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Herdeiros necessários:
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.
# Herdeiros:
- Legítimos
- Testamentários
Princípio de Saisine
É o princípio pelo qual se estabelece que a posse dos bens do "de cujus" se transmite aos
herdeiros, imediatamente, na data de sua morte. Esse princípio foi consagrado em nosso
ordenamento jurídico pelo art. 1.784, do Código Civil.
Da transmissão imediata e automática do domínio e posse da herança aos herdeiros legítimos
e testamentários, no instante da abertura da sucessão.
- Agarrar
- Assegurar
Exemplo
R$ 100
Antônio
R$ 100
Maria
Ordem
Descendentes
Ascendentes
Cônjuge
Colaterais
Se Antônio morreu primeiro, os bens dele passam p/ Maria, que é a cônjuge, logo após para os
colaterais de Maria
Dependendo do dia da morte, aplico a lei que era vigente naquele tempo
Capacidade sucessória: AS
Abertura da Sucessão
1. Transmissão automática: herdeiros legítimos ou testamentários
2. Capacidade sucessória
3. Lei aplicada
Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura
daquela.
Herdeiros legítimos
Descendente
Ascendente
Cônjuge
(Herdeiros necessários)
Colaterais (facultativos)
- Sucessão testamentária
Partilha intervivos:
Art. 2.018. É válida a partilha feita por ascendente, por ato entre vivos ou de última
vontade, contanto que não prejudique a legítima dos herdeiros necessários.
Exceções
Na sucessão legítima:
- Município
- Distrito Federal
- União
Herança vacante, ocorre quando a herança é devolvida à fazenda pública por se ter
verificado não haver herdeiros que se habilitassem no período da jacência.
“Prazo de espera”
Art. 1800, § 4o: Se, decorridos dois anos após a abertura da sucessão, não for
concebido o herdeiro esperado, os bens reservados, salvo disposição em contrário do
testador, caberão aos herdeiros legítimos.
Se não nascer, posso ter substituto. Se não houver, volto para sucessão legítima.
Classes
Descendentes
Ascendentes
Cônjuge/Companheiro
Colaterais
Descendentes:
Graus
Filho
Neto
Bisneto
(sem limitação)
AH (Autor da herança)
1º (filho)
2º (neto)
3º (bisneto)
Formas de suceder
1. Por direito próprio ou por cabeça
Por exemplo, sendo três os filhos herdeiros, todos recebem quota igual, porque se
acham à mesma distância do pai, como parentes em linha reta.
Regras
1. Existindo herdeiros de uma classe, não se chama os herdeiros de classe
subsequente.
2. Dentro da mesma classe, os herdeiros de grau mais próximo excluem o de grau mais
remoto, salvo direito de representação.
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo
o direito de representação concedido aos filhos de irmãos.
Aceitação da herança
A aceitação ou adição da herança (aditio) é o ato jurídico pelo qual o herdeiro
manifesta, de forma expressa, tácita ou presumida, a sua intenção de receber a
herança que lhe é transmitida
Art. 1.804. Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a
abertura da sucessão.
Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia
à herança.
*Se manifestar
INTRAVIRES HEREDITATIS
Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança;
incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, salvo se houver inventário que a escuse,
demostrando o valor dos bens herdados.
Expressa
A aceitação expressa é aquela que se opera por meio de uma explícita declaração do
sucessor, reduzida a escrito (público ou particular) ou a termo nos autos.
Art. 1.805. A aceitação da herança, quando expressa, faz-se por declaração escrita;
quando tácita, há de resultar tão-somente de atos próprios da qualidade de herdeiro.
§ 1o Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do finado,
os meramente conservatórios, ou os de administração e guarda provisória.
§ 2o Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança,
aos demais co-herdeiros.
Tácita
A aceitação tácita é aquela que decorre da atitude do próprio herdeiro, que, embora
não tenha declarado expressamente aceitar, comporta-se nesse sentido (art. 1.805, 2ª
parte), habilitando-se, por exemplo, no procedimento de inventário ou de
arrolamento.
Pratica ato incompatível com a posição de herdeiro
Presumida
A aceitação presumida é aquela que resulta de uma situação fática de omissão.
Aceitação
A aceitação, em qualquer das suas modalidades, quando manifestada, retroage à data
da abertura da sucessão, uma vez que confirma a transmissibilidade abstrata operada
por força do Princípio da Saisine.
Indivisível
Incondicional
Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a
termo.
§ 1o O herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceitá-los, renunciando a herança;
ou, aceitando-a, repudiá-los.
§ 2o O herdeiro, chamado, na mesma sucessão, a mais de um quinhão hereditário,
sob títulos sucessórios diversos, pode livremente deliberar quanto aos quinhões que
aceita e aos que renuncia.
Irrevogável
Outro importante aspecto a ser considerado é no sentido de não se admitir a
revogação do ato de aceitar.
Art. 1.812. São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança.
Herdeiro legatário
Prelagatário/prelegado
herdeiro e legatário ao mesmo tempo
Quinhão: parte
1. Capacidade civil
2. A pessoa casada depende de outorga para renunciar à herança?
2 correntes:
- Não! Exceto no regime de comunhão universal
- Sim! Exceto no regime de separação absoluta
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem
autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
3. Forma prescrita
Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público
ou termo judicial.
4. Renúncia
- Incondicional
- Indivisível
6. Objeto lícito
Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança,
poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante.
§ 1o A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao
conhecimento do fato.
§ 2o Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao remanescente,
que será devolvido aos demais herdeiros.
Não posso aceitar para prejudicar terceiros
Cessão da herança
Quando exista o direcionamento da quota abdicada, na medida em que, com isso, não
se afronta a ideia fundamental do ato de renúncia, que, como vimos, faz retornar o
direito a todo o monte partível, e não a um herdeiro em especial. Assim, se um dos
herdeiros pretende abdicar do direito hereditário a si conferido em favor de
determinada(s) pessoa(s), e não de todos os demais herdeiros, estará, em verdade,
operando uma cessão de direito hereditário.
3. Intervivos: Cedentes
5. Direito de preferência
Art. 1.794. O co-herdeiro não poderá ceder a sua quota hereditária a pessoa estranha
à sucessão, se outro co-herdeiro a quiser, tanto por tanto.
6. Negócio oneroso
Legatário nunca poderá ceder
Art. 935, CC
- Existência do fato
- Autoria
Indignidade
Trata-se, pois, de um instituto de amplo alcance, cuja natureza é essencialmente
punitiva, na medida em que visa a afastar da relação sucessória aquele que haja
cometido ato grave, socialmente reprovável, em detrimento da integridade física,
psicológica ou moral, ou, até mesmo, contra a própria vida do autor da herança.
Trata-se, pois, de um instituto penal — pois comina uma sanção ou pena — de caráter
civil, e que traduz uma consequência lógico-normativa pela prática de um “ato ilícito”,
instituto previsto no art. 186 do Código Civil de 2002, dado o seu caráter antijurídico e
desvalioso.
Note-se que poderão incorrer nas situações acima tanto o herdeiro (sucessor universal
que recebe toda a herança ou uma fração dela) como o legatário (sucessor singular
que recebe bem ou direito determinado, componente da herança).
Os bens que foram negados ao excluído não poderão favorecê-lo (nem na condição de
representante legal dos beneficiários), nem a ele retornar (por nova relação
sucessória), por expressa disposição de lei.
Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança será
admitido a suceder, se o ofendido o tiver expressamente reabilitado em testamento,
ou em outro ato autêntico.
Parágrafo único. Não havendo reabilitação expressa, o indigno, contemplado em
testamento do ofendido, quando o testador, ao testar, já conhecia a causa da
indignidade, pode suceder no limite da disposição testamentária.
- Testamento (expressamente)
Ato autêntico
PU: Tácita – testamento
É quando mesmo conhecendo o fato, não cita o fato. E deixa bens ao herdeiro.
1. Testamento válido
2. Causa prevista em lei
Art. 1814, CC
Art. 1962, CC > Ascendente, descendente
Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos
descendentes por seus ascendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto;
IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.
Indignidade
- Art. 1814, CC
- Atinge herdeiros e legatários
- Sucessão legítima
- MP e/ou interessados
- 4 anos da abertura da sucessão
Deserdação
- Art. 1814, 1962, 1963
- Somente herdeiros necessários
- Testamentário
- Autor da herança
- 4 anos da abertura do testamento, parágrafo único, 1965
1. Sucessão legítima
2. Pré-morte
3. Diversidade de graus
Com a morte do autor da herança, a transmissibilidade dos bens era linear, sem a
existência de eventual direito concorrencial, na seguinte ordem:
a) descendente;
b) ascendente;
c) cônjuge;
d) colateral
Por outro lado, haverá, SIM, direito de concorrer com o descendente, se o regime de bens
adotado foi de:
a) participação final nos aquestos;
b) separação convencional;
ou c) comunhão parcial, se o autor da herança deixou bens particulares
Correntes explicativas da concorrência do descendente com o cônjuge sobrevivente, no
regime da comunhão parcial
A norma legal proíbe que o cônjuge sobrevivente, que fora casado sob o regime de comunhão
parcial de bens, concorra com os descendentes na herança, caso o falecido NÃO haja deixado
bens particulares.
Trata-se da regra do “duplo não”: se “NÃO” deixou bens particulares, concorrência “NÃO”
haverá. Em outras palavras, sem prejuízo do seu direito próprio de meação, a(o) viúva(o) terá
direito concorrencial, em face dos descendentes, quanto aos bens particulares deixados pelo
falecido, quando o regime adotado houver sido o da comunhão parcial de bens.
Art. 1.834. Os descendentes da mesma classe têm os mesmos direitos à sucessão de seus
ascendentes.
Direito de representação
Nem sempre concorrem com o cônjuge
Não há limite para sucessão
Herdeiros necessários
Assim, por exemplo, se Joaquim falece, não deixando descendentes, a sua herança, segundo as
regras da sucessão legítima, deverá ser deferida aos seus ascendentes vivos, preferindo-se o
pai vivo ao avô (haja vista que o parente mais próximo, como dito, exclui o mais remoto).
Por fim, devemos salientar que o cônjuge sobrevivente (a viúva ou viúvo) concorrerá com o
herdeiro ascendente, independentemente do regime de bens adotado, diferentemente do que
ocorre, como vimos acima, quando a concorrência se dá em face de descendentes do de cujus.
Em tal caso, concorrendo com ascendente em primeiro grau (o pai ou a mãe do falecido), ao
cônjuge tocará um terço da herança (1/3); caber-lhe-á a metade (1/2) desta, todavia, se
houver um só ascendente vivo, ou se maior for aquele grau (concorrendo com os avós, por
exemplo).
Não há limite
Herdeiros necessários
Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da
morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois
anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do
sobrevivente.
Art. 1831: Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem
prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao
imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela natureza a
inventariar.
Desde que só tenha um bem destinado à residência
Separado de fato
Há mais de 2 anos
Há 2 anos ou menos
Colaterais
Até o 4º grau
Direito de representação (1º caso)
Irmãos
Bilaterais/germanos
Unilaterais
Art. 1.843. Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo, os tios.
CÔNJUGE
Concorrência
Com descentes
O cônjuge sobrevivente permanece em terceiro lugar na ordem de vocação hereditária, mas
passa a concorrer em igualdade de condições com os descendentes do falecido, salvo quando
já tenha direito à meação em face do regime de bens do casamento.
Na falta de descendentes, concorre com os ascendentes. Como herdeiro necessário, tem
direito à legítima, como os descendentes e ascendentes do autor da herança.
Se o casamento tiver sido celebrado no regime da comunhão parcial, deixando o falecido, bens
particulares, receberá o cônjuge a sua meação nos bens comuns adquiridos na constância do
casamento e concorrerá com os descendentes apenas na partilha dos bens particulares. Se
estes não existirem, receberá somente a sua meação nos aquestos.
Comunhão parcial
Particulares
Tudo
Aquestos
3 perguntas
É cônjuge?
Concorre?
Quanto?
Concorrência do cônjuge
3 correntes
O art. 1832 do CC estabelece a forma de cálculo da quota devida ao cônjuge, em concurso com
descendentes:
“Em concorrência com os descendentes caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que
sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for
ascendente dos herdeiros com que concorrer”.
Se, por exemplo, o casal tinha três filhos, e falece o marido, a herança será dividida, em partes
iguais, entre a viúva e os filhos. Assim, o sobrevivente e cada um dos filhos receberá 25% da
herança. Porém, se o falecido deixou quatro filhos ou mais, e tendo de ser reservado um
quarto da herança para o cônjuge sobrevivente, este receberá quinhão maior, repartindo-se os
três quartos restantes entre os quatro ou mais filhos. A repartição da herança por cabeça não
irá, portanto, prevalecer nesse caso.
Impende registrar que essa reserva da quarta parte diz respeito à herança possível do cônjuge,
e não à totalidade da herança, ou seja: a reserva deve ser feita apenas sobre os bens
particulares, excluindo-se a meação.
“Não existe reserva da quarta parte no tocante aos bens comuns”
O art. 1832 não prevê a hipótese de haver filhos do de cujus com o sobrevivente e também
filhos tidos por ele com outra pessoa. Há, nesse caso, concorrência do cônjuge sobrevivo com
filhos de origem híbrida, deixa dúvida sobre o prevalecimento, nesse caso, concorrência do
cônjuge sobrevivo com descendentes comuns e com descendentes exclusivos do autor da
herança.
A omissão, deixando de prever a solução para esses casos, bastante comuns, de concorrência
do cônjuge sobrevivo com filhos de origem híbrida, deixa dúvida sobre o prevalecimento,
nesse caso, da reserva da quarta parte dos bens a serem partilhados, dando origem a três
correntes antagônicas:
Uma parcela preponderante da doutrina sustenta que não assiste ao cônjuge o direito ao
benefício se existirem, concomitantemente, descendentes comuns e unilaterais, tendo em
vista que o Código Civil assegura ao cônjuge o direito à quota mínima somente quando for
ascendente de todos os herdeiros descendentes do falecido.
Deve-se entender, com efeito, na hipótese aventada, que o cônjuge supérstite teria direito
única e exclusivamente a quinhão igual dos demais descendentes, pois, se o legislador
quisesse, poderia ter estabelecido norma para regular essa situação. Como não o fez, essa
interpretação sistemática da hipótese desponta como a mais condizente com o ordenamento
jurídico.
A segunda corrente defende a ideia de que, nesses casos de filiação híbrida, todos os
descendentes deveriam ser tratados como comuns, para fins de reserva da quarta parte da
herança para o cônjuge sobrevivo.
Tal solução representa, todavia, apreciável prejuízo aos descendentes exclusivos do falecido,
uma vez que, por não serem descendentes do cônjuge com quem concorrem, são afastados de
parte considerável do patrimônio exclusivo de seu ascendente falecido.
Verifica-se, assim, que a primeira alternativa, ao assegurar a reserva da quarta parte somente
quando todos os descendentes forem comuns, é a que melhor atende à mens legis, pois a
intenção do legislador foi, sem dúvida, beneficiar o cônjuge, acarretando o menor prejuízo
possível aos filhos.
1. Comuns/Filhos – ¼
3. Filiação híbrida
5 comuns
5 exclusivos