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O Início
Mais de cinquenta anos após a chegada dos portugueses em São Vicente, é fundado em
1554 o povoado de São Paulo de Piratininga, ao redor do Colégio dos Jesuítas. Na época dos
descobrimentos, o Príncipe de Portugal era o Ventrue Jorge Manuel da Gama, que permitia
em seus domínios uma grande quantidade de Lasombra que haviam se revoltado contra a
decisão de Gratiano, e portanto eram contra a Revolta Anarquista e o nascente Sabbat.
Assim, estes Lasombra se refugiaram nas áreas da Península Ibérica que despontavam
como Domínios da Camarilla, entre elas Portugal.
Em Portugal, o Clã Lasombra conseguiu uma influência moderada tanto na Igreja quanto no
financiamento das Navegações, mas sempre em segundo plano quando comparada com a
influência Ventrue. O espírito aventureiro e viajante do clã foi o responsável pela chegada
dos primeiros Cainitas europeus à Vila de São Paulo de Piratininga, em 1560. Eram três
Lasombra, um Nosferatu e um Brujah. Entretanto, a chegada desses Membros não agradou
em nada um pequeno grupo de Gangrel nativos, que dividiam entre si a influência e o
controle das tribos locais, sendo consideradas pelos indígenas como parte de suas
divindades, demônios, enfim, os Gangrel faziam parte da cultura e crença indígenas.
No ano de 1562, os Gangrel organizaram um ataque dos índios Guaianases à vila, que foi
quase que completamente destruída. A defesa européia foi liderada por João Ramalho e
Tibiriçá, então carniçal do Nosferatu Carlos Henrique de Pádua. Os Lasombra e o Brujah
pereceram no ataque, mas o astuto Nosferatu conseguiu fazer um acordo de não
interferência com os Gangrel nativos. Os termos eram claros: nenhum Membro europeu
abraçaria um nativo ou faria dele seu escravo, garantindo aos Gangrel o direito sobre seu
povo e rebanho. Entretanto, o Príncipe de Portugal não permitiria essa supremacia de
selvagens em seus domínios, uma vez que os mesmos nem ao menos aceitavam as
Tradições da Camarilla. Honrando o acordo parcialmente, ele utilizou-se entretanto de um
meio indireto para a conversão dos nativos à civilização: a Catequese. Em 1600, é criado o
Mosteiro de São Bento. Nessa época, e nos anos subseqüentes, os seguintes clãs coexistiam
na Vila de São Paulo:
- Nosferatu
- Lasombra
A principal oposição à família Pires era a família Camargo, controlada pelo clã Lasobra.
Ávidos por vingança, por considerarem que a morte dos primeiros Lasombra que vieram
para São Paulo não teria sido uma fatalidade, José Fernandes Pereira e Maria do Carmo
Pires, líderes Lasombra, pretendiam derrubar o poder da Camarilla, representada pelo Clã
Nosferatu, e declarar São Paulo independente do Principado de Portugal.
- Brujah
Tempos de Prosperidade
Em 1850, São Paulo já possuía uma Camarilla consolidada, apesar dos poucos Membros que
compunham a comarca. Os Gangrel nativos aceitaram fazer parte da Camarilla local, em
troca de Domínio: todas as áreas indígenas são terras dos Gangrel, devendo os demais
Membros respeitarem esse Domínio. Seu núcleo mais numeroso é até hoje a aldeia Guarani
Mbya de Barragem, na região de Parelheiros. Mas estes Gangrel são reclusos, e não
frequentam muito os elísios, à exceção de seu líder Tukumbo, que até hoje vem a todas as
reuniões convocadas e procura eventualmente os Gangrel de origem estrangeira para
conversar sobre seu povo.
Em 1860, as obras para a construção da estrada de ferro que ligaria São Paulo a Santos
tinham acabado de se iniciar. O empreendimento, de origem inglesa, beneficiaria não
somente os Ventrue da cidade, como também toda a Camarilla, uma vez que a estrada de
ferro aumentaria o escoamento de café para exportação. Entretanto, nessa data, um dos
escritórios da São Paulo Railway, empresa criada exclusivamente para a construção dessa
ferrovia é incendiado, matando várias pessoas que estavam trabalhando no local. Apesar
de não haver indício algum das causas do incêndio, boatos começaram a circular pela
Camarilla paulistana, de que o mesmo seria obra de algum inimigo da Príncipe Isabel.
Também houve quem dissesse que os Gangrel nativos foram responsáveis, embora
nenhuma prova tenha sido encontrada. É inegável que a estrada poderia comprometer
seus domínios.
4. Século XX
Atualmente, São Paulo é conhecida por ser a maior cidade da Camarilla do mundo, com
mais de 100 Membros só nos limites da cidade, e cerca de outros 50 nas cidades que
compõe a Região Metropolitana. Existe a desconfiança que estas cidades vizinhas abriguem
núcleos do Sabá, e é certo que há alguns núcleos Anarquistas, que serão deixados em paz
enquanto não interferirem com a Camarilla.
Entre os independentes, a região do Bexiga e da Barra Funda são território dos Giovanni, a
área da Liberdade é território proibido para os Membros da Camarilla, por decreto da
Príncipe, e é recomendado mesmo aos Gangrel que evitem o Horto Florestal e o Parque do
Carmo.
Um pequeno núcleo Setita controla os templos da Rosa Cruz, AMORC e é responsável pelo
crescente interesse na cultura egípcia. Dizem que toda casa de chás ou escola de dança do
ventre tem a língua Setita lá dentro.
O Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, englobando o Jardim Botânico e o Zoológico, são
áreas Gangrel, controladas principalmente por Flora de Lamarck.
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Este cenário é parte da história da cidade que estou usando atualmente em uma mesa de
Vampiro A Máscara ambientada em São Paulo. Existem mistérios a serem revelados,
detalhamento de personagens, etc., mas para não atrapalhar a surpresa para os jogadores,
tudo isso fica para um próximo post, no futuro.