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PLANO MARSHALL

EUROPEU?
INRODUÇÃO
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, os EUA e os países aliados vencedores, os localizados na
Europa Ocidental, necessitavam de reconstruir a economia europeia devastada pelos longos anos
de conflito a que estiveram submetidos. Nesse contexto de reconstrução econômica e de Guerra
Fria, foi lançado, em 1947, o Plano Marshall.
O Plano Marshall (oficialmente European Recovery Program, ou Programa de Recuperação
Europeia) recebeu esse nome graças a seu idealizador, o general George Catlett Marshall, antigo
Chefe do Estado-Maior do Exército dos EUA e, à época do lançamento do plano, secretário de
Estado do presidente estadunidense Henry Truman.
Assim, no que diz respeito aos objetivos deste plano podemos dizer que o Plano Marshall foi um
programa de auxílio humanitário oferecido pelos Estados Unidos da América aos países europeus
de 1948 até 1951. Foi realizado por meio de assistência técnica e financeira para ajudar a
recuperação dos países europeus destruídos pela guerra. Também tinha como objetivo não deixar
que certos países passassem à influência do socialismo. Por esse motivo, foi uma forma de
estabilizar o capitalismo na Europa Ocidental, bem como garantir a integração dos países europeus.

REUNIÃO DO CONSELHO EUROPEU


Em 23 de abril de 2020, os dirigentes da UE debateram os progressos realizados nas várias
dimensões da resposta europeia ao surto de COVID-19.

"A UE precisa de um esforço de investimento


similar ao Plano Marshall para impulsionar a
recuperação e modernizar a economia", dizem os
presidentes da Comissão e do Conselho Europeus,
Ursula von der Leyen e Charles Michel,
respetivamente.

O Conselho Europeu, o órgão que reúne os líderes


europeus, mandatou o braço executivo da União
Europeia, para desenhar um fundo de
recuperação, dentro do orçamento comunitário,
que permita à economia europeia reerguer-se das
cinzas da pandemia. O Plano será conhecido a 6

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de maio, mas as declarações no final do encontro já mostraram o que une e o que separa os 27
Estados-membros.

Nas últimas semanas, os governos já tinham chegado à conclusão de que seria necessário um fundo
de recuperação pelo que o resultado da reunião pode ser resumido numa frase: houve
unanimidade na forma de financiamento, mas divergência no método de distribuição do
dinheiro.

 Afastada a ideia das coronabonds que incendiou o debate no início da pandemia, os chefes


de Estado e de Governo concordaram que deverá ser a Comissão Europeia a endividar-se,
com base em garantias dos países, para emitir dinheiro que voltará para os Estados. Esse
financiamento dará corpo ao fundo de recuperação económica, o qual deverá estar incluído
no Quadro Financeiro Plurianual (QFP 2021-2027), ou seja, implicará um redesenho do
orçamento comunitário que tinha vindo a ser discutido entre os Estados-membros e as
instituições europeias.

 Ultrapassado o obstáculo de saber como é se financia o fundo, é preciso decidir como será
distribuído. É aqui que regressam as divisões entre os países “frugais” e os mais
endividados. A maioria dos países, querem que seja sob a forma de subvenções, isto é, a
fundo perdido. Alguns países, onde se inclui a Alemanha, preferem uma solução mista entre
subvenções e empréstimos. Já uma “pequena minoria”, quer apenas empréstimos, o que
contaria para o rácio de dívida pública dos países.

 Assim, os Governos divergem sobre a forma como o dinheiro “novo” chegará aos países.
Será através de empréstimos (ou seja, dívida para os Estados) ou subvenções (como já
acontece em algumas partes do orçamento comunitário)? “Esta é a questão central”,
revelando que aqui encontram-se novamente as divisões entre os países que temem ficar
sem capacidade de pagar a sua dívida e os países que temem que haja uma excessiva
partilha de risco que seja paga pelos seus contribuintes. Além disso, coloca-se a questão:
deverá a redistribuição dos fundos beneficiar os países mais afetados pela pandemia ou os
que têm mais dificuldades económicas, ou então deve ser equitativa?

Uma sugestão feita por Ursula Von der Leyen para ter maior capacidade de endividamento passa
pelo aumento do “tecto” dos recursos próprios da UE dos atuais 1,2% do Rendimento Nacional
Bruto (RNB) para 2%, pelo menos durante dois a três anos, o que permitirá aumentar a garantia
implícita do orçamento da EU. Além dos recursos próprios, poderá também haver um aumento das
contribuições dos Estados. Esta tem sido uma das polémicas que tem deixado a negociação do QFP
paralisada, mas agora até Angela Merkel abriu a porta a dar um maior contributo para o orçamento
comunitário. O conjunto de todas as verbas que serão mobilizadas para a reconstrução da
economia europeia poderão chegar aos dois biliões de euros.

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Outro detalhe importante sobre o qual poderá haver divergência é o momento em que este
dinheiro estará disponível. Com vários países europeus já a reverterem algumas das medidas de
contenção, a “urgência” (palavra repetida por todos os responsáveis europeus) de ter uma
estratégia de recuperação é cada vez mais. O problema coloca-se também porque o próximo
orçamento comunitário só entrará em vigor a 1 de janeiro de 2021 e até lá deverá ser necessário
começar a estimular a economia europeia.

“Tudo isto é sobre proteger a integridade do nosso mercado único e da nossa união, pelo que
se o fizermos bem, e houver sucesso, então todos os investimentos terão valido todos os
cêntimos que vamos gastar neles”, resumiu Ursula Von der Leyen 

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APRESENTAÇÃO DAS PREVISÕES
ECONÓMICAS DA PRIMAVERA
Na apresentação das previsões económicas da primavera hoje divulgadas pelo executivo
comunitário, o comissário Paolo Gentiloni começou por afirmar que “é agora bastante claro que a
União Europeia (UE) entrou na recessão económica mais profunda da sua história”, com a projeção
de uma contração recorde de 7,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no conjunto dos 27 Estados-
membros e de 7,7% na zona euro, bem superior à de 4,5% registada em 2009 no auge da crise
financeira.
Entre os riscos negativos identificados, Gentiloni começou por apontar o mais flagrante: a
possibilidade de a pandemia da covid-19 se prolongar mais tempo que o esperado ou agravar-se, o
que, obviamente, “provocaria uma contração ainda mais grave, pois as medidas de confinamento
teriam de ser mantidas ou restauradas, danificando ainda mais a economia e a retoma prevista
para 2021”.

As previsões hoje divulgadas, sublinhou, têm como cenário-base um gradual desconfinamento nos
Estados-membros a partir do mês em curso, sem um agravamento da situação da pandemia.

O comissário notou que também não se pode excluir uma agitação nos mercados financeiros,
sobretudo “se o choque de liquidez que atinge o setor empresarial levar a problemas de solvência
mais graves que o esperado”, e advertiu que uma ausência de resposta comum coordenada ao
nível da União Europeia, ou demasiado limitada, pode aumentar as divergências, provocando sérias
distorções no mercado único e na União Económica e Monetária.

Para terminar com “mensagens mais otimistas”, Paolo Gentiloni apontou dois “riscos positivos” que
poderiam levar a uma revisão em alta das atuais previsões, o primeiro dos quais o sucesso do plano
de recuperação que a Europa se prepara para adotar para mitigar o impacto da crise. Contudo, o
comissário admitiu que aquilo que poderia definitivamente ajudar a melhorar as perspetivas
económicas seria o desenvolvimento mais rápido de uma vacina, o que sublinhou ser possível,
atendendo aos grandes esforços atualmente em marcha.

A nível Nacional:
As projeções económicas da Comissão Europeia divulgadas esta quarta-feira apontam para uma
contração do Produto Interno Bruto português de 6,8% em 2020, ao que se seguirá uma expansão
de 5,8% em 2021.
“A pandemia do coronavírus representa um choque enorme para as economias globais e europeias,
com consequências socioeconómicas muito graves”, assinala a Comissão Europeia no comunicado
divulgado esta quarta-feira. “Apesar da rápida e abrangente resposta política dada tanto a nível da
UE como a nível nacional, a economia europeia vai registar uma recessão de proporções históricas
neste ano”, continua a Comissão Europeia.

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DIA DA EUROPA – 70º ANIVERSÁRIO

Todos os anos, no Dia da Europa,


comemorado a 9 de maio, festeja-se a
paz e a unidade do continente europeu.
Esta data assinala o aniversário da
histórica Declaração de Schuman.

Num discurso proferido em Paris, em


1950, Robert Schuman, o então Ministro
dos Negócios Estrangeiros francês, expôs
a sua visão de uma nova forma de
cooperação política na Europa, que
tornaria impensável a eclosão de uma guerra entre países europeus. A sua visão passava pela
criação de uma instituição europeia encarregada de gerir em comum a produção do carvão e do
aço. Menos de um ano mais tarde, era assinado um tratado que criava uma entidade com essas
funções. Considera-se que a União Europeia atual teve início com a proposta de Schuman.

Citações
 «A paz mundial não poderá ser salvaguardada sem esforços criativos que estejam à altura dos
perigos que a ameaçam.»
 «A Europa não se fará de uma só vez, nem de acordo com um plano único. Far-se-á através de
realizações concretas que criarão, antes de mais, uma solidariedade de facto.»
 «A colocação em comum da produção de carvão e de aço (...) mudará o destino das regiões
durante muito tempo condenadas ao fabrico de armas de guerra, das quais foram as
principais vítimas.»

Um Dia da Europa diferente 


Neste ano em que se assinala o 70.º aniversário da Declaração
Schuman os desafios e as incertezas quanto ao futuro
avolumam-se no horizonte. Por isso, é imperativo recordar a
importância deste projeto de paz, democracia, prosperidade e
solidariedade e afirmar os valores fundadores da União
Europeia.

Só uma União que cuida e protege os seus cidadãos poderá


despertar uma maior adesão e participação neste projeto.

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Este ano celebramos o Dia da Europa, num contexto que comprova, mais do que nunca, a
importância da solidariedade, da ação conjunta e de uma União que protege os seus cidadãos. Os
70 anos da declaração que deu origem à União Europeia celebram-se com um conjunto de eventos
online como concertos, visitas a museus, filmes e várias conversas e debates. Este ano, a Comissão
Europeia presta especial homenagem a todas as pessoas que diariamente atuam na linha da frente
para combater a pandemia.

Curiosidade:
Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, e Sofia Colares Alves, Representante da
Comissão Europeia em Portugal, abrem o dia com mensagens em vídeo para assinalar os 70 anos da
Declaração Schuman.

https://youtu.be/c1kW-7UfX1A

https://youtu.be/jDA4_VkRbFc

Trabalho Realizado por:


Magda Proença
Nº50039371 T2

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