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Arminiano utiliza uma fraude histórica para denegrir a imagem de Calvino!!!

O líder arminiano, Sr. Pablo Martinez, no seu facebook, na ausência de argumentos consistentes para refutar a teologia
de Calvino, apelando para o "argumentum ad hominem"(atacando a pessoa de Calvino), postou o seguinte sobre a
pessoa do reformador João Calvino:

"Gente, vocês já sabem que Calvino era agressivo e intolerante, além de ter sido cumplice no crime de Serveto, proibiu
negros e pobres de entrarem na igreja, herege etc, correto? ok, mas agora essa é pra acabar com o deformador (João
Careca) vejam;

Antes de se tornar protestante em Genebra, quando ainda estava na França e era católico, ele foi pároco na capela de
Noyon, onde cometeu um crime de SODOMIA e foi punido pelo bispo de Roma com uma marca de ferro nas costas e
expulso da ICAR, só depois disso foi pra Genebra e recebeu convite de Zuínglio para reformar a igreja de lá, bonzinho o
menino, não? tá louco, esse calvino era doido e mais doido é quem admira ele e defende sua teologia herege e
falaciosa"

Para começarmos a desmascarar as acusações falsas desse indivíduo, basta dizer que sua fonte espúria é o site do
geocities:
http://www.geocities.ws/robeline2/calvino.html

Diante da expressão encontrada no artigo desse site: "Além de Lutero, Zuinglio e Calvino, há outros vultos de pequena
grandeza, propagadores das imoralidades protestantes, quase todos eram MONGES APÓSTATAS, que mudavam de
mulher como se muda de roupa", podemos afirmar que a autoria desse artigo é de um papista-romano. O autor anônimo
do artigo, ainda ataca Theodoro de Beza. Note que esse indivíduo se utiliza de um artigo de um católico romano. Esse
tipo de gente não tem nenhum escrúpulo, e se aliaria até a Lúcifer, caso visse vantagem nisso, em seu ataque a
doutrina bíblica e reformada. Vale tudo pra atacar e tentar derrotar a doutrina bíblica e reformada!!!

Todavia, Alister McGrath, em seu artigo "A Gênese de um Enigma", desmistifica esse argumento (usado pelo Pablo
Martinez) como uma fraude, e diz que essa afirmação de que Calvino era "homossexual", era uma fraude e mentira
levantadas pelo católico e monge carmelita Jeronimo Bolsec :

"A reconstituição histórica da complexa personalidade de Calvino tem sido bastante obstruída pela subsistência de uma
imagem profundamente hostil do Reformador, traçada por Jerônimo Bolsec, com quem Calvino se desentendera em
1551. Ressentido com o episódio, em junho de 1577, Bolsec publicou um livro, Vie de Calvin, em Lyon. CALVINO, DE
ACORDO COM BOLSEC, ERA IRREMEDIAVELMENTE ABORRECIDO, MALICIOSO, VIOLENTO E FRUSTRADO.
ELE CONSIDERAVA SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS COMO SE FOSSEM A PALAVRA DE DEUS, ALÉM DE,
FREQUENTEMENTE, SER VÍTIMA DE SUAS TENDENCIAS HOMOSSEXUAIS, ELE TINHA O HÁBITO DE FLERTAR
COM QUALQUER MULHER QUE SE APROXIMASSE DELE. DE ACORDO COM BOLSEC, CALVINO ABRIU MÃO DE
SEUS BENEFÍCIOS, EM NOYON, EM RAZÃO DE TEREM VINDO A PÚBLICO SUAS ATIVIDADES HOMOSSEXUAIS.
A biografia de Bolsec é uma leitura muito mais interessante do que as de Teodoro de Beza ou de Nicolas Colladon; no
entanto, SUA OBRA SE BASEIA, PREDOMINANTEMENTE, EM RELATOS ORAIS, ANÔNIMOS E INCONSISTENTES,
provenientes de "pessoas dignas de confiança" (personnes digne de foy), que pesquisas mais recentes consideraram
de valor questionável. A despeito desse fato, a reconstituição de Calvino, traçada por Bolsec, tem influenciado muitas
outras descrições, bastante desfavoráveis, a respeito da vida e das ações do Reformador, que apresentam uma linha
divisória, cada vez mais nebulosa, entre fatos e ficção. O MITO DE BOLSEC, COMO TANTOS OUTROS QUE SE
REFEREM A CALVINO, SOBREVIVE COMO UMA TRADIÇÃO SAGRADA, POR MEIO DE UMA REPETIÇÃO
LEVIANA, APESAR DE SUA EVIDENTE AUSENCIA DE FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA"

http://www.ligacalvinista.com/…/genese-de-um-enigma-alister…

Posteriormente, no blog "Fiteiro Cultural", há um artigo intitulado "O reformador João Calvino", de autoria do Sr. José
Calvino, datado de 20 de maio de 2013, onde a origem dessa fraude é desmascarada e mostrada. Diz o autor:

"Está havendo grande polêmica sobre João Calvino – o reformador de Genebra (1509/1564). Tenho em fac-símile a
reprodução da edição 1597 de “Juan Calvin Instituição da religião cristã (Reforma)”. Aos que censuram Calvino por
haver alcançado, tão moço ainda, encargos eclesiásticos, é conveniente lembrar que tal era a praxe da igreja naquela
época. Devido à posição que ocupou, não faltaram adversários que procurassem, em seus livros, deturpar a memória
de Calvino e muitas das calúnias então formuladas ainda são hoje invocadas pelos partidários de credos contrários.

Lendo Bolsec: “Historie de la vie, moeurs, actes, doctrine, constance et mort de Jean Calvin”. O erudito historiador
eclesiástico, Schaff, no seu livro “The Swiss Reformation” - 1º vol. p. 303, OBSERVA NAO HAVER BOLSEC
PRODUZIDO NENHUM DOCUMENTO COMPROBATÓRIO SOBRE A MOCIDADE DE CALVINO. Ainda sobre as
intrigas de Bolsec: Schaff cita: "A HISTÓRIA OU É UMA VIL CALÚNIA OU SE ORIGINOU DE CONFUNDIR-SE O
REFORMADOR COM UM JOVEM DE IGUAL NOME, JEAN CAUVIN - CAPELÃO DA MESMA IGREJA DE NOYON,
CONDENADO A PRISÃO POR TER SIDO INTRODUZIDO EM SUA PARÓQUIA UMA MULHER DE MAUS
COSTUMES”
http://josecalvino.blogspot.com.br/…/o-reformador-joao-calv…

A historiadora Thea B. Van Halsema (desmentindo Bolsec, Martinez e todos os arminianos que sustentam a versão
apócrifa, que apresenta Calvino como um padre de Noyon), afirma que antes de ser convertido a fé cristã reformada
(sendo influenciado por Lefevre, Lutero e Zuínglio e até por seu primo Olivetan), Calvino era apenas alguém que tinha
decidido se dedicar aos estudos para futuramente se tornar padre, isto é, ele era apenas um seminarista, sendo
conhecido, não como um padre:

"Como foi que João Calvino se tornou um homem caçado? ATÉ ENTÃO ERA CONHECIDO COMO BRILHANTE
ALUNO, JOVEM AUTOR, UM ERUDITO QUE PROMETIA PARA O FUTURO, UM HOMEM AINDA COM
COMPROMISSOS PARA O SACERDÓCIO. Quando foi que essas idéias compartilhadas com Nicolas Cop e
condenadas pela Sorbonne quando foi que dominaram o seu coração?

João Calvino tinha ouvido essas idéias ha muitos anos de Lefêvre, Lutero, wingli, cujos escritos tinha lido. Seu primo
Olivétan tinha discutido tais assuntos com ele quando eram colegas de estudo. Ouviu-os da mesma forma do seu
professor de grego Wolmar, a quem muito admirava. Tinha-os ouvido também, com amargura, do seu irmão Charles,
agora excomungado da igreja pelas suas heresias. O próprio João Calvino havia encontrado essas idéias ao ler a Bíblia
nos originais grego e hebraico. Mais recentemente, havia visto essas idéias em prática na vida de mártires queimados e
na residência do piedoso de la Forge, cujo lar era um lugar secreto para o encontro de crentes vindos de toda a
parte"(João Calvino Era Assim, p.30).

A historiadora Thea B. Van Halsema (desmentindo Bolsec, Martinez e todos os arminianos que sustentam a versão
apócrifa, que apresenta Calvino como um padre de Noyon), afirma que, quando Calvino foi convertido a fé cristã, era
apenas um candidato ao sacerdócio, não um sacerdote:

"Foi assim que João Calvino escreveu a um cardeal, seis anos após a palestra de Nicolas Cop no Dia de Todos os
Santos. João Calvino colocara essas palavras na boca de um convertido imaginário à fé Protestante. Mas eram
palavras de sua própria experiência também. Era um homem criado na igreja, trabalhando febrilmente para encontrar a
paz por outros meios dominando os estudos, escrevendo um livro, tornando-se pesquisador humanista. Finalmente,
constrangido e teimoso, ele da meia-volta na estrada da vida, obedecendo a ordem de Deus mesmo. Converte-se.
Assim como o apóstolo Paulo, João Calvino caminhara pela sua estrada de Damasco.

'Deus, por uma repentina conversão, subjugou... meu coração', revela Calvino no prefacio do seu comentário aos
Salmos. 'Fiquei imediatamente inflamado com um desejo tão intenso de progredir na nova fé que, embora não
abandonasse completamente os outros estudos, eu os buscava com menos ardor..'. Donde se conclui que a sua
mudança repentina deve ter ocorrido após o difícil trabalho no comentário de Sêneca onde mal havia mencionado a
Bíblia. Podia ter ocorrido nos meses finais de estudo em Orléans. Talvez a luz tivesse raiado sobre ele enquanto residia
com seu piedoso hospedeiro de la Forge na Casa do Pelicano.

Onde quer que tenha acontecido, o fato era que JOÃO CALVINO, O CANDIDATO AO SACERDÓCIO, O ADVOGADO,
O PESQUISADOR SECULAR, NÃO MAIS EXISTIA. Em seu lugar estava agora João Calvino, servo de Jesus
Cristo"(João Calvino Era Assim, p.32)

A historiadora Thea B. Van Halsema também (desmentindo Bolsec, Martinez e todos os arminianos que sustentam a
versão apócrifa, que apresenta Calvino como um padre de Noyon), em abril de 1534, logo após ter conversado com o
reformador Lefevre, Calvino foi para a cidade francesa de Noyon, e publicamente recusou o sacerdócio católico e
desligou-se da igreja católica:

"Dois meses antes do seu vigésimo quinto aniversário, João Calvino se apresentou perante o clero de Noyon, na
catedral sob cujas sombras ele havia crescido. Afirmou perante esses clérigos espantados, muitos dos quais o
conheciam desde a infancia, QUE NÃO ESTAVA MAIS DISPOSTO A SER PADRE. E que estava disposto a abri mão de
seu benefício com salário pago em milho e trigo. Era 21 de maio de 1534. O mais famoso filho de Noyon saiu das suas
portas pela última vez, seguindo pela mesma estrada que o havia levado a Paris quando menino. Não mais caminharia
por aquela estrada ou entraria nesta casa situada na praça do mercado. Seguiu o seu caminho, sem lar e sem
igreja"(João Calvino Era Assim, p.35)

Thea B. Van Halsema também menciona, que depois do debate público, onde Calvino destroçou todos os argumentos
de Bolsec, citando de memória a Bíblia e os Pais da Igreja, e que depois disso, o Conselho dos Duzentos de Genebra
expulsar Bolsec da cidade, Bolsec escreve um livro sobre a vida de Calvino, considerado uma fraude histórica:
"Na sua velhice, e com o seu ligeiro contato com Calvino, BOLSEC PRODUZIU UM LIVRO SOBRE A VIDA DO
REFORMADOR DE GENEBRA. DE TODOS OS LIVROS ESCRITOS PELOS INIMIGOS DE CALVINO, ESTE É
PROVAVELMENTE O QUE ESTÁ MAIS CHEIO DE MENTIRAS MALICIOSAS, ACUSAÇÕES E INVENCIONICES"(João
Calvino Era Assim, p.160)

Quanto a Calvino proibir pobres de entrarem na igreja de Genebra, isso careçe de provas, e é, ao que tudo indica, mas
uma calúnia barata. Thea B. Van Halsema, alude ao seu cuidado pelos pobres:

"Poderia alguém estar mais ocupado? Havia ainda mais a fazer. Casamentos e batismos tinham que ser realizados e
depois registrados no prédio dos conselhos na caligrafia pequena e angular de Calvino. OU ALGUM NECESSITADO
CHEGAVA À SUA PORTA, COMO AQUELE QUE CALVINO ENVIOU AO HOSPITAL DA CIDADE COM ESTE BILHETE
PARA O ENCARREGADO: 'ESTE POBRE HOMEM ESTÁ TÃO DESFIGURADO, QUE FAZ DÓ. CONSIDERE A
POSSIBILIDADE DE AJUDAR-LHE. ELE DEVE PERTENCER A CIDADE, POIS SE FORA UM ESTRANHO EU MESMO
O TERIA AJUDADO DE ALGUMA MANEIRA'"(João Calvino Era Assim, p.130).

Thea B. Van Halsema, ainda diz, aludindo a dedicatória que ele fez ao rei da França, mencionando sua preocupação
com os pobres:

"Com a mente aguda de exímio advogado, Calvino argüi cada acusação levantada contra os Protestantes. Cita as
Escrituras abundantemente. Cita os santos padres da igreja. Sua linguagem é, as vezes, incisiva e forte. Ele esta
pleiteando com o rei, mas pleiteia a verdade e não tem receio de usar linguagem candente.

Somos pacíficos e honestos, é a maneira de descrever a si mesmo e aqueles na França que são acusados como
agitadores. 'Mesmo agora no exílio, não deixa- mos de orar para que toda a prosperidade vos acompanhe e ao vosso
reino'. Aprendemos, 'pela graça divina', a sermos mais pacientes, humildes, modestos. Se alguns usarem o Evangelho
como um 'pretexto para tumultos', tendes as leis para puni-los. Mas não culpeis, então, o Evangelho de Deus.

Excelência, ...não perdemos a esperança de recuperar vosso favor se lerdes com calma uma única vez... esta nossa
confissão, que pretende ser nossa defesa perante vossa Majestade. Se ao contrário, porém, os vossos ouvidos
estiverem tão preocupados com os cochichos dos mal-intencionados a ponto de não permitir aos acusados a
oportunidade de falarem por si mesmos, e se aquelas fúrias afrontosas, com a vossa conivência, continuarem a
perseguir com aprisionamentos, açoites, torturas, confiscações, e chamas, seremos, indubitavelmente, como ovelhas
destinadas ao matadouro, reduzidos as maiores agruras.

Mesmo assim, com paciência, possuiremos nossas almas e aguardaremos a poderosa mão do Senhor, a qual
incontestavelmente se manifestara a bom tempo, mostrando-se armada PARA RESGATAR OS POBRES DAS SUAS
AFLIÇOES e para punir os seus despertadores, os quais agora exultam amparados por perfeita segurança. Queira o
Senhor, o Rei dos reis, estabelecer vosso trono com retidão', e o vosso reino com eqüidade'"(João Calvino Era Assim,
p.44)

O teólogo arminiano Severino Pedro da Silva, descreve Bolsec assim

“Jerônimo Bolsec era MONGE CARMELITA, SUSPEITO DE HERESIA POR CAUSA DE UM SERMÃO PREGADO EM
SÃO BARTOLOMEU, buscou refúgio, em 1535, na corta da duquesa de Ferrara, que o acolheu com a bondade que lhe
era usual, e fez dele seu esmoler. SOUBE PORÉM DISSIMULAR. RENÉ O TINHA POR PROTESTANTE E OCUPAVA-
O COMO INTERMEDIÁRIO NA CORRESPONDÊNCIA COM CALVINO; O DUQUE, QUE ERA CATÓLICO, TINHA-O
NESTA CATEGORIA E SERVIA-SE DELE COMO ESPIÃO JUNTA A DUQUESA. Em Ferrara contraiu matrimonio e
dedicou-se à profissão médica. PELO SEU GÊNIO VIOLENTO, CONTUDO, VEIO A SER, NÃO MUITO DEPOIS,
EXPELIDO DA CORTE DA DUQUESA”(A Doutrina da Predestinação, p.44).

Assim, Bolsec é descrito por um teólogo arminiano, como alguém manchado de heresia, um hipócrita, duas caras,
violador dos votos de castidade, e persona non grata na corta da duquesa. Será que dá pra confiar nas “estórias” de um
indivíduo com todos esses adjetivos???

Quanto a acusação de aversão de Calvino aos negros, trata-se de outra acusação falsa, tendo em vista que Calvino,
jamais ensinou que qualquer raça humana foi excluída da mensagem de salvação ou muito menos de adentrar dentro
da Igreja: Em seu “Comentário de 1 Timóteo 2:4”, diz:

“Para o Apóstolo significa simplesmente, QUE NÃO HÁ NENHUM POVO E NENHUMA CLASSE NO MUNDO, QUE É
EXCLUÍDA DA SALVAÇÃO; PORQUE DEUS QUER QUE O EVANGELHO SEJA ANUNCIADO A TODOS, SEM
EXCEÇÃO”.

E em seu “Comentário de Atos 8:27”, aludindo ao eunuco etíope, um negro, Calvino diz:
“Nisto se reconhece que o nome do verdadeiro Deus foi até muito longe, VENDO QUE ELE TINHA ALGUNS
ADORADORES EM PAÍSES DISTANTES”.

E em seu “Comentário de Atos 8:36”, Calvino diz:

“Mas ele (Felipe) NEGOU QUE QUALQUER UMA DESSAS COISAS FOSSEM IMPEDIMENTO PARA O SEU DESEJO
DE SER CONTADO ENTRE OS DISCÍPULOS DE CRISTO”

E sobre a falsa acusação de Calvino ter sido có-participante da morte de Servet, só seria verdade se o Pablo Martinez
ou qualquer arminiano provasse que Calvino era governador ou magistrado em Genebra, para que enfim, tivesse poder
para ordenar a execução de alguém. Aqui pra nós, os próprios historiadores arminianos A. Knight e W. Anglin
meramente acusam Calvino de omissão (não de ação) na morte de Servet, afirmando:

"A liberdade de consciência não era entendida por esses reformadores, e Calvino tem sido muito censurado pela morte
de Miguel Serveto, que foi queimado vivo em praça pública, por ter negado a doutrina da Trindade, POIS CALVINO
NÃO EMPREGOU SUA INFLUÊNCIA PARA SALVAR-LHE A VIDA, deixando-se levar pelo fanatismo da época, embora
procurasse, debalde, mudar a forma de execução do fogo para a espada"(História do Cristianismo, p.325).

Esta declaração mostra que Calvino foi passivo na questão da morte de Servet, não ativo. Ele não teve nenhuma
participação direta neste crime.

Os próprios historiadores arminianos A. Knight e W. Anglin mostra que depois que Calvino foi expulso de Genebra pelo
povo pecaminoso de lá, "NO ANO DE 1540, FOI RESOLVIDO PELO CONSELHO DOS DUZENTOS que, com o fim de
promover a glória de Deus, se procurasse todos os meios para que Calvino voltasse como pregador"(História do
Cristianismo, p.254).

Isso mostra que todas as decisões civis concernentes aos que estivessem em Genebra, eram tomadas, não por
Calvino, mas pelo Conselho dos Duzentos. O próprio Dave Hunt, apesar de mentir em seu artigo(‘O Lado B do
Calvinismo’) reconheçe que todas as decisões civis eram tomadas por este conselho:

"...o Pequeno Conselho dos Sessenta e o Grande Conselho dos Duzentos, RESPONSÁVEIS PELAS QUESTÕES
CIVIS".

E Servet foi queimado, por ordem do Conselho dos Duzentos de Genebra (não por ordem de Calvino) não por causa da
questão da predestinação, como os falsos acusadores arminianos tem defendido, mas por sua rejeição a Trindade. Este
fato é reconhecido até pelos inimigos da Trindade:
http://www.unitarismobiblico.com/1/?p=753

Para maiores detalhes sobre a natureza política deste 'Conselho dos Duzentos", ler:

http://revhelio.blogspot.com.br/.../genebra-de-joao...

A historiadora Thea B. Van Halsema, aludindo a questão da Morte de Servet, diz:

“"Quem queimou Servetus? MAS O PODER DE SENTENCIAR SERVETUS NÃO ESTAVA NAS MÃOS DE CALVINO.
ESTAVA COMPLETAMENTE NAS MÃOS DO PEQUENO CONSELHO DE GENEBRA"(João Calvino era Assim, p.170).

“A DECISÃO DE MATAR SERVETUS NÃO TINHA SIDO DE CALVINO E NEM FOI MOTIVADA PELA SUA FORTE
INFLUÊNCIA. O VEREDITO FOI DO PEQUENO CONSELHO DE GENEBRA, PELO ACONSELHAMENTO DE
CIDADES IRMÃS. Estes fatos nem sempre são lembrados”(João Calvino Era Assim, p.174).

Até o poeta inglês Samuel Taylor Coleridge(1772-1834), poeta, crítico, ensaísta inglês, um dos fundadores do
romantismo na Inglaterra, ironizando a acusação que muitos fazem recair sobre Calvino sobre a morte de Servet, disse:

“Além disso, SE ALGUMA VEZ UM POBRE FANÁTICO EMPURROU-SE PARA O FOGO, FOI MIGUEL SERVET. ELE
ERA UM ENTUSIASTA RAIVOSO, E FEZ CADA COISA QUE PODIA NA FORMA DE INSULTO E OBSCENIDADE
PARA PROVOCAR O SENTIMENTO DA IGREJA”(Specimens of The Table Talk, p.283)

Pablo Martinez chama Calvino de “herege”. Rindo com mais esso erro dele. Nada que o Pablo Martinez ou que
qualquer outro arminiano inimigo de Calvino, diga ou faça contra o reformador francês, seja, ofendendo-o, ou se
utilizando de fraudes históricas, vai apagar o brilho de sua obra. E nem preciso me alongar muito para atestar isso.
Deixo que os arminianos falem por mim:

"JOÃO CALVINO, O MAIOR TEÓLOGO DO CRISTIANISMO DEPOIS DE AGOSTINHO, bispo de Hipona... Na casa
dele, CALVINO DISCURSAVA SOBRE O EVANGELHO DE CRISTO COM EXTRAORDINÁRIO FERVOR, para um
grupo de crentes. Abandonando seus estudos, CONSAGROU A PLENITUDE DE SUAS FORÇAS A PROPAGAR A FÉ
DE CRISTO, segundo se revela nas Escrituras Sagradas... O VEMOS COMPLETAMENTE DESVINCULADO DA
IGREJA ROMANA E SENDO O PRINCIPAL CÉREBRO DA REFORMA NA FRANÇA. SUA LUZ NÃO PÔDE SER
ESCONDIDA... Por fim Calvino foi se refugiar em Basiléia, na Suiça, onde aos 25 anos de idade, deu ao mundo o seu
famoso livro 'As Institutas da Religião Cristã', isto é, Instrução Básica na Religião Cristã', escrito em latim, E NO QUAL
DEIXOU AS GRANDES DOUTRINAS CRISTÃS FUNDAMENTAIS. ERA UM SISTEMA COMPLETO DE TEOLOGIA,
LÓGICO E CONTUNDENTE, E EXERCEU UMA PROFUNDA INFLUÊNCIA NO PENSAMENTO DA
HUMANIDADE"(Severino Pedro da Silva; A Doutrina da Predestinação, [CPAD], pp.16-18).

"...firmou-se em Genebra. Foi nomeado professor de teologia e começou um árduo ministério de vinte e oito anos, como
pastor de uma das mais importantes igrejas da cidade; e aqui estendeu logo a sua influência a todos os países da
Europa... FOI ELE CONSIDERADO O INIMIGO MAIS PERIGOSO E IMPLACÁVEL DE ROMA DO QUE LUTERO... Mas
o povo de Genebra não podia desde logo habituar-se às medidas de Reforma que Calvino introduziu. Toda a cidade
havia caído no vício e no papismo, e os seus novecentos padres governavam a consciência DO POVO, QUE NÃO
GOSTAVA DAS RESTRIÇÕES QUE CALVINO PUNHA AOS SEUS CANTOS, ÀS SUAS DANÇAS, E A OUTROS
DIVERTIMENTOS MUNDANOS NEM TAMPOUCO TOLERAVA AS SUAS CENSURAS SEVERAS AOS PECADOS
MENOS PÚBLICOS E QUE MUITOS NÃO ERAM ESTRANHOS; E QUANDO POR FIM OS PROIBIU DE VIREM AO
ALTAR, E OS MANDOU EMBORA COM PALAVRAS DE CENSURA, O POVO LEVANTOU-SE EM MASSA E
EXPULSOU-O DA CIDADE"(A. Knight e W. Anglin; História do Cristianismo, CPAD, p.253).

""Instado por Farel, João Calvino aceitou liderar a Reforma naquela cidade e pôs a mão à obra... Vai para Estrasburgo,
mas em 1541 retorna a Genebra e leva avante a tarefa de fazer daquela cidade turbulenta e dissoluta um modelo de um
centro protestante para a difusão da Palavra de Deus.

"Trabalhando diuturnamente durante o seu longo ministério de vinte e quatro anos, Calvino praticamente conseguiu o
seu intento. A IGREJA, BEM ORGANIZADA, POSSUÍA UM PRESBITÉRIO QUE VIGIAVA A CONDUTA DO POVO E
DOS MINISTROS; UM SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, A CARGO DE DIÁCONOS, E UMA ACADEMIA ONDE SE
ENSINAVA TEOLOGIA E PREPARAVAM-SE PARA A EVANGELIZAÇÃO DE OUTROS POVOS. ENFIM, GENEBRA
TORNOU-SE UMA CIDADE NOTÁVEL,PELA ORDEM, PELA CULTURA E PELO CRISTIANISMO BÍBLICO QUE ERA
ALI ARDOROSAMENTE VIVIDO...

"POR SUA OBRA EM GENEBRA, CALVINO ALCANÇOU TRÊS BENEFÍCIOS PARA O PROTESTANTISMO EM
GERAL. A VIDA MORAL DA CIDADE FOI UM EXEMPLO DO QUE A FÉ REFORMADA PODIA REALIZAR, e daí o
poder de sua propaganda. Genebra foi a cidadela de refúgio para os perseguidos por causa da Reforma. Para esta
cidade livre, veio gente da França, Holanda, Alemanha, Escócia e Inglaterra. Os refugiados nela encontraram um lar
apropriado e foi também um lugar de preparo para os líderes do Protestantismo. EM SUA ACADEMIA E NO AMBIENTE
DA CIDADE FORAM PREPARADOS MINISTROS DEVOTADOS, INSTRUÍDOS E DESTEMIDOS, QUE SE
ESPALHARAM COMO MISSIONÁRIOS DA REFORMA, PELOS PAÍSES ONDE ESTA AINDA NÃO HAVIA
ENTRADO"(Abraão de Almeida; A Reforma Protestante [CPAD], pp.107,108).

""Converteu-se ao protestantismo em 1557... Foi grandemente influenciado pelos sermões de Lutero. Sem encontrar
possibilidades de uma reforma religiosa em Paris, mudou-se para Suiça, onde escreve sua obra mais famosa: 'A
Instituição da Religião Cristã'. TALVEZ NENHUM LIVRO PUBLICADO NO SÉCULO XVI TENHA PRODUZIDO EFEITOS
TÃO ABRANGENTES. De Paris, mudou-se para Genebra, na Suiça. NESSE PERÍODO, DEVIDO À SUA PRESENÇA
EM GENEBRA, A EUROPA RELIGIOSA VOLTOU SEUS OLHOS PARA LÁ E, DE FATO, CALVINO CONTRIBUIU PARA
QUE A CIDADE ALCANÇASSE UMA FEIÇÃO COSMOPOLITA. O ensino calvinista floresceu na sua universidade e na
Academia por ele fundada em 1559. A LITERATURA IMPRESSA EM GENEBRA INUNDOU A EUROPA POR MEIO DO
MERCADO LIVRE, sendo vendida clandestinamente; os livros e os folhetos...

"Como seus antecessores, Calvino fazia distinção entre Igreja Visível e a Invisível... FOI CONSIDERADO O MAIOR
TEÓLOGO DA CRISTANDADE... JOÃO CALVINO ENVIA (EM 1556) AO BRASIL UM GRUPO DE PASTORES
REFORMADOS, QUE SE FIXAM NA 'FRANÇA ANTARTICA', UMA DAS ILHAS DA BAÍA DA GUANABARA NO RIO DE
JANEIRO. (EM 1557)OS EVANGÉLICOS FRANCESES REALIZARAM O PRIMEIRO CULTO PROTESTANTE DO
BRASIL e, possivelmente, do Novo Mundo. Também foram os autores da bela 'Confissão de Fé da Guanabara'"(Defesa
da Fé; Ano 7;nº 51 - Dezembro de 2002, pp.34,42-43).

Claudionor Correa de Andrade, ministro arminiano pentecostal, declara:

“CONHECIDO COMO O GRANDE SISTEMATIZADOR DOS POSTULADOS CRISTÃOS, Calvino ostentava como
texto-áureo de seu labor teológico esta oração latina 'Sola Scriptura'. Tendo em vista este princípio(Somente a
Escritura), CALVINO PODE SER CONSIDERADO UM TEÓLOGO ESSENCIALMENTE BÍBLICO"(Dicionário Teológico,
CPAD, edição de 1996, p.65).
É patente a falta de conhecimento de história da igreja cristã desse individuo, quando diz que Zuinglio convidou Calvino
para reformar Genebra, quando todos sabem que foi o reformador Farel que fez este convite a Calvino, conforme
testemunha a historiadora Thea B. Van Halsema:

"Foi du Tillet, o amigo de Calvino, que tinha contado a Farel que Calvino estava passando a noite em Genebra. De
repente, Farel viu a solução para os seus problemas. Aqui estava um líder da Reforma, um homem na flor da idade,
brilhante, cujo preparo em direito o capacitava para tratar com os conselhos bem como com as facções da cidade.
Sobretudo, aqui estava um homem que compreendia os ensinamentos bíblicos melhor do que qualquer outro homem da
época. Este homem poderia ensinar a Palavra de Deus a outros. Auxiliado pelo Espírito Santo, poderia transformar as
vidas dos habitantes de Genebra. CALVINO ERA A RESPOSTA DE DEUS PARA O PROBLEMA DE GENEBRA. FAREL
NÃO TINHA DÚVIDAS SOBRE ISSO. Correu depressa pelas ruas estreitas a pensão onde Calvino se hospedara.

E agora Calvino tinha concordado em ficar. Disse aos seus irmãos em Genebra que precisava ir primeiramente a Basel
para trazer um parente e alguns dos seus pertences. Visitaria algumas igrejas a caminho. Dentro de poucas semanas
estaria de volta a Genebra para fixar residência.

Calvino cumpriu sua promessa. Mas, 'logo que voltei a Genebra', escreveu a um amigo na França, "um resfriado
violento me atacou, afetando as gengivas superiores. Mesmo depois de nove dias não me senti melhor, embora tenha
sido sangrado duas vezes, tomado uma dose dupla de pílulas e recebido a aplicação de vários cataplasmas."

Tal introdução a Genebra não foi muito auspiciosa. Levantou-se da cama para começar seu trabalho de aulas diárias
em Saint Pierre. O seu título era suficientemente pomposo: Professor de Sagradas Letras. Mas era um professor sem
salário. Em setembro de 1536, Farel requereu ao conselho da cidade que empregasse Calvino como professor das
Escrituras e que o pagasse pelo seu trabalho. O conselho atendeu ao pedido, mas somente em fevereiro do ano
seguinte é que lhe deram o primeiro pagamento. Entrementes, nas atas do conselho, a referência a Calvino se
restringia a "aquele francês". Ou era bem desconhecido ou o secretário do conselho não sabia o seu nome.

Todas as tardes Calvino subia pela pequena rua íngreme que levava a catedral. Ali dava palestras no imenso auditório,
que estava agora despido das suas imagens e altares. Um pequeno grupo ia ouvir as suas conferências sobre as
epístolas de Paulo. Além dos seus estudos e correspondência, Calvino trabalhava numa versão francesa das Institutas.

Calvino estava meditando também sobre o que ocorria ao seu redor. Com uma tristeza mesclada com raiva, Calvino via
o povo de Genebra voltando a vida que tinha abandonado durante a luta contra o duque. As tavernas estavam sempre
repletas. Bêbedos cambaleavam pelas ruas. Dados chocalhavam alegremente nas rodas de jogo. Os homens não
guardavam segredo quanto as suas amantes e o uso que faziam das prostitutas. Plataformas eram montadas nas
praças para um grande período de danças. Calvino achava que o povo se vestia espalhafatosa e imodestamente. Os
homens trajavam culatras talhadas ao invés de túnicas modestas. As mulheres exibiam suas sedas e jóias com estilos
insinuantes.

Tudo isso numa cidade que tinha sido oficialmente declarada Protestante! Muitas dessas pessoas tinham solenemente
levantado suas mãos em Saint Pierre, jurando viver pela Palavra de Deus. Pertenciam todos a Igreja de Genebra. Como
poderia um asilado francês, mal conhecido entre eles, começar a ensinar-lhes a fé que não conheciam? Como poderia
conduzi-los a uma vida de consagração tão diferente da imoralidade diária que praticavam?

Talvez o texto dos dias de perseguição na França tivesse servido de consolo a Calvino nesses dias: "Se Deus é por nos,
quem será contra nós?" Quem, deveras!""(João Calvino Era Assim, pp.68-70)

Assim, fica provado que o Pablo Martinez, não passa de um violador do 9º mandamento(Ex 20:16) e cometendo o
pecado da calúnia. Mas, já no Código Penal Brasileiro, caluniar uma pessoa, mesmo que esta pessoa esteja morta, é
considerado um delito passível de grande punição:

“Calúnia
Art. 138 – CALUNIAR ALGUÉM, IMPUTANDO FALSAMENTE FATO definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º - NA MESMA PENA INCORRE QUEM, SABENDO FALSA A IMPUTAÇÃO, A PROPALA OU DIVULGA 
§ 2º - É PUNÍVEL A CALÚNIA CONTRA OS MORTOS”

Certamente, você afirmar que alguém é có-participante de um crime, quando você não tem nenhuma prova documental
ou testemunhal sobre isso, trata-se de um delito que recai sobre você.

Da mesma forma, quando você, sem provas, afirma que um líder cristão é um homossexual, você além de cometer o
delito da calúnia(138º Artigo), comete também o delito da “difamação”:
“Difamação
Art. 139 - Difamar alguém, IMPUTANDO-LHE FATO OFENSIVO À SUA REPUTAÇÃO:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Talvez esse tipo de atitude possa também ser encaixada como delito de injúria:

“Injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, OFENDENDO-LHE A DIGNIDADE OU O DECORO:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa”

O Pablo Martinez é corajoso para ofender a honra, a dignidade e a reputação de Calvino, porque sabe que os
admiradores da teologia de Calvino, não farão justiça com as próprias mãos. Duvido que ele faça isso com Maomé!!!

Com base nessa atitude dele, eu não o considero um cristão

Emanuel Leandro, Lucas Nascimento, Cristiano Teixeira, Vitor Bruno, Anderson Cavalcanti, Djalma Oliveira


Santiago, Giovani Varela da Silva, JP Padilha, Anderson Cardoso, Rô Moreira, Ivete Cristã, Ruth Rossini, Edu
Marques, Eudes Silveira, Alexandre Do N. Pereira, Joãozito Rosa, Willy Chandler, Júlio César Van Til, Evaldo Rodrigues
Rodrigues, Wendell Gonzaga, Vanbaster Silva, Anderson Telles, Luciana Vizentim, Rovanildo Vieira Soares, Emanuel
Paiva, Tony Batista Da Silva, Thales Leal,Waldemir Magalhães, Leon Denys

E outros amigos de meu face, estão autorizados e convidados a opinarem e comentarem isso. Estejam a vontade....

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