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Agrupamento de Escolas

D. Afonso Henriques

PROVA FINAL DE CICLO A NÍVEL DE ESCOLA - PORTUGUÊS

9.º Ano de Escolaridade


Prova 81 - 1.ª Fase 12 Páginas

Duração da Prova: 90 minutos.

2017

INSTRUÇÕES

Utiliza apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.

Não é permitido o uso de dicionário.

Não é permitido o uso de corretor. Em caso de engano, deves riscar, de forma inequívoca,
aquilo que pretendes que não seja classificado.

Escreve de forma legível a identificação das atividades e dos itens, bem como as respetivas
respostas. As respostas ilegíveis ou que não possam ser identificadas são classificadas com
zero pontos.

Para cada item, apresenta apenas uma resposta. Se escrever mais do que uma resposta a
um mesmo item, apenas é classificada a resposta apresentada em primeiro lugar.

Responde aos itens pela ordem em que se apresentam, dado que cada um deles se integra
numa sequência que contribui para a realização da atividade final. Contudo, não há
penalização caso apresentes as respostas noutra sequência.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

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GRUPO I
Para responderes aos itens que se seguem, vais ouvir um texto publicado numa
revista juvenil (Visão Júnior, n.º 156, maio de 2017, pág. 40).

1. Seleciona, para responderes a cada item (1.1 a 1.3), a única opção que permite
obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1.1. O objetivo deste texto é


(A) ensinar os professores a prepararem os alunos para os testes.
(B) desenvolver a memória dos alunos.
(C) ensinar técnicas para a preparação dos testes.

1.2. Para a preparação dos testes, as autoras do texto consideram fundamentais


(A) a motivação, a repetição e a insistência.
(B) a inteligência, a concentração e a insistência.
(C) o estudo, boa alimentação e descanso.

1.3. As autoras do texto apontam o seguinte motivo que justifica o esforço para garantir
bons resultados no final do ano:
(A) a família ficará satisfeita.
(B) a tua alegria será grande.
(C) as férias serão melhores.

2. Seleciona as três opções que correspondem a conselhos apresentados no texto.


Escreve o número do item e as letras que identificam a opção escolhida.

(A) fazer uma primeira leitura rápida da (E) estudar com os colegas da turma;
informação;
(F) estar atento nas aulas;
(B) não estudar todos os dias;
(G) deitar-se cedo e descansar;
(C) sublinhar e destacar palavras-chave;
(H) colocar dúvidas ao professor.
(D) fazer esquemas da informação;
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GRUPO II
Lê o texto, com atenção.

Quantas pernas tem o polvo?

Duas.
Os polvos têm oito membros a sair do corpo, mas investigações recentes sobre
o modo como os utilizam redefiniu a maneira como devem ser chamados. Os
octópodes (do grego, oito pés) são cefalópodes (classe de moluscos marinhos, de
cabeça distinta, dois grandes olhos e uma coroa de tentáculos com ventosas
dependente do pé que é incorporado na cabeça). Usam os dois tentáculos traseiros
para se impulsionarem pelo fundo do mar, deixando os seis restantes para se
alimentarem. Em resultado disso, os biólogos marinhos hoje em dia tendem a
referir-se a eles como animais com duas pernas e seis braços.
Os tentáculos de polvo são órgãos miraculosos. Podem endurecer para criar
uma articulação de cotovelo temporária ou dobrar para dar a forma de coco a rebolar
pelo fundo do mar. Também contêm dois terços do cérebro do polvo - cerca de 50
milhões de neurónios - enquanto o terço que sobra tem a forma de um donut e fica
dentro da cabeça, ou manto.
Cada braço de um polvo tem duas filas de ventosas, dotadas de papilas
gustativas para identificar comida. Um polvo prova praticamente tudo aquilo em que
toca.
Como grande parte do sistema nervoso de um polvo fica nas suas
extremidades, cada membro tem um alto grau de independência. Um tentáculo
cortado pode continuar a rastejar e, em algumas espécies, pode viver durante meses.
Quase se pode dizer que cada braço (ou perna) de um polvo tem uma mente própria.

John Lloyd, John Mitchinson, O Segundo Livro da Ignorância Geral,


(texto adaptado) tradução de Rui Azeredo, Ideias de Ler

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Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

1. Seleciona, para responderes a cada item (1.1 a 1.3), a única opção que permite
obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1.1 Alguns biólogos marinhos contestam o nome «octópodes», atribuído ao polvo,


porque
(A) os tentáculos do polvo não são sempre oito.
(B) o nome designa oito pés iguais o que não se verifica neste molusco.
(C) atendendo às funções dos seus tentáculos, o polvo tem apenas dois e não «oito»
pés.
(D) é um nome de origem grega que a maioria das pessoas não sabe o que significa.

1.2 Cada braço de um polvo tem duas filas de ventosas, dotadas de papilas gustativas
(A) para se segurar durante a sua deslocação.
(B) já que o polvo precisa de observar através delas.
(C) porque precisa delas para se proteger dos perigos.
(D) para provar tudo aquilo em que toca.

1.3 Na cabeça, ou manto, do polvo situa-se


(A) uma parte significativa do cérebro.
(B) o centro nervoso que comanda os diferentes tentáculos.
(C) apenas um terço do seu cérebro.
(D) um terço do seu cérebro sob a forma de uma enorme ventosa.

2. Seleciona a opção que corresponde à única afirmação falsa, de acordo com o


sentido do texto.
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

(A) Os octópodes inserem-se na família dos cefalópodes.


(B) O nome «octópodes» provem do grego e significa oito pés.
(C) Os biólogos marinhos contestam a designação de «octópodes» para o polvo pois,
dos oito tentáculos, apenas dois têm funções de locomoção.

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(D) É evidente para qualquer observador que seis dos tentáculos do polvo
correspondem aos braços do molusco.

GRUPO III

Lê o texto com muita atenção.

Naquele tempo, o meu pai contava-me muitas histórias de gigantes. Eu não


queria adormecer sozinho, de maneira que ele sentava-se na minha cama e
entretinha-me, enquanto não chegava o João Pestana1. A verdade é que o meu
pai não sabia as histórias de cor e ia inventando, à medida que ia contando.
5 Algumas histórias, que começavam sempre com «Era uma vez um gigante»,
desconfio que ele as inventou de uma ponta à outra.
Mas a partir do momento em que a história era contada eu não admitia
variantes. Queria ali todos os pormenores. Acho que todos os miúdos têm esta
atenta memória que contradiz e mete na ordem os adultos contadores, quando
10 são distraídos.
Pois naquela altura saltitava lá por casa um coelhito malhado. Não era um
desses coelhos anões, cinzentos e cheios de peneiras, armados em fidalgos, que
se vendem agora nos centros comerciais. Não. Era um robusto coelho do campo,
muito curioso, de narizito sempre a farejar, grande apreciador de cenouras.
15 Houve alguém que nos ofereceu aquele coelho, no pressuposto de que o
destinaríamos à panela, com batatas e ervas cheirosas. Mas naquela nossa casa
não havia ninguém capaz de sacrificar um animal, para mais simpático e dado ao
convívio.
De início, ficou numa marquise. Todas as manhãs, quando se abria a porta da
20 marquise vinha cumprimentar-nos, farejando-nos os pés e empinando-se a olhar
para nós. Não tardou que circulasse por toda a casa e me fizesse companhia
naquelas brincadeiras que demoravam o dia inteiro.
Era um coelho extremamente asseado. Tinha lá o seu sítio de recolhimento e
fez questão de nunca deixar noutro lado aquelas bolinhas pretas e redondinhas
25 que os coelhos costumam distribuir. E bom companheiro que ele era. Tinha

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imenso jeito para andar nos carrinhos, ajudava a descarrilar o comboio de


brinquedo, e admirava, com sinceridade, as maravilhosas obras de engenharia
que eu construía com o meu «Meccano».
Eu já deixara de invejar os outros miúdos que tinham cães e gatos nos
30 quintais. Nenhum se comparava ao meu coelho, nem sabia brincar com tanta
classe.
Os homens são ingratos. Quando crescem, ainda mais. Imaginem que eu me
esqueci completamente do nome do meu coelhinho. Certo é que ele acudia aos
chamamentos e vinha de onde estivesse, saltitão, com o tufo peludo do rabito no
35
ar. Eu podia agora improvisar um nome e fazer de conta que o bicho se
chamava, por exemplo, «Pinóquio» ou «Lanzudo». Mas não quero inventar nada.
Quero contar tudo como era. Esqueci-me do nome, passou-me, pronto!
Mas... um dia comecei a ouvir os adultos a segredar, lá em casa. Desconfiei
logo que se tratava do meu coelho, e era mesmo. Um amigo, possuidor duma
40 quinta, tinha-se oferecido para instalar o bicho no campo e os meus pais – com
aquele irritante bom senso que compete aos mais crescidos – haviam
considerado a proposta interessante. Sempre era melhor para o animal andar em
liberdade, ao ar livre, entre arvoredos, na companhia dos seus iguais e das aves
de capoeira... E quando eu protestava, com muita força, limitavam-se a
45 abraçar-me e sorrir.
E lá levaram o coelhinho, aproveitando uma distração minha. O que eu
barafustei! Foi um tremendo desgosto. Ao deitar, não quis ouvir histórias de
gigantes. Durante toda a noite chorei e exigi a devolução do meu companheiro.
Em vão.
50 Espero que ele tenha sido feliz lá na tal quinta. Ainda hoje, quando vejo um
orelhudo malhado a saltitar, pataludo, com os olhos vivos e o nariz sempre em
ação, consolo-me sempre com a ideia de que pode ser um dos descendentes
daquele saudoso coelhinho da minha infância. E quando contar aos meus netos
histórias de gigantes, talvez introduza nos contos as peripécias de um herói
55
orelhudo.
Mário de Carvalho, «O Coelho e os Gigantes»,
in Boletim Cultural – Memórias da Infância, Lisboa,
Fundação Calouste Gulbenkian, 1994
__________________________________________________

(1) João Pestana – sono; em especial, o sono das crianças.

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1. Seleciona, para responderes a cada item (1.1. a 1.8), a única opção que permite
obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1.1. O narrador começa por recordar o tempo em que o pai lhe contava histórias,
relatando, depois, algo que se passou na mesma época da sua vida.

(A) os pais ofereceram-lhe um «Meccano» no seu aniversário.

(B) um coelho tornou-se o seu companheiro de brincadeiras.

(C) o pai começou a inventar histórias sobre coelhos.

1.2. O narrador não gostava que o pai

(A) lhe contasse histórias de gigantes.

(B) alterasse as histórias que lhe contava.

(C) começasse as histórias com «Era uma vez…».

1.3. O narrador desta história é um

(A) rapazinho apreciador de histórias de gigantes.

(B) menino que é amigo de um coelho.

(C) adulto que revive episódios da infância.

1.4. A expressão «Nenhum se comparava ao meu coelho, nem sabia brincar com
tanta classe.» significa

(A) brincar com tanta habilidade.

(B) brincar com brinquedos tão diferentes.

(C) brincar com tanta disciplina


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1.5. O narrador acha que foi ingrato, porque

(A) permitiu que levassem o coelho.

(B) se esqueceu do nome do coelho.

(C) obrigou o coelho a brincar com ele.

1.6. A justificação dada pelos pais para mandarem o coelho embora

(A) o coelho, em casa, incomodava toda a gente.

(B) o filho perdia tempo a brincar com ele.

(C) o coelho podia viver em liberdade, no campo.

1.7. A reação do narrador quando ficou sem o coelho

(A) ouviu as histórias de gigantes e chorou toda a noite.

(B) não chorou, mas exigiu a devolução do seu coelho.

(C) não quis ouvir histórias e chorou a noite toda.

1.8. No futuro, o narrador pensa em

(A) contar histórias aos netos sobre coelhos.

(B) contar histórias aos netos, onde introduza as peripécias do seu coelho.

(C) contar histórias aos netos sobre gigantes e coelhos.

2. Explica o sentido do seguinte segmento textual.

“Ainda hoje, quando vejo um orelhudo malhado a saltitar, pataludo, com os olhos vivos
e o nariz sempre em ação, consolo-me sempre com a ideia de que pode ser um dos
descendentes daquele saudoso coelhinho da minha infância.”
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GRUPO IV

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

1. Associa cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B que lhe


corresponde, de modo a indicares a classe das palavras sublinhadas na frase.
Escreve as letras e os números correspondentes. Utiliza cada letra e cada número
apenas uma vez.

“Era um robusto coelho do campo, muito curioso, de narizito sempre a farejar, grande
apreciador de cenouras.”

COLUNA A COLUNA B
(A) era 1. advérbio
(B) robusto 2. verbo
(C) coelho 3. preposição
(D) muito 4. nome
(E) de 5. adjetivo

2. Seleciona para cada item (2.1. a 2.3), a única opção que permite obter uma
afirmação correta.
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2.1. A oração sublinhada na frase “Todas as manhãs, quando se abria a porta da


marquise, vinha cumprimentar-nos” é uma

(A) oração coordenada copulativa.

(B) oração subordinada causal.

(C) oração subordinada temporal.

2.2. Na frase “Um amigo tinha-se oferecido para instalar o bicho no campo…”, as
palavras sublinhadas desempenham a função sintática de

(A) sujeito e modificador.

(B) sujeito e complemento direto.

(C) predicado e complemento indireto.

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2.3. Na frase “Acho que todos os miúdos…” a forma verbal encontra-se no

(A) presente.

(B) pretérito perfeito.

(C) futuro.

GRUPO V

Os animais de estimação são verdadeiros companheiros.

Imagina que um dia encontras um animal e o levas para casa, passando a ser o
teu grande amigo. Relata uma aventura vivida com esse animal de estimação.

Escreve um texto narrativo, com um mínimo de 80 e um máximo de 240


palavras, em que narres essa aventura.

Na tua narrativa, deves incluir a descrição do animal de estimação.

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COTAÇÕES

GRUPO I

1.

1.1.…………………………………………………………………....3 pontos

1.2.…………………………………………………………………....3 pontos

1.3.…………………………………………………………………….3 pontos

2. ………...…………………………………………………………………....3 pontos

GRUPO II

1.

1.1.…………………………………………………………………....2,5 pontos

1.2.…………………………………………………………………....2,5 pontos

1.3.…………………………………………………………………….2,5.pontos

2. ………...…………………………………………………………………....2,5 pontos

GRUPO III

1.

1.1. …………………………………………………………………….3 pontos

1.2. …………………………………………………………………….3 pontos

1.3. …………………………………………………………………….3 pontos

1.4. …………………………………………………………………….3 pontos

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1.5. …………………………………………………………………….3 pontos

1.6. …………………………………………………………………….3 pontos

1.7. …………………………………………………………………….3 pontos

1.8. …………………………………………………………………….2 pontos

2. ……………………………………………………………….……………....5 pontos

_____________

50 pontos

GRUPO IV

1. …………………………………………………………………………….....5 pontos

2.1. …………………………………………………………………….5 pontos

2.2. …………………………………………………………………….5 pontos

2.3. ……………………………………………………….……………5 pontos

_____________

20 pontos

GRUPO V

……………………………………………………………………………30 pontos

__________________

TOTAL …………………..100 pontos

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