Você está na página 1de 2

GABRIEL BRAGA Nº11, 2ºDS

FICHAMENTO DE RESUMO
A ética em Kant

Kant inicia o trecho introduzindo o leitor à noção do Esclarecimento, ou seja, a capacidade auto
imposta. Aonde explica essa menoridade como o estado aonde o homem toma as conclusões e
raciocínio de outros como seu próprio pensamento, abstendo-se de pensar por contra própria. E
o Esclarecimento ocorre quando o homem torna-se capaz de agir com base em seu próprio
entendimento.
Então descreve a preguiça e covardia como uma forma de entender esse estado do homem,
aonde descreve:
“Tenho à disposição um livro que entende por mim, um pastor que tem consciência por mim, um
médico que me prescreve uma dieta etc.: então não preciso me esforçar. Não me é necessário
pensar, quando posso pagar; outros assumirão a tarefa espinhosa por mim;”

E cita como é difícil uma pessoa, por conta própria se livrar dessa condição quando a mesma já
esteja acostumada, porém relata a possibilidade de um conjunto, ou uma sociedade, de se
esclarecer por si mesma:
“É, porém, difícil para um indivíduo livrar-se de uma menoridade quase tornada
natural. Ele até já criou afeição por ela, e, por suas próprias mãos, é efetivamente
incapaz de servir-se do próprio entendimento porque nunca lhe foi dada a chance de
tentar.”
“Contudo, é possível que um público se esclareça a respeito de si mesmo. Na verdade, quando
lhe é dada a liberdade, é algo quase inevitável. Pois aí encontrar-se-ão alguns capazes de pensar
por si, até mesmo entre os tutores instituídos para a grande massa, que, após se libertarem do
jugo da menoridade, espalharão em torno de si o espírito de uma apreciação racional do próprio
valor e da tarefa de cada ser humano, que consiste em pensar por si mesmo”

Logo descreve como estamos cercados por situações em que nossa liberdade de pensamento
é negada:

“Mas agora escuto em todos os cantos: não raciocineis! O


oficial diz: não raciocineis, exercitai-vos! O Conselho de Finanças: não raciocineis,
pagai! O líder espiritual: não raciocineis, crede! (um único senhor no mundo pode dizer:
raciocinai o quanto quiser, e sobre o que quiser; mas obedecei!) Por todo canto há a
restrição da liberdade.”

Então Kant ressalta a diferença no uso público e no uso privado do entendimento, sendo o uso
público aonde uma pessoa pode expressar sua razão e entendimento para a comunidade, esse
sem limites, e o uso privado aonde é necessário se respeitar a estrutura de um cargo ou contrato,
como o uso da razão por um membro da igreja ou alguém em um cargo público, essa liberdade
sendo mais restrita. Isso sendo exemplificado por Kant, aonde um pastor de uma igreja deve-se
abster de expressar se livremente durante os procedimentos da instituição, esses que foram
definidos por outro, porém o mesmo pastor deve possuir todo o direito para que ele de expresse
com os responsáveis e membros para expressar sua opinião sobre práticas da instituição.

Pode ser feito um paralelo com os governantes e seus subordinados no governo, aonde uma
medida pode ser considerada errada por os que a executam, porém a estes não cabe a
desobediência pois a decisão não é deles, e que para que isso mude os mesmos usem do
entendimento público para propor mudanças no sistema.

Diz então uma importante frase para o entendimento essa questão:

“Mas somente aquele que, sendo ele próprio esclarecido, não teme as sombras, e
também dispõe de uma tropa numerosa e altamente disciplinada que preserve a paz
pública, somente este pode dizer o que um Estado livre não ousaria: raciocine o quanto
quiser e sobre o que quiser — mas obedeça!”

Você também pode gostar