INT.

TEXTUAL
TURMA Pré-técnico O FORTE do Ensino! PROF. Taciana

ALUNO (A): ___________________________________________ A) discurso polissêmico.

B) discurso indireto livre.
C) intertextualidade explícita.
DATA: __________________ D) intertextualidade implícita.

Texto para as questões de 1 a 3. Textos para as questões 4 e 5.

Japão descobre coquetel para combater Alzheimer: 3 TEXTO I
remédios ‘Stamos em pleno mar... Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Cientistas japoneses descobriram que a combinação de três Veleiro brigue corre à flor dos mares,
medicamentos, já conhecidos, pode ser crucial para o tratamento Como roçam na vaga as andorinhas...
do Mal de Alzheimer.
A pesquisa com células-tronco, divulgada na última terça-feira Donde vem? onde vai? Das naus errantes
(21) pela Universidade de Kyoto, diz ter encontrado um coquetel Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
que reduz as Beta-amiloide. A alta produção dessas proteínas no Neste saara os corcéis o pó levantam,
cérebro é tida como um dos principais fatores para o Galopam, voam, mas não deixam traço.
desenvolvimento da doença. [...]
O grupo testou 1.258 drogas nos tecidos e identificou que a Negras mulheres, suspendendo às tetas
combinação mais eficiente para reduzir as proteínas Beta-amiloide Magras crianças, cujas bocas pretas
foi um coquetel de três medicações existentes: Rega o sangue das mães:
• bromocriptina, usada para tratar o Mal de Parkinson; Outras moças, mas nuas e espantadas,
• cromoglicato, usada para asma; e No turbilhão de espectros arrastadas,
• topiramato, usada no tratamento de epilepsia. Em ânsia e mágoa vãs!
Ao usar as três medicações simultaneamente, o experimento
mostrou que a acumulação de Betaamiloide reduziu em mais de E ri-se a orquestra irônica, estridente...
30%. E da ronda fantástica a serpente
No relatório, os pesquisadores explicam que “o coquetel Faz doudas espirais...
mostrou um efeito significativo e potente e promete ser útil” no Se o velho arqueja, se no chão resvala,
desenvolvimento de drogas para tratar a doença. Ouvem-se gritos... o chicote estala.
A pesquisa E voam mais e mais...
A experiência foi publicada no jornal on-line Cell Reports. Nela
o grupo de pesquisadores criou células-tronco pluripotentes Presa nos elos de uma só cadeia,
induzidas (células iPS, na sigla em inglês) de pessoas, incluindo A multidão faminta cambaleia,
pacientes com Alzheimer, e as cultivou in vitro para replicar E chora e dança ali!
tecidos cerebrais doentes. Um de raiva delira, outro enlouquece,
Depois, os cientistas criaram neurônios derivados dessas Outro, que martírios embrutece,
células iPS para cinco pacientes com histórico de Alzheimer na Cantando, geme e ri!
família; para quatro sem histórico na família, mas na área de risco
considerada “Alzheimer esporádico”; e para quatro perfeitamente No entanto o capitão manda a manobra,
saudáveis. E após fitando o céu que se desdobra,
“Houve um efeito a nível celular, mas ainda não temos certeza Tão puro sobre o mar,
de como pode afetar um ser humano”, afirmou Haruhisa Inoue, Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
professor da Universidade de Kyoto e membro da equipe, à “Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
imprensa japonesa. Fazei-os mais dançar!...”
Segundo o centro de pesquisas, esta é a primeira vez na
história em que uma combinação de medicamentos consegue (Navio Negreiro – Castro Alves – 1880). Disponível em:
reduzir as proteínas Beta-amiloide. <http://biblio.com.br/defaultz.asp?
Alzheimer é o mais comum tipo de demência no planeta. De link=http://biblio.com.br/conteudo/CastroAlves/navionegreiro.htm>.
acordo com a organização internacional que acompanha a Acesso em: 5 ago. 2019.
doença, ADI, há 46,8 milhões de pessoas com o Mal no mundo.
SÓ NOTÍCIA BOA. Disponível em: <http://bit.ly/2Ev6JOY>. TEXTO II
Acesso em: 8 fev. 2018 (Adaptação). Estamos em pleno mar, embarcações de ferro e aço
1. De acordo com o texto: Onde pessoas disputam palmo a palmo por um espaço
A) ADI é a organização que monitora o Alzheimer em todo o Nesse imenso rio negro de piche e asfalto
mundo. Cristo observa tudo calado de braços abertos lá do alto
B) o teste realizado pela pesquisa utilizou apenas células de Onde a lei do silêncio impede que ecoe o grito do morro
pessoas com doença de Alzheimer. Dos poetas em barracos sem forro, que clamam por
C) embora alguns medicamentos, de forma individualizada, já socorro
tivessem reduzido a produção de proteínas Beta-amiloides, é a Homens de pele escura, sem sobrenome importante
primeira vez que isto acontece com um conjunto deles. Filhos de reis e rainhas de uma terra tão distante
D) o coquetel de medicamentos chega para ser a solução dos O mar separa o Brasil da África
pacientes com Alzheimer. Um rio separa as periferias das mansões de magnatas
Uniformes diferenciam funcionários de patrões
2. Nesse texto, o autor não faz uso de: A cor denuncia vítimas antigas de explorações
A) discurso direto. Trazidos em porões e navios negreiros
B) ironia. Tratados como animais, vendidos a fazendeiros
C) dados estatísticos. Vivendo em cativeiros
D) intertextualidade. Negociados como mercadoria
Enriquecendo a classe nobre, hoje chamada burguesia
3. No excerto “‘A prevenção policial corresponde a 80% da Deixou pra trás dialetos e crença
segurança que o Estado pode exercer. Ter o policial nas ruas é Caçados, mortos e açoitados quem tentou resistência
essencial à manutenção da segurança e o Espírito Santo compra Tratados como gado, sem direito à educação
isso’, afirma o ex-comandante da Polícia Militar (PM) de São Emudeceram seus tambores, amaldiçoaram sua
Paulo, coronel Rui César Melo.” (4º§), a fala do coronel Rui César religião
Melo constitui uma forma de
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[...]
(Navio Negreiro – Slim Rimografia – 2011). Disponível
em:<https://www.letras.mus.br/slim-rimografia/navio-negreiro/>.
Acesso em: 5 ago. 2019.
4. A respeito da relação que os dois textos estabelecem entre si,
analise as afirmativas a seguir.
I. Apesar de se tratar de textos de gêneros textuais distintos
(poesia e letra de música), ambos os abordam o processo de
escravidão no Brasil.
II. A repetição do primeiro verso e o uso do mesmo título do
texto I, feitos pelo texto II, contribuem para a construção do
significado do texto II.
III. No texto I, observa-se o uso de aspectos estéticos da
linguagem, trabalhada de forma poética por Castro Alvos. Essa
característica não está presente no texto II.
Está correto o que se afirma em
A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I, II e III.
D) III, apenas.
5. O texto de Slim realiza uma intertextualidade com o texto de
Castro Alves.
Sobre esse diálogo, é incorreto afirmar:
A) Observa-se que o texto II objetiva recontar a narrativa contada
pelo texto I, realizando uma paráfrase, traduzindo, porém, a
linguagem de Castro Alves para uma linguagem contemporânea e
urbana, típica do rap.
B) O texto de Slim reformula, à luz da contemporaneidade, as
imagens de Castro Alves. Dessa maneira, o mar do navio negreiro
transforma-se no mar de asfalto e piche, e as consequências da
escravidão na atualidade são abordadas.
C) Em “O mar separa o Brasil da África / Um rio separa as
periferias das mansões de magnatas”, no texto II, está presente a
ideia de continuidade temporal e de perpetuação do processo de
escravidão, sintetizadas nas imagens de separação causada pelo
mar, no passado, e pelo rio, no presente.
D) Os versos “Vibrai rijo o chicote, marinheiros! / Fazei-os mais
dançar!...”, de Castro Alves, encontram correspondência nos
versos “Trazidos em porões e navios negreiros / Tratados como
animais”, do texto II.
6. Analise o trecho a seguir.
“Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi”
(Metade de mim – Chico Buarque). Disponível em: <https://
www.letras.mus.br/chico-buarque/86030/>. Acesso em: 5 ago.
2019.
Nos versos em destaque, Chico Buarque utiliza imagens poéticas
para descrever a saudade. O processo em questão denomina-se
A) metonímia, uma vez que há a substituição do nome “saudade”
por “fisgada”, na intenção de remeter à dor causada pela
saudade.
B) perífrase, pois, para dar ideia do sentimento provocado pela
saudade, o autor recorre a uma expressão que identifica
facilmente esse termo.
C) símile, já que o segundo termo da metáfora (fisgada) é
precedido de conjunção comparativa (como), comparando as
duas ideias e criando a imagem poética.
D) pleonasmo, visto que ideias já expressas são repetidas ao
longo dos versos, com o objetivo de enfatizar a imagem criada
pelo autor.
Texto para as questões de 7 a 11.
Ao vencedor as batatas – uma reflexão sobre a lógica da
guerra
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A filosofia clássica já nos informava que “lógica” é o método
empregado pelo Homem para separar as ideias válidas e morais
das ideias inválidas e imorais. Por conta disso, uma das grandes
perguntas da humanidade é qual a lógica da guerra.
Considerando que o Homo sapiens construiu sua história através
de guerras, é bem possível que ele consiga enxergar a lógica.
E a lógica acaba sendo sempre explicada, o que não quer
dizer que ela seja sempre entendida. Até porque a história final é
sempre contada pelos vencedores, e “ai dos vencidos…”. Esta
guerra que estamos para presenciar (de casa, confortáveis,
comendo pipocas) deve ter uma lógica, pois os protagonistas se
esforçam em justificá-la. Que bom se pudéssemos entendê-la!
Diz a superpotência, os Estados Unidos da América, que a
lógica é a ameaça do poder de destruição em massa do arsenal
iraquiano, mas os peritos da ONU não encontram esse arsenal,
então não é lógica, é presunção. Diz então a superpotência que o
ditador é sanguinário e tortura criancinhas, mas que se ele se
desarmar será deixado em paz, então o interesse não está ligado
às criancinhas iraquianas, portanto isso não é lógica, é hipocrisia.
Diz então a superpotência que o ditador apoia os terroristas
fundamentalistas, porém nenhuma evidência de ligação com os
mesmos foi jamais encontrada, então isso não é lógica, é querer
desviar atenção de um inimigo invisível, para um visível, sendo,
portanto, ilusionismo.
Parece então que a lógica desta guerra está sendo construída
a partir de presunção, hipocrisia e ilusionismo, porém sabemos
que esses não podem ser aceitos como pressupostos da lógica.
Portanto, sem os pré-requisitos da lógica, não há lógica. Ou a
lógica tem que ser explicada a partir de outros argumentos. Por
qual motivo, então, não usar os argumentos certos? Não se
deveria começar de baixo, bem de baixo, mas tão de baixo que
podemos chamar esse lugar de subsolo? Afinal o subsolo pode
sim oferecer um argumento lógico para uma guerra, como já fez
outras vezes. Isso não significa, é claro, que essa lógica seja
aceita por todos, mas pelo menos é uma lógica com fundamentos.
Falando no subsolo e em suas riquezas, prefiro a ironia da
lógica machadiana que, pelo menos, tem estilo: “A guerra tem um
caráter benéfico e conservador. Supõe tu um campo de batatas e
duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar
uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a
montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância;
mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo,
não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição.
A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação.
Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a
alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e
todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse
isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real
que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou
vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa
canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido o ódio
ou a compaixão, ao vencedor, as batatas.”
(Trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, 1891).
MUSSAK, Eugenio. Eugenio Mussak. Disponível em:
<https://bit.ly/2GATHNn>. Acesso em: 5 abr. 2018 (Adaptação).
7. Nesse texto, o autor, principalmente, busca
A) apresentar conceitos utilizados na lógica para justificar a
guerra entre os países.
B) desconstruir a argumentação utilizada por um país para
declarar guerra a outro.
C) expor os motivos que levaram os Estados Unidos a
declararem guerra contra o Iraque.
D) discutir a passividade do restante da população mundial
diante desse grande conflito.
8. Releia o trecho a seguir.
“Portanto, sem os pré-requisitos da lógica, não há lógica.”
Com esse trecho, o autor busca
A) justificar um encadeamento lógico trabalhando com
elementos novos e outros já apresentados.
B) explicar uma situação a partir de elementos enumerados
anteriormente na linha de pensamento do autor.
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C) concluir um raciocínio iniciado em partes anteriores do texto,

fortalecendo sua linha argumentativa.
D) deduzir uma situação a partir de premissas ainda não
expostas no corpo do texto.

A comparação do texto machadiano com o restante do texto visa

9. A) reforçar a argumentação utilizada pelos países envolvidos
na guerra do Iraque.
B) esclarecer motivos desconhecidos pelaspessoas em relação
aos motivos da guerra.
C) mostrar como os objetivos de uma guerra são atemporais e
sempre pertinentes.
D) desqualificar aquilo que o autor considera o principal motivo
para a guerra.

10. A utilização de um texto em outro, de forma indireta ou direta,

como ocorre nesse texto, é conhecida como
A) metáfora.
B) texto-legenda.
C) intertextualidade.
D) variação linguística.

11. O principal objetivo do gênero textual predominante nesse

texto é
A) persuadir o leitor em relação ao ponto de vista do autor.
B) informar o leitor de forma objetiva e formal.
C) divulgar a opinião de um determinado veículo de
comunicação.
D) responder a uma determinada opinião divergente da do autor