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2T2020 L2 Recife PDF
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2.1 O Pai, a fonte das bençãos. Paulo iniciou a epístola aos Efésios reconhecendo e louvando o Pai como a fonte de todas
as bênçãos: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou [...]” (Ef 1.3). Bendito é, em
grego, “eulogetos”, que é palavra composta de “eu”, que significa “bem”, e “logetos”, que significa “falar”. Literalmente,
o grego transmite a ideia de “falar bem” ou “elogiar” (BEACON, 2006, p. 119). O apóstolo bendiz ao Pai porque Ele nos
bendisse: “o qual nos abençoou” (Ef 1.3-b); e, isto Ele fez “para louvor e glória da sua graça” (Ef 1.6). Tiago nos diz
que: “toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem
sombra de variação” (Tg 1.17).
2.2 O Filho Jesus, o agente e a condição das bençãos. As bênçãos decorrentes da salvação, são condicionais, ou seja, elas
são pertencentes aqueles que estão em Cristo: “Bendito o Deus e Pai [...] o qual nos abençoou com todas as bênçãos
espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Ef 1.3). A expressão “em Cristo” aparece aproximadamente 30 vezes na
epístola inteira, e as expressões relacionadas — “nele”, “em quem” e “no qual” — ocorrem 11 vezes (Ef
1.1,3,4,5,6,7,9,10,12 e 13). Esses dois vocábulos “em Cristo” aparecem 164 vezes nas epístolas paulinas. Isso significa que
é exclusivamente em conexão com Cristo que somos abençoados com todas as bênçãos espirituais. Em termos gerais,
revela que nenhuma dessas maravilhosas dádivas seria possível sem Cristo (BAPTISTA, 2020, p. 25).
2.3 O Espírito, o aplicador das bençãos. O Pai a planejou a salvação, o Filho a providenciou e o Espírito Santo a aplicou.
É a terceira pessoa da Trindade quem nos leva a nos apropriarmos dessas bençãos, sendo o selo, a garantia de que somos
sua propriedade (Ef 1.13); e, o penhor da nossa herança (Ef 1.14).
3.1 Ele nos elegeu (Ef 1.3,4). A primeira coisa que Paulo destacou como bênção, é que o Pai nos elegeu (Ef 1.3). A
expressão grega que aparece é “eklegomai” que significa: “selecionar, escolher, escolher para si mesmo”. É bom dizer
que essa escolha foi baseada na presciência divina, atributo que lhe dá condições de antever as coisas antes que aconteçam.
Deus viu aqueles que, mediante a pregação evangélica, receberiam a Cristo como Salvador e a estes Ele elegeu: “Eleitos
segundo a presciência de Deus [...]” (1 Pd 1.2). Confira ainda: (Rm 8.29). Certo teólogo disse: “a eleição ou escolha de
Deus não é arbitrária, de forma que alguns sejam destinados à salvação e outros à perdição, sem levar em conta a
disposição de cada indivíduo. O âmbito da salvação é a todos os homens, como a Bíblia copiosamente declara (Jo 3.16;
Rm 10.13). Os eleitos são constituídos, não por decreto absoluto, mas por aceitação das condições do chamado de Deus, as
quais são arrependimento (Mt 4.17; 9.13; Lc 24.47; At 2.38; 3.19; 8.22) e da fé (Mc 16.16; Rm 10.9; Ef 2.8)” (BEACON,
2006, p. 121 – acréscimo nosso). É bom destacar também que o apóstolo deixou claro que esta eleição foi: (a) coletiva, não
individual: “nos elegeu”; (b) condicional: “nos elegeu nele” (em Cristo); e, (c) proposital: “para que fôssemos santos e
irrepreensíveis diante dele em caridade” (Ef 1.4-b).
3.2 Ele nos adotou (Ef 1.5). Em Efésios 1.4,5 está escrito que fomos predestinados por Deus para adoção de filhos “e nos
predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo […]”. A palavra grega traduzida para “adoção” é “huiothesia” é uma
palavra composta formada de “huios” que significa: “filho”, e “thesis” que por sua vez é “posição ou colocar” (Rm
8.15,23; 9.4, Gl 4.5; Ef 1.5). Portanto, seu sentido primário é: “colocar como filho”, “dar a alguém a posição de filho”.
Os principais textos que tratam dos crentes como filhos de Deus são (Ef 1.5; Gl 4.4,5; Rm 8.15-17; Jo 1.12; 2 Co 6. 18; Rm
8.15; 23; Gl 4.6; Hb 12.6; Hb 6.12; 1Pe 1.3,4; Hb 1.14). Como consequência dessa filiação, o crente passa a ter todos os
direitos e privilégios de filho: “E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de
Cristo […]” (Rm 8.17). O status de filhos traz-nos alguns privilégios, a saber: (a) tratar a Deus como Pai nas nossas
orações e de receber o perdão de nossos pecados (Mt 6.9); (b) ter o testemunho do Espírito acerca da nossa salvação, o
qual clama “Aba, Pai”, dando-nos o testemunho de que somos filhos de Deus (Rm 8.15,16); (c) sermos amados por ele,
enquanto ignorados pelo mundo (1Jo 3.1); (d) ter o privilégio de sermos guiados pelo Espírito Santo (Rm 8.14), (e)
gozamos do cuidado do Pai (Mt 6.32) e da liberdade de lhe pedir o suprimento das nossas necessidades (Mt 7.11); (f)
podemos lhe pedir o Espírito Santo (Lc 11.13) e gozarmos do direito a ter uma herança nos céus (G1 4.7; 1Pd 1.4).
3.3 Ele nos fez agradáveis (Ef 1.6). O pecado nos tornou inimigos de Deus (Rm 5.10), pois estávamos fazendo o que
agradava a nossa carne e desagradava a Deus, sendo assim por natureza filhos da ira (Ef 2.3). No entanto, ao recebermos
Cristo, como nosso Salvador, Ele nos tornou agradáveis a Deus, por Sua graça maravilhosa: “Para louvor da glória de sua
graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado” (Ef 1.6).
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
GILBERTO, Antônio, et al. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD.
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.