Uma das manifestações clínicas ocasionadas pela parasitose em questão
é a dor de cabeça, provavelmente em decorrência do aumento da pressão
intracraniana. Com a progressão da doença pode ocorrer também o quadro de hidrocefalia. Com relação a essa temática, relacione a presença do parasita no sistema nervoso central com a ocorrência da hidrocefalia e o aumento da pressão intracraniana.
A neurocisticercose é a doença parasitária mais comum do sistema
nervoso central. É causada pela ingestão de ovos de Taenia solium cuja larvas se instalam nos diversos espaços intracranianos e no parênquima encefálico. As manifestações clínicas mais comuns da neurocisticercose são convulsões, cefaléia, hipertensão intracraniana, hidrocefalia, demência, meningite, síndrome medular e alterações psíquicas. A manifestação dos sintomas é resultante da interação parasita- hospedeiro e da intensidade na resposta reacional inflamatória ao redor do parasita e longe dele. Uma vez estabelecidos no tecido nervoso, os cisticercos sofrem degeneração, desencadeada pelo sistema imune do hospedeiro. Independente da localização do cisticerco no SNC ocorre processo inflamatório intenso, seja no espaço subdural, plexo coróide ou parede ventricular. As localizações do cisticerco na parede ventricular e no plexo coróide determinam obstrução ao fluxo liquórico, levando à hidrocefalia. A hidrocefalia caracteriza-se por aumento de volume do líquido cefalorraqueano (LCR) associado a dilatação dos ventrículos cerebrais e é responsável por ocasionar a hipertensão intracraniana. Portanto, os sinais e sintomas da neurocisticercose independem da viabilidade do parasito, ocorrendo durante ou depois do processo inflamatório causado pela presença de formas larvais de Taenia solium no sistema nervoso central. REFERÊNCIAS
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