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ª VARA DO TRABALHO
DE NATAL - RN
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
B. DOS FATOS
A Reclamante foi contratada no dia 15/06/2016 pela família Moraes como
empregada doméstica, por um período de 45 dias como experiência na residência da
família em Natal/RN.
A jornada de trabalho da reclamante era de segunda a sexta, das 7h às 16hs,
configurando uma jornada diária de 8h e 30min com apenas 30 minutos de intervalo.
Quatro dias em uma viagem com a família à Gramado – RS, com uma jornada de 9h de
trabalho e 1h de intervalo intrajornada.
A Reclamante sofreu descontos no salário, sendo 10% a título de vale
transporte e 25% a título de alimentação consumida no emprego. O contrato de
trabalho da Reclamante foi extinto em 15/09/2016 e na ocasião foram pagas as verbas
rescisórias, quais sejam: férias proporcionais de 3/12 avos acrescidas de 1/3 e 13º
salário proporcional de 4/12 avos.
C. DOS CONTRATOS POR TEMPO INDETERMINADO
Na contratação da reclamante ficou certo o prazo de experiência de 45 dias,
porém, no término do prazo a reclamada não realizou a prorrogação do prazo do
contrato, o que fez com que o mesmo se tornasse imediatamente em contrato por
prazo indeterminado, tudo positivado nos termos do artigo 5º, §2º, da Lei
Complementar nº150/2015. Deve ser lembrado que o contrato de experiência não
deve ultrapassar 90(noventa) dias. A reclamada desconsiderou o contrato
indeterminado de trabalho e realizou o pagamento das verbas rescisórias como se o
contrato efetivamente estivesse regimentado por termo. A reclamada não realizou a
prorrogação do contrato de trabalho da reclamante. A reclamante requer que o
contrato seja considerado por tempo indeterminado, a reclamada seja condenada a
pagar verbas condizentes com a espécie de contrato, ou seja, aviso prévio 30(trinta)
dias, e férias acrescidas do terço constitucional 1/12 avos e 13º salário 1/12 avos.
H. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:
1) A concessão da gratuidade da Justiça;
2) A condenação da reclamada ao pagamento das seguintes verbas:
Que o contrato seja considerado por tempo indeterminado, sendo assim a
reclamada condenada ao pagamento das verbas condizentes a espécie de contrato,
isto é, aviso prévio (30 dias) indenizado nos termos do artigo 23, §1º, da LC 150/2015 e
suas consequências atribuídas nas férias acrescidas do terço constitucional (1/12 avos)
e 13º salário (1/12 avos);
Que a reclamada seja condenada ao pagamento do saldo de salários de 15 dias;
A condenação da reclamada ao pagamento de 30 minutos extras por dia
acrescido de 50% e que haja o reflexo dessa condenação no aviso prévio, férias
acrescidas do terço constitucional e 13º salário proporcional, como disposto no artigo
2º, §1º da LC 150/2015;
Uma hora extra pela irregularidade no intervalo intrajornada acrescido de 50%;
Condenação da reclamada ao pagamento do adicional de 25% previsto no
artigo 11, §2º da LC nº 150/2015 que deverá incidir sobre as 32horas de efetivo
trabalho no período da viagem;
3) A condenação da reclamada a devolução do valor descontado a título de
alimentação equivalente a 20% do salário mensal da reclamante, a devolução de
4% referente ao excesso do vale transporte descontado ilegalmente
4) A procedência do pedido de condenação ao pagamento de honorários
advocatícios;
5) A notificação da reclamada;
I. VALOR DA CAUSA
Dar-se-á causa, o valor superior a 40 salários mínimos.
Nestes termos, em que pede deferimento
Natal/RN xx/xx/xxxx
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Xxxxxxxxx
OAB/PB, xxxxx
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ...ª VARA DO TRABALHO
DE JOÃO PESSOA - PB
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
COM PEDIDO DE LIMINAR
B) DOS FATOS
O reclamante foi admitido pela Reclamada no dia 15/12/2018, para exercer a
função de motoboy, recebendo 01 (um) salário mínimo mensal, mais gorjetas
recebidas espontaneamente dos clientes que no final do mês somavam R$ 260,00
reais, esta média deverá ser totalmente integrada na remuneração do reclamante,
para integrar férias acrescidas de 1/3 constitucional, 13º salário, recolhimento
previdenciário de todo o período de trabalho prestado, conforme determina o artigo
457 da CLT, súmula 354 TST. Além disso e seguindo a determinação do Art. 29, §1º da
CLT, deverá ser corrigida a anotação na CTPS do Reclamante para que a média das
gorjetas pagas espontaneamente pelos clientes.
Trabalha das 18horas até as 30:30 da madrugada, de terça a domingo, tendo 40
min de intervalo para refeições e descansar, folgando toda segunda e um único
domingo do mês era antecipada sua folga da segunda para o domingo. Conforme o
artigo 58-A, 3º da CLT, durante a semana devem ser trabalhadas 44horas, no caso do
reclamante, trabalhava 51horas semanais, neste caso deverão ser acrescidas 35 horas/
mês de 50% da hora normal. Somando a isso, a indenização pelo intervalo de 20
minutos suprimidos do reclamante, que também deverá ser acrescido de 50% da hora
normal, nos termos do artigo 71,§4 da CLT.
Em Março de 2019 houve desconto relacionado a contribuição sindical sem o
consentimento do reclamante, sendo assim, deverá ser ressarcido, baseado nos artigos
578,579 e 582 CLT.
O reclamante nunca recebeu adicional noturno de 20% sobre a hora normal
trabalhada, adicional esse que é permitido quando o trabalhador está em serviço das
22h até 5h, previsto no artigo 73 da CLT, o que deverá ser devidamente pago e
integrado na verba salarial para todos os fins.
O reclamante tem direito ao pagamento e integração do adicional de
periculosidade, devido sua atividade ocorrer em motocicleta, na forma do artigo 193,
§4º CLT.
Em uma das suas entregas, houve um erro na pizza entrega e o cliente era alérgico
ao tipo de pizza entregue, o cliente extremamente irritado e fora de si, soltou seus
cachorros contra o reclamante, sofrendo assim um acidente de trabalho.
Depois de receber algumas mordidas o reclamante precisou comprar vacina
antirrábica, custeando do seu próprio bolso o valor de R$ 30,00, o que deverá ser
ressarcido de acordo com o Artigo 186 e 927 CC.
Vale ressaltar novamente que o evento ocorreu durante a jornada de trabalho,
configurando acidente de trabalho, de acordo com os artigos 118 e 21, II da Lei
8213/91, o que deveria garantir ao reclamante a estabilidade acidentária de 12 meses
após a alta previdenciária, o que não foi cumprido, ao retornar do benefício
previdenciário, o reclamante fora dispensado imotivadamente, recebendo as verbas
rescisórias, mesmo tendo direito a estabilidade acidentária.
O reclamante deve ser ressarcido de forma pecuniária por todo constrangimento e
dificuldade que passou financeiramente sem ter com que se sustentar e ajudar seus
familiares.
A reclamada deverá pagar ao reclamante na audiência, toda as verbas, sob pena de
acréscimo de 50%, conforme artigo 467 da CLT.
C) DO PEDIDO LIMINAR
Deve ser considerado que o reclamante ao dispensar o reclamante após a volta da
licença previdenciária, violou garantia de emprego contida na Lei 8123/91, onde não
poderia ocorrer dispensa imotivada pelo período de 12 meses após a alta
previdenciária.
É cabível a reintegração do reclamante de forma imediata, para acabar com maiores
danos ao reclamante.
D) DOS PEDIDOS
Diante das consideração expostas, pleiteia o reclamante a condenação da
reclamada nos seguintes pedidos:
1. Que seja concedido o benefício da gratuidade da justiça, devido a difícil situação
econômica do reclamante, que não possui condições de custear o processo, sem
prejuízo próprio;
2. O deferimento do pedido liminar para que a reclamada reintegre o reclamante as
suas atividades laborais por motivo da estabilidade não respeitada.
3. Que seja retificada as anotações na CTPS do reclamante para constar as gorjetas
pagas em todo período de trabalho.
4. Integração do valor pago das gorjetas em todos as verbas decorrentes do pacto
laboral.
5. Pagamento do adicional noturno em todo o período trabalhado;
6. Pagamento de horas extras acrescidas de 50% referentes ao período
extraordinariamente trabalhado, considerando a redução do horário noturno;
7. Pagamento dos intervalos suprimidos acrescidos de 50% em todo período
trabalhado;
8. Ressarcimento do desconto sem autorização do reclamante de contribuição
sindical;
9. Pagamento do adicional de periculosidade efetuado a título de contribuição
sindical;
10. Que seja a reclamada condenada a pagar a indenização pelo dano moral
vivenciado pelo reclamante;
11. Condenar a reclamada ao pagamento de multa prevista no artigo 467 da CLT,
tudo acrescido de correção monetária e juros moratórios.
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OAB/PB xxxxx