Divisão I V - Subsídios
Divisão V - Revisão das prestações
Divisão VI - Cálculo e pagamento das prestações

Participação de acidente de trabalho - Sinistrado e beneficiários legais ( Art. 86.º ) ○ ○ ●


1 - O sinistrado ou os beneficiários legais, em caso de morte, devem participar o acidente de trabalho, verbalmente ou por escrito,
nas 48 horas seguintes, ao empregador, salvo se este o tiver presenciado ou dele vier a ter conhecimento no mesmo período.
2 - Se a lesão se revelar ou for reconhecida em data posterior à do acidente, o prazo conta- se a partir da data da revelação ou do
reconhecimento.

Participação de acidente de trabalho - Empregador com responsabilidade transferida ( Art. 87.º ) ● ○ ○


1 - O empregador que tenha transferido a responsabilidade deve, sob pena de responder por perdas e danos, participar à
seguradora a ocorrência do acidente, no prazo de 24 horas, a partir da data de conhecimento.
2 - A participação deve ser remetida à seguradora por meio informático, nomeadamente em suporte digital ou correio electrónico.

Participação de acidente de trabalho - Empregador sem responsabilidade transferida ( Art. 88.º ) ○ ○ ●


1 - O empregador cuj a responsabilidade não estej a transferida deve participar o acidente ao tribunal competente, por escrito,
independentemente de qualquer apreciação das condições legais da reparação.
2 - O prazo para a participação é de 8 dias a partir da data do acidente ou do seu conhecimento.

Lista das doenças profissionais ( Art. 94.º ) ○ ○ ●


De acordo com o Decreto Regulamentar n.º 6/20 0 1 de 5 de Maio , alterado por Decreto Regulamentar n.º 76/20 0 7 de 17 de
Julho.
A lesão corporal, a perturbação funcional ou a doença não incluídas na lista das doenças profissionais, são indemnizáveis desde
que se prove serem consequência necessária e directa da actividade exercida e não representem normal desgaste do organismo.

Direito à reparação - Doenças Profissionais ( Art. 95.º ) ● ○ ○

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O direito à reparação emergente de doenças profissionais pressupõe que cumulativamente, se verifiquem as seguintes condições:
a) Estar o trabalhador afectado pela correspondente doença profissional;
b) Ter estado o trabalhador exposto ao respectivo risco pela natureza da indústria, actividade ou condições, ambiente e técnicas do
trabalho individual.

Natureza da incapacidade - Doenças Profissionais ( Art. 97.º ) ○ ○ ●


1 - A doença profissional pode determinar incapacidade temporária ou permanente para o trabalho.
2- A incapacidade temporária de duração superior a 18 meses considera- se como permanente , devendo ser fixado o respectivo
grau de incapacidade, salvo parecer clínico em contrário, não podendo, no entanto, aquela incapacidade ultrapassar os 30 meses.

Portaria n.º 256/2011 de 5 de Julho ● ○ ●


Aprova a pa rte uniforme da s condiçõe s ge ra is da a pólice de se guro obriga tório de a cide nte s de tra ba lho pa ra
tra ba lha dore s por conta de outre m, be m como a s re spe ctiva s condiçõe s e spe cia is uniforme s.
Obrigações Gerais ( Art. 1.º ) ● ○ ○
Aprova a parte uniforme das condições gerais da apólice de seguro obrigatório de acidentes de trabalho para trabalhadores por
conta de outrem, bem como as respectivas condições especiais uniformes, constantes do anexo à presente portaria, a adoptar pelos
respectivos seguradores, com as condicionantes previstas no artigo seguinte.

Valor da disposição imperativa ou supletiva da parte uniforme ( Art. 3.º ) ○ ○ ●


Estabelece as cláusulas obrigatórias, e o seu cumprimento, mínimo, ou não.

Aplicação no tempo ( Art. 4.º ) ○ ○ ●


1 – ( contratos novos) A parte uniforme e as condições especiais uniformes aplicam- se com as condicionantes previstas no art. 2.º
e 3.º aos contratos celebrados a partir da entrada em vigor da presente portaria.
2 – ( contratos existentes) Aplicam- se ainda, com as condicionantes previstas nos artigos anteriores, aos contratos celebrados antes
da data de entrada em vigor da presente portaria, a partir da primeira renovação posterior à mesma, sem prej uízo da aplicação
desde 1 de Janeiro de 20 10 , do capítulo I I da Lei n.º 98/20 0 9, de 4 de Setembro, aos acidentes de trabalho ocorridos após essa
data, nos termos do previsto no n.º 1 do seu artigo 187.º .

S e gura nça e S a úde no Tra ba lho / Diploma s Na ciona is / Geral / Medicina do Trabalho e Vigilância Médica

Portaria n.º 299/2007 de 16 de Março ○ ○ ●


Aprova o novo mode lo de ficha de a ptidã o, a pre e nche r pe lo mé dico do tra ba lho fa ce a os re sulta dos dos
e xa me s de a dmissã o, pe riódicos e oca siona is, e fe ctua dos a os tra ba lha dore s, e re voga a Porta ria n.º
1031/2002, de 10 de Agosto.
Modelo de ficha de aptidão ( Art. 1.º ) ○ ○ ●
O modelo de ficha de aptidão, a preencher pelo médico do trabalho face aos resultados dos exames médicos de admissão, periódicos
e ocasionais, efectuados aos trabalhadores, é fixado nos termos do exemplar publicado em anexo à presente portaria e que dela faz
parte integrante.

S e gura nça e S a úde no Tra ba lho / Diploma s Na ciona is / Geral / Metrologia e Unidades de Medida

Portaria n.º 1556/2007 de 10 de Dezembro ● ○ ●


Aprova o Re gula me nto dos Alcoolíme tros. Re voga a Porta ria n.º 748/94, de 3 de O utubro.

Âmbito de Aplicação ( Art. 1.º ) e Definição ( Art. 2.º ) ○ ○ ●


1 - O presente Regulamento aplica- se a alcoolímetros quantitativos ou analisadores quantitativos, adiante designados por
alcoolímetros.
2 - Entende- se por alcoolímetros os instrumentos destinados a medir a concentração mássica de álcool por unidade de volume na
análise do ar alveolar expirado.

I ndicação dos alcoolímetros ( Art. 3.º ) ○ ○ ●


1 - A indicação dos alcoolímetros deve ser expressa em miligrama por litro - mg/l, de teor de álcool no ar expirado - TAE.
2 - Os alcoolí- metros podem apresentar uma indicação suplementar em grama por litro - g/l, de teor de álcool no sangue - TAS,
desde que evidenciem o respectivo factor de conversão.

Requisitos dos Alcoolímetros ( Art. 4.º ) ○ ○ ●


Os alcoolímetros deverão cumprir os requisitos metrológicos e técnicos, definidos pela Recomendação OI ML R 126.

Verificações Metrológicas ( Art. 7.º ) ● ○ ○


O controlo metrológico dos alcoolímetros é da competência do I nstituto Português da Qualidade
1 - A primeira verificação é efectuada antes da colocação do instrumento no mercado, após a sua reparação e sempre que ocorra
violação do sistema de selagem, dispensando- se a verificação periódica nesse ano.
2 - A verificação periódica é anual, salvo indicação em contrário no despacho de aprovação de modelo.
3 - A verificação extraordinária compreende os ensaios da verificação periódica e tem a mesma validade.

Erros Máximos Admissíveis ( Art. 8.º ) ○ ○ ●


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Os erros máximos admissíveis - EMA, variáveis em função do teor de álcool no ar expirado - TAE, são o constante do quadro que
figura no quadro anexo ao presente diploma e que dele faz parte integrante.

I nscrições e Marcações ( Art. 9.º ) ○ ○ ●


1- Os alcoolímetros devem apresentar, de forma visível e legível, as indicações seguintes, inscritas em local a definir em cada
modelo no respectivo despacho de aprovação de modelo:
a) Símbolo de aprovação de modelo;
b) Marca;
c) Modelo;
d) Número de série;
e) Nome do fabricante ou do importador;
f) Gama de medição;
g) Condições estipuladas de funcionamento, em graus centígrados;
h) Factor de conversão, se aplicável.
2 - Os registos da medição devem conter, entre outros elementos, a marca, o modelo e o número de série do alcoolímetro assim
como a data da última verificação metrológica.

S e gura nça e S a úde no Tra ba lho / Diploma s Na ciona is / Geral / Diversos

Decreto Regulamentar n.º 47/2012 de 31 de julho ○ ○ ●


Aprova a orgâ nica da Autorida de pa ra a s Condiçõe s do Tra ba lho.

Geral ○ ○ ●
Aprova a estrutura orgânica da Autoridade para as Condições do Trabalho ( ACT)

S e gura nça e S a úde no Tra ba lho / Diploma s Na ciona is / Assuntos Específicos / Equipamentos Dotados de Visor

Decreto-Lei n.º 349/93 de 1 de Outubro ● ○ ●


Tra nspõe pa ra a orde m jurídica inte rna a Dire ctiva n.º 90/270/CEE, do Conse lho, de 29 de Ma io, re la tiva à s
pre scriçõe s mínima s de se gura nça e de sa úde re spe ita nte s a o tra ba lho com e quipa me ntos dota dos de visor.

Exclusões ( Art. 2.º ) ○ ○ ●


O presente diploma não se aplica aos postos de trabalho:
a) De condução de veículos ou máquinas;
b) Dotados de sistemas informáticos integrados num meio de transporte;
c) Dotados de sistemas informáticos destinados prioritariamente à utilização do público;
d) Dotados de sistemas informáticos portáteis, desde que estes não sej am obj ecto de utilização corrente;
e) Em que se utilizam calculadoras, caixas registadoras e qualquer equipamento dotado de um pequeno dispositivo de visualização
de dados ou de medidas necessário à utilização directa desse equipamento;
f) Em que se utilizam máquinas de escrever de concepção clássica, ditas “máquinas de j anela”.

Obrigações do empregador ( Art. 6.º ) ● ○ ○


a) Avaliar as condições de segurança e de saúde existentes nos postos de trabalho, nomeadamente as que respeitam aos riscos
para a visão, às afecções físicas e à tensão mental;
b) Tomar, com base na avaliação referida no número anterior, as medidas necessárias para eliminar aqueles riscos;
c) I nformar os trabalhadores sobre tudo o que diga respeito às questões da sua segurança e da sua saúde relativas ao posto de
trabalho;
d) Organizar a actividade do trabalhador de forma que o trabalho diário com visor sej a periodicamente interrompido por pausas ou
mudanças de actividade que reduzam a pressão do trabalho com equipamento dotado de visor.

Vigilância médica ( Art. 7.º ) ○ ○ ●


1 - Antes de ocuparem pela primeira vez um posto de trabalho dotado de visor, periodicamente e sempre que apresentem
perturbações visuais, os trabalhadores devem ser suj eitos a um exame médico adequado dos olhos e da visão.
2 - Se os resultados do exame referido no número anterior demonstrarem a sua necessidade, os trabalhadores beneficiam de um
exame oftalmológico.
3 - Sempre que os resultados dos exames médicos o exigirem e os dispositivos normais de correcção não puderem ser utilizados,
devem ser facultados aos trabalhadores dispositivos especiais de correcção concebidos para o tipo de trabalho desenvolvido.

I nformação e formação dos trabalhadores ( Art. 8.º ) ● ○ ○


1 - Os trabalhadores, assim como os seus representantes, devem ser informados sobre todas as medidas tomadas que digam
respeito à sua segurança e saúde na utilização de equipamentos dotados de visor.
2 - Antes do início da actividade, ou quando ocorram mudanças no posto de trabalho, os trabalhadores devem receber a formação
adequada sobre a utilização dos equipamentos dotados de visor.

Consulta ( Art. 9.º ) ● ○ ○


Os trabalhadores, assim como os seus representantes, devem ser consultados sobre a aplicação das disposições constantes do
presente diploma.

Portaria n.º 98 9/93 de 6 de Outubro ● ○ ○


Esta be le ce a s pre scriçõe s mínima s de se gura nça e sa úde re spe ita nte s a o tra ba lho com e quipa me ntos dota dos
de visor.

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Características dos Visores ( Art.1.º ) ● ○ ○
a) Possuir caracteres bem definidos e delineados com clareza, de dimensão apropriada e com espaçamento adequado, quer entre
si, quer entre as linhas;
b) Ter uma imagem estável, sem fenómenos de cintilação ou outras formas de instabilidade e sem reflexos e reverberações;
c) Possibilitar ao utilizador uma fácil regulação da iluminância e do contraste entre os caracteres e o seu fundo, atendendo,
nomeadamente, às condições ambientais;
d) Ser de orientação e inclinação regulável de modo livre e fácil, adaptando- se às necessidades do utilizador e, se necessário,
colocado sobre suporte separado ou mesa regulável.

Características do Teclado ( Art. 1.º ) ● ○ ○


a) Ser de inclinação regulável, dissociado do visor e deixar um espaço livre à sua frente de modo a permitir ao utilizador apoiar as
mãos e os braços;
b) Apresentar uma superfície baça, para evitar os reflexos;
c) Ter as teclas com os símbolos suficientemente contrastados e legíveis a partir da posição normal de trabalho e dispostas de
forma a facilitar a sua utilização.

Características da Mesa e da Cadeira de Trabalho ( Art. 2.º ) ● ○ ○


1 - A mesa ou superfície de trabalho deve ter dimensões adequadas e permitir uma disposição flexível do visor, do teclado, dos
documentos e do material acessório e reflectir um mínimo de luminosidade.
2 - O suporte de documentos deve ser estável e regulável, de modo a evitar movimentos desconfortáveis da cabeça e dos olhos.
3 - A cadeira de trabalho deve ter boa estabilidade, ser de altura aj ustável e possuir um espaldar regulável em altura e inclinação.

Características do Posto de Trabalho ( Art. 3.º ) ● ○ ○


a) Ter uma dimensão que permita mudanças de posição e movimentos de trabalho;
b) Ter uma iluminação correcta, com contraste adequado entre o ecrã e o ambiente, atendendo às características do trabalho e às
necessidades visuais do utilizador;
c) Estar instalado de forma que as fontes de luz não provoquem reflexos encandeantes directos, nem reflexos no visor;
d) Respeitar os limites fixados para os valores de ruído, calor, radiações e humidade;
e) As j anelas devem estar equipadas com um dispositivo aj ustável que atenue a luz do dia.

Características do Software ( Art. 4.º ) ● ○ ○


a) O software deve ser adaptado à tarefa a executar;
b) O software deve ser de fácil utilização e atender aos conhecimentos do utilizador;
c) Os sistemas devem fornecer aos utilizadores indicações sobre o seu funcionamento;
d) Os sistemas devem apresentar a informação num formato e a um ritmo adaptados aos operadores;
e) Os princípios de ergonomia devem ser aplicados ao tratamento da informação pelo trabalhador.

S e gura nça e S a úde no Tra ba lho / Diploma s Na ciona is / Assuntos Específicos / Diversos

Portaria n.º 48 /2012 de 27 de fevereiro ○ ● ●


Espe cifica a s profissõe s re gula me nta da s a bra ngida s no se tor da e ne rgia e de signa a re spe tiva a utorida de
compe te nte pa ra proce de r a o re conhe cime nto da s qua lifica çõe s profissiona is.

Obj ecto ( Art. 1.º ) ○ ○ ●


A presente portaria especifica as profissões regulamentadas abrangidas no setor da energia e designa a respetiva autoridade
competente para proceder ao reconhecimento das qualificações profissionais.

Âmbito ( Art. 2.º ) ○ ● ○


1 - As profissões regulamentadas abrangidas no setor da energia são as seguintes:
a) Técnico responsável pela execução de instalações elétricas de serviço particular;
b) Técnico responsável pela exploração de instalações elétricas de serviço particular;
c) Técnico responsável pelo proj eto de instalações elétricas de serviço particular;
d) Técnico responsável pela manutenção de ascensores, monta - cargas, escadas mecânicas e tapetes rolantes;
e) I nstalador de instalações de gás e de redes e ramais de distribuição de gás;
f) I nstalador de aparelhos a gás;
g) Técnico de gás;
h) Soldador de aços, por fusão;
i) Soldador de polietileno;
j ) Operador de brasagem forte ou de soldobrasagem;
k) Operador de prensagem;
l) Proj etista de redes de gás;
m) Auditor energético e autor de planos de racionalização no âmbito do Sistema de Gestão dos Consumos I ntensivos de Energia
( SGCI E) ;
n) Auditor energético e autor de planos de racionalização no âmbito dos transportes;
o) Auditor de cogeração.
2 - As profissões referidas nas alíneas a) a k) têm impacto na segurança do beneficiário do serviço.

Autoridade competente ( Art. 3.º ) ○ ○ ●


A autoridade nacional competente para o reconhecimento das qualificações profissionais no âmbito das profissões regulamentadas
previstas no artigo 2.º é a Direção- Geral de Energia e Geologia.

Portaria n.º 90/2012 de 30 de março ○ ○ ●


Espe cifica a s profissõe s re gula me nta da s a bra ngida s na s á re a s da a gricultura , da s flore sta s, do ma r, do
a mbie nte e do orde na me nto do te rritório e de signa a s a utorida de s na ciona is que , pa ra ca da profissã o, sã o
compe te nte s pa ra proce de r a o re conhe cime nto da s qua lifica çõe s profissiona is, nos te rmos da Le i n.º 9/2009,
de 4 de ma rço.
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Geral ○ ○ ●
Vem especificar que determinadas profissões se encontram regulamentadas, nomeadamente Técnico qualificado para a execução
das atividades relativas a equipamentos fixos de refrigeração, ar condicionado e bombas de calor que contenham determinados
gases fluorados com efeito de estufa e Técnico qualificado para intervenções de trasfega, reciclagem, valorização e destruição das
substâncias que empobrecem a camada de ozono e para intervenções de recuperação para reciclagem, valorização e destruição
dessas substâncias, contidas em equipamentos de refrigeração, ar condicionado, bombas de calor, extintores e sistemas de proteção
contra incêndios, bem como para as intervenções de manutenção e assistência desses mesmos equipamentos, incluindo a deteção
de eventuais fugas das referidas substâncias.

Portaria n.º 96/2012 de 5 de abril ○ ○ ●


Espe cifica a s profissõe s re gula me nta da s a bra ngida s nos se tore s da s obra s pública s, tra nsporte s e
comunica çõe s e de signa a s re spe tiva s a utorida de s compe te nte s pa ra proce de r a o re conhe cime nto da s
qua lifica çõe s profissiona is, nos te rmos da Le i n.º 9/2009, de 4 de ma rço.

Geral ○ ○ ●
Vem estabelecer as profissões regulamentadas abrangidas nos setores das obras públicas, transportes e comunicações, bem como
no âmbito das competências e atribuições da Ordem dos Engenheiros e da Ordem dos Engenheiros Técnicos.

S e gura nça e S a úde no Tra ba lho / Diploma s Na ciona is / Higiene do Trabalho / Agentes Biológicos

Decreto-Lei n.º 8 4/97 de 16 de Abril ○ ○ ●


Tra nspõe pa ra a orde m jurídica inte rna a s Dire ctiva s do Conse lho n.º 90/679/CEE, de 26 de Nove mbro, e
93/88/CEE, de 12 de O utubro, e a Dire ctiva n.º 95/30/CE, da Comissã o, de 30 de Junho, re la tiva s à prote cçã o
da se gura nça e sa úde dos tra ba lha dore s contra os riscos re sulta nte s da e xposiçã o a a ge nte s biológicos
dura nte o tra ba lho.

Notificação do início de actividade ( Art. 5.º ) ○ ○ ●


1 - O empregador deve notificar o I nstituto de Desenvolvimento e I nspecção das Condições de Trabalho ( actual ACT) e a Direcção-
Geral da Saúde com, pelo menos, 30 dias de antecedência, do início de actividades em que sej am utilizados, pela primeira vez,
agentes biológicos dos grupos 2, 3 ou 4.
2 - O empregador deve proceder à notificação, nos termos do n.º 1, em cada situação em que haj a utilização de novos agentes
biológicos do grupo 4 e de agentes novos classificados provisoriamente no grupo 3.
3 - Se houver modificações substanciais nos processos ou nos procedimentos com possibilidade de repercussão na segurança ou
saúde dos trabalhadores, deve ser feita uma nova notificação.

S e gura nça e S a úde no Tra ba lho / Diploma s Na ciona is / Higiene do Trabalho / Agentes Cancerígenos

Decreto-Lei n.º 301/2000 de 18 de Novembro ○ ○ ●


Re gula a prote cçã o dos tra ba lha dore s contra os riscos liga dos à e xposiçã o a a ge nte s ca nce ríge nos ou
muta gé nicos dura nte o tra ba lho.
Avaliação do risco ( Art. 4.º ) ○ ○ ●
Nas actividades susceptíveis de apresentar risco de exposição a agentes cancerígenos ou mutagénicos, o empregador deve avaliar,
periodicamente, o risco para a segurança e a saúde dos trabalhadores, determinando a natureza, o grau e o tempo de exposição.

S e gura nça e S a úde no Tra ba lho / Diploma s Na ciona is / Higiene do Trabalho / Agentes Físicos

Decreto-Lei n.º 46/2006 de 24 de Fevereiro ● ○ ●


Tra nspõe pa ra a orde m jurídica na ciona l a Dire ctiva n.º 2002/44/CE, do Pa rla me nto Europe u e do Conse lho,
de 25 de Junho, re la tiva à s pre scriçõe s mínima s de prote cçã o da sa úde e se gura nça dos tra ba lha dore s e m
ca so de e xposiçã o a os riscos de vidos a a ge nte s físicos (vibra çõe s).
Valores limite e valores de acção de exposição ( Art. 3.º ) ○ ○ ●
1 - Para as vibrações transmitidas ao sistema mão- braço são fixados os seguintes valores:
a) Valor limite de exposição: 5 m/s2;
b) Valor de acção de exposição: 2,5 m/s2.
2 - Para as vibrações transmitidas ao corpo inteiro são fixados os seguintes valores:
a) Valor limite de exposição: 1,15 m/s2;
b) Valor de acção de exposição: 0 ,5 m/s2.

Princípios gerais da avaliação dos riscos ( Art. 4.º ) ● ○ ○

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1- Nas actividades susceptíveis de apresentar riscos de exposição a vibrações mecânicas, o empregador deve avaliar e, se
necessário, medir os níveis de vibrações a que os trabalhadores se encontram expostos.
2- A avaliação do nível de exposição dos trabalhadores a vibrações mecânicas pode ser realizada mediante a observação de práticas
de trabalho específicas, com base em informações fiáveis, nomeadamente as fornecidas pelo fabricante, relativas ao nível provável
de vibrações do equipamento ou do tipo de equipamento utilizado nas condições normais de utilização.
3 - Os sistemas de medição utilizados na medição dos níveis de vibrações mecânicas a que os trabalhadores se encontram expostos
devem ser apropriados, cumprir os requisitos de normalização em vigor e ser calibrados anualmente.
4 - A avaliação e a medição dos níveis de vibrações mecânicas devem ser programadas e efectuadas a intervalos regulares e
apropriados, tendo em conta a amplitude e a duração das vibrações a que o trabalhador se encontra exposto, sendo os dados delas
resultantes conservados para consulta posterior.
5 - A medição do nível de vibrações mecânicas deve ser realizada por entidade acreditada.
6 - A medição da exposição dos trabalhadores a vibrações mecânicas deve ser feita de acordo com o disposto no anexo I ou I I , os
quais fazem parte integrante do presente decreto- - lei, consoante se trate de vibrações transmitidas ao sistema mão- braço ou ao
corpo inteiro.

Avaliação de Riscos ( Art. 5.º ) ● ○ ○


1 - Nas actividades susceptíveis de apresentar riscos de exposição a vibrações mecânicas, o empregador deve proceder à avaliação
dos riscos tendo, nomeadamente, em conta os seguintes aspectos:
a) O nível, a natureza e a duração da exposição, incluindo a exposição a vibrações intermitentes ou a choques repetidos;
b) Os valores limite de exposição e os valores de acção de exposição indicados no artigo 3.º ;
c) Os efeitos eventuais sobre a segurança e saúde dos trabalhadores particularmente sensíveis aos riscos a que estão expostos;
d) Os efeitos indirectos sobre a segurança dos trabalhadores resultantes de interacções entre as
vibrações mecânicas e o local de trabalho ou outros equipamentos;
e) As informações prestadas pelos fabricantes dos equipamentos de trabalho, de acordo com a legislação específica sobre concepção,
fabrico e comercialização dos mesmos;
f) A existência de equipamentos de substituição concebidos para reduzir os níveis de exposição a
vibrações mecânicas;
g) O prolongamento da exposição a vibrações transmitidas ao corpo inteiro durante a realização de períodos de trabalho superiores
ao limite máximo do período normal de trabalho diário;
h) Condições de trabalho específicas, designadamente o trabalho realizado a baixas temperaturas;
i) A informação adequada resultante da vigilância da saúde, bem como informação publicada, caso exista, sobre os efeitos das
vibrações na saúde.
2- A avaliação dos riscos deve ser actualizada sempre que haj a alterações significativas que possam desactualizá- la,
nomeadamente a criação ou modificação de postos de trabalho, ou se o resultado da vigilância da saúde demonstrar a necessidade
de nova avaliação.
3 - A avaliação dos riscos deve ser registada em suporte de papel ou digital, podendo o empregador incluir no mesmo registo
elementos comprovativos de que a natureza e a dimensão da exposição não j ustificam avaliação mais pormenorizada.

I nformação e consulta dos trabalhadores ( Art. 9.º ) ● ○ ○


O empregador deve assegurar a informação e consulta dos trabalhadores e dos seus representantes para a segurança, higiene e
saúde no trabalho sobre a aplicação das disposições do presente diploma.

Lei n.º 25/2010 de 30 de Agosto ● ○ ●


Esta be le ce a s pre scriçõe s mínima s pa ra prote cçã o dos tra ba lha dore s contra os riscos pa ra a sa úde e a
se gura nça de vidos à e xposiçã o, dura nte o tra ba lho, a ra dia çõe s óptica s de fonte s a rtificia is, tra nspondo a
Dire ctiva n.º 2006/25/CE, do Pa rla me nto Europe u e do Conse lho, de 5 de Abril.

Âmbito ( Art. 1.º ) ○ ○ ●


A presente lei é aplicável a todas as actividades dos sectores privado, cooperativo e social, da Administração Pública central,
regional e local, dos institutos públicos e das demais pessoas colectivas de direito público, bem como a trabalhadores por conta
própria.

Valores Limite de Exposição ( Art. 3.º ) ○ ○ ●


1 - Os valores limite de exposição a radiações não coerentes, com excepção das emitidas por fontes naturais de radiação óptica,
constam do anexo I .
2 - Os valores limite de exposição para radiações laser constam do anexo I I .
"Radiações não Coerentes": A radiação óptica, com excepção da radiação laser.
" Radiação Óptica": A radiação electromagnética na gama de comprimentos de onda entre 100 nm e 1mm, cujo espectro se
divide em Radiação Ultravioleta (100 nm ~ 400 nm), Radiação Visível (380 nm ~ 780 nm) e Radiação Infravermelha (780 nm
~ 1 mm).
"Radiação Laser": A radiação óptica proveniente de um laser.
"Laser (amplificação de luz por emissão estimulada de radiação)": Qualquer dispositivo susceptível de produzir ou amplificar
uma radiação electromagnética na gama de comprimentos de onda da radiação óptica, essencialmente pelo processo da
emissão estimulada controlada

Avaliação. Medição e Cálculo dos Níveis de Radiação ( Art. 4.º ) ○ ○ ●


1. A avaliação, a medição e o cálculo dos níveis de radiações são efectuados de acordo com:
a) As normas da Comissão Electrotécnica I nternacional ( CEI ) no que respeita às radiações laser;
b) As recomendações da Comissão I nternacional da I luminação ( CI E) e do Comité Europeu de Normalização ( CEN) no que
respeita às radiações não coerentes.
2. Em caso de exposição não abrangida pelas normas e recomendações referidas no número anterior, a avaliação, a medição e o
cálculo são efectuados de acordo com directrizes nacionais ou internacionais disponíveis e cientificamente fundamentadas, até que
sej am adoptadas normas ou recomendações da União Europeia.
3. Nas situações referidas nos números anteriores, a avaliação, a medição ou o cálculo dos níveis de radiações pode ter em
consideração as informações prestadas pelo fabricante do equipamento, no caso de este estar abrangido por regulamentação
comunitária.
4. A medição e o cálculo referidos nos números anteriores são planeados e efectuados por entidade reconhecida pelo I nstituto
Português de Acreditação, I . P., com conhecimentos teóricos e práticos e experiência suficiente para realizar ensaios, incluindo a
medição dos níveis de exposição a radiações ópticas de fontes artificiais.

Avaliação de Riscos ( Art. 5.º ) ○ ○ ●

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Em actividades susceptíveis de apresentar riscos de exposição a radiações ópticas de fontes artificiais, o empregador avalia os riscos
tendo em consideração, nomeadamente:
a) O nível, a gama de comprimentos de onda e a duração da exposição;
b) Os valores limite de exposição indicados nos anexos i e ii à presente lei;
c) Os efeitos sobre a segurança e saúde de trabalhadores particularmente sensíveis aos riscos a que estão expostos;
d) Os eventuais efeitos sobre a segurança e saúde de trabalhadores resultantes de interacções no local de trabalho entre radiações
ópticas e substâncias químicas foto- sensibilizantes;
e) Os efeitos indirectos, nomeadamente cegueira temporária, explosão ou incêndio;
f) A existência de equipamentos de substituição concebidos para reduzir os níveis de exposição a radiações ópticas de fontes
artificiais;
g) As informações adequadas resultantes da vigilância da saúde, incluindo informação publicada;
h) As fontes múltiplas de exposição a radiações ópticas artificiais;
i) A classificação atribuída ao laser, em conformidade com a norma CEI pertinente, ou qualquer classificação semelhante no caso
de fonte artificial susceptível de causar danos similares aos de um laser de classe 3B ou 4;
j ) As informações prestadas pelos fabricantes de fontes de radiações ópticas e de equipamento de trabalho associado, de acordo com
a legislação aplicável.

Avaliação de Riscos - Obrigações ( Art. 6.º ) ● ○ ○


1. A avaliação de riscos deve ser registada em suporte de papel ou digital e, se a natureza e a dimensão dos riscos relacionados
com as radiações ópticas de fontes artificiais não j ustificarem uma avaliação mais pormenorizada, conter uma j ustificação do
empregador.
2. A avaliação de riscos é actualizada sempre que haj a alterações significativas que a possam desactualizar ou o resultado da
vigilância da saúde j ustificar a necessidade de nova avaliação.
3. Sem prej uízo do disposto no número anterior, sempre que sej am ultrapassados os valores limite de exposição, a periodicidade
mínima da avaliação de riscos é de um ano.

Redução da exposição ( Art. 6.º ) ○ ○ ●


1 - O empregador utiliza todos os meios disponíveis para eliminar na origem ou reduzir ao mínimo os riscos de exposição dos
trabalhadores a radiações ópticas de fontes artificiais, de acordo com os princípios gerais de prevenção legalmente estabelecidos.
2 - Se o resultado da avaliação dos riscos indicar que os valores limite de exposição foram ultrapassados, o empregador aplica
medidas técnicas ou organizativas que reduzam ao mínimo a exposição dos trabalhadores e assegurem que aqueles valores não
são ultrapassados.

Medidas Técnicas ( Art. 6.º ) ○ ○ ●


1 - As medidas técnicas referidas no número anterior têm em consideração, nomeadamente, os seguintes aspectos:
a) A utilização de métodos de trabalho alternativos que permitam reduzir a exposição;
b) A escolha de equipamento em função do trabalho a realizar que emita menos radiações ópticas;
c) A aplicação de medidas que reduzam as emissões de radiações ópticas, incluindo, se necessário, encravamentos, blindagens ou
mecanismos semelhantes de protecção da saúde;
d) A aplicação de programas adequados de manutenção do equipamento, do local e dos postos de trabalho;
e) A concepção e disposição dos locais e postos de trabalho;
f) A organização do trabalho com limitação da duração e nível da exposição;
g) A utilização de equipamentos de protecção individual adequados;
h) As instruções do fabricante do equipamento, no caso de este estar abrangido por regulamentação comunitária.
2 - Os locais de trabalho onde os trabalhadores possam estar expostos a níveis de radiações ópticas de fontes artificiais superiores
aos valores limite de exposição são sinalizados de acordo com a legislação aplicável, bem como delimitados e de acesso restrito
sempre que tal sej a tecnicamente possível.

Redução dos VLE ( Art. 7.º ) ○ ○ ●


1 - O empregador assegura que a exposição dos trabalhadores a radiações ópticas sej a reduzida ao nível mais baixo possível e, em
qualquer caso, não sej a superior aos valores limite de exposição indicados no anexo I .
2 - Nas situações em que sej am ultrapassados os valores limite de exposição a radiações ópticas de fontes artificiais, o
empregador:
a) I dentifica as causas da ultrapassagem dos valores limite;
b) Toma medidas imediatas que reduzam a exposição de modo a não exceder os valores limite;
c) Adapta as medidas de protecção e prevenção de modo a evitar a ocorrência de situações idênticas.
3 - O empregador adapta as medidas referidas no número anterior a trabalhadores particularmente sensíveis aos riscos
resultantes da exposição a radiações ópticas de fontes artificiais.

I nformação, Consulta e Formação dos Trabalhadores ( Art. 8.º ) ● ○ ○


O empregador assegura aos trabalhadores expostos aos riscos resultantes de radiações ópticas de fontes artificiais, assim como aos
seus representantes para a segurança e saúde no trabalho, a informação e formação adequadas sobre:
a) Riscos potenciais para a segurança e saúde derivados da exposição a radiações ópticas durante o trabalho;
b) Valores limite de exposição e potenciais riscos associados;
c) Resultados das avaliações e das medições e dos cálculos dos níveis de exposição a radiações efectuadas, acompanhados de uma
explicação do seu significado e do risco potencial que representam;
d) Utilidade e forma de detectar e notificar os efeitos negativos para a saúde resultantes da exposição;
e) Situações em que os trabalhadores têm direito à vigilância da saúde;
f) Práticas de trabalho seguras que minimizem os riscos de exposição;
g) Utilização correcta de equipamento de protecção individual adequado.
A informação deve ser prestada de forma adequada, oralmente ou por escrito, nomeadamente através de formação individual
dos trabalhadores, e ser periodicamente actualizada de modo a incluir qualquer alteração verificada.
O empregador assegura a informação e a consulta dos trabalhadores e dos seus representantes para a segurança e saúde no
trabalho sobre a avaliação dos riscos e as medidas a tomar para reduzir a exposição.

Vigilância da saúde ( Art. 9.º ) ○ ○ ●


1 - O empregador assegura a vigilância adequada da saúde dos trabalhadores, com vista à prevenção de eventuais riscos para a
saúde a longo prazo e de contracção de doenças crónicas e ao diagnóstico precoce de qualquer efeito adverso para a saúde,
resultantes da exposição a radiações ópticas artificiais.
2 - No caso de trabalhador que tenha estado exposto a radiações ópticas artificiais superiores aos valores limite de exposição ou
cuj o resultado da vigilância da saúde revelar que sofre de doença ou afecção resultante da exposição a radiações ópticas artificiais
no local de trabalho, o empregador assegura a realização de exames médicos adequados as essas situações.

Resultado da Vigilância da Saúde ( Art. 10 .º ) ○ ○ ●


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1 - Se a vigilância da saúde revelar efeitos adversos para a saúde do trabalhador, o médico do trabalho:
a) I nforma o trabalhador do resultado e presta- lhe informações e recomendações sobre a vigilância da saúde a que deva
submeter- se, terminada a exposição;
b) Comunica ao empregador o resultado da vigilância da saúde com interesse para a prevenção de riscos, sem prej uízo do sigilo
profissional a que se encontra vinculado.
2 - O empregador, tendo em conta o referido na alínea b) do número anterior:
a) Repete a avaliação de riscos;
b) Revê as medidas adoptadas para eliminar ou reduzir os riscos;
c) Aplica as medidas necessárias, com base no parecer do médico do trabalho, para eliminar ou reduzir os riscos;
d) Promove a vigilância contínua da saúde e assegura o exame de saúde de qualquer outro trabalhador que tenha estado exposto
de forma idêntica, nomeadamente a realização de exames médicos adequados.
3 - No caso de trabalhador exposto a radiações ópticas artificiais superiores aos valores limite de exposição, aplica- se o disposto nos
números anteriores.
4 - O trabalhador tem acesso, a seu pedido, ao registo de saúde que lhe diga respeito.

Registo e Arquivo de Documentos ( Art. 11.º ) ○ ○ ●


1 - O empregador organiza os registos de dados e mantém arquivos actualizados sobre:
a) Os resultados da avaliação de riscos bem como os critérios e procedimentos da avaliação;
b) A identificação dos trabalhadores expostos com a indicação, para cada trabalhador, do posto de trabalho ocupado, da natureza e,
se possível, do grau de exposição a que esteve suj eito;
c) Os resultados da vigilância da saúde de cada trabalhador, com a referência ao posto de trabalho, aos exames de saúde e exames
complementares realizados e a outros elementos considerados úteis pelo médico responsável, tendo em conta a confidencialidade
dos referidos dados;
d) A identificação do médico responsável pela vigilância da saúde.
2 - Estes registos e arquivos devem ser conservados de forma a permitir a sua consulta.

Declaração de Rectificação n.º 33/2010 de 27 de Outubro ○ ○ ●


Re ctifica a Le i n.º 25/2010, de 30 de Agosto, que e sta be le ce a s pre scriçõe s mínima s pa ra prote cçã o dos
tra ba lha dore s contra os riscos pa ra a sa úde e a se gura nça de vidos à e xposiçã o, dura nte o tra ba lho, a
ra dia çõe s óptica s de fonte s a rtificia is, tra nspondo a Dire ctiva n.º 2006/25/CE, do Pa rla me nto Europe u e do
Conse lho, de 5 de Abril, publica da no Diá rio da Re pública , 1.ª sé rie , n.º 168, de 30 de Agosto de 2010.

Alteração à Lei n.º 25/20 10 ○ ○ ●


Altera os Anexos I e I I da Lei n.º 25/20 10 .

Regulamento n.º 609/2011 de 25 de Novembro ○ ○ ●


Re gula me nto re la tivo à me todologia de e la bora çã o e e xe cuçã o dos pla nos de monitoriza çã o e me diçã o dos
níve is de inte nsida de dos ca mpos e le ctroma gné ticos re sulta nte s da e missã o de e sta çõe s de ra diocomunica çõe s.
Obj ecto ( Art. 1.º ) ○ ○ ●
1- O presente regulamento define a metodologia de elaboração e execução dos planos de monitorização e medição dos níveis de
intensidade dos campos electromagnéticos resultantes da emissão de estações de radiocomunicações, nos termos do n.º 2 do artigo
12.º do Decreto - Lei n.º 11/20 0 3, de 18 de Janeiro, adiante designado abreviadamente por decreto- lei.
2 - A metodologia definida pelo presente regulamento aplica- se aos planos de monitorização e medição a elaborar, nos termos do
n.º 1 do artigo 12.º do decreto- lei, pelas entidades habilitadas a instalar e utilizar estações de radiocomunicações afectas à
prestação de serviços de comunicações electrónicas acessíveis ao público.

S e gura nça e S a úde no Tra ba lho / Diploma s Na ciona is / Higiene do Trabalho / Agentes Químicos

Lei n.º 37/2007 de 14 de Agosto ● ○ ●


Aprova norma s pa ra a prote cçã o dos cida dã os da e xposiçã o involuntá ria a o fumo do ta ba co e me dida s de
re duçã o da procura re la ciona da s com a de pe ndê ncia e a ce ssa çã o do se u consumo.

Proibição de Fumar ( Art. 2.º ) ● ○ ○


É proibido fumar:
a) Nos locais onde estej am instalados órgãos de soberania, serviços e organismos da Administração Pública e pessoas colectivas
públicas;
b) Nos locais de trabalho;
c) Nos locais de atendimento directo ao público;
d) Outro definidos pela Gerência

Excepções ( Art. 5.º ) ○ ○ ●


A proibição pode ser abolida em determinadas áreas, desde que:
a) Estej am devidamente sinalizadas, de acordo com o artigo 6.º ;
b) Exista uma separação física das restantes áreas, dotada de uma ventilação adequada;
c) Exista ventilação directa para o exterior através de sistema de extracção de ar que protej a dos efeitos do fumo os trabalhadores
não fumadores.

Sinalização ( Art. 6.º ) ● ○ ○


1 - A interdição ou condicionamento de fumar deve estar devidamente assinalado, através da afixação de dísticos com fundo
vermelho, conformes ao modelo A constante do anexo I do presente diploma. [deverá conter igualmente o valor da coima pelo
desrespeito do mesmo ( consultar art. 25.º €50 - €750 ) ]
2- As áreas onde é permitido fumar são identificadas mediante afixação de dísticos com fundo azul e com as restantes
características indicadas no número anterior, conformes ao modelo B constante do anexo I .

Responsabilidade ( Art. 7.º ) ○ ○ ●

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A responsabilidade do cumprimento do presente diploma é da direcção/administração da instalação ( o incumprimento do presente
diploma esta suj eito a coima de € 50 a € 10 0 0 ) .

Proibição de venda de produtos do tabaco ( Art. 15.º ) ● ○ ○


É proíbida a venda de tabaco nestes locais.

S e gura nça e S a úde no Tra ba lho / Diploma s Na ciona is / Higiene do Trabalho / Ruído

Decreto-Lei n.º 18 2/2006 de 6 de Setembro ● ○ ●


Tra nspõe pa ra a orde m jurídica inte rna a Dire ctiva n.º 2003/10/CE, do Pa rla me nto Europe u e do Conse lho, de
6 de Fe ve re iro, re la tiva à s pre scriçõe s mínima s de se gura nça e de sa úde e m ma té ria de e xposiçã o dos
tra ba lha dore s a os riscos de vidos a os a ge nte s físicos (ruído).

Valores limite de exposição e valores de acção ( Art. 3.º ) ○ ○ ●


a) Valores limites de exposição: LEX,8h = = 87 dB ( A) e LCpico = 140 dB ( C) equivalente a 20 0 Pa;
b) Valores de acção superiores: LEX,8h = = 85 dB ( A) e LCpico = 137 dB ( C) equivalente a 140 Pa;
c) Valores de acção inferiores: LEX,8h = = 80 dB( A) e LCpico = 135 dB ( C) equivalente a 112 Pa.

Princípios gerais da avaliação de riscos ( Art. 4.º ) ○ ○ ●


1 - Para todas as actividades susceptíveis de apresentar riscos de exposição ao ruído, o empregador deve avaliar e, se necessário,
medir os níveis de ruído a que os trabalhadores se encontram expostos.
2 - As medições devem ser efectuadas através de métodos e equipamentos adequados a cada caso.
3 - A medição do nível do ruído é sempre realizada:
a) Por uma entidade acreditada;
b) Por um técnico superior de higiene e segurança do trabalho ou por um técnico de higiene e segurança do trabalho que possua
certificado de aptidão profissional válido e formação específica em matéria de métodos e instrumentos de medição do ruído no
trabalho.
4 - As medições devem ser registadas num documento de acordo com o indicado no Anexo I I I do presente diploma.

Avaliação de riscos ( Art. 5.º ) ● ○ ○


Devem ser avaliados os riscos de exposição do trabalhador ao ruído.

Redução da exposição ( Art. 6.º ) ○ ○ ●


Em caso de incumprimento dos valores legais estabelecidos no art. 3.º devem ser implementadas medidas que permitam a
redução do ruído emitido, como:
a) Métodos de trabalho alternativos que permitam reduzir a exposição ao ruído;
b) Escolha de equipamentos de trabalho adequados, ergonomicamente bem concebidos e que produzam o mínimo ruído possível,
incluindo a possibilidade de disponibilizar aos trabalhadores equipamento de trabalho cuj a concepção e cuj o fabrico respeitem o
obj ectivo ou o efeito da limitação da exposição ao ruído;
c) Concepção, disposição e organização dos locais e dos postos de trabalho;
d) I nformação e formação adequadas dos trabalhadores para a utilização correcta e segura do equipamento com o obj ectivo de
reduzir ao mínimo a sua exposição ao ruído;
e) Medidas técnicas de redução do ruído, nomeadamente barreiras acústicas, encapsulamento e revestimento com material de
absorção sonora para redução do ruído aéreo, e medidas de amortecimento e isolamento para redução do ruído transmitido à
estrutura;
f) Organização do trabalho com limitação da duração e da intensidade da exposição;
g) Horários de trabalho adequados, incluindo períodos de descanso apropriados.

S e gura nça e S a úde no Tra ba lho / Diploma s Na ciona is / Segurança por Actividade / Construção

Decreto n.º 418 21/58 de 11 de Agosto ○ ○ ●


Re gula me nto de S e gura nça no Tra ba lho da Construçã o Civil.

Regulamento de Segurança no Trabalho da Construção Civil ○ ○ ●


Estabelece regras de segurança à utilização de:
1 - Andaimes, plataformas suspensas, passadiços, pranchadas e escadas;
2 - Aberturas e sua protecção;
3 - Obras em telhados;
4 - Demolições;
5 - Escavações;
6 - Aparelhos elevatórios;
7 - Equipamento de protecção e primeiros socorros;

Decreto n.º 46427 de 10 de Julho de 1965 ○ ○ ●


Aprova o Re gula me nto da s Insta la çõe s Provisória s De stina da s a o Pe ssoa l Empre ga do na s O bra s.

Obj ecto ○ ○ ●
Regulamento das I nstalações Provisórias destinadas ao pessoal empregado nas obras

Portaria n.º 101/96 de 3 de Abril ○ ○ ●


Re gula me nta a s pre scriçõe s mínima s de se gura nça e de sa úde nos loca is e postos de tra ba lho dos e sta le iros
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Re gula me nta a s pre scriçõe s mínima s de se gura nça e de sa úde nos loca is e postos de tra ba lho dos e sta le iros
te mporá rios ou móve is.
Obj ecto ( Art. 1.º ) ○ ○ ●
A presente portaria regulamenta as prescrições mínimas de segurança e de saúde nos locais e postos de trabalho dos estaleiros
temporários ou móveis.

Decreto-Lei n.º 273/2003 de 29 de Outubro ○ ○ ●


Proce de à re visã o da re gula me nta çã o da s condiçõe s de se gura nça e de sa úde no tra ba lho e m e sta le iros
te mporá rios ou móve is, consta nte do De cre to-Le i n.º 155/95, de 1 de Julho, ma nte ndo a s pre scriçõe s mínima s
de se gura nça e sa úde no tra ba lho e sta be le cida s pe la Dire ctiva n.º 92/57/CEE, do Conse lho, de 24 de Junho.

Âmbito ( Art. 2.º ) ○ ○ ●


O presente diploma é aplicável a trabalhos de construção de edifícios e a outros no domínio de engenharia civil que consistam,
nomeadamente, em:
a) Escavação;
b) Terraplenagem;
c) Construção, ampliação, alteração, reparação, restauro, conservação e limpeza de edifícios;
d) Montagem e desmontagem de elementos prefabricados, andaimes, gruas e outros aparelhos elevatórios;
e) Demolição;
f) Construção, manutenção, conservação e alteração de vias de comunicação rodoviárias, ferroviárias e aeroportuárias e suas
infra- estruturas, de obras fluviais ou marítimas, túneis e obras de arte, barragens, silos e chaminés industriais;
g) Trabalhos especializados no domínio da água, tais como sistemas de irrigação, de drenagem e de abastecimento de águas e de
águas residuais, bem como redes de saneamento básico;
h) I ntervenções nas infra- estruturas de transporte e distribuição de electricidade, gás e telecomunicações;
i) Montagem e desmontagem de instalações técnicas e de equipamentos diversos;
j ) I solamentos e impermeabilizações.

Exclusões ( Art. 2.º ) ○ ○ ●


O presente diploma não se aplica às actividades de perfuração e extracção que tenham lugar no âmbito das indústrias extractivas.

Princípios gerais do proj ecto da obra ( Art. 4.º ) ○ ○ ●


A fim de garantir a segurança e a protecção da saúde de todos os intervenientes no estaleiro, bem como na utilização da obra e
noutras intervenções posteriores, o autor do proj ecto ou a equipa de proj ecto deve ter em conta os princípios gerais de prevenção
de riscos profissionais consagrados no regime aplicável em matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho.

Planificação da segurança e saúde no trabalho ( Art. 5.º ) ○ ○ ●


1 - O dono da obra deve elaborar ou mandar elaborar, durante a fase do proj ecto, o plano de segurança e saúde ( PSS) para
garantir a segurança e a saúde de todos os intervenientes no estaleiro.
2 - O plano de segurança e saúde será posteriormente desenvolvido e especificado pela entidade executante para a fase da
execução da obra.
3 - O plano de segurança e saúde é obrigatório em obras suj eitas a proj ecto e que envolvam trabalhos que impliquem riscos
especiais previstos no artigo 7.º ou a comunicação prévia da abertura do estaleiro.

Plano de segurança e saúde em proj ecto ( Art. 6.º ) ○ ○ ●


O PSS deve concretizar os riscos evidenciados e as medidas preventivas a adoptar, tendo nomeadamente em consideração os
seguintes aspectos:
a) Os tipos de trabalho a executar;
b) A gestão da segurança e saúde no estaleiro, especificando os domínios da responsabilidade de cada interveniente;
c) As metodologias relativas aos processos construtivos, bem como os materiais e produtos que sej am definidos no proj ecto ou no
caderno de encargos;
d) Fases da obra e programação da execução dos diversos trabalhos;
e) Riscos especiais para a segurança e saúde dos trabalhadores, referidos no artigo seguinte;
f) Aspectos a observar na gestão e organização do estaleiro de apoio, de acordo com o anexo I .

Riscos especiais ( Art. 7.º ) ○ ○ ●


São riscos especiais:
a) Que exponham os trabalhadores a risco de soterramento, de afundamento ou de queda em altura, particularmente agravados
pela natureza da actividade ou dos meios utilizados, ou do meio envolvente do posto, ou da situação de trabalho, ou do estaleiro;
b) Que exponham os trabalhadores a riscos químicos ou biológicos susceptíveis de causar doenças profissionais;
c) Que exponham os trabalhadores a radiações ionizantes, quando for obrigatória a designação de zonas controladas ou vigiadas;
d) Efectuados na proximidade de linhas eléctricas de média e alta tensão;
e) Efectuados em vias ferroviárias ou rodoviárias que se encontrem em utilização, ou na sua proximidade;
f) De mergulho com aparelhagem ou que impliquem risco de afogamento;
g) Em poços, túneis, galerias ou caixões de ar comprimido;
h) Que envolvam a utilização de explosivos, ou susceptíveis de originarem riscos derivados de atmosferas explosivas;
i) De montagem e desmontagem de elementos prefabricados ou outros, cuj a forma, dimensão ou peso exponham os
trabalhadores a risco grave;
j ) Que o dono da obra, o autor do proj ecto ou qualquer dos coordenadores de segurança fundamentadamente considere
susceptíveis de constituir risco grave para a segurança e saúde dos trabalhadores.

Obras públicas e obras abrangidas pelo regime j urídico da urbanização e edificação ( Art.º 8.º ) ○ ○ ●
No âmbito do contrato de empreitada de obras públicas, o PSS em proj ecto deve:
- Ser incluído pelo dono da obra no conj unto dos elementos que servem de base ao concurso;
- Ficar anexo ao contrato de empreitada de obras públicas, qualquer que sej a o tipo de procedimento adoptado no concurso.
No caso de obra particular, o dono da obra deve incluir o PSS em proj ecto no conj unto dos elementos que servem de base à
negociação para que a entidade executante o conheça ao contratar a empreitada.

Coordenadores de segurança ( Art. 9.º ) ○ ○ ●

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1 - O dono da obra deve nomear um coordenador de segurança em proj ecto:
a) Se o proj ecto da obra for elaborado por mais de um suj eito, desde que as suas opções arquitectónicas e escolhas técnicas
impliquem complexidade técnica para a integração dos princípios gerais de prevenção de riscos profissionais ou os trabalhos a
executar envolvam riscos especiais previstos no artigo 7.º ;
b) Se for prevista a intervenção na execução da obra de duas ou mais empresas, incluindo a entidade executante e
subempreiteiros.
2 - O coordenador de segurança em obra não pode intervir na execução da obra como entidade executante, subempreiteiro,
trabalhador independente na acepção do presente diploma ou trabalhador por conta de outrem, com excepção, neste último caso,
da possibilidade de cumular com a função de fiscal da obra.

Desenvolvimento do PSS para a execução da obra ( Art. 11.º ) ○ ○ ●


1 - A entidade executante deve desenvolver e especificar o PSS em proj ecto de modo a complementar as medidas previstas, tendo
nomeadamente em conta:
a) As definições do proj ecto e outros elementos resultantes do contrato com a entidade executante que sej am relevantes para a
segurança e saúde dos trabalhadores durante a execução da obra;
b) As actividades simultâneas ou incompatí- veis que decorram no estaleiro ou na sua proximidade;
c) Os processos e métodos construtivos, incluindo os que exij am uma planificação detalhada das medidas de segurança;
d) Os equipamentos, materiais e produtos a utilizar;
e) A programação dos trabalhos, a intervenção de subempreiteiros e trabalhadores independentes, incluindo os respectivos prazos
de execução;
f) As medidas específicas respeitantes a riscos especiais;
g) O proj ecto de estaleiro, incluindo os acessos, as circulações, a movimentação de cargas, o armazenamento de materiais,
produtos e equipamentos, as instalações fixas e demais apoios à produção, as redes técnicas provisórias, a evacuação de resíduos, a
sinalização e as instalações sociais;
h) A informação e formação dos trabalhadores;
i) O sistema de emergência, incluindo as medidas de prevenção, controlo e combate a incêndios, de socorro e evacuação de
trabalhadores.
2 - O plano de segurança e saúde para a execução da obra deve corresponder à estrutura indicada no anexo I I e ter j untos os
elementos referidos no anexo I I I .

Aprovação do PSS para a execução da obra ( Art. 12.º ) ○ ○ ●


O prazo fixado no contrato para a execução da obra não começa a correr antes que o dono da obra comunique à entidade
executante a aprovação do plano de segurança e saúde.

Aplicação do plano de segurança e saúde para a execução da obra ( Art. 13.º ) ○ ○ ●


1 - O dono da obra deve impedir que a entidade executante inicie a implantação do estaleiro sem estar aprovado o plano de
segurança e saúde para a execução da obra.
2 - A entidade executante deve assegurar que o plano de segurança e saúde e as suas alterações estej am acessíveis, no estaleiro,
aos subempreiteiros, aos trabalhadores independentes e aos representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde
que nele trabalhem.
3 - Os subempreiteiros e os trabalhadores independentes devem cumprir o plano de segurança e saúde para a execução da obra,
devendo esta obrigação ser mencionada nos contratos celebrados com a entidade executante ou o dono da obra.

Fichas de procedimentos de segurança ( Art. 14.º ) ○ ○ ●


Sempre que se trate de trabalhos em que não sej a obrigatório o plano de segurança e saúde, mas que impliquem riscos especiais
previstos no artigo 7.º , a entidade executante deve elaborar fichas de procedimentos de segurança ( FPS) para os trabalhos que
comportem tais riscos e assegurar que os trabalhadores intervenientes na obra tenham conhecimento das mesmas.

Comunicação prévia da abertura do estaleiro ( Art. 15.º ) ○ ○ ●


1 - O dono da obra deve comunicar previamente a abertura do estaleiro à I nspecção- Geral do Trabalho ( actual ACT) quando for
previsível que a execução da obra envolva uma das seguintes situações:
a) Um prazo total superior a 30 dias e, em qualquer momento, a utilização simultânea de mais de 20 trabalhadores;
b) Um total de mais de 50 0 dias de trabalho, correspondente ao somatório dos dias de trabalho prestado por cada um dos
trabalhadores.

Compilação técnica da obra ( Art.º 16.º ) ○ ○ ●


O dono da obra deve elaborar ou mandar elaborar uma compilação técnica da obra que inclua os elementos úteis a ter em conta
na sua utilização futura, bem como em trabalhos posteriores à sua conclusão, para preservar a segurança e saúde de quem os
executar.
A compilação técnica da obra deve incluir, nomeadamente, os seguintes elementos:
a) I dentificação completa do dono da obra, do autor ou autores do proj ecto, dos coordenadores de segurança em proj ecto e em
obra, da entidade executante, bem como de subempreiteiros ou trabalhadores independentes cuj as intervenções sej am relevantes
nas características da mesma;
b) I nformações técnicas relativas ao proj ecto geral e aos proj ectos das diversas especialidades, incluindo as memórias descritivas,
proj ecto de execução e telas finais, que refiram os aspectos estruturais, as redes técnicas e os sistemas e materiais utilizados que
sej am relevantes para a prevenção de riscos profissionais;
c) I nformações técnicas respeitantes aos equipamentos instalados que sej am relevantes para a prevenção dos riscos da sua
utilização, conservação e manutenção;
d) I nformações úteis para a planificação da segurança e saúde na realização de trabalhos em locais da obra edificada cuj o acesso e
circulação apresentem riscos.

Obrigações do dono da obra ( Art. 17.º ) ○ ○ ●


a) Nomear os coordenadores de segurança em proj ecto e em obra, nas situações referidas nos n.os 1 e 2 do artigo 9.º ;
b) Elaborar ou mandar elaborar o plano de segurança e saúde, de acordo com os artigos 5.º e 6.º ;
c) Assegurar a divulgação do plano de segurança e saúde, de acordo com o disposto no artigo 8.º ;
d) Aprovar o desenvolvimento e as alterações do plano de segurança e saúde para a execução da obra;
e) Comunicar previamente a abertura do estaleiro à I nspecção- Geral do Trabalho, nas situações referidas no n.º 1 do artigo 15.º ;
f) Entregar à entidade executante cópia da comunicação prévia da abertura do estaleiro, bem como as respectivas actualizações;
g) Elaborar ou mandar elaborar a compilação técnica da obra;
h) Se intervierem em simultâneo no estaleiro duas ou mais entidades executantes, designar a que, nos termos da alínea i) do
n.º 2 do artigo 19.º , tomar as medidas necessárias para que o acesso ao estaleiro sej a reservado a pessoas autorizadas;
i) Assegurar o cumprimento das regras de gestão e organização geral do estaleiro a incluir no plano de segurança e saúde em
proj ecto definidas no anexo I .

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Obrigações do autor do proj ecto ( Art. 18.º ) ○ ○ ●
a) Elaborar o proj ecto da obra de acordo com os princípios definidos no artigo 4.º e as directivas do coordenador de segurança em
proj ecto;
b) Colaborar com o dono da obra, ou com quem este indicar, na elaboração da compilação técnica da obra;
c) Colaborar com o coordenador de segurança em obra e a entidade executante, prestando informações sobre aspectos relevantes
dos riscos associados à execução do proj ecto.

Obrigações dos coordenadores de segurança em proj ecto ( Art. 19.º ) ○ ○ ●


a) Assegurar que os autores do proj ecto tenham em atenção os princí- pios gerais do proj ecto da obra, referidos no artigo 4.º ;
b) Colaborar com o dono da obra na preparação do processo de negociação da empreitada e de outros actos preparatórios da
execução da obra, na parte respeitante à segurança e saúde no trabalho;
c) Elaborar o plano de segurança e saúde em proj ecto ou, se o mesmo for elaborado por outra pessoa designada pelo dono da obra,
proceder à sua validação técnica;
d) I niciar a organização da compilação técnica da obra e completá- la nas situações em que não haj a coordenador de segurança
em obra;
e) I nformar o dono da obra sobre as responsabilidades deste no âmbito do presente diploma.

Obrigações dos coordenadores de segurança em obra ( Art. 19.º ) ○ ○ ●


a) Apoiar o dono da obra na elaboração e actualização da comunicação prévia prevista no artigo 15.º ;
b) Apreciar o desenvolvimento e as alterações do plano de segurança e saúde para a execução da obra e, sendo caso disso, propor à
entidade executante as alterações adequadas com vista à sua validação técnica;
c) Analisar a adequabilidade das fichas de procedimentos de segurança e, sendo caso disso, propor à entidade executante as
alterações adequadas;
d) Verificar a coordenação das actividades das empresas e dos trabalhadores independentes que intervêm no estaleiro, tendo em
vista a prevenção dos riscos profissionais;
e) Promover e verificar o cumprimento do plano de segurança e saúde, bem como das outras obrigações da entidade executante,
dos subempreiteiros e dos trabalhadores independentes, nomeadamente no que se refere à organização do estaleiro, ao sistema de
emergência, às condicionantes existentes no estaleiro e na área envolvente, aos trabalhos que envolvam riscos especiais, aos
processos construtivos especiais, às actividades que possam ser incompatíveis no tempo ou no espaço e ao sistema de comunicação
entre os intervenientes na obra;
f) Coordenar o controlo da correcta aplicação dos métodos de trabalho, na medida em que tenham influência na segurança e saúde
no trabalho;
g) Promover a divulgação recíproca entre todos os intervenientes no estaleiro de informações sobre riscos profissionais e a sua
prevenção;
h) Registar as actividades de coordenação em matéria de segurança e saúde no livro de obra, nos termos do regime j urídico
aplicável ou, na sua falta, de acordo com um sistema de registos apropriado que deve ser estabelecido para a obra;
i) Assegurar que a entidade executante tome as medidas necessárias para que o acesso ao estaleiro sej a reservado a pessoas
autorizadas;
j ) I nformar regularmente o dono da obra sobre o resultado da avaliação da segurança e saúde existente no estaleiro;
l) I nformar o dono da obra sobre as responsabilidades deste no âmbito do presente diploma;
m) Analisar as causas de acidentes graves que ocorram no estaleiro;
n) I ntegrar na compilação técnica da obra os elementos decorrentes da execução dos trabalhos que dela não constem.

Obrigações da entidade executante ( Art. 20 .º ) ○ ○ ●


a) Avaliar os riscos associados à execução da obra e definir as medidas de prevenção adequadas e, se o plano de segurança e saúde
for obrigatório nos termos do n.º 4 do artigo 5.º , propor ao dono da obra o desenvolvimento e as adaptações do mesmo;
b) Dar a conhecer o plano de segurança e saúde para a execução da obra e as suas alterações aos subempreiteiros e trabalhadores
independentes, ou pelo menos a parte que os mesmos necessitam de conhecer por razões de prevenção;
c) Elaborar fichas de procedimentos de segurança para os trabalhos que impliquem riscos especiais e assegurar que os
subempreiteiros e trabalhadores independentes e os representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde no
trabalho que trabalhem no estaleiro tenham conhecimento das mesmas;
d) Assegurar a aplicação do plano de segurança e saúde e das fichas de procedimentos de segurança por parte dos seus
trabalhadores, de subempreiteiros e trabalhadores independentes;
e) Assegurar que os subempreiteiros cumpram, na qualidade de empregadores, as obrigações previstas no artigo 22.º ;
f) Assegurar que os trabalhadores independentes cumpram as obrigações previstas no artigo 23.º ;
g) Colaborar com o coordenador de segurança em obra, bem como cumprir e fazer respeitar por parte de subempreiteiros e
trabalhadores independentes as directivas daquele;
h) Tomar as medidas necessárias a uma adequada organização e gestão do estaleiro, incluindo a organização do sistema de
emergência;
i) Tomar as medidas necessárias para que o acesso ao estaleiro sej a reservado a pessoas autorizadas;
j ) Organizar um registo actualizado dos subempreiteiros e trabalhadores independentes por si contratados com actividade no
estaleiro, nos termos do artigo seguinte;
l) Fornecer ao dono da obra as informações necessárias à elaboração e actualização da comunicação prévia;
m) Fornecer ao autor do proj ecto, ao coordenador de segurança em proj ecto, ao coordenador de segurança em obra ou, na falta
destes, ao dono da obra os elementos necessários à elaboração da compilação técnica da obra.

Registo de subempreiteiros e trabalhadores independentes ( Art. 21.º ) ○ ○ ●


A entidade executante deve organizar um registo que inclua, em relação a cada subempreiteiro ou trabalhador independente por
si contratado que trabalhe no estaleiro durante um prazo superior a vinte e quatro horas.

Obrigações dos empregadores ( Art. 22.º ) ○ ○ ●

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a) Comunicar, pela forma mais adequada, aos respectivos trabalhadores e aos trabalhadores independentes por si contratados o
plano de segurança e saúde ou as fichas de procedimento de segurança, no que diz respeito aos trabalhos por si executados, e fazer
cumprir as suas especificações;
b) Manter o estaleiro em boa ordem e em estado de salubridade adequado;
c) Garantir as condições de acesso, deslocação e circulação necessária à segurança em todos os postos de trabalho no estaleiro;
d) Garantir a correcta movimentação dos materiais e utilização dos equipamentos de trabalho;
e) Efectuar a manutenção e o controlo das instalações e dos equipamentos de trabalho antes da sua entrada em funcionamento e
com intervalos regulares durante a laboração;
f) Delimitar e organizar as zonas de armazenagem de materiais, em especial de substâncias, preparações e materiais perigosos;
g) Recolher, em condições de segurança, os materiais perigosos utilizados;
h) Armazenar, eliminar, reciclar ou evacuar resíduos e escombros;
i) Determinar e adaptar, em função da evolução do estaleiro, o tempo efectivo a consagrar aos diferentes tipos de trabalho ou fases
do trabalho;
j ) Cooperar na articulação dos trabalhos por si desenvolvidos com outras actividades desenvolvidas no local ou no meio
envolvente;
l) Cumprir as indicações do coordenador de segurança em obra e da entidade executante;
m) Adoptar as prescrições mínimas de segurança e saúde no trabalho revistas em regulamentação específica;
n) I nformar e consultar os trabalhadores e os seus representantes para a segurança, higiene e saúde no trabalho sobre a aplicação
das disposições do presente diploma.

Obrigações dos trabalhadores independentes ( Art. 23.º ) ○ ○ ●


a) Cumprir, na medida em que lhes sej am aplicáveis, as obrigações estabelecidas no artigo 22.º ;
b) Cooperar na aplicação das disposições específicas estabelecidas para o estaleiro, respeitando as indicações do coordenador de
segurança em obra e da entidade executante.

Acidentes graves e mortais ( Art. 24.º ) ○ ○ ●


1 - O acidente de trabalho de que resulte a morte ou lesão grave do trabalhador, ou que assuma particular gravidade na
perspectiva da segurança no trabalho, deve ser comunicado pelo respectivo empregador à I nspecção- Geral do Trabalho ( Actual
ACT) e ao coordenador de segurança em obra, no mais curto prazo possível, não podendo exceder 24 horas.
2 - A comunicação do acidente que envolva um trabalhador independente deve ser feita pela entidade que o tiver contratado.

Decreto-Lei n.º 12/2004 de 9 de Janeiro ● ○ ●


Esta be le ce o re gime jurídico de ingre sso e pe rma nê ncia na a ctivida de da construçã o.

Alvará ( Art. 4.º ) ● ○ ○


O exercício da actividade da construção depende de alvará a conceder pelo I NCI , ficando o seu titular autorizado a executar os
trabalhos enquadráveis nas habilitações no mesmo relacionadas
- O alvará é intransmissível, a qualquer título e para qualquer efeito.
- Podem exercer a actividade da construção os empresários em nome individual e as sociedades comerciais suj eitas à lei pessoal
portuguesa ou cuj a sede se situe em qualquer Estado do espaço económico europeu.
- As habilitações para o exercício constam de portaria Portaria n.º 73/20 0 7 de 11 de Janeiro.
A validade do alvará é de 12 meses, caducando no dia 31 de Janeiro se não for revalidado.

Validade do alvará ( Art. 5.º ) ● ○ ○


O alvará é válido por um período máximo de 12 meses, caducando no dia 31 de Janeiro se não for revalidado nos termos do
presente diploma.

Concessão e manutenção de habilitações ( Art. 8.º a 10 .º ) ● ○ ○


A concessão e a manutenção de habilitações dependem do preenchimento cumulativo dos seguintes requisitos:
- I doneidade
- Capacidade técnica
- Capacidade económica e financeira

I ngresso na Actividade ( Art. 11.º ) ● ○ ○


Para o ingresso na actividade, os interessados deverão comprovar:
- a idoneidade;
- a capacidade técnica, adequada à natureza e ao valor dos trabalhos para que pretende ser habilitado;
- a capacidade económica e financeira, por um valor mínimo do capital próprio igual ou superior a 10 % do valor limite da maior
das classes solicitadas, excepto no que respeita à classe mais elevada prevista na Portaria n.º 19/20 0 4 de 10 de Janeiro, do
presente diploma, caso em que o capital próprio deverá ser igual ou superior a 20 % do limite da classe anterior.
Este caso não é aplicável para o ingresso na classe 1, em que apenas é exigido que o requerente não tenha capital próprio
negativo.

Classificação em empreiteiro geral ou construtor geral ( Art. 12.º ) ● ○ ○


1 - A classificação em empreiteiro geral ou construtor geral habilita o seu titular a subcontratar a execução de trabalhos
enquadráveis nas subcategorias necessárias à concretização da obra, sendo responsável pela sua coordenação global, desde que:
a) O valor total da obra não exceda o limite definido pela classe que detém;
b) Os trabalhos subcontratados sej am executados por empresas devidamente habilitadas.
2 - A classificação em empreiteiro geral ou construtor geral é concedida com base:
a) Na classificação das subcategorias determinantes, podendo, no limite e em função da apreciação que resulte das alíneas
seguintes, ser concedida até duas classes acima da classe mais elevada detida naquelas subcategorias;
b) Na capacidade de coordenação, avaliada pela experiência profissional detida pelo empresário ou pelos representantes legais da
sociedade e pelos seus técnicos em funções de gestão e coordenação de obras;
c) No quadro de pessoal exigido pela Portaria n.º 16/20 0 4 de 10 de Janeiro.

Elevação de classe ( Art. 14.º ) ● ○ ○

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1 - As empresas que pretendam a elevação para a classe imediatamente superior à que detêm deverão comprovar, para além do
requisito de idoneidade:
a) A capacidade técnica, pela verificação do quadro mínimo de pessoal previsto no n.º 4 do artigo 9.º do presente diploma e pela
disponibilidade de equipamento adequado;
b) A experiência, tendo executado, no tipo de trabalho em causa, nos últimos três anos, uma obra, devidamente comprovada, cuj o
valor sej a igual ou superior a 50 % do valor limite da classe que detém, ou duas obras, devidamente comprovadas, cuj o valor
acumulado sej a igual ou superior a 80 % do valor da classe que detém.
2 - No caso de a empresa solicitar a elevação para classe não imediatamente superior, para além do disposto no número anterior,
deve ainda comprovar ter executado, nos três últimos anos, obras de valor acumulado igual ou superior ao valor limite da classe
requerida.

Técnicos e incompatibilidades ( Art. 17.º ) ● ○ ○


Os técnicos que integrem o quadro de uma empresa inscrita no I NCI não podem:
a) Fazer parte do quadro de pessoal de qualquer outra empresa também inscrita;
b) Desempenhar funções técnicas, a qualquer título, em entidades licenciadoras ou donos de obra pública, excepto se, para o
efeito, estiverem devidamente autorizados nos termos legais em vigor sobre incompatibilidades.

Condições mínimas de permanência ( Art. 18.º ) ● ○ ○


Para além do requisito de idoneidade, as empresas detentoras de alvará deverão verificar as seguintes condições mínimas de
permanência:
a) Manter um quadro técnico, de acordo com o estabelecido na Portaria n.º 16/20 0 4;
b) Deter, no último exercício, um valor de custos com pessoal igual ou superior a 7 % do valor limite da classe anterior à maior
das classes que detém;
c) Deter, no último exercício, um valor de capital próprio igual ou superior a 10 % do valor limite da maior das classes que
detém, excepto no que respeita à classe mais elevada prevista na Portaria n.º 73/20 0 7, caso em que esse valor deverá ser igual
ou superior a 2 0 % do valor limite da classe anterior;
d) Deter, no último exercício, um valor de volume de negócios em obra igual ou superior a 50 % do valor limite da classe
anterior à maior das classes que detém;
e) Deter, no último exercício, valores de liquidez geral e autonomia financeira iguais ou superiores aos fixados na Portaria n.º
994/20 0 4.

Deveres no exercício da actividade ( Art. 24.º ) ● ○ ○


1 - As empresas no exercício da sua actividade devem agir segundo as regras da boa fé na formação e execução do contrato e
proceder à realização da obra em conformidade com o que foi convencionado, sem vícios que excluam ou reduzam o valor dela ou
a sua aptidão para o uso ordinário ou o previsto no contrato, e no respeito pelas disposições legais e regulamentares aplicáveis.
2 - Constituem, nomeadamente, violação do referido:
a) Prática de actos ou celebração de convenções ou acordos susceptíveis de falsearem as condições normais de concorrência;
b) Não haver o adj udicatário prestado em tempo a caução e não ter sido impedido de o fazer por facto independente da sua
vontade;
c) Não apresentar o adj udicatário os documentos necessários à outorga do contrato, no prazo para o efeito fixado, e não ter sido
impedido de o fazer por facto independente da sua vontade;
d) Não comparecer para a outorga do contrato e não ter sido impedido de o fazer por motivo independente da sua vontade;
e) Não comparecer para a consignação da obra e não ter sido impedido de o fazer por motivo independente da sua vontade;
f) I nscrever dolosamente nos autos de medição trabalhos não efectuados;
g) I ncumprimento do prazo estipulado ou abandono da obra, em qualquer dos casos por causa imputável à empresa;
h) Desrespeito por normas legais relativas à segurança, higiene e saúde no trabalho;
i) Desrespeito por prescrições mínimas de segurança, higiene e saúde no trabalho;
j ) I ncumprimento de qualquer disposição legal, regulamentar ou contratual com repercussão na qualidade do produto em
execução ou j á executado.
3 - Sem prej uízo de outras exigências legais, em todos os contratos, correspondência, documentos contabilísticos, publicações,
publicidade e, de um modo geral, em toda a sua actividade externa, as empresas devem indicar a sua denominação social e o
número do alvará ou do título de registo, sem prej uízo de outras exigências legais.
4 - Em cada obra, a empresa responsável deve afixar de forma bem visível placa identificativa com a sua denominação social e
número de alvará no local de acesso ao estaleiro e manter cópia dos alvarás e títulos de registo de todos os subcontratados nela
intervenientes.

Deveres para com o I NCI ( Art. 25.º ) ● ○ ○


1 - As empresas são obrigadas a comunicar ao I MOPPI , no prazo de 22 dias:
a) Quaisquer alterações nas condições de ingresso e permanência previstas nos artigos 8.º , 9.º e 10 .º do presente diploma que
possam determinar modificação na classificação para os tipos de trabalhos em que estão habilitadas;
b) As alterações à denominação e sede, assim como a nomeação ou demissão de representantes legais, quando se trate de
sociedades;
c) As alterações da firma comercial e do domicílio fiscal, quando se trate de empresários em nome individual;
d) Os processos de recuperação ou de falência de que sej am obj ecto, a contar da data do conhecimento;
e) A cessação da respectiva actividade.
2 - As empresas são também obrigadas perante o I MOPPI , no prazo de 22 dias, a:
a) Enviar cópias das sentenças ou das decisões que ponham termo a processos em que tenham sido parte relacionados com a
idoneidade, tal como definida no artigo 8.º , e com os deveres a que estão obrigadas no exercício da actividade, nos termos do
artigo 24.º ;
b) Prestar todas as informações relacionadas com a sua actividade, no âmbito do presente diploma, e disponibilizar toda a
documentação a ela referente, quando solicitado.
3 - As empresas são ainda obrigadas a facultar ao I MOPPI , no exercício da sua competência de inspecção, o acesso às instalações e
estaleiros, bem como a toda a informação e documentação relacionada com a actividade.

Consórcios e agrupamentos de empresas ( Art.º 26.º ) ○ ○ ●

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1 - Para a realização de obras, as empresas de construção podem organizar- se, entre si ou com empresas que se dediquem a
actividade diversa, em consórcios ou em qualquer das modalidades j urídicas de agrupamento de empresas admitidas e reguladas
pelo quadro legal vigente, desde que as primeiras satisfaçam, todas elas, as disposições legais relativas ao exercício da actividade.
2 - Os consórcios ou agrupamentos de empresas aproveitam das habilitações das empresas associadas, devendo pelo menos uma
das empresas de construção deter a habilitação que cubra o valor total da obra e respeite ao tipo de trabalhos mais expressivo e
cada uma das outras empresas de construção a habilitação que cubra o valor da parte da obra que se propõe executar. Os
consórcios e agrupamentos de empresas estão ainda suj eitos ao seguinte:
a) Cada empresa associada ou agrupada é sempre solidariamente responsável com o grupo pelo pontual cumprimento de todas as
obrigações emergentes do contrato;
b) A cada empresa associada é imputado, para efeitos de aplicação de sanções previstas no presente diploma, o incumprimento
pelo consórcio das obrigações referidas na alínea anterior, bem como das demais resultantes do presente diploma;
c) Sem prej uízo do disposto nos números anteriores, os agrupamentos de empresas ficam vinculados ao cumprimento das demais
obrigações previstas no presente diploma, respondendo subsidiariamente as empresas agrupadas pelo pagamentos das coimas
aplicadas ao agrupamento.

Subcontratação ( Art. 27.º ) ○ ○ ●


1 - Não é permitida a subcontratação total de qualquer obra nem a subcontratação a empresas que não estej am devidamente
habilitadas nos termos do presente diploma.
2 - As empresas que não detenham todas as habilitações necessárias para a execução da obra, e por esse facto recorram à
subcontratação, aproveitam das habilitações detidas pelas subcontratadas.
3 - As empresas devem exigir a comprovação das habilitações detidas pelas suas subcontratadas.
4 - As empresas devem confirmar as declarações de obra executada ou em curso, a pedido das subcontratadas, em modelos a
definir pelo I NCI .

Morte, interdição, inabilitação e falência ( Art. 28.º ) ○ ○ ●


1 - Quando ocorra o falecimento, interdição ou inabilitação de empresário em nome individual, ou a falência de sociedade, o
alvará caduca, sendo canceladas todas as habilitações dele constantes, devendo de imediato ser entregue no I MOPPI .
2 - Em caso de falência da empresa titular de alvará, podem as obras em curso ser concluídas desde que o dono da obra o permita
e exista, da parte do liquidatário j udicial, acordo nesse sentido.

Forma e conteúdo ( Art. 29.º ) ● ○ ○


1 - Os contratos de empreitada e subempreitada de obra particular cuj o valor ultrapasse 10 % do limite fixado para a classe 1 são
obrigatoriamente reduzidos a escrito e devem ter o seguinte conteúdo mínimo:
a) I dentificação completa das partes outorgantes;
b) I dentificação dos alvarás;
c) I dentificação do obj ecto do contrato, incluindo as peças escritas e desenhadas, quando as houver;
d) Valor do contrato;
e) Prazo de execução;
f) Forma e prazos de pagamento.
2 - A não observância do disposto no número anterior gera a nulidade do contrato e presume- se imputável à empresa
adj udicatária.
3 - As empresas são obrigadas a guardar os contratos celebrados em que são adj udicatárias pelo período de cinco anos a contar da
data da conclusão das obras.

Exigibilidade e verificação das habilitações ( Art. 31.º ) ○ ○ ●


- Os donos de obras públicas, os donos de obras particulares nos casos de isenção ou dispensa de licença ou autorização
administrativa e as entidades licenciadoras de obras particulares devem assegurar que as obras sej am executadas por detentores
de alvará ou título de registo contendo as habilitações correspondentes à natureza e valor dos trabalhos a realizar.
- A comprovação das habilitações é feita pela exibição do original do alvará ou do título de registo, sem prej uízo de outras
exigências legalmente previstas, podendo em qualquer caso a sua verificação ser efectuada no sítio do I NCI na internet. Nenhuma
obra poderá ser dividida por fases tendo em vista subtraí- la à consideração do seu valor global para efeitos de determinação da
classe de valor de trabalhos exigível.

S e gura nça e S a úde no Tra ba lho / Diploma s Na ciona is / Segurança por Actividade / Outras Actividades

Decreto-Lei n.º 257/2007 de 16 de Julho ○ ● ○


No uso da a utoriza çã o le gisla tiva conce dida pe la Le i n.º 1/2007, de 11 de Ja ne iro, institui o re gime jurídico
a plicá ve l a os tra nsporte s rodoviá rios de me rca doria s, por me io de ve ículos com pe so bruto igua l ou supe rior a
2 500 kg.
Licenciamento da Actividade ( Art. 3.º ) ○ ● ○
1 - O transporte rodoviário de mercadorias realizado por veículos com peso bruto igual ou superior a 2.50 0 kg, carece de
licenciamento pelo I MTT.
2 - A licença consubstancia- se num alvará ou licença comunitária, a qual é intransmissível, sendo emitida por um prazo não
superior a cinco anos, renovável por igual período, mediante comprovação de que se mantêm os requisitos de acesso e de exercício
de actividade.

Decreto-Lei n.º 137/2008 de 21 de Julho ● ○ ●


Proce de à prime ira a lte ra çã o a o De cre to-Le i n.º 257/2007, de 16 de Julho, que e sta be le ce o re gime jurídico
do lice ncia me nto e a ce sso à a ctivida de de tra nsporte rodoviá rio de me rca doria s por conta de outre m.

Alteração do Decreto- Lei n.º 257/20 0 7 ○ ○ ●


Alterações constam do DL 257/20 0 7

Excesso de Carga ( Art. 31.º ) ● ○ ○


No caso de se verificar excesso de carga no decurso de um transporte em regime de carga completa, a infracção pode ser imputável
ao expedidor.

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Decreto-Lei n.º 145/2008 de 28 de Julho ● ○ ○
Proce de à prime ira a lte ra çã o a o De cre to-Le i n.º 239/2003, de 4 de O utubro, que e sta be le ce o re gime jurídico
do contra to de tra nsporte rodoviá rio na ciona l de me rca doria s.
Alteração ao regime do contrato de transporte ( Art. 1º .) ● ○ ○
Caso sej a firmado um contrato escrito, este deverá contemplar a referência explícita ao preço de referência e tipo do combustível
utilizado;
Caso não exista contrato escrito, o preço de referência é determinado consultando os preços disponibilizados pela Direcção Geral de
Energia e Geologia nos dias anteriores ao contrato, e à realização de cada transporte ( a guia de transporte deve referir o preço
acordado, e a factura o custo associado ao combustível) ;

S e gura nça e S a úde no Tra ba lho / Diploma s Na ciona is / Substâncias Perigosas / Transporte de Mercadorias
Perigosas

Decreto-Lei n.º 145/2008 de 28 de Julho ● ○ ○


Proce de à prime ira a lte ra çã o a o De cre to-Le i n.º 239/2003, de 4 de O utubro, que e sta be le ce o re gime jurídico
do contra to de tra nsporte rodoviá rio na ciona l de me rca doria s.
Alteração ao regime do contrato de transporte ( Art. 1º .) ● ○ ○
Caso sej a firmado um contrato escrito, este deverá contemplar a referência explícita ao preço de referência e tipo do combustível
utilizado;
Caso não exista contrato escrito, o preço de referência é determinado consultando os preços disponibilizados pela Direcção Geral de
Energia e Geologia nos dias anteriores ao contrato, e à realização de cada transporte ( a guia de transporte deve referir o preço
acordado, e a factura o custo associado ao combustível) ;

Segurança e Saúde no Trabalho


Diplomas Comunitários

S e gura nça e S a úde no Tra ba lho / Diploma s Comunitá rios / Geral / Acidentes de Trabalho e Doenças
Profissionais

Recomendação 2003/670/CE de 19 de Setembro de 2003 ○ ○ ●


re la tiva à lista e urope ia da s doe nça s profissiona is.

Lista europeia das doenças profissionais ( Anexo I ) ○ ○ ●


1- Doenças provocadas por alguns agentes químicos;
2- Doenças da pele causadas por substâncias e agentes não incluídos noutras rubricas;
3- Doenças provocadas pela inalação de substâncias e agentes não incluídos noutras rubricas;
4- Doenças infecciosas e parasitárias;
5- Doenças provocadas pelos seguintes agentes físicos.

Lista complementar de doenças que se suspeita serem de origem profissional, que poderão ser incluídas na lista de doenças
profissionais no futuro ( Anexo I I )
○ ○ ●
1 - Doenças provocadas por alguns agentes químicos;
2 - Doenças da pele causadas por substâncias e agentes não incluídos noutras rubricas;
3- Doenças provocadas pela inalação de substâncias não incluídas noutras rubricas;
4 - Doenças infecciosas e parasitárias não descritas no anexo I ;
5 - Doenças provocadas pelos agentes físicos.

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