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UNIVERSIDADE POTIGUAR
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO E AÇÃO COMUNITÁRIA
CURSO DE FARMÁCIA
NATAL
2011
1
NATAL
2011
2
Aprovado:____/____/_____.
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
Prof Dr Cyprianao Galvão da Trindade Neto
Orientador
Universidade Potiguar – UNP
_________________________________________
Profª Drª Rosélia de Sousa Leal
Universidade Potiguar – UNP
________________________________________
Profª Márcia Fernanda Silva Macêdo
Universidade Potiguar – UNP
3
Dedicamos a Deus, pela força que nos deu para continuarmos nas ocasiões que
quisermos fracassar, a coragem, a paciência e o equilíbrio que é preciso para con-
quista os ideais.
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha família em especial meu pai, Marcos Aurelio, que me in-
centivou a lutar e nunca desistir, e minhas avós, Maria Conçeição e Maria Aulina,
que me ajudaram quando precisei, a minha mãe, Sandra Sayonara que confiou em
minha capacidade, a meu irmão, Saulo Henrique, que sempre se orgulhou da minha
escolha.
Agradeço as pessoas, que me ajudaram a realizar algumas tarefas e que a-
companharam minha caminhada e sempre tiveram do meu lado, me apoiando e a-
creditando na minha jornada.
AGRADECIMENTOS
À Deus, pelo dom da vida e por sempre iluminar os meus caminhos, estando
presente nos momentos felizes e estendendo a m
Aos meus pais, pelo incentivo e apoio incondicional.
À Professora Doutora Rosélia de Sousa Leal, minha orientadora, expresso a
minha gratidão pelos ensinamentos transmitidos, incentivo, apoio e amizade que
sempre me demonstrou.
Ao Professor Doutor Cypriano Galvão Trindade Neto, agradeço o apoio de-
monstrado durante a realização deste trabalho.
À Professora Maria das Dores Melo e à Joana pela identificação e aspectos
botânicos.
À Professora Carla pela disponibilização das cepas ATTCs.
À Raíssa, agradeço a colaboração prestada durante os ensaios da atividade
antimicrobiana.
A todos do Laboratório de Química, agradeço a colaboração e a amizade du-
rante a realização dos testes fitoquímicos.
Aos médicos e funcionários do Hospital Veterinário Pequenos Animais, agra-
deço a amizade, companhia e simpatia demonstradas nos meus plantões.
Aos meus amigos distantes... Amigos que nem o tempo e nem a distância me
deixam esquecer.
RESUMO
A Ipomoea asarifolia (Ders.) Roem. & Schult, é uma planta da família Convolvulace-
ae, sendo popularmente conhecida como salsa da praia. As suas folhas são utiliza-
das na medicina popular em banho e lavagens, a fim de tratar dermatites, escabiose,
sífilis e úlceras externas. A utilização milenar de plantas no tratamento de doenças,
inclusive infecciosas, tem estimulado cada vez mais a busca em vegetais de subs-
tâncias com atividade farmacológica. Os vegetais são uma excelente fonte para ob-
tenção de novos fármacos, por terem uma diversidade molecular muito superior à-
quela derivada de produtos sintéticos, justificando o interesse científico no que con-
cerne às suas variadas propriedades medicinais. Este trabalho tem por objetivo iden-
tificar e avaliar os metabólitos secundários, a fim de comprovar suas possíveis ativi-
dades farmacológicas e sua utilidade em produtos farmacêuticos, além de analisar a
atividade antimicrobiana dos extratos. Para tanto, foram realizados testes fitoquími-
cos para identificação de fenóis, taninos, antrocianinas, antocianidinas, flavonoides,
leucoantocianidinas, catequinas, flavanonas, flavonóis, flavononas, flovononóis,
xantonas, esteroides, triterpenóides, saponinas, ácidos fixos fortes, resinas, alcalói-
des, bases quaternárias de amônio, separação dos ácidos fracos e fenóis, quinonas,
antranóis e agliconas flavonoides. No extrato analisado, pode-se identificar a pre-
sença de alcalóides, resinas, bases quaternárias de amônio, taninos e saponinas
justificando assim sua utilização popular como agente cicatrizante, antiinflamatório,
anti-séptico e paraticida. No teste microbiológico não foi identificada atividade anti-
microbiana frente aos microrganismos testados (Candida albicans; Staphylococcus
aureus e Escherichia coli).
ABSTRACT
The Ipomoea asarifolia (Ders.) Roem. & Schult is a plant of the Convolvulaceae fami-
ly, popularly known as “salsa da praia”. Its leaves are used in popular medicine in the
bathroom and washing, to treat dermatitis, scabies, syphilis and external ulcers. The
historic use of plants in the treatment of diseases, including infectious diseases, has
stimulated the search for increasingly in plant substances with pharmacological activ-
ity. Vegetables are an excellent source for obtaining new drugs, because
your molecular diversity by having a much higher than that derived from synthetic
products, which justifies the scientific interest with respect to its many medicinal
properties. This study aims to identify and assess the secondary metabolites in order
to establish their possible pharmacological activities and its use in pharmaceuticals,
in addition to examining the antimicrobial activity of extracts. For this purpose, tests
were performed to identify phytochemicals how to phenols,
nins, antrocianinas, anthocyanidins, flavonoids, leucoantocianidinas,
catechins, flavanones, flavonols, flavanonesflovononóis, xanthones,
oids, triterpenoids, saponins, fixed strong acids, resins,
loids, quaternary bases ammonium, separation of weak acids and phenols, quinines
and flavonoids aglycones. For the extract analyzed, can identify the presence
of alkaloids, resins, quaternary ammonium bases, tannins and saponins justifying its
use as a popular healing agent, anti-inflammatory, antiseptic and parasiticide activi-
ties. In the microbiological test was not identified antimicrobial activity
against the tested microorganisms (Candida albicans, Staphylococcus aureus
and Escherichia coli).
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SIGLAS
LISTA DE SÍMBOLOS
% Por cento
mg Miligrama
mL Mililitro
µg Micrograma
µl Microlitro
ºC Grau Celsius
14
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 16
2 HISTORICO.................................................................................................. 18
2.1 ABORDAGEM GERAL SOBRE PLANTAS MEDICINAIS.......................... 18
2.2 ASPECTOS BÁSICOS SOBRE ETNOBOTÂNICA.................................... 20
2.3 ASPECTOS BÁSICOS SOBRE ETNOFARMACOLOGIA......................... 22
2.4 ASPECTOS BÁSICOS SOBRE FITOQUÍMICA........................................ 23
2.4.1 Conceito e Informações Gerais........................................................... 23
2.4.2 Coleta e Identificação Botânica........................................................... 24
2.4.3 Secagem do Material Vegetal............................................................... 24
2.4.4 Solução Extrativa do Material Vegetal................................................ 24
2.4.4.1 Generalidades.................................................................................... 24
2.4.4.2 Finalidade........................................................................................... 25
2.4.4.3 Extração por Maceração.................................................................... 25
2.5 A FAMÍLIA CONVOLVULACEAE.............................................................. 25
2.5.1 Descrição Botânica............................................................................... 26
2.5.2 Distribuição Geográfica........................................................................ 27
2.5.3 Classes de Metabólitos que ocorrem na Família Convolvulaceae... 27
2.6 O GÊNERO IPOMOEA.............................................................................. 29
2.7 A ESPÉCIE IPOMOEA ASARIFOLIA........................................................ 29
2.8 ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS VEGETAIS................... 30
3 METODOLOGIA........................................................................................... 32
3.1 MATERIAL VEGETAL................................................................................ 32
3.1.1 Origem do Material Vegetal.................................................................. 32
3.1.2 Identificação Botânica.......................................................................... 34
3.1.3 Preparação da Solução Extrativa........................................................ 35
3.2 TRIAGEM FITOQUÍMICA.......................................................................... 35
3.3 ATIVIDADE ANTIMICROBIANA................................................................ 39
3.3.1 Obtenção do Extrato Concentrado...................................................... 39
3.3.2 Material Biológico................................................................................. 41
3.3.3 Confecção dos Discos de Papel Feltro............................................... 42
3.3.4 Impregnação do Extrato nos Discos de Papel Feltro........................ 42
3.3.5 Preparo das Placas e Meio de Cultura................................................ 43
15
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................... 47
4.1 CONSIDERAÇÕES ETNOBOTÂNICAS DA IPOMOEA ASARIFOLIA..... 47
4.2 ABORDAGEM FITOQUÍMICA................................................................... 49
4.3 ABORDAGEM DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA
...................................,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, 61
5 CONCLUSÃO............................................................................................... 63
REFERÊNCIAS.............................................................................................. 64
16
1 INTRODUÇÃO
das em 10 gêneros, sendo que o gênero Ipomoea está representado por 7 espécies
(MEIRA et al, 2008).
A espécie utilizada neste estudo multidisciplinar foi a Ipomoea asarifolia Roem
& Schult, Convolvulaceae conhecida popularmente por diversas denominações entre
elas, salsa e batata- salsa, planta herbácea prostada ou trepadeira.
Neste contexto, a abundante ocorrência natural, o uso freqüente na medicina
popular, o crescente interesse da sociedade mundial pelo uso de plantas medicinais
os pesquisadores de várias áreas a optar por um estudo multidisciplinar envolvendo,
no mínimo, a Etnobotânica, Etnofarmacologia e a Fitoquímica.
No entanto, esta busca por substâncias ativas se torna realmente interessante
quando se trata do isolamento de compostos bioativos e não somente de uma estru-
tura de um composto inédito. Tal fato vem ao encontro da necessidade de estudos
fitoquímicos biodirecionados e, portanto, na multidisciplinaridade que envolve botâ-
nicos, químicos, farmacólogos e toxicólogos (HAMBURGER & HOSTETTMAN,
1991)
Devido à carência de artigos científicos, o presente trabalho tem o objetivo de
identificar e avaliar os metabólitos secundários por análise fitoquímica do extrato hi-
droalcoólico encontrados na Ipomoea asarifolia com objetivos específicos de realizar
a caracterização botânica de Ipomoea asarifolia Roem & Schult, (Convolvulaceae), a
fim de comprovar a originalidade da amostra além de avaliar a atividade antimicrobi-
ana. Encontram-se uma abordagem geral sobre plantas medicinais, etnobotânica,
fitoquímica, além de uma revisão de literatura da família Convolvulaceae.
18
2 HISTÓRICO
Plantas medicinais são aquelas que possuem tradição de uso em uma popu-
lação ou comunidade e, que são capazes de prevenir, aliviar ou curar enfermidades.
Ao serem processadas para a obtenção de um medicamento, têm-se como resulta-
do o medicamento fitoterápico (CARVALHO et al., 2007).
O uso de produtos medicinais a base de plantas é uma prática comum na te-
rapêutica. O mercado de fitoterápicos decaiu com o desenvolvimento dos medica-
mentos sintéticos no Pós-Guerra, porém, vem apresentando um crescimento signifi-
cativo nas últimas décadas, como tratamento alternativo aos medicamentos da me-
19
fito intermediário pode se apresentar sob a forma de extrato, tintura, óleo fixo, ou
volátil, cera, sumo e outras formas obtidas de plantas frescas ou secas. Finalmente
a matéria-prima vegetal é “a planta fresca, droga vegetal ou preparado fitoterápico”.
Resumidamente, pode-se dizer que a liberação do uso de fitoterápicos de-
pende do cumprimento de vários requisitos que são divididos em tecnológico e tera-
pêutico. O requisito tecnológico (relacionados à produção e ao controle de qualida-
de) aborda o produto a cada etapa de produção desde a coleta e nomenclatura cien-
tífica (e popular) até o controle da qualidade (caracterização farmacognótica e análi-
se fitoquímica qualitativa dos constituintes da espécie). O requisito terapêutico está
correlacionado com a segurança e a eficácia do medicamento (VEIGA JR et al.,
2005).
Mesmo com a globalização da indústria química e a utilização de derivados
de plantas medicinais ainda detém uma pequena parcela do mercado mundial. No
Brasil, o valor gasto em fitoterápicos é da ordem de US$ 500 milhões, relativamente
pequeno, representando cerca de 5% do total do mercado farmacêutico. A previsão
para o faturamento brasileiro neste setor ultrapassa a marca de US$ 1 milhão até o
ano de 2010 (Portal e-Campo, 2009).
cinais (dissolução simples da tintura em um óleo fixo, azeite, girassol, algodão), po-
madas, pasta, creme, loções, sabões e gel (ALBUQUERQUE e HANAZARI, 2006;
MACIEL et al., 2002b).
A etnobotânica atual, ao se ligar aos conceitos de biodiversidade e desenvol-
vimento sustentável, oferece subsídios para pesquisas de diferentes áreas, sobretu-
do apoiando atividades que favorecem o bem estar das comunidades estudadas e
da conservação ambiental, pois poderá subsidiar a elaboração de estratégias visan-
do a exploração sustentável dos recursos vegetais locais. (JARDIM, SILVA, COSTA
NETO, 2004).
Finalmente, pode-se dizer que a etnobotânica colabora com a valorização dos
conhecimentos e as medidas tradicionais da comunidade; com a preservação da
flora utilizando o conhecimento adquirido pela sua investigação científica; subsídios
para estudos farmacológicos, fitoquímicos, étnicos, antropológicos, botânicos e eco-
lógicos; bem como subsídios ao poder público referente ao desenvolvimento de pro-
jetos sócio-econômicos (SIMÕES et al., 2007).
A secagem tem por finalidade a retirada de água e, com isso, impedir reações
de hidrólise e de crescimento microbiano. A umidade residual depende do tipo de
órgão que constitui o material vegetal (SIMÕES, 2001).
2.4.4.1 Generalidades
Entende-se por solução extrativa a que resulta da dissolução parcial de uma
droga de composição heterogênea num determinado solvente, isto é, o solvente a-
penas dissolve alguns dos constituintes da droga, ficando a maior parte desta por
dissolver, a qual constitui o que se designa por marco ou resíduo (PRISTA et al.,
1991).
Dada, porém, a sua composição complexa e ainda porque a sua administra-
ção, tal como a natureza nos oferece, se torna desagradável ou desaconselhável,
poucas vezes se utilizam diretamente. Na realidade, salvo raras exceções, represen-
tadas por alguns vegetais, na grande maioria dos casos prefere-se submeter tais
drogas a determinados processos tecnológicos tendentes a retirarem delas aquilo
que encerram de útil e a deixarem no marco ou resíduo tudo que não tem atividade
farmacológica, ou seja, incoveniente sob qualquer ponto de vista (PRISTA et al.,
1991).
2.4.4.2 Finalidade
25
A Ipomoea asarifolia (Ders.) Roem. & Schult., conhecida popularmente por di-
versas denominações entre elas, salsa e batata-salsa, planta herbácea prostada ou
trepadeira. (DOBEREINER et al. 1960, RIET-CORREA et al., 2003 “apud” BARBO-
SA et al., 2005).
Suas flores são abundantes durante a época chuvosa. Possui caule revestido
de pubescência hirsuta e amarelada; folhas alternas, membranáceas; inflorescência
longamente pedunculada.(GUIM et al., 2004).
É uma planta daninha que ocorre com freqüência em áreas cultivadas. Esta
espécie é encontrada em várias culturas e em margens de lagoas e praias maríti-
mas, de preferência em solos arenosos. Esta Convolvulaceae é pantropical, com
ampla ocorrência no Brasil (BLANCO 1978; GROTH 1992; KISSMAN E GROTH
1992; AUSTIN E CAVALCANTI, 1982 “apud” KIILL, 2003).
No Cariri Paraibano o decocto das folhas e partes aéreas da Ipomoea asarifo-
lia (Ders.) Roem. & Schult, são usados em banho e lavagens, contra dermatites, es-
cabiose, sífilis e úlceras externas. (AGRA et al., 2007).
No Estado do Ceará a folhas frescas da Ipomoea asarifolia (Ders.) Roem. &
Schult, são associadas à intoxicação de bovinos, no entanto, quando secas são utili-
30
LEWIS, 1997) e substâncias fenólicas e polifenóis, que são: fenóis simples, ácidos
fenólicos, quinonas (STERN et al., 1996), flavonas, flavonóis e flavonóides (FES-
SENDEN, 1982), tanino (SCALBERT, 1991) e cumarinas (O’KENNEDY & THOR-
NES, 1997).
3 METODOLOGIA
Após a eliminação do solvente, o extrato bruto foi acumulado no balão que re-
cebeu a solução filtrada inicialmente e foi depositado 20 mL do extrato concentrado
em placa de Petri com tampa para armazenamento.
Tipo Microorganismo
Cocos Gram positivos Staphylococcus aureus ATCC 25923
Bacillus Gram negativos Escherichia coli ATCC 25922
Levedura Candida albicans ATCC 10231
Figura 9: Alça calibrada com o microorganismo em solução salina (Escala Mac Far-
land 0,5)
Com o auxílio de um swab estéril e base plástica, por trás da chama, foi cole-
tado do tubo que continha o inóculo uma quantidade do mesmo, mergulhando o
swab estéril, saturando o mesmo e removendo o excesso nas paredes laterais inter-
nas do tubo. Semeou-se o inóculo nas placas de Petri, distribuindo-o por toda a ex-
tensão da mesma, com movimentos horizontal, vertical, oblíqua, como também nas
bordas, o que permitiu um crescimento dos microrganismos de forma confluente e
uniforme por toda superfície da placa. (figura 10).
46
Logo após a semeadura dos inóculos nas placas de Petri, aplicou-se os dis-
cos de papel feltro impregnados com o extrato concentrado por 24 horas, foram le-
vadas para uma estufa bacteriológica a 37°C por um período de 24 horas (Figura
11). Após esse período que se realizou a primeira leitura.
47
Figura 12: Após 24 horas em estufa bacteriológica, não foi observado halo de inibi-
ção.
48
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Quadro 1: Considerações gerais sobre Ipomoea asarifolia Ipomoea (Desr.) Roem. &
Schult (Convolvulaceae)
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Gênero: Ipomoea.
Posição taxonômica da espécie Espécie: Ipomoea asarifolia (Desr.) Roem. &
Schult ( Salsa- da- praia)
Erva rasteira, com longos estolões radican-
tes. As folhas de filotaxia alternas, simples,
de forma aproximdamente orbicular, bases
cordiformes e ápices arredondados ou pos-
suindo uma reentrância, com pecíolos lon-
Descrição morfológica da espécie gos. As flores vistosas, axilares, róseas de
corola de simetria radial com pétalas unidas,
infundibuliforme. Os frutos do tipo cápsula,
seco, abrem-se para liberar suas sementes
arredondadas
Segundo Dobereiner et al., 1960; Barbosa et
al., 2005 em condições naturais, foram di-
agnosticados casos de intoxicação em bovi-
nos, ovinos e caprinos. Santos et al. (2001)
caracterizaram uma proteína neurotóxica
presente nas folhas frescas de I. asarifolia
como o agente causador da sintomatologia
Propriedades Terapêuticas e a denominou (LTS) Lectina Tóxica de Sal-
sa. Em camundongos, a proteína purificada
causou dispnéia, convulsões tônico-clônicas
e paralisia flácida, quadro que evoluiu para o
óbito.
Para uso em seres humanos ela é usada
contra dermatites, escabioses e úlceras ex-
ternas.
49
Figura 13: Fotografia da excicata de Ipomoea asarifolia (Desr.) Roem. & Schult
(Convolvulaceae)
Fonte: Dados da Pesquisa.
4.2 ABORDAGEM FITOQUÍMICA
50
Figura 14: Teste positivo para taninos flobabênicos apresenta coloração verde com
precipitado escuro.
Fonte: Dados da Pesquisa.
51
Figu-
ra 21: Tubos de ensaio com os sete testes realizados em sequência da esquerda
para direita, sendo positivo o primeiro teste (tanino flobabênico).
Figura 24: Teste positivo par saponina, presença de espuma persistente abundante
(colarinho).
56
Figura 26: Teste positivo para resina, presença de precipitado floculoso por agitação
ou aquecimento.
25922. Não foi observado o halo de inibição, sendo assim a planta não possui ação
antimicrobiana para esses microorganismos.
63
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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