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Evolução

 e  Projeto  
ÁGORAS  GREGAS    
FÓRUNS  ROMANOS    
PIAZZE  ITALIANAS              
PLACES  ROYALES  FRANCESAS    
PLAZAS  MAYORES  ESPANHOLAS        
SQUARES  INGLESAS  
 
A  PRAÇA  COMO  ESPAÇO  DE  CONVIVÊNCIA  E  LAZER  DOS  
HABITANTES  URBANOS.  
 
Para os gregos, a
ágora era o espaço
Ágora Grega. livre público por
excelência, local
onde o exercício da
cidadania se
materializava
representando o
espírito de
coletividade da
população. Tinha
caráter político.

Tratava-se de um
espaço delimitado
por edificações
diversas de caráter
público e Stoas,
conjunto de pórticos
ou colunatas abertos
ao público onde o
mercadores, em
feiras livres, podiam
comercializar seus
produtos.
O Fórum romano era constituído por um espaço
livre público central onde ocorriam as relações sociais.
Era o centro comercial da Roma Imperial.

Nele localizavam-se as lojas, praças de mercado e locais


para assembléias dos cidadãos.

Era configurado por imponentes edifícios públicos que


representavam a monumentalidade do Estado.

As discussões políticas aconteciam não nas praças


abertas, mas no interior dos edifícios.
Fórum Romano.
Piazza Del Campo, Siena – 1293 – Praça seca européia.
Piazza Del Campo
Siena - 1293
Mercado e centro social
com onze acessos. Praça
inclinada, delimitada e
definida pela arquitetura.
Fluxos multidirecionais.
Forma irregular
desenvolvida ao longo do
tempo.
Piazza Ducalle, Vigevano – 1498 – Praça seca européia.
Piazza Ducalle
Vigevano - 1498
Mercado e centro social com nove
acessos. Praça plana delimitada e
definida pela arquitetura. Fluxos
multidirecionais. Forma retangular
imposta sobre o tecido medieval.
Plaza Mayor, Madri – 1620 – Praça seca européia.
Plaza Mayor
Madri - 1620
Local de comércio e festas
grandiosas. Uso original de
mercado explica os dez
acessos. Praça plana
delimitada e definida pela
arquitetura. Forma derivada
de ideais renascentistas e
de domínio civil.
Praças Análogas

Todas constituem
centros multifuncionais.

Mesma função com


formas diferentes.
Place Des Voges, Paris – 1612 – praça renascentista.
Place Des Voges
Paris - 1612
Primeiro exemplo de
espaço urbano
renascentista em Paris e
descendente direta da
Piazza Ducale de Vigevano.
Se difere da anterior por
não ter um edifício público
como seu foco. Era um
espaço puro, unificado:
formalmente, era específica
e finita; funcionalmente,
era genérica e flexível.
Antecedeu as grandes
praças inglesas e
espanholas e ainda é um
modelo atraente de praça
residencial separada do
tráfego.
PRAÇAS  BRASILEIRAS  
 
QUAL  O  NOSSO  CONCEITO  DE  PRAÇA?  
 
Pátio do Colégio, São Paulo. No Brasil identificamos
como largos, pátios ou
terreiros os espaços
secos que, na Europa,
caracterizam as piazze e
as plazas tradicionais.

Associamos o termo
praça a espaços
ajardinados,
flexibilizando em
Largo da Carioca, Rio de Janeiro. demasia sua
conceituação.

Qualquer espaço verde


público, arborizado ou
gramado, é denominado
como praça no Brasil.
[SILVIO S. MACEDO]
Terreiro de São Francisco, Salvador.

Pátio de São Pedro, Recife.


Canteiros centrais de avenida,
jardins junto a alças de acesso a
viadutos e pontes, rotatórias,
taludes e encostas ajardinadas são
exemplos de jardins urbanos
comumente chamados de praça.

Os jardins urbanos são espaços


livres fundamentais para a
qualidade ambiental (circulação do
ar, insolação, drenagem) e servem
ainda como referenciais cênicos da
cidade, mas não podem ser
chamados de praça uma vez que
não possuem um programa social.
PRAÇAS  SÃO  ESPAÇOS  LIVRES  PÚBLICOS  
URBANOS  DESTINADOS  AO  LAZER  E  AO  
CONVÍVIO  DA  POPULAÇÃO,  ACESSÍVEIS  AOS  
CIDADÃOS  E  LIVRES  DE  VEÍCULOS.  
 
 
Os  templos  raramente  eram  sobrepujados  em  importância  por  
qualquer  outro  ediScio,  nas  freguesias  ou  nas  maiores  vilas.  
Congregavam  os  fiéis,  e  os  seus  adros  reuniam  em  torno  de  si  
as  casas,  as  vendas  e  quando  não  o  paço  da  câmara.    
Largos,  pá\os,  rocios  e  terreiros,  ostentando  o  nome  do  santo  que  
consagrava  a  igreja,  garan\am  uma  área  mais  generosa  à  sua  
frente  e  um  espaço  mais  condizente  com  o  seu  fron\spício.  
Serviam  ao  acesso  mais  fácil  dos  membros  da  comunidade,  à  
saída  e  ao  retorno  das  procissões,  à  representação  dos  autos-­‐
da-­‐fé.  E,  pelo  seu  destaque  e  proporção,  atendiam  também  a  
a\vidades  mundanas,  como  as  de  recreio,  de  mercado,  de  
caráter  polí\co  e  militar.    
In:  MARX,  Murillo.  Cidade  Brasileira.  São  Paulo:  Melhoramentos/Edusp,  1980,  
p.  54.  
 
Relação entre as praças
medievais européias e
as praças coloniais
brasileiras.
Passeio Público - 1862
Rio de Janeiro

Primeiro jardim urbano


da colônia.
Inspirado nos jardins
urbanos europeus
destinados à nova
classe burguesa que
queria ver e ser vista.

Projeto clássico de Mestre Valentim, final século XVIII.


Passeio Público - 1862
Rio de Janeiro

A reforma do projeto
original, feita por
Glaziou, coincide com a
valorização do jardim
nos espaços
residenciais, ganhando
mais espaço nos lotes.
Isso implica numa
valorização, por parte da
população, da
arborização das ruas e
áreas livres públicas da
cidade.
Praça XV de Novembro, Rio de Janeiro.
Praça da República, São Paulo.
A Praça Ajardinada

As reformas urbanas em
Paris (Haussmann) e a
influência cultural
inglesa trazem para o
Brasil a preocupação
com salubridade,
circulação e
embelezamento das
cidades. Avenidas são
abertas sobre a malha
colonial, criando os
boulevares. Surge a
nova tipologia de praça
urbana: a praça
ajardinada.

Planta de Belo Horizonte, com destaque para o Parque


Municipal, final do século XIX.
Vale do Anhangabaú, São Paulo Ajardinamento no início do século XX.
Largo da Matriz, Manaus Ajardinamento no início do século XX.
Praça da Liberdade, Belo Horizonte. Inaugurada em 1920.
A Praça Modernista

Alteração do programa
de atividades da praça
eclética, contemplativa.
O lazer urbano torna-se
ativo e as praças
assumem essa
dinâmica. Atividades
esportivas, lazer infantil,
entre outros, são
incorporados
definitivamente ao
programa da praça
urbana.
Parque do Flamengo, Rio de Janeiro. Roberto Burle Marx, 1961.
Parque do Ibirapuera, São Paulo, 1953.
Pampulha, Belo Horizonte.
Praça da Soberania, Brasília. Oscar Niemeyer, 2010.
VALORES  AMBIENTAIS  
VALORES  FUNCIONAIS  
VALORES  ESTÉTICOS  E  SIMBÓLICOS  
 
QUE  ESPAÇO  PÚBLICO  ESTAMOS  
CONSTRUINDO?  
 
 
PRAÇA  CONTEMPORÂNEA  

PRAÇA  SECA?  
PRAÇA  CONTEMPORÂNEA  

PRAÇA  SECA?  
PRAÇA  CONTEMPORÂNEA  

PRAÇA  INCLINADA  EM  RELAÇÃO  AO  OBJETO?  


PRAÇA  CONTEMPORÂNEA  

PRAÇA  ESPETÁCULO?  
PRAÇA  CONTEMPORÂNEA  

PRAÇA  EDUCATIVA?  
PRAÇA  CONTEMPORÂNEA  

INDEPENDENTE  DO  OBJETO?  


PRAÇA  CONTEMPORÂNEA  

DEPENDENTE  DO  OBJETO?  


PRAÇA  CONTEMPORÂNEA  

?  

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