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SOLDAGEM A PONTOS POR

RESISTÊNCIA ELÉTRICA

prof. Kleiner Marra


SOLDAGEM POR RESISTÊNCIA ELÉTRICA
 Processo de soldagem no qual a geração de calor é baseado no aquecimento
devido a resistência à passagem de corrente elétrica. As superfícies a unir são
pressionadas entre si. É geralmente autogênea.

O processo foi desenvolvido e patenteado nos EUA, pelo professor Elihu


Thompson, em 1877. No entanto, somente após a segunda grande guerra teve
notável aplicação em razão do surgimento de dispositivos eletro-eletrônicos
associados às máquinas de soldagem.

Escocês, emigrou para os EUA aos 5 anos,


1853~1917
engenheiro eletricista, mais de 700
patentes, professor e empresário, fundou
empresas de equipamentos elétricos, uma
delas, mais tarde se tornou a GE.
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE
SOLDAGEM POR RESISTÊNCIA

Topo
Sobreposição
PROCESSO DE SOLDAGEM A PONTOS
Eletrodo
de Ligas
de Cobre

Chapas a soldar

Eletrodo
de Ligas
de Cobre

1- Eletrodos abaixam e 2- Circula eletricidade entre 3- Após o corte da corrente,


fazem pressão, promovendo os eletrodos, que passa entre os eletrodos resfriam a zona
bom contato entre as chapas as chapas. Formação da solda de solda e, então, são alçados
Vantagens da Soldagem a Pontos

 Apto para linhas de alta taxa de produção.

 Alta velocidade.

 Processo econômico.

 Fornece boa precisão dimensional.

 Facilidade de automação, robotização e controle


adaptivo.
Limitações da Soldagem a Pontos

 Adiciona peso em relação às juntas de topo (produz


juntas sobrepostas).

 Equipamento mais caro que os de soldagem a arco


elétrico e a gás.

 Equipamento de maior custo de manutenção em


relação aos processos a arco e a gás.

 Pode provocar desbalanceamento linhas de


fornecimento elétrico.

 Juntas com baixa resistência mecânica (especiamente


normal às juntas) e a fadiga.
Variações de Máquinas
Estacionária Pinça hidráulica/pneumática Manual

Multisoldagem Robo
t
Máquinas de Corrente Corrente Contínua -
MFDC (Alta frequência) e Corrente
Alternada
MFDC CA

Geração de calor em equipamento MFDC e CA


Resistência Elétrica dos Metais a Soldar
• Resistência Elétrica: Dificuldade a passagem de corrente elétrica num condutor (V=R.I).

• No Sistema Inernacional de Unidades: Ohm = Volt/Amperé (homenagem ao


matemático alemão George Simon Ohm).

• Resistividade: Resistência elétrica de um condutor com dimensões unitárias (R=r.L/As).


Variação da resistividade (r) com a
temperatura (T)
r = ro.[ 1 + a.(T-To)]
(a é o coeficiente resistivo de temperatura)
Princípio da Geração de Calor
• Dois ou mais materiais são pressionados entre si por eletrodos que
conduzem corrente de soldagem;

•O calor necessário para a formação da lente de solda é gerado pela


resistência elétrica da região de soldagem;

• Esse aquecimento ocorre de acordo com a lei Joule

Lente de solda
ZTA

d
Eletrodos Corona

Peças
Equilíbrio Térmico na Lente de Solda
• Os principais parâmetros de soldagem
(I:corrente, R: resistência do circuito e t: tempo
de soldagem) devem ser selecionados para
que uma lente de solda se forme na
interface chapa/chapa;

• Quanto maior a corrente (I) e menor o


tempo de soldagem (t), maior será a
eficiência do processo;

• Os eletrodos são os principais


responsáveis pelo resfriamento da lente
de solda;

• A resistência elétrica do material a


soldar é também importante variável.
Resistência Elétrica do Circuito de
Soldagem
Aquecimento da Região da Solda
Temperaturas na Soldagem por Resistência

500oC

800oC

900oC

800oC

1000oC

1300oC
 Temp Recozimento:
CuCrZr ~ 500oC
Variação da Resistência Elétrica de Contato
entre Peças

Resistêsistência Elétrica de Contato

Pressão Aplicada pelos Eletrodos


Sequencia de soldagem padrão

Tempo de pré-pressão Tempo de soldagem Tempo de retenção


Corrente de soldagem Força de soldagem
Formação da lente de solda
Funções e Características dos Eletrodos
•São os condutores de corrente para a peça.
•Dissipam o calor da zona de solda.
•Transmitem a força necessária para a ocorrência da
soldagem.

•Os principais materiais utilizados são ligas de Cu-Cr, Cu-Zr


e de Cu-Cr-Zr.

•Podem ser de várias formas diferentes.


•O diâmetro da face do eletrodo deve ser definido em função
da espessura da chapa a ser soldada.
Tipos de ligas e Dimensões de face
dos eletrodos
Influência dos parâmetros no processo

Efeito do tempo de pré-pressão

C; 1Ciclo= 1/60s
Influência dos parâmetros no processo

Efeito da força entre eletrodos

C; 1Ciclo= 1/60s
Influência dos parâmetros no processo

Efeito do tempo (ou corrente) de soldagem

C; 1Ciclo= 1/60s

C; 1Ciclo= 1/60s
Influência dos parâmetros no processo

Efeito do tempo de retenção


(tempo de contato dos eletrodos com peças após corte da corrente)

Se demasiado pode gerar microestrutura muito dura e frágil!


Avaliação da Soldabilidade a Pontos

CAMPO DE SOLDABILIDADE
TEMPO DE SOLDAGEM

LIMITE DE
SOLDA EXPULSÃO
ADEQUADA

LENTE FRÁGIL

Imín Imáx CORRENTE


Avaliação da Soldabilidade a Pontos
Testes mecânicos
Tipo de Fratura nos Testes Mecânicos
DESCONTINUIDADES EM JUNTAS SOLDADAS A
PONTO
Identação excessiva dos eletrodos Expulsão

Vazios e porosidade
Trincas na solda
Penetração fora de faixa

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