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Elementos para um debate sobre os brancos e a branquitude no candomblé

Jonas França

Anotações para curso


Alexandre Fernandes (Osaniiyi)
Maio / 2020

1. O embranquecimento dos terreiros é um fenômeno intrinsecamente ligado à operação da


branquitude? Como se dá, nestas redomas, a perpetuação de estruturas discriminatórias
quando se tornam colonizadas pela branquitude? E, por fim, quais as responsabilidades
da comunidade para evitar a perpetuação de vícios da branquitude nas casas de axé?;
2. Branquitude: conjunto de práticas e pensamentos estruturantes que traduzem vícios
segregacionistas, mercantilistas e racistas da sociedade racializada desviantes do
pensamento religioso afro-ameríndio brasileiro e que podem se intrometer no contexto
dos terreiros de formas diversas, sutis ou violentas;
3. Não cair no essencialismo cultural e racial;
4. corpos negros e indígenas encontram seus loci de resistência e reelaboração cultural
dentro dos terreiros de candomblé;
5. valores ancestrais compartilhados nos terreiros não corroboram e não dialogam com as
discriminações;
6. Branco tem santo?
7. classe artística branca: difusão das referências afro-ameríndias no establishment
cultural; folclorização;
8. observar a divisão de trabalho realizada entre os filhos de santo; espaços;
9. É fortuito, então, propor um exercício de análise: observar, no cotidiano dos trabalhos
de um terreiro, onde se encontram os corpos negros e onde se encontram os corpos
brancos, estabelecendo uma metodologia básica.
10. o pensamento herdado das ancestralidades africanas não compreende as questões sociais
e ontológicas a partir de um binarismo ou de uma dicotomia estético-cromática;
11. atentar para a dinâmica de opressões racializadas que podem permear vivências nos
terreiros; advogar em torno de ambientes religiosos múltiplos, diversos, cooperativos,
criativos, autoconscientes e multidimensionais, tais como se apresentam a encruzilhada
de Exu ou a gira em que dançam e festejam os nossos deuses.

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